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- Descartes com o seu “penso, logo existo”, instituiu o dualismo corpo e alma característico da
modernidade;
- No século XX, com o seu “eu sou o meu corpo”, Maurice Merleau-Ponty busca romper com o
dualismo cartesiana e com a concepção mecânica e fragmentada do modernismo, e considera
o corpo a partir da experiência vivida (perspectiva existencialista). Merleau-Ponty empreende
uma passagem de uma perspectiva do corpo objeto para a concepção de corpo sujeito;
A noção de corporeidade trata da comunicação entre corpo e alma. Corporeidade vem do latin
corporeitatis – a realidade que o corpo possui como corpo orgânico, independente de sua
união com a alma e que a predispõe a tal (o corpo é condição de vida, de existência);
Corporeidade é compreendida como sendo a unidade que engloba uma pluralidade de formas
ou de existência (p. 20). Corpo=A e não-A. O corpo não é a união de partes distintas, o espírito
não é senhor do corpo.
No século XIX o corpo é compreendido a partir das perspectivas da fisiologia e anatomia. Duas
explicações dividem espaço na tentativa de explicar os processos que mantém a vida: o
vitalismo e o mecanicismo. Para a primeira concepção, a vida era mantida pela existência de
uma força vital, enquanto que a segunda, buscava dar explicações físico-químicas aos
processos vitais.
A ciência buscou conhecer em detalhes o organismo humano, entretanto até certo momento,
as limitações técnico-científicas impuseram uma concepção de corpo reducionista.
Atualmente, novas concepções buscam superar esse reducionismo, como a concepção
sistêmica e a auto-organização.
Categorias: reversibilidade (mão que toca e ao mesmo tempo é tocada), corpo carne (a carne é
um elemento do Ser), reflexividade do corpo (sentir e compreender são um mesmo ato de
significação possível pela condição corpórea e pelo acontecimento do gesto), corpo como obra
de arte