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ALIMENTOS FUNCIONAIS

Andréia Nishiyamamoto de Oliveira


Nutricionista & Preceptora Hospital Universitário Pedro Ernesto | Atendimento
em Consultório | Membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional | Pós
Graduada em Nutrição Clínica Funcional (VP) | Pós Graduada em Nutrição
aplicada à Estética (IAPP) | Pós Graduada em Nutrição Oncológica (INCA) | Pós
Graduada em Nutrição Clínica (UGF) | Residência em Nutrição Clínica materno
Infantil (HUPE/UERJ)
MÓDULO III

 Ácidos graxospoli-insaturados (W-3, W-6, W-9)

 Óleo ideal para cocção

 Açúcares e adoçantes
ÁCIDOSGRAXOS

Transporte de Constituintes de
vitaminas Membranas
lipossolúveis Celulares

FUNÇÕES

Componente
Formação de estrutural do tecido
hormônios cerebral e nervoso

Salgado.Alimentos funcionais. 1ªed. SãoPaulo. Oficina de textos,2017


ÁCIDOSGRAXOS
CLASSIFICAÇÃO

Grau de Saturação
Comprimento da Cadeia carbônica
Cadeia curta (AGCC) 4-6 carbonos

Cadeia média (AGCM) 8-12 carbonos

Cadeia longa (AGCL) ≥14 carbonos

Essencialidade Conformação espacial


 AG Essencial  CIS
 AGnão essencial  TRANS

QUINTÃO, ECR;NAKANDAKARE,ER; PASSARELLI,M. Lípides do metabolismo àaterosclerose. SãoPaulo: Sarvier, 2011. CURI R;
POMPÉIA C; MIYASAKACK;PROCOPIO J. Entendendoasgorduras os ácidos graxos. SãoPaulo: Manole, 2002.
ÁCIDOSGRAXOS

Salgado.Alimentos funcionais. 1ªed. SãoPaulo. Oficina de textos,2017


ÁCIDOSGRAXOSESSENCIAIS
(W-3 EW-6)
AGEssenciais– AGPoliinsaturados (W-3/W-6)
Os seres humanos são desprovidos de enzimas (Δ12 eΔ15 dessaturases),
sendo portanto incapazes de produzir ácido linoleico e α-Linolênico

• Ácido α-Linolênico (18:3n-3)


Ômega-3 • EPA(Ác. Eicosapentanoico, 20:5n-3)
• DHA(Ác. Docoexanóico, 22:6n-3)

• Ácido Linoleico (18:2n-6)


Ômega-6 • GLA(Ác Ƴ-linolênico, 18:3n-6)
• Ácido Araquidônico (20:4n-6)
AGEssenciais – AGPoliinsaturados (W-3/W-6)
EmPlantas... Enzimas:Δ12eΔ15 dessaturases

Emhumanos...
Ausência dasenzimas
Δ12e Δ15
dessaturases
A Óleos Linhaça e
vegetais oleaginosas
G
óleo de
E prímula
(peixesde
S águafria)
S
E
N
mariscos/moluscos
C (peixes de
I águafria)

A
I
COFATORES
S Waitzberg
Fatores que influenciam naatividade das dessaturases

Cofatores das Cofatores da


dessaturases
elongases

- Niacina - Niacina
- Piridoxina - Piridoxina
- Vitamina C - Ácido
- Zinco Pantotênico
- Fosfato - Biotina
- Vitamina C

CEREAIS Relação W6:W3


INTEGRAIS (competição pelas
mesmas enzimas)

Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015 Biomed Pap


Med FacUniv PalackyOlomuc CzechRepulb. 2011 Sep;155(3):195-218
AGESSENCIAIS

ALA EPA(8%)
Aconversão deALA
àDHAe EPAé baixa
ALA DHA(4%)

Estado ↑ 33%[ ] DHAentre assemanas16(170 µmol.L-


Sexo Gestação
fisiológico 1) e 40(230µmol.L-1) de gestação

 Maior biodisponibilidade de ALA devido a um menor


direcionamento doAGparavia de β- oxidação.
Maior conversão emmulheres
2,5x mais EPAe mais de Burdge et al. Br J Nutr,88:  Estrógeno ↑ atividade enzimática das elongases e
411-420. 2002 dessaturases.
200xem DHA Burdge et al. Br J Nutr,
90:311-321. 2003
 Papel biológico na demanda da maior necessidade do feto e
4x superior Pawlosky et al. Br J Nutr;
90:993-994. 2003
neonato.

Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015


Relação W6:W3 da dieta Por Que é
importante a
relação W6:W3 da
dieta???

O equilíbrio entre Linoléico (w-6) e o alfa-


linolênico (w-3) deveser 3:1 a 5:1

W3 e W6 competementre si pelas mesmas vias


enzimáticas de síntese:
aciclooxigenase e a lipooxigenase

A dieta ocidental chega a oferecer uma


proporção de 10:1 a 20:1 entre o ácido
linoléico (w-6) e o alfa-linolênico (w-3)
Ciclooxigenase
Lipooxigenase
VASODILATADOR
↓ PERMEABILIDADE
VASOCONSTRIÇÃO VASCULAR
PROTROMBÓTICO ANTITROMBÓTICO
PRO INFLAMATÓRIO ANTIINFLAMATÓRIO

↑ Inflamação subclínica Atenua


Inflamação
Subclínica
RelaçãoW6:W3 da dieta
Ômega-3

 Indivíduos saudáveis: 2a3porções/ semanade peixes fontes de w-3 500 mg EPA+


DHA/dia.

 Indivíduos comDAC:1gEPA+DHA/dia

 Indivíduos comhipetrigliceridemia: 2a4gEPA+DHA/dia

Fontes alimentares:
 Peixes de águafria (salmão, arenque, sardinha, atum, arenque)
 Linhaça

Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015


SALMÃO SELVAGEMX SALMÃO DE CATIVEIRO

 Análise de 700amostras de salmão de cativeiro e de salmão selvagemdas8 maiores regiões


produtoras daEuropa, Chile eAmérica do Norte.

Salmãode Taxasde bisfenil policlorinado, dioxinas e dieldrina


cativeiro SUPERIORES àsdo salmão selvagem

Alimentação rica emgordura àbasede farinha e óleo


de peixe

Sealimenta de organismos aquáticos (fitoplanctons ricos em


Salmão
W3), pequenos peixes ekrill
Selvagem

Carrero et al. Efectoscardiovasculares de los ácidos grasosômega-3yalternativas paraincrementar su ingesta. Nutr Hosp.
63-69, 2005
Dicas para identificar suplementos
Ômega-3

Verificar Dose Cerificado do


Vitamina E
Desejada IFOS

Acondicionamento

- Certificado depureza
- Ausência demetais
pesados Antioxidante
http://www.nutrasource.ca/ifos/product- (evitar peroxidação)
reports/default.aspx

Lista de produtos validados


Pote escuro/opaco
19
Pote opaco
Benefícios a Saúde

ANTIINFLAMATÓRIO DOENÇAS
CARDIOVASCULARES

COGNIÇÃO
APRENDIZAGEM CÂNCER
CONCENTRAÇÃO ÔMEGA3

ACUIDADEVISUAL
(RETINA) DESENVOLVIMENTO
DISTÚRBIOS SNC
PSIQUIÁTRICOS

Salgado.Alimentos funcionais. 1ªed. SãoPaulo. Oficina de textos, 2017


Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA, 2015
Óleo de Peixe XAgregação Plaquetária XRisco deSangramento

Umarevisão de 19estudos mostrou que não há risco de


sangramento como uso de até 4gde óleo de peixe/dia.
W-3 x INFLAMAÇÃO
Associação inversa entre consumo de W-3 Mozaffarian et al. J AmColl Cardiol; 58(20):2047- 2067,
e marcadores inflamatórios: PCR,TNF-α, IL- 2011.
6. Kantor et al. AmJ Epidemiol; 176(11):1002-1013,
2012.
Asuplementação de W-3 reduz os níveis circulantes de PCR, Micallef et al. Atheroscleroshis; 204(2):476-482,
TNF-α. 2009.
Ebrahimi et al. Acta Cardiol; 64(3):321-327, 2009.

W-3 reduz Ácido araquidônico das membranas


↓ Produção demediadores
fosfolipídicas emplaquetas, células endoteliais
inflamatórios
e do sistema imune
W-3 xINFLAMAÇÃO

Propriedades anti-
inflamatórias aguda

Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015


W-3 x Alzheimer
 ↓ Inflamação Freemantle et al. Prostaglandins Leukot Essent
 EPA:modulação de fluidez de membrana, ↑ da afinidade de receptores FattyAcids; 75(3):213-220, 2006
de membrana
Sofrilzi et al. Neurol; 52:1563-1568,1999
 DHA: ↑ [ ] acetilcolina cerebral, revertendo danos nos
processos de aprendizagem

W-3 x Distúrbios Psiquiátricos


Depressãoe transtorno bipolar Suet al. Eur Neuropsychopharmacol; 13:267-
 Uso de w-3 em indivíduos bipolares reduziu 50% 271, 2003.
dos sintomas depressivos.
Safaet al. TherAdv Psychopharmacol; 3:186,
 Suplementação de 300 mg W-3 reduziu sintomas
2013.
depressivos.
Esquizofrenia Zemdegset al. Ver Psiq Clin; 37(5):223-7. 2010.
 A suplementação com EPA (2g/dia) apresentou resultado positivo na
melhora dos sintomas como coadjuvante no tratamento de
esquizofrenia.
Distúrbio de Personalidade Bordeline Zanarini et al. AmJ Psiq; 160:167-169, 2003.
 O uso de EPA (1g) por 8 semanas, reduziu comportamento agressivo Hallahan et al. Br J Psiq; 190:118-122, 2007.
em mulheres.
 1,2g EPA + 0,9g DHA por 12 semanas  Melhora sintomas de
depressão, tendências suicidas e habilidade em lidar com o estresse
diário.
Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015
LINHAÇA(Linum usitatissimum)

Composição química
• Óleo de linhaça: pouco efeito sobre
Perfil Lipídico
• 40%delipídio CT,masefeito redutor de Tg
• 28%deproteínas
• *Ômega 3: 57%
• 35% CHO – 33% Fibras
• Ômega6:16% • ↓ Glicemia (melhora
(75% insolúvel e 35%
• Monoinsaturado: 18% sensibilidade) - semente
solúvel)
• Saturado: 9%
• VitaminasA, B, DeE
• Minerais: K, P,Mg, Ca, S. • ↓Marcadores inflamatórias

Ômega-3 Fibras Lignanas


Perda de peso (saciedade) Fitoestrogênico
Cardioprotetor (Saúdeóssea,
Menopausa)
Funcionamento intestinal
Antiinflamatório
Antioxidante
(Modulaçãodos Perfil lipídico
(DCV)
eicosanóides) (DCV)

Mette Kristensen, Nutrition & Metabolism 2017, 9:8


Dourada OU Marrom???

Marrom Dourada
 Nativa da região mediterrânea  Nativa do hemisfério norte
 Cultivada em clima úmido e boa adaptação em  Cultivada de forma orgânica e boa
climas quentes (solo Brasil). Presença de
agrotóxicos adaptação emclimasfrios
 Cascaumpouco mais dura e resistente  Cascamais frágil
(>teor de fibras)  Sabor mais suave, melhor aceitação
 Sabor mais forte e amargo  Mais cara
 Mais barata  Lignanas +Biodisponíveis
Semente Farinha

Qual amelhor
forma de uso???

INTEIRA MOÍDA
Triturar no liquidificador (seca), pois acascaé bastante
resistente e passa intacta pelo aparelho digestivo.

Armazenamento:
 Triturar no momento do consumo
 Armazenar em potes de vidro na geladeira até 3 a 4 dias

MARQUES, 2011; COSTA& ROSA,2017


Kuijsten et al. The Relative Bioavailability of Enterolignans in Humans Is Enhanced by Milling and Crushing of
Flaxseed1J Nutr. 2005Dec;135(12):2812-6.
ÓLEODE LINHAÇA ÓLEODE PEIXE

Martins et al. RevInst Ciênc Saúde. 2008;26(2):153-6

Consumo de peixes marinhos ou de seu suplemento (óleo de peixe) observou- se uma


redução dos níveis de colesterol e triglicérides, quando comparada com óleos vegetais (óleo
de linhaça) no qual apresentou diminuições similares em níveis de colesterol, porém os
triglicérides não abaixaram.
LINHAÇA
LINHAÇA(Linum usitatissimum)

40g, 02x/dia
01 colher de sopa /dia 40g – 60/dia
(moída)

Ômega-3 Fibras Lignanas


Perda de peso (saciedade) Fitoestrogênico
Cardioprotetor (Saúdeóssea,
Menopausa)
Funcionamento intestinal
Antiinflamatório
Antioxidante
(Modulaçãodos Perfil lipídico
(DCV)
eicosanóides) (DCV)
CHIA (Salvia hispanica L.)

 Semente proveniente do Sul do México

Coelho & Salas-mellado. Revisão: Composiçãoquímica, propriedades funcionais


e aplicações tecnológicas
dasementede chia (Salvia hispanicaL) emalimentos. Campinas,v.17, n. 4, p. 259-
268, out./dez. 2014
J Food SciTechnol (April 2016)53(4):1750–1758
Mohd Ali et al. The Promising Future of Chia, Salvia hispanica L.Journal of Biomedicine and Biotechnology, 2012

2 colheres de sopa de Chia por dia PODEcontribuir para


aredução do risco de DCVe DM
ÁCIDO OLÉICO(W-9)
AZEITE

 Não é extraído por solventes. Qualidade dos azeites (ANVISA):


 Compressãoa frio.  Acidez <0,8
Azeite extra
 Semalteração na composição  Ideal: acidez <0,5
virgem
da semente.  Excelente: acidez <0,2

Processamento com solventes


(azeite refinado)

Alcalinização para reduzir acidez


 Tempo
 Exposição solar
 Calor
Angelis, 2001
Botti. Campinas,2014

Plástico
IDEAL
• Maior permeabilidade de O2 VIDRO ESCURO
• Maior oxidação pela luz

Lata
• Mal fechamentoe permite entrada de gases,
• Contato com metais

Vidro transparente
• Maior oxidação pela luz

Perdas de qualidade: Conservação


Ocorre +rapidamente nos 3primeiros meses  Baixa luminosidade
de estocagem  Temperatura <22°C

Botti, 2013
Benefícios aSaúde

↓ da agregação
plaquetária ↓ oxidação deLDL-col

↓ dos TG, VLDL, Proteção Doença Mantém ou


LDL, CT cardiovascular ↑ HDL-col

Marcadores Estresse oxidativo


inflamatórios

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 88, Suplemento I, Abril 2007


Coccionar
ou não com
Azeite???

(Oleuropein)
ABACATE Fitoquímicos e
Ácido oléico ß-sitosterol Glutationa
Nutrientes Magnésio, potássio, fibras folato, Vitamina E

↓ Pressão arterial Melhora perfil lipídico

↓ Agregação Proteção Doença


plaquetária cardiovascular ↑ Função endotelial

↓ Marcadores ↓ Estresse
inflamatórios oxidativo

Nutrients 2017, 9, 598


Composição Nutricional

Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015


LIZ, et al. Food & Function, 2013

 Fibra: 4.6 g
 Hambúrguer (250g, 10%lip)  Potássio: 345mg
 MUFAs: 6,7 g
 Hambúrguer +68gde abacate
 Energia: 114 kcal

Menor
Menor marcador vasoconstricção
inflamatório (IL-6)

Adição de ½de umabacate(68 g)aumhambúrguer pode reduzir os


efeitos pró-inflamatórios e vasoconstritores pós-prandial com carne
OLEAGINOSAS

• Rica em AG insaturados (ácido oléico,


linoleico) e pobre emAGsaturados. Fitoquímicos:

 Ácido elágico
• Fonte de vitaminas antioxidantes, minerais e fibras.
 Luteolina
 Compostos fenólicos (flavonoides,
• Alto teor deARGININA
resveratrol) e fitoesteróis.

Precursor de
ÓXIDO NÍTRICO ADA:
• Evidências científicas sugerem, mas não comprovam
que o consumo de oleaginosas como parte de uma
dieta pobre em gorduras saturadas, reduz o risco de
Ação ↓ Agregação DCV.
vasodilatadora plaquetária

Recomendação
(ADA, 2009):
30g/dia
MANI V, et al. Nutr & Metab, 2013

Dieta do mediterrâneo contendo oleaginosas (30g/dia):

 Redução da circunferência da cintura


 Redução de LDLspequenas e densas
 Aumento daproporção de LDLs maiores
 Aumento do HDL
Chaves.Compostos bioativos dos alimentos. SãoPaulo: Valéria PaschoalEdLTDA,2015
Oqueacontecequando osóleo
sãosubmetidosa altas
temperaturas???

Epara fritar???
Qual o melhor óleo??
PONTODEFUMAÇA

“Temperatura a qual a gordura é submetida e que passa do estado líquido para o gasoso”

Adaptado de Gerts (2000) Tucunduva. Nutrição e Dietética. 2ed, Manole, 2008

Reutilização do óleo
 ↑ AGSeTrans
 ↓AGS Poli

Sanibal & Mancini. Cadernode tecnologia de alimentos e bebidas – Faculdade de CiênciasFarmacêuticas - USP
Torkmahallehet al.

Oliva
Amendoim

Cártamo
Soja
Canola
Milho
Coco

CONCLUSÃO

Soja, canola e cártamo gerarammenor número de


partículas ultrafinas quando submetidos a altas
temperaturas
Limet al. Journal of Food ScienceVol. 79, Nr. 1, 2014

CONCLUSÃO
 Óleo de Palma parece ser para ser superior e mais seguro para ser usado em fritura
longas.
 Óleo de coco que continha mais alto AG saturado não produziu
menor acrilamida
ÓleodeAbacate

Resistente ao
calor

Ponto de
fumaça
(255°C)
AÇÚCARES& EDULCORANTES
Açúcares Cristal
GRA
U DE Demerara
PROCESSAMENT
O
Mascavo
Açúcares TIPOS
Mascavo
• Élivre de aditivos químicos e não sofre refinamento preservando diversos nutrientes, como
magnésio, cálcio e ferro.

Demerara
• Sofre leve refinamento, porém conserva boa quantidade de nutrientes, bem semelhante ao
mascavoe não apresentaaditivos químicos comoo refinado.

Cristal
● Possui cristais maiores. Háperdasde nutrientes.

Orgânico
• Não usaingredientes artificiais emnenhumaetapa do ciclo de produção, do plantio à
industrialização.

Refinado
●Sofre intenso processo de refinamento, com grande perda de seus nutrientes (cerca de
90%).Adição de substânciasquímicas(clarificantes, antiumectantes, conservantes).

Light
●Combinação do açúcar refinado comadoçantes artificiais, comoo aspartame, o ciclamato e a
sacarina, que quadruplicam o poder de adoçar

Coco
Extraído das flores da palma de coco. Não passa por processo de refinamento, garantindo
apresençade vitaminas e mineiras. Vantagemé o seubaixo índice glicêmico
AÇÚCARREFINADO
GatilhoTóxico

Processo de Carcinogênese, urticária, anafilaxia,


Resíduos de dióxido
refinamento cefaleia, hipotensão, distúrbios de
de enxofre
comportamento e do TGI

↓ Biodisponibilidade devitaminas (B1,


Sulfitos
B6, B9e nicotinamida)

Contaminação por
Hidrocarbonetos Carcinogênicos e
policíclicos aromáticos genotóxicos
(HPAs)

Camargo.Avaliaçãodaingestãode hidrocarbonetos policíclicos aromáticos atravésdadieta. Tesede Doutorado, Campinas,2001. Araujo. Processo de
clarificação do caldo de canapelo método de bicarbonatação. RevCiênciae tecnologia: 1:1-6, 2007.
Favero et al. Sulfitos: importância naindústria alimentícia e seuspossíveis malefícos àpopulação. Segurançaalimentar e nutricional; 18(1):11-20, 2011.
AÇÚCARREFINADO
GatilhoTóxico

• ↑ produção de radicais livres com alteração estrutural e


funcional das proteínas, lipídeos e citocinas, danos ao
DNAe lesão celular.
Glicotoxicidade
• Açúcar ↑ excreção de minerais (Cu, Zn, Mn, Se, Ca, Mg)
– Cofatores de enzimas do sistema antioxidante.

• ↑ Infecção fúngica
Fermentação
Fermentação • Maior susceptibilidade à hipersensibilidades e
alimentares, carcinogênese ação como
disruptores endócrinos

Gatilho • Inflamação e disbiose

Almeida et al. Disbiose intestinal. Ver Bras Nutr Clin: 24(1):58-65, 2009
Paschoalet al. Nutrição Clínica Funcional: dos princípios àprática clínica. SãoPaulo: Valéria Paschoal. EdLDA, 2007
Biosci. J., Uberlândia, v.25, n. 3, p. 32-40, May/June 2009

Foi contatado níveis críticos noAÇÚCARMASCAVO, de


bactérias mesófilas, bolores e leveduras, depreciando a sua
qualidade e comprometendo o tempo de armazenamento.
Extraído da seiva daflor do Vantagens
coqueiro
Semagrotóxicos
Produto natural
sintéticos

Semaditivos Baixoíndice
químicos glicêmico

A seiva líquida recolhida passa por


um aquecimento e é desidratada
através do calor, o que resulta em
cristais não refinados.
AçúcardeCoco

Conclusão

D-xilose, demonstrou umefeito


supressivo aguda sobre os picos de
insulina e de glicose pós-prandial.
AGAVE

Xarope tem sido usado como


substituto de açúcares/adoçante

Bompoder de doçura  ↓
ingestão calórica

Baixo índice glicêmico

84%Frutose
GrupoAgave:
↑ CTe TG

GrupoAgave: Consumir com


<Peso Moderação!!!
<[ ] Insulina plasmática
Frutose
Frutose

Metabolizada
Independentemente de
insulina

Lipogênese
Triglicerídeos hepático
de novo

Efeitos adversos no
metabolismo
Glicogênio
hepático Esteatose Resistência à HAS
hepática insulina
James & Theodore. Sucrose, High-Fructose Corn Syrup, and Fructose. Their Metabolism and Potential Health Effects: What Do We Really Know?
Adv. Nutr. 4: 236–245,2013
Aller et al. Starches, Sugarsand Obesity. Nutrients 2011,3, 341-369;
Johnson RJ, NakagawaT,Sanchez-Lozada LG, et al. Sugar,Uric Acid, and the Etiology of Diabetesand Obesity. Diabetes. 2013;62(10):3307-3315. Pillinger et al. Update
on the Management of Hyperuricemia and Gout. Bulletin of the NYU Hospital for Joint Diseases2008;66(3):231-9
Lowette et al. Effects of high-fructose diets on central appetite signaling and cognitive function. Frontiers Nutrition. March 2015| Vol 2
FEBSLetters 588(2014) 490–496

Conclusão
 A frutose é um potente agente de
diferenciação dos adipócitos .

 Frutose foi superior a glicose em promover a


diferenciação de adipócitos 3T3-L1 e no
aumento Expressãoe actividade.
Adv. Nutr. 4: 677–686, 2013

Dieta EUCALÓRICA
65indivíduos com10%das calorias Quando o consumo de bebidas
OB/SB de sacarose ou xarope contendo açúcaresestá dentro das
de milho rico em recomendações de ingestão diária, os
frutose estudos não mostram consequências
por 10 sem negativasà saúde.

Conclusão:

Glicose ou Frutose quando oferecida como parte de


umadieta EUCALÓRICAe equilibrada não promove
ganho de peso ou alterações no perfil aterogênico
AbsorçãodeFrutosexIntestino
Cytokine 64(2013) 181–187

↑ AbsorçãoAtivação do
↑ Absorção de Frutose
transportador de Frutose
quando háuma
(GLUT5) quando háuma
inflamação intestinal
inflamação intestinal
FrutoseassociadocomGordura

Fator detranscrição
estimulador
daproduçãode
colesterol
Endocrine March 2015,Volume48, Issue 2, pp 454-460

Consumo de 200g/dia para


prevenção de DM tipo 2
ADOÇANTES
ARTIFICIAIS

ADOÇANTE GRAU DEDOÇURA CARACTERÍSTICAS


(X SAXAROSE)
Sacarina 300x Élentamente absorvida e sofre mínimas alterações estruturais
até sua excreção
Ciclamato 30x ~63%não é absorvida e pode ser metabolizadapelas
bactérias intestinais emciclohexamina (subst.tóxica)
Aspartame 180a 200x Totalmente hidrolisado emfenilalanina (50%),ácido aspártico
(40%)e metanol(10%)
Acessulfame-K 200x Éexcretado totalmente inalterado

Sucralose 600x ~90%não é absorvida e é excretada pelas fezes, podendo ser


metabolizada pelas bactérias intestinais

Neotame 7000 a 13.000x Éparcialmente metabolizado no organismo


 Indução de dano de DNA
 ↑ Sensação de fome
 ↑ Diferenciação dos adipócitos e peso

1ª Geração
Sacarina Ciclamato Aspartame

Acessulfame-K Sucralose Neotame


2ª Geração

 ↑ Absorção de glicose no intestino


 Estimula diferenciação dos adipócitos
 ↑ Sensação de fome
 Favoreceresposta glicêmica e insulinêmica após as refeições
A substituição de adoçantes calóricos
(açúcares)por não calóricos (adoçantes)
é umaboa opção???
Asubstituição de alimentos e
bebidas adoçados comaçúcar por
produtos adoçados com adoçantes
não calóricos deveriam
teoricamente reduzir o peso
corporal.

No entanto, muitos estudos


epidemiológicos mostramuma
associação positiva como uso de
ADOÇANTESNÃO CALÓRICOS
E IMC
Adoçantes artificiais acarretam emmenor liberação de PYY, Adoçantes artificiais acarretam emmaior apetite
hormônio responsável pela saciedade

Glicose
Aspartame,Sucralose,
Frutose acessulfame K

Aspartame,Sucralose,
acessulfame K
Glicose
Frutose
RespostadeFase Cefálica

Physiology & Behavior(2015)

Aingestão crônica de adoçantes não energéticos leva a


supressão dasrespostas de fase cefálica e prejudica a
habilidade do sabor doce de predizer adisponibilidade
energética da refeição.

Salivação
Secreção de HCl
Secreção de insulina
Secreção Leptina
Termogênese
Oconsumode adoçantes não
calóricos emrelação asacarose
SUCRALOSE

Éumadoçante não calórico e


Aprovado para ser usado
sintetizado por umacloração ADI: 5 mg/kg
nasbebidas e alimentos de
seletiva em3gruposOH EDI: 0.1-2.0 mg/kg
umaforma geral

FDA: seguro para ser


Éo adoçante mais
usado emdiabéticos e
utilizado no mundo
crianças

J AcadNutr Diet.2012;112:739-758.
Decomposiçãodasucralose ocorre por
voltade1250Cemumataxade17a20%

Espectrometria de massa: Subprodutos


clorados aromáticos na decomposição
termal

Hidrocarbonetos
aromáticos policlorados
ADOÇANTESARTIFICIAIS COMO POSSÍVEIS DISRUPTORESDE
ALTERAÇÃODEMICROBIOTAINTESTINALEINTOLERÂNCIAÀGLICOSE
Oqueescolher
paraadoçar??? O Ideal é NÃO
ADOÇAR!!!
Sentir o sabor
natural dos
alimentos!!!

Semrespaldo científico para o uso alongo prazo


seguro dos edulcorantes naturais!!
Circulation. 2017;135:e1017–e1034.

 A comissão considerou razoável


recomendar que as crianças consumam ≤25
g/dia (100 cal ou 6 c. de chá) de açúcares
adicionados

 Evitar açúcares adicionados para crianças


com menos de 2anos de idade.

Evitar Produtos
Industrializados!!!
Bons estudos!

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