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Ventilação Mecânica em pediatria e

neonatologia – Parte IV

@fisioped_limfreitas
Profa. Dra. Évelim LFD Gomes
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
Frequência respiratória
Índices Preditivos de < 6m 20 a 60 cpm
Extubação < 2 anos 15 a 45 cpm
< 5anos 15 a 40 cpm
• Parâmetros para decisão de
≥ 5 anos 10 a 35 cpm
extubação
Volume Corrente 6 a 8 mL/kg

IRS < 6,5 com/ mL/ kg

Capacidade Vital > 10 a 15 mL/ kg

Pimáx ≥ - 30 cmH2O

Johnston C, 2008
Índices Preditivos de Extubação
Crianças de 3 anos
• Manovacuometria PiMax < -35cmH2O
• Crianças 5 a 10 anos
Índices Preditivos de
Extubação

• Ventilometria

• Volume Minuto
• Volume Corrente (6 a 8 mL/kg)

Johnston C, 2008
Índices Preditivos de Extubação
• Índice de Respiração Rápida e Superficial (IRS)
Inversamente proporcional ao equilíbrio entre capacidade de
gerar força e demanda ventilatória.

IRS = (FR/VC)/ peso


≤ 6,5 mL/kg

Johnston C, 2008
Khan N, 1996
Classificação do Desmame
Categoria Definição Objetivo
Fácil Extubação após Identificar
primeiro TRE precocemente

Difícil Extubação após Tratar causa da


2 ou 3 TRE ou falha
intervalo < 7
dias

Prolongado > 3 TREs ou Suporte geral


intervalo > 7
dias
• Vários estudos
comparando modos não
puderam demonstrar uma
redução no tempo de
ventilação mecânica.
• Identificar
precocemente os pacientes
que podem ser extubadas p/
reduzir tempo de ventilação
mecânica.

Desmame Fácil
• Identificar causas da
dificuldade do
desmame e tentar
reverter.
• Usar modalidades
assistidas p/ evitar
atrofia diafragmática.
• Continuar fazendo
Desmame difícil ou TRE sequênciais p/
identificar aquela

Prolongado criança c/ possibilidade


de extubação.
• Ventilação
mandatória
intermitente
sincronizada (SIMV)
• Ventilação com
pressão suporte
Modalidades de • Automode
• NAVA
Desmame da Ventilação
Métodos de Retirada da Ventilação

“Randomized, Controlled Trial Comparing Syncronized


Intermittent Mandatory Ventilation and Syncronized Intermittent
Mandatory Ventilation plus Pressure Support in Preterm Infants”

Pediatrics, October 2006 – Vol 118, No. 4


107 crianças
• 53 SIMV+PS e 54 SIMV
• Grupo c/ PS teve extubação mais precoce
AUTO MODE
Ferramenta de desmame
• Após dois ciclos
espontâneos –
mudança automática de
A/C para PS
• Apnéia – Automático
retorno de PS para A/C

Métodos de Retirada da
Ventilação
Pediatr Crit Care Med.
2018

• Atrofia diafragmática= atraso


desmame VM
• 56 crianças VMI IRA com
media de idade de 17 meses
• 36 horas de VM e antes da
extubação
• Atrofia de 3,4% ao dia
• Maior atrofia com BNM
• Menor atrofia modalidades
espontâneas
Causas de Falha de Extubação

Pediatrics, 2006
• Non invasive ventilation
after extubation in
pediatrics patients: a
preliminary Study.
Pediatrics, 2010: 10:29

• Evita Re-IOT quando


iniciada imediatamente
após a extubação.

• Maior risco de falha


quando utilizada como
resgate, se a Fr. não diminui
em 6 horas e se aumenta a
necessidade de O2.
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA
– VNI
• O uso da VNI é uma
terapia promissora após a
falha na extubação, mas não
demonstrou redução de
necessidade de reintubação e
da mortalidade. Pode ser uma
técnica útil para diminuir o
esforço respiratório das
crianças após a extubação.

GRAU DE EVIDÊNCIA : C
AMIB, 2013
• “Corticosteroids for the
prevention and treatment of
post-extubation stridor in
neonates, children and
adults”

The Cochrane Library,
2009

• Reduz prevalência de
estridor pós extubação.
• Existe uma tendência a
diminuir taxa de
reintubação.

Uso de Corticoides
LARINGITE • Garros e colaboradores relataram que a
PÓS taxa de laringite pós-extubação pode variar de 2,4
a 37% dos casos e que é mais comum em crianças
EXTUBAÇÃO com idade entre 1 e 4 anos.
• Também demonstraram que o uso de
corticóide é eficaz na prevenção e no tratamento
da laringite pós-extubação, devendo ser utilizados
24 horas antes e mantido por mais 24 horas após o
procedimento.

GRAU DE EVIDÊNCIA : A
AMIB, 2013
HELIOX

Após a extubação, a resistência das vias aéreas

aumenta, resultando em aumento do trabalho respiratório.


5 a 16% lactentes podem desenvolver obstrução de
vias aéreas pós-extubação e franca insuficiência respiratória
com possibilidade de reintubação. ( Edema e Disfunção das
VAS).
• Devido as diferenças
funcionais e anatômicas
não existe na criança um
tempo ideal p/ realização
da traqueostomia.
• Diminui o trabalho
respiratório.
• Diminui a resistência da
via aérea.
• Diminui o espaço morto.
• Diminui necessidade de
sedação e conforto.
• Melhor remoção de
secreção.
• Facilita estimulação
motora.

Traqueostomia
Estudos em adultos mostram benefícios com a realização de
traqueostomia (TQT), nos pacientes que requerem ventilação por
tempo prolongado, facilitando o desmame da ventilação.

A grande dúvida é em relação ao tempo mais apropriado


para realizar o procedimento, se mais precoce ou esperar mais
dias em pediatria e neonatal.
▪ GRAU DE EVIDÊNCIA : D
AMIB, 2013
Deve ser feita em centro cirúrgico;

Deve-se realizar o exame endoscópico de vias aéreas (EVA) antes da


traqueostomia, para elaboração da proposta terapêutica futura e melhor
planejamento do procedimento;

O EVA deve ser realizado sob ventilação espontânea, idealmente em centro


INDICAÇÃO DE cirúrgico, com fibra ótica rígida e flexível sempre que possível, avaliando a
via aérea desde as fossas nasais até os brônquios principais;

TRAQUEOSTOMIA
Caso o EVA não seja realizado antes do procedimento, ele deve ser realizado
entre 15 e 30 dias após a realização da traqueostomia;

O EVA deve ser solicitado caso haja dificuldade de intubação, ou após a


segunda falha eletiva de extubação, ou caso haja manutenção de estridor ou
disfonia após 72 horas da extubação;

A partir do EVA, deve-se elaborar um plano para seguimento e planejamento


terapêutico quanto a essa traqueostomia.
• O Protocolo de Desmame e TRE são necessários
em UTIs pediátricas e neonatais.
Conclusão de
desmame e • TRE é de fácil aplicação, pode ser realizado em
TRE qualquer serviço e atualmente é a principal
variável na classificação do desmame.

• É importante a realização seriada do TRE p/


identificar mais precocemente os pacientes que
estão aptos a extubação.
Cuidados com a VM e com o
paciente em VM
TROCADORES DE CALOR E UMIDADE
Retém calor e umidade durante a inspiração e expiração.
UMIDIFICADORES
AQUECIDOS
FIXAÇÃO DO TOT
FIXAÇÃO DO TOT OU TQT
CUIDADOS COM A
PRESSÃO DE CUFF
▪ A função do cuff do tubo endotraqueal é selar
a via aérea.
▪ A pressão do cuff deve ser baixa o suficiente
para permitir a perfusão da mucosa da
traqueia (25 a 35 mmHg) e alta o suficiente
para prevenir o vazamento de ar e impedir a
aspiração das secreções.
Complicações
da Ventilação
Mecânica
Complicações da Ventilação Mecânica

Barotrauma/volutrauma

Displasia broncopulmonar

Síndrome do escape de ar

Distúrbios cardiovasculares

Lesões isquêmicas e
hemorrágicas do SNC
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o Professor(a)
Evelim Leal de Freitas Dantas Gomes
Obrigada!

@fisioped_limfreitas

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