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Andréia Nishiyamamoto de Oliveira

Nutricionista & Preceptora Hospital Universitário Pedro Ernesto | Atendimento


em Consultório | Membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional | Pós
Graduada em Nutrição Clínica Funcional (VP) | Pós Graduada em Nutrição
aplicada à Estética (IAPP) | Pós Graduada em Nutrição Oncológica (INCA) | Pós
Graduada em Nutrição Clínica (UGF) | Residência em Nutrição Clínica materno
Infantil (HUPE/UERJ)
MÓDULO IV

 Ovo – Desmistificando o alimento

 Leite – Aspectos positivos enegativos

 Relação entre o Cálcio e Ossos.


OVOS
Clara Gema
Vitaminas B&
Proteínas Minerais
ADEK

Ômega -3

COLINA  Essencial para o


funcionamento do cérebro e
formação de novos neurônios

LUTEÍNA E
ZEAXANTINA
OVOS DOENÇAS
CARDIOVASCULARES

↓ absorção d o colesterol d a
Lecitina
g e m a d o ovo no intestino

5ovos/sem 1

3a14 ovos/sem(2) Semassociação entre


o consumodo ovo e
≥6 ovos/sem(3) doenças
cardiovasculares
1ovo/dia(4,5,6) &
Níveis de colesterol
1a2 ovos/dia(7)
normais
2 ovos/dia(8,9,10)
OVO & PERDADE
PESO

 152homens e mulheres
 Idade: 25– 60anos
 IMC: 25- 50 kg/m2
 8 semanas

Inclusão no café da manhã:

 Grupo ovo
 Grupo dieta +ovo
 Grupo com rosquinha
 Grupo dieta +rosquinha
Alterações no peso corporal e circunferência da
cintura

Grupo dieta +Ovo X


Grupo dieta +rosquinha

↓ 61% no IMC
Alterações no IMC e percentual de gordura ↓ 65% no peso
↓ 34% circunferência
↓16% gordura corporal
KoreanJ. Food Sci.An. 2018April 38(2):209-223

 Revisão 26 artigos
 Consumo de ovos x Doenças
Metabólicas
 23.993 adultos coreanos com≥19anos

Resultados:
 Oconsumode ovos de 4a6vezes/semanae 1x/dia foi significativamente associado à redução da
prevalência de SM emcomparação aos que consumiam <1ovo/mês.

 Ingestão de ovos 1x/dia diminuiu aprevalência de obesidade abdominal.

 Ingestão de 2-7 ovos/semana mostrou prevenir redução nos níveis de HDL-col.

 Consumo de 2ovos por dia não foi correlacionado como aumento no risco de
alterações metabólicas.
Am JClin Nutr 2018;107:921–931.

Em indivíduos pré-diabéticos e diabéticos tipo 2, o consumo de 12 ovos por


semana não promoveu mudanças significativas em parâmetros cardiometabólicos
em comparação ao grupo que consumiu 2ovos por semana

 Glicemia (glicose plasmática, hemoglobina


glicada, 1,5-anidroglucitol)
 Lipídeos séricos
 Marcadores de inflamação (PCR, IL-6 E-selectina
solúvel)
 Estresse oxidativo (F2-isoprostanos)
 Adiponectina
 Aumento no consumo d e ovo pode
aumentar a [ ] d e LUTEÍNA e ZEAXANTINA
na retina e no pigmento macular

 Não houve efeitos sobre os níveis d e


colesterol nos indivíduos que consumiram
os ovos
Conclusão:
 Indivíduos que usaram os ovos
(12 semanas, 03x/dia),
diminuição PCR e aumento d a
adiponectina plasmática

Osovos fazer umacontribuição significativa para a


efeitos anti-inflamatórios

Luteína e zeaxantina possui efeito


ANTIOXIDANTE (modulação de respsotas)
LuteínaeZeaxantina

03ovos/dia Substituto do ovo


Meio lipídico favorece a
absorçãoe incorporação
dos carotenoides nas
lipoproteínas.

Formação de partículas
maiores LDLeHDL

Amaior presençade
carotenoides protege a
lipoproteína contra a
oxidação
Griffin B.A. Proceedings of the Nutrition
Society(2016), 75, 259–264

“Do ponto de vista nutricional, os OVOS


são considerados BONS alimentos”

 Consenso geral que a ingestão moderada de


ovos diariamente NÃO têm efeitos
clinicamente significativos sobre o risco de
DCVna população em geral

 Evidências de que os ovos aumentam a


probabilidade de desenvolver diabetes é
inconsistente.
As diversas pesquisas NÃO mostram evidências que associem o colesterol
dietético como desenvolvimento de doenças cardiovasculares, porém os AG
SATURADOS,possuem associação positiva .

Diretrizes Alimentares para os americanos de


2015-2020foram removidas as recomendações
de restringir o colesterol dietético a300 mg/ dia.

Amaioria dos alimentos


Exceções:
que são ricos em colesterol
também são ricos emAG
Ovos e camarão
saturados!!

https://health.gov/dietaryguidelines/2015
Geikeret al. Eggconsumption, cardiovascular diseases and type 2diabetes. EuropeanJournal of Clinical Nutrition (2017), 1–13 Soliman. Dietary
Cholesterol and the Lack of Evidence in Cardiovascular Disease. Nutrients 2018, 10,780
OVOS

Não são os alimentos ricos emcolesterol comoos ovos, os responsáveis pelo aumento do
colesterol sanguíneo, massim hábitos alimentares errôneos associados ao sedentarismo
e predisposição genética.

Ovos apresentam diversos nutrientes e compostos bioativos. Portanto, seu consumo


pode contribuir com muitos benefícios, sendo uma ótima estratégia nutricional, quando
associado aumaalimentação saudável e individualizada.

Geikeret al. Eggconsumption, cardiovascular diseases and type 2diabetes. EuropeanJournal of Clinical Nutrition (2017), 1–13 Soliman. Dietary
Cholesterol and the Lack of Evidence in Cardiovascular Disease. Nutrients 2018, 10,780
 Seis semanasde armazenamentoatemperatura refrigerada não alteraram os
valores de ORAC,aminoácidos, carotenóides e oxidação na gemade ovo.

 Fervura e fritura reduziram significativamente o valor de ORACe os conteúdos de aminoácidos


livres, luteína e zeaxantina por aumentar a oxidação.
LEITE
LEITE:COMPOSIÇÃONUTRICIONAL

FÓSFOR
O
CÁLCIO Água

PROTEÍNA
S DEALTO
VITAMINAD

Leite VALOR
BIOLÓGICO

VITAMINA
LACTOSE
B12

GORDURAS
(ÁCIDO
VITAMINAA
LINOLEICO
CONJUGADO)

SBAN.Aimportância do consumode leite no atual cenário nutricional brasileiro. 2015


LEITE:CONSUMOMUNDIAL

O CONSUMO DELEITE tem


Mais de 6bilhões de pessoas no
CRESCIDOMAISLENTAMENTE
mundo consomemleite e
do que ade outros produtos
derivados
de origem animal

Baixoconsumo per capita/ano (<30


Alto consumo per capita/ano
kg/pc/ano):
(>150 kg/pc/ano):
China, Etiópia, maioria da África
Argentina, Armênia,Austrália,
Central,do Orinte, e do Sudeste
Costa Rica, Europa, Israel ,
Asiático
América do Norte e Paquistão.

http://www.fao.org/docrep/012/i1522e/i1522e02.pdf
Consumo de fast food,
comer fora de casa,
substituição do leite por
refrigerantes e sucos
mudanças de hábitos
alimentares, alergias e
intolerâncias alimentares.

https://www.progressivedairy.com/topics/management/are-more-products-in-the-fluid-milk-case-a-good-or-bad-thing
Miller GD, Jarvis JK, McBean. The Importance of Meeting Calcium Needs with Foods. JAm Coll Nutr 2001;20(2):168S-85S

Não há dados do
consumode leite em
crianças brasileiras!!!

https://www.foodnavigator-usa.com/Article/2013/06/05/Liquid-milk-consumption-continues-to-fall-steadily-in-America
CÁLCIOXLEITE

 Oleite é considerado o principal alimento fonte de cálcio para a nutrição humana.


FAO. Food andAgriculture Organization. Milk anddairy products in humannutrition. Rome; 2013.

 Oconsumode leite não estiver de acordo como preconizado, há indícios de que essa inadequação se
reflita também naingestão de cálcio.
Freire S, Cozzolino SMF. Impacto daExclusão do Leite naSaúdeHumana.In: AntunesAEC, Pacheco WTB, editores. Leite para
Adultos - Mitos e Fatos Frente àCiência. 1. ed. SãoPaulo: Varela; 2009. p.229-242
Para aformação adequada da massaóssea, além do cálcio,
são necessários mais de 24 nutrientes (vitaminas, minerais,
aminoácidos..)
Acarência de 1ou mais nutrientes necessários àformação ósseaprejudica autilização
efetiva de cálcio e suaincorporação nos ossos
NÃO ÉSO
CÁLCIO!!!
NUTRIENTESPARAA SAÚDE
ÓSSEA

 Magnésio (modulação do hormônio PTH, regulação de entrada e saída de Cálcio e ativação


de vitamina D;

 Cobre (incorporação do colágeno e da elastina àmatriz óssea);

 Zinco(aumenta os osteoblastos, produção de colágenoe atividade da fosfatase alcalina);

 Manganês (produção de proteínas na matriz orgânica);

 Cálcio (manutenção da integridade do esqueleto, participando da resistência mecânicado tecido ósseo à


carga);

 Potássio (diminui aexcreção urinária de cálcio e melhora o balanço ácido);

 Boro (mantém o metabolismo do cálcio e do magnésio);

 Vitamina D(melhor absorção de cálcio, aumento da secreçãode paratormônio e menor reabsorção


óssea).

Morais & Burgos.Impacto dos nutrientes nasaúdeóssea: novastendências. Revista Brasileira de Ortopedia, 42(7), 189-194.2007
NUTRIENTESPARAA SAÚDE
ÓSSEA

 Vitamina K(necessária para aɣ-carboxilação da osteocalcina)

 Vitamina C(formação de colágeno e apoptose dos osteoclastos).

 AGW-3 (redução da produção dascitocinas pró-inflamatórias).

 Lisina (↑ absorção de cálcio e melhora conservação renal)

 Pre/probióticos (Modulação damicrobiota favorecendo acidez intestinal o que facilita


absorção dos minerais).

 Silício (atua na síntese e estabilização do colágeno e na mineralização da matriz


óssea)

Morais & Burgos.Impacto dos nutrientes nasaúdeóssea: novastendências. Revista Brasileira de Ortopedia, 42(7), 189-194.2007
A ingestão de leite e
produtos lácteos são
benéficos para a saúde
óssea?
Existe relação entre
consumo de cálcio e
saúde óssea?
CÁLCIO & OSSOS

99%Cálcio Formação de ossos edentes

Krause,2013
O consumo de cálcio NÃO está associado com a
prevenção do risco de fraturas de quadril. Além disso,
Am JClin Nutr 2007;86:1780–90
é possível que o risco seja AUMENTADO com a
suplementação de cálcio

Aumento gradual na ingestão de cálcio NÃO foi


associado commaiores reduções do risco de fratura
ou osteoporose. BMJ 2011;342:d1473

Eainda foi observado aumentado de fraturas e


osteoporose empessoas comalta ingestão de
cálcio na dieta

Asuplementação de cálcio isolado emaltas doses e


como objetivo de prevenir fraturas de quadril em
idosas NÃO mostroubenefício.
LEITE& OSSOS

Por que os países comMENOR Por que os países comMAIOR


CONSUMO DELEITEe derivados CONSUMO DELEITE e derivados
têm MENOR incidências de têm MAIOR incidências de
osteoporose e fraturas ósseas? osteoporose e fraturas ósseas?

Am JClin Nutr 1999;70(suppl):539S–42S


 72.337mulheres pós menopausa
 18anos de estudos
 Avaliaçãodo consumodietético e de suplementos

 Consumo> 12,5 mcgvitamina D/dia  ↓ 37%


risco de fraturas no quadril

 Consumo de cálcio NÃO está associado com risco


reduzido de fratura de quadril (comparação para consumo
≥ 1.200 mg/dia e < 600 mg/dia)

 Consumo de leite NÃO está associado com


risco reduzido de fratura de quadril
Oalto consumo de leite foi associada a maior
mortalidade emumgrupo de mulheres e eme
homens, e comMAIOR INCIDÊNCIA DE
FRATURASEMMULHERES.
SuplementaçãodeCálcio Isolada

Evidências científicas sugeremAUMENTO DERISCODEDOENÇA


CARDIOVASCULARcomo uso de suplementação de cálcio isolada

 Maior número de infarto em mulheres


idosas que utilizavam a suplementação
(citrato de cálcio – 1.000mg/dia)

 Acompanhamento de 61.433 mulheres


por 19 anos
 N =5.022 mulheres
 Ingestãototal de cálcio =suplementação
+dieta

 CONSUMO ≥ 1.400 MG DE CÁLCIO/DIA ESTÁ ASSOCIADO COM ↑ TAXA DE


MORTALIDADE,INCLUINDO POR DOENÇA CARDIOVASCULAR.

 O aumento foi moderado, com uma alta ingestão de cálcio na dieta sem utilização de suplemento,
mas a combinação de uma elevada ingestão de cálcio na dieta e suplemento de cálcio resultou
emummais acentuado aumento da mortalidade
SuplementaçãodeCálcio Isolada

Calcificação de ↑ Risco de
Excessode cálcio tecidos moles Doença
(artérias) Cardiovascular
SabbaghZ;VatanparastHIs calciumsupplementation arisk factor for cardiovascular diseases in older women?Nutr Rev;67(2):105-8,2009.
CÁLCIO
Biodisponibilidade

Brócolis cozido – ¾xicara =aprox. 70g


35
Sociedade Brasileira Vegetariana(SVB). Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. 2012
LEITE

Absorção de
30%

Krause,2013
ADA, 2003
 O cálcio de muitos alimentos vegetais é bem absorvido e as dietas veganas podem fornecer
quantidades adequadas desse nutriente quando incluem regularmente alimentos ricos em cálcio.

SVB, 2012

 Não há diferença entre aprescrição nutricional de cálcio para lactovegetarianose


para onívoros.

 Aescolha dasdemaisfontes de cálcio temmaior importância, já que o leite e seus derivados são a
fonte usual para amaioria.

 Bebidas vegetais fortificadas comcálcio são opções para substituir o leite de vaca, além de priorizar os
demais alimentos fontes de cálcio.

 Evitar/ minimizar fatores antinutricionais (ácido oxálico, ácido fítico) junto aos
alimentos fontes de cálcio.

 É necessário planejar a adequação de acordo com a quantidade do alimento ingerido, já que as


fontes vegetais precisam ser ingeridas emmaior quantidade para garantir as necessidades diárias
BIODISPONIBILIDADEDECÁLCIO

ÁCIDOOXÁLICO Principal fator antinutricional que se deve


controlar para melhorar aabsorção do cálcio

Fontes alimentares:
Evitar o consumo junto as fontes
Espinafre, acelga, folhas alimentares emcálcio
de beterraba e cacau

Sociedade Brasileira Vegetariana (SVB). Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. 2012
WEAVER,CM; HEANEY,RP.Isotopic exchangeof ingestedcalciumbetween labeled sources. Evidence that ingestedcalciumdoesnot form a commonabsorptive
pool. Calcif Tissue Int. 49(4): 244-7, 1991.
BIODISPONIBILIDADEDECÁLCIO

Fontes alimentares:

ÁCIDOFÍTICO Cascade sementese grãos (cereais integrais,


leguminosas, farelo e farinhas integrais, amêndoas,
nozes)

Para reduzir o ácido fítico:

 Deixar o cereal de molho na águapor algumas horas (4-8 horas). Esteprocedimento pode ser indicado
no preparo de leites vegetais.

 Cozimento

 Processo de fermentação (pães integrais)

 Microbiota intestinal  Produtores de umaenzima chamadafitase que contribui para reverter a


disponibilidade dos minerais.

Sociedade Brasileira Vegetariana(SVB). Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. 2012
BIODISPONIBILIDADEDECÁLCIO ÁCIDOFÍTICO

ÁCIDO FÍTICO
Conteúdo de Fitatos nos Alimentos

HARLAND, A.E. OBERLEAS, D. Phytate in foods. Wld Rev Nutr Diet, Nova York, v.52, p.235-59, 1987.
Fatores relacionados à digestão, absorção e utilização do cálcio

• Gordura saturada/trans
• Diminuibiodisponibilidade de cálcio
• Formasabõesinsolúveis comcálcio,↑ excreçãofecal

• Sódio
• ↑ excreçãocálcio
• Competepelo mesmotransportadorno túbulo renalproximal

• Açúcar
• ↑ [ ] insulina ↑ excreçãocálcio

Morais & Burgos.Impacto dos nutrientes nasaúdeóssea: novastendências. Revista Brasileira de Ortopedia, 42(7), 189-194.2007
MECANISMOS PELOSQUAIS OSALIMENTOS
INTERFEREM NA ALTERAÇÃODOPH SANGUINEO
Acidose latente crônica

pH sanguíneo Alimentos

Resíduos ácidos Resíduos alcalinos


Acidose latente crônica & Descalcificação Óssea

Ativaçãodos
osteoclastos Reduçãona
↓ pH ↑[ H+] densidade mineral
Inibição dos óssea
osteoblastos

Krieger N.S., Frick, K.K., Bushinsky,D.A. (2004).Mechanism of acid-induced bone resoprtion. Curr Opin Nephrol Hypertens, 13:423-436
Fatores relacionados à digestão, absorção e utilização do cálcio

Leite de Vaca • Emfontesvegetais

• Neutralização do meio ácido gástrico necessário à • Manutenção do meio gástrico necessário à


absorçãodos minerais e vitaminas em geral absorçãodos minerais e vitaminas em geral

• Alcalinização do pH intestinal por • Acidificação do pH intestinal por favorecer a


favorecer a fermentação da microbiota fermentaçãoda microbiota intestinal
patogênica
• Levealcalinização do pHsanguíneo
• Acidificação do pH sanguíneo causada
pelo excessode proteínas no LV • Manutenção do pH adequado às reações
químicas no organismo e consequente utilização
• Necessidade de tamponar o pH sanguíneo para dos minerais, inclusive o cálcio, sem necessidade
adequá-lo às reações químicas efetuadas no pH de reabsorção óssea do mesmo para
entre 7,3 e 7,4 tamponamentosanguíneo.
(levemente alcalino), MOBILIZANDO O
CÁLCIOEAUMENTANDO SUA EXCREÇÃO
RETIRARALIMENTOS PARA
MINIMIZAR PERDA DECÁLCIO
URINÁRIO
Excessode
Proteína

Fosfato
Gordura saturada

Sódio Ácido oxálico e


fitatos

Açúcar refinado
RETIRARALIMENTOS QUE
DIMINUEM ABSORÇÃODE
CÁLCIO
Uso de hormônios para aumentar a
Tempo/tipo de ordenha da vaca
produção láctea

Uso de antibióticos devido a


frequentes mastites
LEITEDEVACA
Segurança

Seguridade na estocagem, produção e comercialização do leite de


vacaé questionável.

Medicamentos
administrados no
animal Agrotóxicos Micotoxinas
(Antibióticos e
Antiparasitários )

Timm et al. Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado integral, produzido em microusinas da região sul do Rio Grande do Sul / Evaluation of
microbiological quality of integral pasteurized milk from micro dairy plants of the south of Rio Grande do Sul Hig. aliment; 17(106):100-104, mar. 2003.
LEITEDEVACA

Ração Hidrocarbonetos clorados, principalmente dioxinas; pesticidas; herbicidas;


Contaminada fungicidas; micotoxinas; metais pesados; resíduos detergentes e
desinfetantes .
Martinez ,M.P. et al. Organochlorine pesticides in pasteurized milk and associated health risks. Food ChemToxicol. 1997Jun;35(6):621-4. Midio, AF, Martins,
DI. Toxicologia de alimentos. SaoPaulo: Varela, 2000.295.p.
Nero, et al. Brazilian Journal of Microbiology(2004)35:211-215.
Rothwell, et al. Pest ManagementScience.pages993–999, November2001.
Nero, LA. Listeria monocytogenes e Salmonella spp. emleite cru produzido emquatro regiões leiteiras no Brasil: ocorrência e fatores queinterferem na suadetecção. SaoPaulo;
s.n; 2005. 141p. ilus, tab, graf.

Presença de agrotóxicos não selimita somente aprodutos in natura. Abrange produtos alimentícios
processados pela indústria, ou que contenham ingredientes comotrigo, milho e soja, bemcomocarnes e
leites de animais alimentados comração comtraços de agrotóxicos (processo de bioacumulação).
Chemosphere90(2013) 2408–2413

Mais de90% dasamostras


apresentaramresíduos de
organoclorados
 Aldrin: 44%;
Análise de 100 amostras de  PDDT: 36%;
leite bovino coletadas no  Mirex: 34%;
Mato Grosso do Sul  Endosulfan:32%;
 Clordano: 17%;
 Dicofol 14%;
 Heptacloro: 11%;
 Dieldrin: 11%
AGROTÓXICOS

Obesidade Dislipidemia Diabetes

Distúrbios
Câncer Asma
tireoidianos

Alterações
Infertilidade neurológicas
(ex:Alzheimer)

Arrebola, J.P. Associations of accumulatedexposure to persistent organic pollutants with serum lipids andobesity in anadult cohortfrom
Southern Spain. Environ Pollut; 2014.
Doust, E. et al. Is pesticide exposure acauseof obstructive airways disease? Eur Respir Rev; 23(132):180-92, 2014.
Shelton, J.F. et al. Neurodevelopmental disorders andprenatal residential proximity to agricultural pesticides: the CHARGEstudy. Environ Health Perspect; 122(10):1103–
1109, 2014.
MICOTOXINAS
Oliveira et al. Food Control. Vol 30;(1), 2013, p.90-92

30,7% das amostras de leite UHT coletadas no estado contaminadas de Minas Gerais estavam
comaflatoxina M1 emníveis superiores determinados pela legislação. aos limites de tolerância

ALTERAÇÕES

IMUNOLÓGICAS HEPÁTICAS NEUROLÓGICAS INTESTINAIS


MEDICAMENTOS

Antibióticos Infecções
 Influenciam na composição do leite.

Podem ser encontrados no leite mesmo após ↓ concentração de gordura, lactose e


3a4dias da aplicação do medicamento ao caseína
animal, sendo possível encontrá-los também ↑ conteúdo de proteínas do soro e
em tecidos cloretos

CONSEQUÊNCIAS
Resistência bacteriana
Alergias
Alteração na microbiota intestinal
Ação estrogênica
Câncer
Neurotoxicidade

Rev.Nutr., Campinas,14(2): 119-124,maio/ago.,2001


RELATÓRIODAOMS SOBREUSODEANTIBIÓTICOS E
RESISTÊNCIAANTIMICROBIANA

Aresistência antimicrobiana é umfenômeno natural masesta


emergente:

 Má qualidade de medicamentos antimicrobianos, prescrições inadequadas e


desnecessárias e automedicação;

 Capacidade laboratorial, regulamentação de uso e vigilância insuficientes;

 Programas de prevenção e controle de infecções insuficientes ou inexistentes;

 USO INDEVIDO E EXCESSIVO NA CRIAÇÃO DE ANIMAIS E AGRICULTURA.

Graveameaça global:
Era pós-antibiótico, emque
infecções comuns e ferimentos
leves podem voltar a matar
De96amostrasdeleite,
50% apresentaram
resíduos de
antibióticos

Análise de 315 amostras de leite (284 UHT e 31 em


pó):
• Presençade tetraciclina e cloranfenicol em21 amostras (7%).

• Uso de ivermectina (antiparasitário) em vacas em lactação,


sendo que 56% das amostras apresentaram algum nível de
resíduo, apesar de nenhuma ultrapassar o limite máximo
preconizado pelo Codex Alimentarius.

• Uso de abamectina e doramectina (antiparasitário): 11% das


amostras foram encontrados resíduos de abamectinas e em
0,7% das amostras foram detectados resíduos de
doramectina.
Rev Chil Nutr Vol. 41, Nº2, Junio 2014
Oliveira et al. Food Control. Vol 30;(1), 2013, p.90-92 30,7%dasamostrasdeleite UHTcoletadasno estadode Minas
GeraisestavamcontaminadascomaflatoxinaM1
em niveis superiores aos limites de tolerância
determinadospela legislação

Contaminaçãoderesíduosdeantibióticos em
76,67% amostrasdeleite pasteurizadostipo “C”,
provenientesde30municípiosdo Estado do Ceará.

Cerqueira et al. Arq. Bras.


Med. Vet.Zootec. v.66, n.2,
p.621-625, 2014
LEITEDEVACA

Somatotrofina Bovina (BST)

Hormônio produzido pela glândula pituitária da vaca


“ATUALMENTEASVACAS comfunção de estimular aprodução láctea.
LEITEIRAS VIVEMAPENAS
6ANOSEM VEZDE20
ANOSEAPRODUÇÃODE
LEITE COMPARADAHÁ 50 Atualmente existe somatotrofinas recombinantes coma mesma
ANOSAUMENTOU EM ação da natural naestimulação dasecreção de leite.
250%”

Apesar de existirem afirmações de que o leite produzido por vacas


tratadas comBSTé praticamente idêntico ao de não tratadas, existe
apossibilidade de ocorrer um AUMENTO DAQUANTIDADE DE
LACTOSE.

Alves, ATS, Spadoti, LM, Sá, PBZet al. Leite como veículo de contaminantes In: Antunes, AEC,Pacheco, MTB. Leite para adultos: Mitos e fatos frente à ciência.
São Paulo: Varela, p.138-139, 2009.
Benzi, G. Biomedical problenms on bovine somatropin use in Milk production. John Libbey Eurotext, 1990
ÉMAIS
SAUDÁVEL???

↑ ÍNDICE
GLICÊMICO
Leite sem Glicose e Processo
Lactose Galactose UHT

↑Escurecimento
Alteração de sabor Reaçãode
↓ Valor nutricional das Maillard
proteínas

M. Harju et al. International Dairy Journal 22(2012) 104-109.


. Agric. Food Chem.2014,62, 7886−7896
LEITE ORGÂNICO

LEITE BIODINÂMICO

Homeopatia
Fitoterapia
Processo lento de pasteurização
Integração solo, planta, animal e homem
Obrigada!

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