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Metodologias Ativas na

perspectiva da
Alfabetização e
Letramento.
Profa. Mestra Ana Paula Felipe
Deixe eu me apresentar..
Sou a Profa. Ana Paula Felipe;
Atuo em Linguagens e Educação;
Especialista em Educação e Psicologia;
Mestra em Ciências da Linguagem;
Experiência em Ensino Básico, Superior e Gestão Acadêmica;
Formadora Docente, Pesquisadora, Extensionista...
Primeira Questão…
Por qual Motivo As Metodologias Tradicionais Não
Encantam mais os alunos?
Objetivos de hoje…
• Discutir sobre Alfabetização e Letramento
• Entender o que são Metodologias Ativas
• Desenvolver Práticas de Metodologias Ativas em Alfabetização e Letramento
• Trabalhar a Pedagogia de Projetos para Alfabetização e Letramento
• Avaliar produções em Alfabetização e Letramento
• Criar Metodologias Ativas em Alfabetização e Letramento.
Vamos iniciar nossas discussões a partir da
leitura de algumas notícias:
Obviamente, esse não é o cenário que
pretendemos.
Surgem, assim, algumas perguntas:

- O que fazer para mudá-lo?


- Por que alfabetizar ainda continua uma questão
tão complexa?
- Para que alfabetizar?
- Apenas alfabetizar é necessário?
Essas questões irão permear todas as nossas discussões,
mas, para iniciarmos esse primeiro momento, vamos
focalizar a última: apenas alfabetizar é necessário?
NÃOOOOOOOOOOOOOOOOO!
É PRECISO ALFABETIZAR LETRANDO?
O menino dizia A, E, I, O, U a toda hora. Sabia que o alfabeto
tinha outras letras, mas desconhecia sua ordem, assim como
desconhecia a ordem dos números. Gritava Q, M, P, e voltava a
repetir A, E, I, O, U. E falava de trás para a frente sem errar: U,
O, I, E, A. Aprendeu as vogais com o pai, com o apelido de cada
uma: o A era um telhadinho. O E, uma escadinha. O I, um palito
de fósforo. O O, uma bola de gude, de futebol ou o mundo. O U,
uma rede de dormir, sem gancho para dependurar.
Mas foi na cozinha que tudo começou. Sua mãe, observando a
curiosidade do filho pela leitura e escrita, pegou um pacote de
macarrão de letras. Olhou, pensou e disse: - Edu, hoje vamos
comer uma sopa de vogais! E continuou: - Vou derramar sobre a
mesa esse pacote de macarrão. Você já conhece as vogais,
aprendeu com seu pai. Vai separá-las para mim, uma a uma.
Fazer um montinho de As, outro de Es e assim por diante.
Depois, a gente cozinha, com bons temperos, e mata a fome.
Edu iniciou o trabalho com vontade. Foi preciso paciência e
tempo. - Mãe, acabei! – gritou o menino. - Junte o resto das
letras e guarde no pacote. Só deixe de fora as casinhas, as
escadas, os palitos de fósforo, as bolinhas e as redes – falou a
mãe. Edu fez a tarefa. Olhou para o conjunto de letras. Colocou
as turmas em ordem e em fila: A, E, I, O, U. Queria ir para a
escola, mas faltava idade. Ah! Como seria bom ler um livro
inteiro como seu pai – sonhou.
A mãe chegou perto, beijou a cabeça do filho, se assentou e
disse: - Agora que você sabe dividir, vou lhe ensinar a somar.
Somando uma banana com outra banana ficam duas bananas. É
somando as letras que a gente faz palavra. Escrever é aprender
a somar. Por exemplo: eu pego um E e um U. Somo as duas, E
+ U, e vira EU. Pego um A e um I. Somo as duas, A + I, e vira AI.
- Mãe, - disse Edu -, eu vou pegar um O e um I e somar. Vai virar
OI. Estou certo?
- Certinho, meu menino. - E, se eu juntar um E com um I, vou
escrever EI. Mãe e filho inventaram um monte de palavras com
as vogais: IA, EU, EI, OI, UAI, OU, UI, AI, IOIO, IAIA, AIA, AU,
UAU. Rindo muito, os dois conversaram coisas que só com amor
se entende: - Oi? Ei! Ai, ai [...].
Que tal conhcermos alguns modelos de
Metodologias Ativas? Já Escutou falar na
Taxonomia de Bloom?
Modelos de
ensino híbrido –
Instituto Clayton
Christensen
• Fonte: Horn e Staker (2015. p.38).
MODELOS
DE This Photo by Unknown author is licensed under CC BY-SA-NC.

ROTAÇÃO
Nesse modelo, os estudantes revezam as atividades
realizadas de acordo com um horário fixo ou de acordo
com a orientação do professor. As tarefas podem envolver
discussões em grupo, com ou sem a presença do
professor, atividades escritas, leituras e,
necessariamente, uma atividade on-line. Nesse modelo,
há as seguintes propostas:
Os estudantes são organizados em
grupos e cada um desses grupos
realiza uma tarefa de acordo com os
objetivos do professor para a aula em
questão. O planejamento desse tipo de
atividade não é sequencial e as
atividades realizadas nos grupos são,
de certa forma, independentes, mas
funcionam de forma integrada para que,
ao final da aula, todos tenham tido a
oportunidade de ter acesso aos
mesmos conteúdos.

Rotação por estações: This Photo by Unknown author is licensed under CC BY-SA.
Laboratório rotacional: • Neste modelo, os estudantes usam o espaço da sala
de aula e laboratórios. O modelo de Laboratório
Rotacional começa com a sala de aula tradicional,
em seguida adiciona uma rotação para um
computador ou laboratório de ensino. Os laboratórios
rotacionais frequentemente aumentam a eficiência
operacional e facilitam o aprendizado personalizado,
mas não substituem o foco nas ações convencionais
que ocorrem em sala de aula. O modelo não rompe
com o ensino considerado tradicional, mas usa o
ensino online como uma ação sustentada para
atender melhor às necessidades dos estudantes.
• Nesse modelo, a teoria é estudada em casa, no formato online, e o espaço
da sala de aula é utilizado para discussões, resolução de atividades, entre
Sala de outras propostas. O que era feito na sala de aula (explicação do conteúdo) é
agora feito em casa e, o que era feito em casa (aplicação, atividades sobre
o conteúdo), é agora feito em sala de aula. Esse modelo é valorizado como
aula invertida: a porta de entrada para o Ensino Híbrido e há um estímulo para que o
professor não acredite que essa é a única forma e que ela pode ser
aprimorada.

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Rotação individual:
• Cada aluno tem uma lista das propostas que deve
contemplar em sua rotina para cumprir os temas a serem
estudados. Aspectos como avaliar para personalizar
devem estar muito presentes nessa proposta, uma vez
que a elaboração de um plano de rotação individual só faz
sentido se tiver como foco o caminho a ser percorrido pelo
estudante de acordo com suas dificuldades ou facilidades.
Nesse modelo, portanto, os estudantes rotacionam, de
acordo com uma agenda personalizada, por modalidades
de aprendizagem. A diferença da rotação individual para
outros modelos de rotação é que os estudantes não
passam, necessariamente, por todas as modalidades ou
estações propostas. Sua agenda diária é individual,
organizada de acordo com suas necessidades. O tempo
de rotação, em alguns exemplos relatados, é livre,
variando de acordo com as necessidades dos
estudantes.

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MODELO • Neste modelo, os alunos também têm uma lista a
ser cumprida, com ênfase na aprendizagem on-

FLEX line. O ritmo de cada estudante é personalizado e


o professor fica à disposição para esclarecer
dúvidas. Esse modelo, apesar de ser considerado
uma possibilidade metodológica no modelo de
Ensino Híbrido, requer uma modificação da
estrutura de organização dos alunos no ambiente
escolar. O cerne dessa proposta é que os alunos
podem aprender de forma colaborativa, uns com
os outros, com o uso dos recursos on-line,
independente da organização por anos ou séries.
MODELO A LA CARTE
• O estudante é responsável pela organização
de seus estudos, de acordo com os objetivos
gerais a serem atingidos, organizados em
parceria com o educador; a aprendizagem,
que pode ocorrer no momento e local mais
adequados, é personalizada. Nessa
abordagem, pelo menos uma disciplina é feita
inteiramente online, apesar do suporte e
organização compartilhada com o professor. A
parte on-line pode ocorrer na escola, em casa
ou em outros locais.

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MODELO VIRTUAL
ENRIQUECIDO
• Os estudantes se dividem entre a This Photo by Unknown author is licensed under CC BY.

aprendizagem online e presencial. Os


momentos realizados na escola podem
acontecer uma única vez por semana.
Foi criado por instituições que
ofereciam apenas cursos a distância,
mas quiseram promover algumas
experiências mais parecidas com as de
escolas tradicionais.
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VAMOS TRABALHAR
POR ILHAS DE
APRENDIZAGEM?

• Com qual metodologia de


ensino híbrido você mais se
identificou?
• Modelo rotacional: rotação por
estação, laboratório rotacional,
sala de aula invertida, rotação
individual.
• Modelo Flex
• Modelo a la carte
• Modelo virtual enriquecido
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS

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COMO SURGEM
E COMO
TRABALHAR?
• Os projetos podem surgir de
um problema ou de
uma questão norteadora,
proveniente de um contexto
autêntico, e que envolve
a investigação,
o levantamento de
hipóteses, o trabalho em
grupo e outras competências
até chegar a uma das
soluções possíveis ou a
um produto final.
Baseado na concepção do Buck
Institute for Education

• Uma das mais importantes características da ABP é a


ligação entre os objetivos do projeto e as habilidades e
competências definidas pelo currículo. Não se trata,
portanto, de desenvolver um conjunto de atividades ou
construir um produto final de maneira paralela às aulas
tradicionais. A investigação e a criação assumem o lugar
do modelo mais comum de ensino.
• O Buck Institute for Education, organização norte-
americana que se dedica a difundir essa abordagem,
definiu um modelo com sete elementos considerados
essenciais para um projeto de sucesso. São eles:
1) Problema ou questão desafiadores:

• O ponto de partida de um
projeto deve ser uma pergunta
ou desafio que engaje os
estudantes e se relacione, de
alguma maneira, com um
conteúdo curricular.

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• As questões ou problemas enfrentados pelos estudantes devem envolver
elementos contextualizados. As tarefas e as ferramentas utilizadas precisam
estar presentes também fora da realidade escolar e o projeto deve ter como
2) Autenticidade: objetivo causar algum impacto, seja na comunidade interna ou externa à
escola. Ele também pode se relacionar com preocupações, problemas e
interesses pessoais da turma..

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Pesquisa fundamentada
Estabelecer perguntas
Encontrar recursos
Aplicar esses conhecimentos ao problema
Voz e escolha dos alunos
• Participação ativa
• Escolha na investigação
Reflexão
• O projeto está sendo bem sucedido?
• Estamos encontrando as respostas que buscamos
• Os alunos estão empenhados em realizar o projeto?
Crítica e Revisão
• Feedbacks
• Apontamento e redesenho(se necessário) pelos alunos.
Produto Final:
• Protótipos
• Material impresso
• Material midiático
• Criatividade não tem limite...
Cabe ao professor...
• Definir os objetivos de aprendizagem de acordo com o
currículo
• Formular a questão orientadoras que dará início ao
projeto
• Planejar como os estudantes serão avaliados
• Mapear o projeto (como será iniciado, o que será
desenvolvido e o que se espera)
Exemplos de Projetos por Metodologias
Ativas em Alfabetização e Letramento
Releituras de Clássicos Literários:
Os Clássicos Literários se aplicam a realidade
Contemporânea? Quem são as Novas Princesas?
Vamos conhecer projetos de Releituras Infantis?

https://www.youtube.com/channel/UCMYcD48JXjGlBUETu6m8SvA
LOGIN: disciplinas2022@gmail.com
SENHA: educar@123
Escolha uma metodologia trabalhada hoje e planeje
como trabalharia com uma obra literária Infantil?

Grave a sua proposta


simulada e poste em nosso
Canal.
“Não me pergunte quem sou e não me diga para
permanecer o mesmo”.
(Michel Foucault).
referências
• BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa. Ler e escrever na educação infantil: discutindo
práticas pedagógicas. 1a edição. Editora Autêntica. ISBN: 9788582178270.
• CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. Scipione. ISBN: 9788526214774.
• CASTANHEIRA, Maria Lúcia; MACIEL, Francisca Pereira, MARTINS, Raquel Fontes. Alfabetização e letramento na
sala de aula. Autêntica Editora [Minha Biblioteca].
• COSTA, Marina Teixeira Mendes de Souza; SILVA, Daniele Nunes Henrique (coautor), SOUZA, Flavia Faissal
(coautor). Corpo, atividades criadoras e letramento. Grupo Summus. ISBN: 9788532308993. HEIN, Ana Catarina
Angeloni (orgs). Fundamentos teóricos e metodológicos do ensino de alfabetização e letramento. FUMEC. ISBN:
9788543018706.
• Gonsales, Priscila. Design Thinking e a ritualização de boas práticas educativas. São Paulo: Instituto Educadigital,
2017. 88 p. Il.
• Metologias Ativas: Ensino Híbrido e Aprendizagem Baseada em Projetos. Nova Escola – Cursos. Acesso em 06 de
janeiro de 2020.
• SOARES, Magda. Letramento - Um tema em três gêneros. 4. ed. Autêntica Editora [Minha Biblioteca].

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