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Sumário
Prefácio....................................................................................................................................................... 5
Mercado de capitais.............................................................................................................................. 8
Ações............................................................................................................................................................ 8
Classes de Ações ..................................................................................................................................... 8
Mercados Primário e Secundário................................................................................................... 8
Bolsa de Valores ..................................................................................................................................... 9
Corretora de Valores ............................................................................................................................ 9
Negociação ................................................................................................................................................ 9
Codificação Adotada .......................................................................................................................... 10
Pregão ...................................................................................................................................................... 10
Índices ...................................................................................................................................................... 10
Um breve histórico do nascimento da análise técnica ..................................................... 12
Formação do gráfico ......................................................................................................................... 14
Escala dos Preços................................................................................................................................ 15
Gráfico de barras ................................................................................................................................ 16
Gráfico em forma de candle ........................................................................................................... 17
Como o Gráfico Ajuda na Compreensão das Forças Dominantes ................................ 19
Tempo Gráfico ...................................................................................................................................... 22
• Position Trade .............................................................................................................................. 22
• Swing Trade .................................................................................................................................. 22
• Day Trade ....................................................................................................................................... 23
Princípios da Teoria de Dow ......................................................................................................... 24
1. Primeiro princípio: o mercado tem três tendências .................................................... 24
2. Segundo princípio: o volume deve acompanhar a tendência .................................. 25
3. Terceiro princípio: tendências primárias de alta têm três fases ............................ 26
4. Quarto princípio: tendências primárias de baixa têm três fases ........................... 27
5. Quinto princípio: as médias descontam tudo ................................................................. 27
6. Sexto princípio: as duas médias devem se confirmar .................................................. 28
7. Sétimo princípio: o mercado pode se desenvolver em linha ..................................... 28
8. Oitavo princípio: as médias devem ser calculadas com preços de fechamento 28
9. Nono princípio: a tendência é válida até que haja sinais de reversão ................. 29
Críticas à Teoria de Dow ................................................................................................................. 29
O preenchimento de uma boleta ................................................................................................. 31
Os principais tipos de ordens ....................................................................................................... 31
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Tendência de Lado ............................................................................................................................. 42


Tendência de Alta ............................................................................................................................... 43
Tendência de Baixa ............................................................................................................................ 44
Quando as Tendências Mudam .................................................................................................... 45
Suportes e Resistências ................................................................................................................... 48
Linhas de Tendência ......................................................................................................................... 51
Desenhando Canais ........................................................................................................................... 53
Médias móveis ..................................................................................................................................... 55
Médias mostrando a tendência .................................................................................................... 56
As médias indicando os suportes e as resistências ............................................................ 56
Média móvel de 21 ............................................................................................................................. 58
Média móvel de 9 ................................................................................................................................ 60
Volume ..................................................................................................................................................... 61
Usando a simetria ............................................................................................................................... 66
Barra Touro e Barra Urso ............................................................................................................... 79
Posicionamento das Barras Touro e Barras Urso:.............................................................. 81
Controle absoluto ............................................................................................................................... 84
Mantendo o controle ......................................................................................................................... 84
Controle total ........................................................................................................................................ 85
Bom controle ........................................................................................................................................ 85
Controle fraco ....................................................................................................................................... 86
Controle perdido ................................................................................................................................. 86
O Recuo de 2/3 .................................................................................................................................... 87
Totalmente acabado .......................................................................................................................... 87
Controle para sempre da força oposta ..................................................................................... 88
Controle total ........................................................................................................................................ 89
Bom controle ........................................................................................................................................ 89
Controle Fraco...................................................................................................................................... 90
Controle perdido ................................................................................................................................. 90
Totalmente acabado .......................................................................................................................... 91
Gap de quebra: ..................................................................................................................................... 93
Gap de fuga ou de medida .............................................................................................................. 95
Gap de exaustão .................................................................................................................................. 96
1. Rompimento Para Cima............................................................................................................102
Ação de compra ..................................................................................................................................104
Saída do trade .....................................................................................................................................104
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Possibilidades de stop ......................................................................................................................105


2. Rompimento Para Baixo ..........................................................................................................109
Ação de venda .....................................................................................................................................111
Saída do trade .....................................................................................................................................111
Possibilidades de stop ......................................................................................................................112
1.Clímax De Compra ........................................................................................................................116
Setup padrão: ......................................................................................................................................116
Ação de compra ..................................................................................................................................116
Saída do trade .....................................................................................................................................118
2. Clímax De Venda ..........................................................................................................................121
Setup padrão .......................................................................................................................................121
Ação de venda .....................................................................................................................................121
Saída do trade .....................................................................................................................................123
Operações de Swing Trade ...........................................................................................................128
1. Primeiro passo para o sucesso: ...............................................................................................128
2. Segundo passo para o sucesso: ...............................................................................................130
3. Terceiro passo para o sucesso: ................................................................................................131
4. Quarto passo para o sucesso ....................................................................................................131
Operações de Day Trade................................................................................................................132
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Prefácio
Assunto corriqueiro em nosso cotidiano, a Bolsa de Valores atrai a atenção das pessoas
há muitos anos. Presente em nossas vidas de forma direta ou indireta é assunto garantido nas
rodas de conversa. Quem nunca escutou a célebre frase “Conheço um cara que comprou ações
de X empresa e hoje está rico”? Quem nunca se deparou, em uma conversa informal, com
pessoas que se achavam experts em Bolsa de Valores? Quantas pessoas não se sentaram em
frente a gerentes de bancos para montar uma carteira com ações na esperança de aumentar os
lucros de seus investimentos? Quantos trabalhadores de multinacionais no final de sua
contribuição conquistam a possibilidade de compra de ações da empresa que trabalham? E
quantos não compram e continuarão comprando sem ter conhecimento real do destino de seu
dinheiro? Quantos milhares de pessoas não se deslumbraram com a possibilidade de ganhos
altíssimos quando os noticiários da TV anunciaram a descoberta de jazidas gigantes de petróleo
na camada do pré-sal?

Pensando nisso, e nos sonhos de milhares de pessoas, a The One Invest tem um objetivo
claro, desmistificar a Bolsa de Valores, trazendo ao dia a dia das pessoas conhecimento sólido e
simples do maior mercado que existe no mundo e mostrar que com educação, dedicação e
disciplina todos, sem exceção, podem deixar de ser meros espectadores e se transformarem em
traders profissionais da Bolsa, com capacidade de fazer dinheiro. Isso mesmo, a intenção da
The One Invest é que todo novo membro do nosso time tenha técnicas para fazer dinheiro na
Bolsa de Valores e poder realmente concretizar seus sonhos.

Através de um sistema de treinamento com material didático de excelência, a The One


Invest consegue mostrar da forma mais simples possível como se operar na Bolsa de Valores
seguindo regras claras e bem definidas. Todos os cursos e materiais são interligados, pois
acreditamos que a formação de um trader de sucesso depende de sua evolução passo a passo. E
este é nosso compromisso, no The One trader o aprendizado ocorre de forma natural, como
nosso próprio desenvolvimento como seres humanos, aprendemos a sentar, engatinhar, ficar em
pé, andar e por fim correr. E é graças ao estudo de padrões que se repetem e utilizando-se da
análise técnica que os The One traders terão condições de projetar o futuro dos preços, dentro
de uma lógica de maiores probabilidades.

Apesar do que muitos pensam e ao contrário do que na maioria das vezes o mundo nos
ensina, a Bolsa de Valores é um lugar seguro, que deve ser explorado e, principalmente, é aberta
a todos, sem distinção de classe social, origem ética, religião, etc. Na verdade, é um gigantesco
mercado onde se compra e se vende. Nós, da The One Invest, queremos lhe mostrar que com
técnicas simples você pode se tornar um grande comprador e um grande vendedor, que possa
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realmente lucrar muito com isso e, diferentemente do tradicional, ser extremamente bem
recompensado por seu esforço, sem nos importamos se os futuros The One Traders já foram
milionários antes ou não.

Conseguimos isso através de um sistema de treinamento e simulação no qual todos


partem do mesmo ponto financeiro e o desempenho de cada um dirá quão rápido será seu
crescimento.

Como dito, todos os treinamentos são interligados propositalmente, no treinamento


intensivo, o futuro trader aprenderá as bases da Bolsa de Valores e terá uma carga extensa de
análise técnica, desde seus fundamentos mais básicos até os padrões gráficos que farão parte do
resto de sua vida. No final do treinamento, estará apto a operar qualquer mercado, de ações a
commodities, a partir daí, todos os outros treinamentos serão baseados em melhorar o
desempenho e maior lucratividade no aprendido.

Das perguntas que nos fazem, as mais frequentes são “Quanto consigo ganhar por
mês?” e “Quanto preciso ter de dinheiro?”. Apenas para a segunda temos uma resposta
concreta: você não precisa ter dinheiro, você precisa, sim, com toda certeza, fazer nossos cursos
e o dinheiro que utilizará na Bolsa de Valores vai ser dinheiro gerado pela própria Bolsa de
Valores. A The One Invest é pioneira nesse sistema, com o incentivo que oferecemos a seu
acúmulo de capital inicial e consequente multiplicação deste pelas técnicas ensinadas. Para a
primeira pergunta seria muita pretensão nossa tentarmos saber o quanto você é capaz de fazer na
Bolsa, existem milhares de casos de pessoas que se satisfazem em ganhar um pouco mais que a
Selic por mês, mas existem casos de pessoas que se tornam milionárias em pouco tempo. Nós,
da The One, ensinamos o caminho e nos responsabilizamos por nunca castrar seus sonhos, não
saber o quanto vai ganhar, mas com toda sinceridade dizer que, no máximo, você poderá perder
6% ao mês.

Esperamos que, como o nome já diz, The One Invest, este seja o primeiro click, o seu 1,
para fazer parte dessa extraordinária vida de sucesso e Bolsa, pois temos certeza que no futuro
próximo, histórias e mais histórias serão contadas dos novos golden boys do Brasil, pessoas que
foram tocadas pela The One.
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Introdução à Bolsa de Valores

1. Opere barras grandes

2. Entre pela média de 21

3. Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4. Confirme com volume

5. Coloque o stop
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ESTRUTURA DO MERCADO
Mercado de capitais
O mercado de capitais pode ser resumido como o conjunto de instituições que negociam
títulos e valores mobiliários. Esse sistema tem como objetivo viabilizar a capitalização das
empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas.

Ações
Entre os títulos que fazem parte do mercado, estão as ações. Elas são títulos que
representam uma parte do capital social da empresa que as emitiu. O investidor em ações
outorga aos seus proprietários uma série de direitos e responsabilidades. O acionista tem
basicamente uma responsabilidade, que é de efetuar o pagamento das ações que comprou. A Lei
n° 6.404/76 lhes confere uma série de direitos: participação nos lucros, direito à transmissão,
direito a voto (no caso de ações ordinárias), direito a informações, direito de preferência na
subscrição de novas ações e direito à retirada da sociedade, em alguns casos especiais.

Classes de Ações
As ações diferenciam-se seguindo os critérios da empresa emissora e de espécie. Como
espécie de ações, existem as ações preferenciais (PN) e ordinárias (ON). As ordinárias têm
como característica básica o direito a voto nas assembleias que decidem assuntos relativos à
administração da empresa. As ações preferenciais não dão direito a voto nas assembleias, mas
dão preferência na distribuição de lucros.

Mercados Primário e Secundário


No mercado primário de ações a empresa faz a oferta de ações, vendendo-as aos
investidores. Os recursos gerados pela venda entram diretamente no caixa da empresa. O
mercado secundário é aquele em que são negociadas essas ações distribuídas no mercado
primário. Ou seja, é o mercado em que são negociados os títulos emitidos pela empresa,
acontecendo apenas a troca de propriedade desses títulos. O mercado secundário garante a
liquidez dos títulos negociados no mercado primário. É muito importante que exista um
mercado secundário forte, de outra maneira não haveria interesse dos investidores em comprar
títulos no mercado primário se eles não tivessem liquidez (não pudessem ser trocados por
dinheiro a qualquer momento).
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Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores é o local onde são negociadas as ações, nela operam os investidores
e as instituições financeiras. Está aberta ao público em geral e tem as características de
negociação de títulos e valores, onde somente são negociados títulos das entidades que tenham
sido admitidos à negociação e onde as transações são asseguradas jurídica e economicamente.
No Brasil, a Bovespa é a Bolsa de Valores que concentra a negociação de ações, uma associação
civil sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. São
considerados membros da Bovespa as Sociedades Corretoras de Valores que possuem pelo
menos um Título Patrimonial. Essas corretoras fazem parte da assembleia geral que se reúne
duas vezes por ano para, além de outras funções, eleger os membros do conselho de
administração, que é quem de fato administra a instituição.

Corretora de Valores
As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários são instituições financeiras
membros da Bolsa de Valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias
Bolsas, sendo habilitadas com exclusividade para negociar valores mobiliários no pregão físico
ou eletrônico das Bolsas. Todos os negócios na Bolsa são feitos através de uma Corretora de
Valores. É a instituição financeira que representa o cliente no ambiente de negociação, sendo
responsável por sua operação e gerando uma segurança maior para todo o sistema, pois é a
corretora que se responsabiliza pelo pagamento de uma compra ou pela entrega das ações
vendidas. O primeiro passo para negociar na Bovespa é abrir uma conta em uma Corretora de
Valores. É muito importante que, antes da abertura da conta, seja feita uma pesquisa sobre a
instituição, sobre quais serviços são oferecidos, quais os mercados que essa corretora atende e
qual é o custo da corretagem. Este último item é de extrema importância, visto que existem
enormes diferenças de preços para esse serviço, que variam de corretora para corretora.

Negociação
As negociações no pregão são realizadas com base nos critérios operacionais
estabelecidos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pela Bolsa de Valores.

O principal mercado da Bovespa é o mercado à vista. Nele, são negociadas as ações que
seguem o ciclo de três dias de liquidação. No primeiro dia, é feita a identificação das partes
(comprador e vendedor), no segundo dia ocorre a liquidação física (entrega dos títulos
negociados ao comprador) e no terceiro dia ocorre a liquidação financeira (pagamento e
recebimento dos valores da operação).
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Codificação Adotada
Na Bolsa, as ações recebem códigos que padronizam a negociação. Toda a ação recebe
um código de quatro letras e um número. As letras representam o nome da empresa e o número,
o tipo de ação.

As ações são negociadas em lotes, que podem ser de 100, 1.000, 10.000 e 100.000
ações, com o preço podendo ser unitário, por 100, 1.000 ou 10.000 ações. Por exemplo, no caso
das ações da Petrobrás Preferencial (PETR4), a cotação é unitária (por ação) e o lote é de 100
ações. Ou seja, se dizemos que o preço da PETR4 é de R$ 120,00, estamos dizendo que R$
120,00 é o valor por ação e o preço por lote é de R$ 12.000,00 (120,00 x 100). Quando as ações
são negociadas dessa forma, pelo lote padrão, dizemos que ela está sendo negociada no mercado
integral. Se é preciso operar um valor menor que o valor mínimo do lote integral, pode-se operar
no mercado fracionário, onde as ações são negociadas unitariamente. Nesse caso, é possível
operar menos de 100 ações. De uma maneira geral, deve-se sempre operar no mercado integral,
pois a liquidez costuma ser muito menor no mercado fracionário.

Pregão
As negociações ocorrem no pregão, local em que se reúnem os corretores para cumprir
as ordens de compra e venda enviadas pelos seus clientes. Nos últimos anos, o local físico de
negociação tem perdido cada vez mais espaço para o pregão eletrônico, no qual as ordens são
enviadas pela corretora através de um sistema informatizado que conecta as Bolsas e as
corretoras remotamente. Esse pregão ocorre diariamente, das 10h às 17h. Existe um pregão
noturno, válido somente para o sistema eletrônico, das 17h30 até às 18h. Durante o pregão, os
participantes enviam ordens de compra e venda das ações através das corretoras de valores.
Estas ordens são organizadas através do sistema eletrônico da Bolsa e colocadas num quadro,
onde as ofertas são ordenadas seguindo dois critérios: valor ofertado e horário da oferta. O
sistema tem como objetivo facilitar a formação dos preços da maneira mais justa e transparente
possível.

O sistema de negociação eletrônico tem como objetivo facilitar a colocação das ordens
e o fechamento dos negócios, assim como fazer valer a lei da oferta e da procura, sem dar
margens para manipulação dos preços.

Índices
A Bovespa coleta, organiza e divulga uma série de informações sobre os negócios
realizados em cada pregão. Uma das maneiras de acompanhar o desdobramento do mercado é
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através dos índices de ações. O principal índice é o Ibovespa, calculado desde 1968. O Ibovespa
é o valor atual de uma carteira teórica de ações, a partir de uma aplicação hipotética, medido em
pontos. Na prática, esse índice reflete o comportamento do mercado, em que cada ação tem um
peso específico. Quanto mais negociada é aquela ação, mais peso ela tem no índice. A carteira
teórica que forma o índice e os respectivos pesos de casa papel é reformulada a cada três meses.
Hoje o índice Ibovespa é composto por 72 ações.
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INTRODUÇÃO À ANÁLISE TÉCNICA


Um breve histórico do nascimento da análise técnica
Os primeiros rumores de que se tem notícia sobre tentativas relativamente bem-
sucedidas de análise e interpretação dos mercados ocorreu em Osaka, no Japão, sede da primeira
Bolsa de Futuros do mundo, a Bolsa de Arroz Dojima, fundada em 1654. Foi aí também que
surgiu Munehisa Homma (1724-1803), um reconhecido investidor que adquiriu em suas
experiências nos mercados um conhecimento novo para a época: a técnica das velas, ou
castiçais, hoje denominada Candlesticks.

Não se sabe por que por mais de duzentos anos a descoberta permaneceu em uso
somente no Japão. O fato é que só em 1991 a técnica dos Candlesticks passou a ser conhecida
também nos Estados Unidos e, logo em seguida, em todo o mundo. E isso só aconteceu graças a
Steve Nilson, na época vice-presidente da Merrill Lynch, hoje um dos maiores bancos de
investimentos e corretoras de valores do mundo. Ele foi o primeiro a tomar conhecimento da
técnica no ocidente e a divulgá-la amplamente.

Entre esses dois acontecimentos marcantes – o desenvolvimento dos Candlesticks por


Homma e a chegada desse conhecimento ao restante do mundo, graças a Nilson – nascia,
também, a Análise Técnica ocidental, cujo primeiro grande nome foi Charles Henry Dow
(1851-1902). Dow será citado diversas vezes, dada sua importância histórica no nascimento da
Análise Técnica tal como conhecemos hoje.

Dow era jornalista financeiro de grande destaque. Trabalhava no pequeno estado de


Rhode Island, o menor dos Estados Unidos em extensão territorial, num jornal impresso, em
companhia de Edward Jones (1856-1920), quando juntos foram transferidos para Nova York,
em 1880. Alguns anos depois, fundaram a Dow Jones & Company, cujo principal produto era
seu informativo financeiro com cotações de empresas negociadas nos mercados de Nova York.
Nascia o Índice Dow Jones. Mas ainda havia muito mais por vir.

Em 1884, quando fundou o Wall Street Journal, também junto com Jones, Dow passou
a publicar diversas matérias sobre seus estudos sobre os modos de interpretar o movimento dos
preços das ações. Esse conhecimento, porém, ainda não era organizado na forma de teoria.

Somente a partir de 1902, com a morte de Charles Dow, o então repórter de Wall Street
Journal, Samuel A. Nelson, teve a iniciativa de fazer o levantamento sobre tudo que Dow havia
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desenvolvido, reunindo assim seus conceitos para publicá-los num livro, intitulado The ABC of
Stock Speculation, que explicava a base do que denominou Teoria de Dow.

Mas estes não foram únicos a participar do nascimento da Análise Técnica. Em 1931,
Robert Rhea, reconhecido estudioso e analista a época, reorganizou e aprofundou os princípios
criados por Dow, transformando-os naquilo que conhecemos atualmente. Rhea marcou seu
nome na história dos mercados de risco ao lançar o livro The Dow Theory.

A partir de então, vários outros nomes contribuíram para o fortalecimento da Análise


Técnica. Ralph Nelson Elliott criou as populares Ondas de Elliott, além de aplicar, com sucesso,
os números da sequência de Fibonacci e suas razões para realizar uma projeção futura dos
preços das ações. Surgiu, também, o primeiro dos indicadores, chamado Índice de Força
Relativa (IFR), desenvolvido por J. Welles Wilder Jr. Em seguida, foram descobertas inúmeras
outras técnicas, conhecidas e aplicadas até hoje por grande parte dos operadores de mercado de
todo o mundo.

Mas o que é Análise Técnica?

“Análise técnica é a ciência que busca, por meio do estudo de registros multiformes,
associados a formulações matemático-estatísticas, incidentes sobre preços, volumes e contratos
em aberto do passado e do corrente dos ativos financeiros, proporcionar, pela análise de
padrões que se repetem, condições para que possamos projetar o futuro caminho dos preços,
dentro de uma lógica de maiores probabilidades.” (NORONHA, 1995)

Em outras palavras, podemos dizer que a Análise Técnica se interessa pela análise
gráfica do histórico de preços da ação e pelo seu desempenho ao longo de diversos períodos de
tempo. Para tanto, dispõe de uma infinidade de ferramentas capazes de gerar uma previsão
aproximada para os próximos movimentos de preços. Afinal, é preciso haver uma forma de
traduzir o que está ocorrendo no mercado, assim como tentar avaliar a próxima tendência, pois
não se pode aplicar recursos numa ação qualquer, escolhida sem nenhum critério lógico de
seleção.

Os parâmetros disponíveis para a elaboração dessas ferramentas são bem conhecidos de


qualquer investidor: a cotação atual do ativo, seu histórico, seus preços máximo, médio e
mínimo do dia, seus valores de abertura e fechamento, seu volume financeiro e de seus
negócios. Dispondo apenas desses dados básicos, alguns dos mais talentosos investidores e
estudiosos do planeta adicionaram a eles seu conhecimento, suas experiências e sua criatividade
para desenvolver métodos capazes de, segundo eles, interpretar o movimento aparentemente
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incoerente dos gráficos de preços, fornecendo sinais valiosos sobre qual será o próximo passo a
ser dado pelo mercado e, diante disso, que posições o investidor deve assumir.

A Análise Técnica independe dos fundamentos de uma companhia, como relação


preço/lucro líquido, grau de endividamento, patrimônio líquido, pagamento de dividendos,
notícias sobre possíveis fusões ou venda, entre outros que costumam afetar fortemente os
investidores fundamentalistas, adeptos da Análise Fundamentalista – que é a segunda forma de
análise disponível, também utilizada para a interpretação dos mercados. A escola técnica é
totalmente diferente e não está ligada à situação clínica de uma nova empresa. Também não
sofre grandes abalos com as notícias divulgadas pelos meios de comunicação.

Partindo do princípio de que a Análise Técnica acredita que todos esses fatores já virão
descontados nos gráficos de preços, muitas vezes até mesmo antes que as notícias sejam
divulgadas à população em geral, os investidores técnicos concentram-se apenas em analisar
gráficos, dando-se por satisfeitos e convencidos de que estão tendo visão real e total das
companhias, do mercado e da economia como um todo.

Formação do gráfico
O conceito de gráfico seria o da representação pictográfica do movimento dos preços de
um ativo financeiro através do tempo. Assim sendo, o gráfico de ações representa em um eixo o
tempo e no outro eixo os preços. O gráfico representa todos os preços negociados no período de
tempo analisado. As duas variáveis são: 1- preço e 2 - tempo.

A variável tempo pode ser determinada por nós. Dessa forma, podemos solicitar ao
software a plotagem de um gráfico de periodicidade diária. Esse gráfico representaria a
oscilação dos preços num dia. Se solicitarmos um gráfico semanal, cada barra ou candle
representará a variação dos preços numa semana e assim por diante.
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Acima, temos um gráfico diário em que cada barra representa um dia inteiro de
negociações das ações do Banco do Brasil. Abaixo do gráfico principal, as colunas representam
o volume de negócios daquele dia em número de ações negociadas.

Escolhendo um gráfico diário, estaremos observando o comportamento do ativo no


período de um dia. Se escolhêssemos 15 minutos como período de tempo, então entraríamos em
um prazo de tempo mais curto, observando o ciclo mais imediato da ação. Olhando um gráfico
mensal, estaríamos observando o ciclo de longuíssimo prazo dessa ação.

Se observarmos um gráfico durante o pregão, ele vai modificando-se ao longo do dia,


conforme as flutuações dos preços que ocorrerem. É necessário aguardar o final do período para
que se possa interpretar a barra formada (se for um gráfico diário, temos que aguardar até o final
do dia, se for um gráfico de 15 minutos, o final do período de 15 minutos).

A forma com que a variação de preço é desenhada no gráfico pode também ser
determinada pelo analista. Existem várias formas de representar as flutuações dos preços, a mais
utilizada é a forma de gráfico de barras. Atualmente, a forma de candles, ou velas, tem sido
mais difundida no ocidente e muitos traders a utilizam exclusivamente.

Escala dos Preços


A escala dos preços pode ser aritmética ou logarítmica. A primeira não considera a
variação percentual ao desenhar as flutuações dos preços, a segunda pondera as variações de
preços pela variação percentual. Esse detalhe pode gerar importantes mudanças no desenho do
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gráfico. Perceba que, para o trader, a variação percentual é muito mais importante do que a
variação nominal do preço.

Um simples exemplo que facilita a compreensão: imagine um ativo que desenhou uma
alta do valor de R$ 10,00 para o valor de R$ 12,00. Nominalmente a alta foi de R$ 2,00, mas
percentualmente a alta foi de 20%. Imagine agora outro ativo que tem uma alta a partir de R$
100,00 para R$ 102,00. A variação nominal também foi de R$ 2,00, mas a variação percentual
de apenas 2%. Gigantesca diferença. Imagine isso desenhado em um gráfico e a possível
distorção que causaria. Especialmente em ativos que possuem um valor nominal (preço
corrente) pequeno, é fundamental que seja utilizado um gráfico que leve em consideração a
variação percentual, pois é nela que auferimos nosso ganho.

Logo, percebemos que a escala dos nossos ativos deveria ser modulada em logarítmica
quando o preço nominal da ação for especialmente baixo. Minha sugestão é usar sempre
logarítmico e evitar o uso da escala aritmética. Nos programas, a escolha entre as duas é muito
fácil, basta clicar com o botão do mouse em cima da escala do gráfico e optar entre uma escala e
outra.

Gráfico de barras
A variação dos preços através do desenho em barras respeita as seguintes regras: a
mínima do dia fica desenhada, a máxima do dia também. Uma pequena trave para a esquerda
aponta o preço onde o ativo abriu no período representado. Se for um gráfico diário, a trave para
a esquerda mostra a abertura do dia, caso seja no semanal, a abertura da semana. A trave para a
direita mostra o preço de fechamento do período. Dessa maneira, são necessárias quatro
informações por período para se formar um gráfico: abertura, máxima, mínima e fechamento.
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Duas informações importantes podem ser extraídas dessa barra: a distância entre a
mínima e a máxima mostra a volatilidade do ativo naquele período, pois quanto maior a
distância, mais intensa foi a briga entre compradores e vendedores.

A distância entre o preço de fechamento e o preço de abertura. Se tivermos uma


distância pequena, significa que o mercado não foi a lugar algum, que ocorreu hesitação e
indecisão no ativo. Ao passo que, se tivermos uma distância grande, temos um mercado que está
definido por um caminho, um mercado que está sendo dominado por uma das pontas,
compradores ou vendedores.

O preço de fechamento é o local onde os profissionais do mercado mais operam e


atuam. No preço de abertura vemos os amadores trabalharem de forma mais intensa.

Gráfico em forma de candle


A forma de representar os preços em candles foi idealizada por um trader japonês em
1690. Ele identificou a importância que residia na relação existente entre o preço de abertura e o
preço de fechamento e decidiu então salientar essa relação com uma moldura no local.

Se o período é de baixa, ele preenche o candle de vermelho, salientando que os


vendedores dominaram o período. Se for de alta, ele preenche o candle de verde, mostrando que
os compradores dominaram o período. O espaço entre a abertura e fechamento recebe o nome
de Corpo do Candle. O que está fora do corpo recebe o nome de sombra, ou superior ou sombra
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inferior. O que realmente chama a atenção nessa forma de expressar as flutuações de preços é
que muitas vezes elas formam padrões de repetição.

O primeiro negócio de abertura de um período determina o ponto de partida. Quanto


mais a ação sobe acima da abertura, mais fortes os touros (bulls). Quanto mais a ação cai abaixo
do preço de abertura, mais fortes os ursos (bears).

Dica: em 82% do tempo a ação continuará ou acompanhará a cor sólida de sua última
barra.

Toda barra (candle) individual representa uma batalha entre dois grupos, os touros e os
ursos, os compradores e os vendedores. Quando o fechamento é bem acima da abertura (open),
os touros vencem, produzindo a cor verde. Quando o fechamento é bem abaixo da abertura, os
ursos vencem, produzindo a cor vermelha. O quanto cada lado ganha é determinado pelo quanto
de verde ou vermelho eles produzem. Em outras palavras, quanto maior a distância entre a
abertura e o fechamento, maior a vitória.
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Como o Gráfico Ajuda na Compreensão das Forças Dominantes


Devemos pensar no gráfico como reflexo do comportamento que os traders que
compraram e venderam um determinado ativo tiveram no passado. Depois deveríamos nos
lembrar que as pessoas e, especialmente, os traders têm memória do que ocorreu no passado. O
gráfico também nos ajuda a visualizar se uma ação possui alguma tendência clara.

Outro exemplo: aquele mesmo trader passa a acompanhar uma ação e percebe, depois
de uns seis meses, que os preços dela sobem consistentemente e que os períodos da baixa duram
poucos dias. Logo, ele identifica que essa seria uma ação para comprar e permanecer comprado
enquanto ela sobe. Ótimo, em apenas seis meses de acompanhamento ele percebeu isso.

O que você pode perceber olhando o gráfico abaixo?

É fácil de observar como os dias de alta predominam nesse ativo e a baixa respeita, no
máximo, sete dias de queda, sendo na maior parte das vezes entre dois, três dias de baixa e os
outros dias de alta. Então começamos a perceber que o ativo em questão tem uma tendência
clara, uma força de compra que está elevando os preços e dominando o ativo. Olhando
rapidamente esse gráfico, responda à pergunta: Qual o sentido dos preços?

Certo, você começa a entender como os gráficos tornam nossa vida mais fácil, pois, em
alguns segundos de observação, você conseguiu ter a mesma ideia que outro trader que
necessitou acompanhar a ação ao longo de meses para captar a tendência do ativo.
20

O trader sem gráfico acompanha uma ação e percebe que a cada dia que passa o
mercado paga menos por ela. Ele percebe que existe uma tendência de baixa no papel depois de
uns três meses. Decide então não comprar o ativo e, talvez, só operar na venda da ação. Está
correta a ação dele.

Mas observe o próximo gráfico:

Pergunta: Qual o sentido dos preços desse ativo?

Você não precisou de três meses para olhar e decidir o que fazer, bastando verificar o
que ocorreu no passado recente dele. O gráfico mostrando o que o ativo fez no passado pode nos
dar uma pista do que ele continuará fazendo no futuro.

Outra informação que o gráfico nos oferece é a respeito do ciclo de indecisão, ganância
e medo instalados no mercado.

O que movimenta os preços de uma ação? O que faz os preços subirem ou caírem?
Tecnicamente, a resposta está em uma única palavra: medo. O medo faz com que as pessoas em
posse de uma ação vendam desesperadamente por acreditarem que ela vai desabar. E é o medo
quem faz as quedas serem tão rápidas e dolorosas.

Agora vamos definir como o medo faz os preços subirem. Se, por algum motivo, o
trader acreditar que uma ação vai subir, ou melhor, que vai disparar sem possuí-la, ele fica
angustiado de “saber” que isso vai ocorrer sem estar comprado. Essa angústia cria o medo de
21

que o ativo dispare antes dele possuir sua custódia. Imediatamente, ele liga para o corretor e dá
uma ordem de compra.

O mercado é um local totalmente carregado de emoções e expectativas que levam às


flutuações de preços. Compreender isso é vital para que possamos operar da maneira correta, ou
seja, sem essas emoções. A ganância e o medo turvam a mente e dificultam nossas decisões.

No gráfico abaixo, os preços vinham caindo até os 13 pontos. No passado, quando


chegou a esse valor, tornou a subir. Atinge essa zona de preços e continua indeciso.
Compradores e vendedores indecisos sobre o rumo do mercado. O preço começa a subir e a
deslocar-se mais rápido. Sobe forte em poucos dias (nada mudou no cenário internacional e no
mundo, apenas as pessoas estão mais gananciosas em relação a essa ação, porque existia uma
crença disseminada de que ela estava barata e iria subir). À medida que o preço dispara e
atingem os 14,80, algumas pessoas começam a considerar que ela está ficando cara, que o preço
está muito alto. Começam a rarear os compradores. Os que estão em posse ficam com medo de
que o mercado desabe com eles dentro e passam a fechar suas posições, vendendo. O medo se
estabelece, a queda é rápida e muitos fogem do ativo com muita pressa. A ação desmonta.
Recua forte em poucos dias e atinge um preço tal, que muitos começam a considerar ela barata,
imperdível. Entram na ponta da compra e o preço para de cair. Reiniciando o ciclo de alta do
ativo. Só que dessa vez ao chegar perto do preço onde ela havia caído nas últimas vezes, os
compradores continuam comprando e o mercado rompe aqueles preços. Todos pensam “se
rompeu, é porque vai subir muito mais, logo, eu compro também”. Novo ciclo de ganância no
mercado.
22

Assim sendo, podemos pensar no gráfico como meramente refletindo a emoção que está
dominando o mercado em algum momento específico.

Tempo Gráfico
A escolha do tempo gráfico a ser operado é fundamental para o trader, essa escolha
deve ser baseada em poucos, mas importantíssimos critérios:

1. Tempo disponível para operações. Levando-se em consideração a disponibilidade de


cada indivíduo, desde os traders, que podem operar e se dedicar a Bolsa de Valores em tempo
integral, aos profissionais de outro setor, que acompanharão os movimentos dos preços apenas
uma vez por semana, por um curto período.

2. Capacitação para operações em gráficos com tempo mais curto. (Oferecida em


treinamentos específicos pela The One invest.) O Objetivo da The One Invest é capacitar o
trader a operar todos os tempos gráficos, desde gráficos semanais a gráficos de cinco minutos,
porém começando sempre pelos tempos gráficos mais longos e diminuindo de acordo com o
aprendizado e desempenho de cada trader, sempre respeitando as características individuais.

3. Capital a ser operado. Operações curtas dependem da compra de lotes maiores de


ações para se obter lucro, porém, a missão da The One Invest é auxiliar o seu novo trader no
acúmulo de capital para que ele possa operar no tempo gráfico que preferir.

4. Objetivo no mercado. Para perfil investidor, devem ser usados gráficos de duração
maior, na maioria das vezes o semanal. Para acúmulo de capital rápido, melhor os gráficos de
menor período.

Assim sendo, temos basicamente três formas de operações:

• Position Trade

Operações mais longas, de semanas a meses. Para operações de Position, o The One
Trade usará o gráfico semanal. Suas operações serão montadas na maioria das vezes no último
dia útil da semana e será acompanhado semanalmente, o que permite ao Position Trade maior
liberdade de tempo.

• Swing Trade
23

Operações de curta duração, de um a cinco dias em média. Para operações de Swing,


inicialmente o The One Trade usará somente o gráfico diário e com seu aprimoramento, poderá
usar gráficos de menor período (15min a 60min). Operação de Swing Trade em tempos gráficos
menores são ensinadas no curso avançado da The One Invest.

• Day Trade

Operações de curtíssimo prazo realizadas no intradiário. Para Day Trades, o The One
Trade utilizará gráficos de 5min e 15min, dando preferência para o gráfico de 5 min. Perceba
que quanto menor o tempo gráfico, inversamente proporcional tem que ser a disponibilidade de
tempo, assim Day Traders, devem se dedicar em período integral à Bolsa.
24

TEORIA DE DOW
A Teoria de Dow é a base de todo o estudo da Análise Técnica. Essa teoria não está
preocupada com nada além das variações de preços. Por meio da utilização de médias em
gráficos de preços do mercado norte-americano, Charles Dow encontrou uma forma bastante
eficiente para seguir as variações de preços e interpretar os movimentos do mercado.

Charles Dow foi um dos fundadores do Dow Jones Financial News Service e utilizou
esse meio para divulgar amplamente os princípios básicos de sua teoria nos editoriais que
escrevia para o Wall Street Journal. Dow, no entanto, nunca chegou a escrever uma obra sobre
sua teoria. Após sua morte, em 1902, seu sucessor como editor no Wall Street Journal, William
Hamilton, continuou a desenvolver os princípios da Teoria de Dow ao longo dos 27 anos em
que foi colunista do mercado de ações norte-americano. Foi Hamilton que completou, organizou
e formulou os princípios básicos da Teoria de Dow.

Para medir os movimentos do mercado, Dow construiu dois índices: a Média Industrial
e a Média Ferroviária. Ambos eram compostos pelos principais blue chips da época em cada um
destes dois setores. As observações de Hamilton sobre estas duas médias enfocam os
movimentos gerais de preços como formas para determinar a tendência principal, ou de longo
prazo, do mercado norte-americano. Após o início de um desses movimentos de longo prazo,
presume-se que ele dure até que as médias deem sinais de reversão desse movimento.

Hoje em dia, o número de empresas que compõem a Média Industrial aumentou de 12


(naquela época) para 30 e a Média Ferroviária foi substituída pela Média de Transportes, que
passou a englobar não só empresas ferroviárias como também empresas rodoviárias, aéreas e de
logística.

No Brasil, a utilização de médias, como termômetro geral da economia, ficou restrita ao


Ibovespa, que é o índice mais popular do mercado. A comparação entre os diversos índices de
ações disponíveis (Ibovespa, IBX, FGV-100) não é muito comum, pois a composição desses
indicadores é bastante parecida.

Princípios da Teoria de Dow

1. Primeiro princípio: o mercado tem três tendências

1.1. Tendência Primária, que é grande em duração e ocorre, em geral, durante


mais de um ano. Nesse tipo de tendência, os movimentos são extensivos, para
25

cima ou para baixo, podendo fazer com que os preços variem mais de 20%.
Uma tendência primária de alta apresenta topos e fundos ascendentes, ao
passo que uma tendência primária de baixa apresenta topos e fundos
descendentes.
1.2. Tendência Secundária, que representa importantes reações e interrompe,
temporariamente, a tendência primária dos preços, mas não altera, em
absoluto, a sua trajetória principal. Geralmente, a tendência secundária dura
entre três semanas e três meses e corrige 1/3 e 2/3 do movimento de preços
da tendência primária.
1.3. Tendência Terciária, que pode ser definida como pequenas oscilações de preço
ou mesmo uma pausa, reforçando ou contrariando o movimento principal. A
tendência terciária tem duração curta, normalmente menos de três semanas,
e é a única das três tendências que pode ser “manipulada” por grupos de forte
poder financeiro.

Existe uma comparação clássica, que vem desde os primórdios da Teoria de Dow: entre
os movimentos do mar e os do mercado de ações. As marés, as ondas e as marolas podem ser
comparadas, respectivamente, com as tendências primárias, secundárias e terciárias. Um
conjunto de ondas não é fator determinante para que haja uma mudança no sentido da maré. Da
mesma forma, as marolas também não são capazes de mudar uma onda. Apenas fatores de
ordem naturais, como as fases da lua ou mudanças nas correntes de ar, podem ocasionar tais
mudanças.

2. Segundo princípio: o volume deve acompanhar a tendência

2.1. A quantidade de ações negociadas deve acompanhar a variação de preços.


Quando os preços sobem ou caem, a quantidade de ações negociadas deve
expandir na direção do movimento principal e contrair na direção do
movimento de correção. Em uma tendência de alta, por exemplo, o volume
negociado deve aumentar quando os preços sobem e contrair quando os
preços caem. O inverso deve ocorrer em uma tendência de baixa, com o
volume negociado contraindo quando os preços sobem e aumentando quando
os preços caem.
26

2.2. Esse fenômeno pode ser explicado pela lei da oferta e da procura. O preço das
ações tende a subir quando a procura por elas aumenta e tende a cair quando
a oferta de ações aumenta. Quando os preços ficam estáveis por algum
tempo, é sinal de que tanto a oferta quanto a demanda por ações estão
equilibrados.
2.3. É importante ressaltar que, na Teoria de Dow, os sinais conclusivos sobre a
direção do mercado de ações são dados pelo movimento dos preços. A análise
do movimento funciona como uma confirmação à análise dos preços.

3. Terceiro princípio: tendências primárias de alta têm três fases

3.1. Acumulação, que é a fase na qual o grupo dos insiders começa a comprar. Esse
grupo é geralmente bem formado e, sentindo que o mercado está com os
preços baixos em relação ao que considera “valor justo” ou que a economia
como um todo deverá apresentar sinais de melhora no médio prazo, começa a
comprar ações, fazendo com que os preços se estabilizem por um bom
período de tempo. Nesse período, é bastante comum que o noticiário ainda
não tenha começado a emitir sinais positivos sobre as empresas e que a
economia e o público estejam desanimados com a situação econômica do país.
3.2. Subida Sensível, fase caracterizada por um avanço estável no preço das ações
e pela melhora nos resultados das empresas. O público, no entanto, ainda não
está totalmente convencido de que a melhora no tom dos negócios é para
valer. Apenas os investidores mais sensíveis e atentos apressam-se para
comprar, fazendo com que o volume de negócios comece gradativamente a
aumentar nas subidas de preços e a diminuir nas quedas.
3.3. Estouro ou excesso, em que a maioria dos investidores se convence de que a
alta nos preços é para valer. Nessa fase, a atividade do mercado parece ferver.
Os preços das ações sobem dramaticamente com o volume acompanhando o
ritmo das altas nos preços. Período em que geralmente pipocam boatos sobre
takeovers, fusões e acordos entre empresas que prometem gerar receitas e
lucros crescentes. Na mídia, principalmente nas manchetes de jornais e
revistas, o tom é amplamente favorável a um aumento no ritmo de
crescimento econômico do país.
27

4. Quarto princípio: tendências primárias de baixa têm três fases

4.1. Distribuição, que na realidade começa no final da fase de estouro ou excesso


de um mercado em alta. Caracteriza-se pelo grupo dos insiders iniciando a
operação na ponta da venda. O volume de negócios ainda é bastante alto,
apesar de começar a diminuir nas altas de preços. O tom dos negócios parece
ser ainda amplamente favorável a novas altas de preços, com o lucro das
empresas em níveis recordes e o público ainda bastante ativo. Os preços, no
entanto, parecem ter estacionado em determinado patamar e começam a
baixar aos poucos.
4.2. Pânico, fase na qual os compradores começam a escassear e os vendedores, já
pressentindo que alguma coisa está errada, começam a ter pressa em se
desfazer de suas ações, vendendo-as a preço de mercado e alimentando uma
onda de feedback negativo no mercado. Essa onda faz com que as quedas de
preços se acentuem em queda vertical e o volume negociado atinja
proporções bastante grandes, indicando o medo que os investidores estão
sentindo.
4.3. Baixa lenta, que se inicia quando os preços atingem um patamar muito baixo,
desencorajando os investidores, que não venderam durante a fase anterior, a
fazê-lo agora. O volume negociado despenca atingindo um nível muito baixo.

5. Quinto princípio: as médias descontam tudo

5.1. Os preços refletem as atividades combinadas de milhares de investidores,


tanto do público quanto dos investidores mais bem informados (insiders) e
refletem as suas diversas opiniões acerca do “valor justo” do mercado como
um todo (refletido pelo valor das médias), assim como de empresas específicas
(por meio do valor de uma ação). É a lei da oferta e da procura agindo de
forma clara no dia a dia dos mercados financeiros. O resultado dessa interação
entre os diversos investidores pode ser observado nas médias, que refletem o
comportamento dessa massa. A única exceção a essa regra decorre dos
chamados “Atos de Deus”, que são fatores externos ao mercado, ocorrem de
forma abrupta, sem aviso prévio, e dificilmente podem ser previstos com um
28

grau de confiança relevante pelos investidores. Um dos mais recentes “Atos de


Deus” ocorreu em setembro de 2001, no atentado terrorista ao World Trade
Center, em Nova York. Ainda assim, os investidores rapidamente descontaram
esse evento nos preços das ações (e das médias, como consequência).

6. Sexto princípio: as duas médias devem se confirmar

6.1. Esse princípio é o mais questionável dentro da Teoria de Dow e o mais difícil
de analisar. Ainda assim, ele passou pela prova do tempo e provou a sua
validade. Define que as duas médias (industrial e de transportes) devem andar
na mesma direção. A falha de uma média em confirmar a direção da outra deve
ser encarada como um alerta para que o investidor fique atento a uma possível
mudança na tendência principal.

7. Sétimo princípio: o mercado pode se desenvolver em linha

Uma linha na Teoria de Dow significa a presença de um movimento lateral que ocorre
com relativa frequência. Normalmente, a direção do movimento seguinte à linha se dá
na direção de tendência primária, embora possa ocorrer durante fases de acumulação e
distribuição. A presença de linhas é consequência de um relativo balanceamento entre

7.1. as forças de oferta e procura que se dão de tempos em tempos. Esse


movimento lateral apresenta uma variação percentual de preços pequena
(geralmente em torno de 5% ou menos) e que dura de algumas semanas a
alguns meses.

8. Oitavo princípio: as médias devem ser calculadas com preços de fechamento

8.1. A Teoria de Dow enfatiza a utilização de preços de fechamento, na medida em


que estes representam o consenso dos investidores acerca da tendência
desenrolada ao longo de um dia de negociação. Dessa forma, a máxima, a
mínima e o preço de abertura em um dado pregão não têm utilidade para a
Teoria de Dow (embora, outras correntes dentro da Análise Técnica, como os
Candlesticks japoneses e as ondas de Elliott, considerem esses outros dados de
suma importância).
29

9. Nono princípio: a tendência é válida até que haja sinais de reversão

9.1. Esse é outro princípio dentro da Teoria de Dow que suscita algumas críticas,
devido ao atraso com que esse sinal é percebido pelos investidores. No
entanto, esse é o princípio que mais utiliza as probabilidades estatísticas. É um
alerta para que um investidor não aposte suas fichas na reversão de uma
tendência antes que esta tenha sido confirmada pela ação do mercado.
9.2. Segundo Hamilton, os preços de fechamento deveriam ocorrer acima de um
topo anterior ou abaixo de um fundo anterior para que uma mudança de
tendência fosse de fato significativa.
9.3. Entretanto, foi Nelson, um seguidor da Teoria de Dow, que aplicou a Teoria da
Ação e Reação às médias para conceituar o final de uma tendência. Segundo
Nelson: “Registros indicam que, em muitos casos, quando uma ação atinge o
topo, ela apresenta uma queda moderada no preço e volta a subir novamente
para perto da máxima anterior. Se, após esse movimento de retorno, a ação
voltar a cair, é provável que essa queda seja mais significativa”. Ou seja, o que
a Teoria da Ação e Reação nos descreve é que uma falha do mercado em
confirmar a tendência vigente, seguida de um contra-ataque no sentido
contrário, é o necessário para sinalizar uma mudança na direção dos preços. Já
havíamos visto algo parecido no Sexto Princípio, quando a Média Industrial
falhou em confirmar a queda na Média de Transportes. Essa é uma “regra de
bolso” para identificação do final de uma tendência.

Críticas à Teoria de Dow


Extremamente tardia, na medida em que priva o investidor do primeiro1/3 e do último
1/3 do movimento de uma tendência primária por causa da exigência de confirmação para que
uma tendência se inicie e termine.

Deixa o investidor em dúvida, pois a teoria não pode antecipar quando um movimento
secundário irá se tornar um movimento primário ou quando um movimento terciário irá se
tornar um secundário. Esse ponto reflete a impaciência do ser humano e a necessidade de se ter
uma opinião acerca da direção principal do mercado.
30

Não ajuda o investidor a tirar proveito das tendências secundárias. Esta é uma crítica
válida, pois, teoricamente, essas tendências podem proporcionar boas chances de ganho a quem
puder identificá-las com algum grau de precisão.
31

Ordens
O preenchimento de uma boleta
Boleta é o nome dado à guia de compra ou venda que preenchemos para enviar uma
oferta ao mercado. Antigamente, as boletas eram preenchidas manualmente nos pregões físicos
e quando se fechava negócio, coletavam-se as informações e a assinatura do corretor que fez a
contraparte. Com a evolução dos negócios eletrônicos, a boleta tornou-se virtual e não é mais
necessária a coleta de assinatura. As boletas de compra e de venda são essencialmente iguais,
muda-se apenas a orientação da operação.

Os principais tipos de ordens


Para entender como os negócios são fechados, é desejável que antes compreendamos os
tipos de ordem que podem ser enviadas ao mercado. Devemos ter atenção especial aos dois
tipos principais de ordem: ordens limitadas e ordens a mercado. Isso porque os demais tipos de
ordem são apenas variantes dessas duas primeiras.

1. Ordem limitada

Nesse tipo de ordem, o investidor especifica um preço-limite pelo qual aceita fechar
negócio para a quantidade requisitada de determinado ativo. No caso de compra, determina o
máximo que aceita pagar. Caso exista possibilidade de fechar negócio por um preço inferior ao
limite imposto, essa possibilidade será aceita de bom grado pelo investidor. No caso de venda
na ordem limitada, representa o valor mínimo que esse vendedor aceita para vender a
quantidade que oferta. Caso exista possibilidade de fechar negócio por um valor mais alto, tanto
melhor. Assim, do ponto de vista de quem envia a oferta, ela pode ser executada a um preço
igual ou melhor do que o determinado como limite.

2. Ordem a mercado

Nesse tipo de ordem, o investidor apenas informa a quantidade que pretende comprar ou
vender de determinado ativo, ou seja, não há limite de preço. Caso a oferta seja de compra,
significa que o investidor aceita pagar pelo ativo o que os vendedores do momento estiverem
pedindo. Caso a oferta seja de venda, significa que o investidor aceita receber pelas ações o
preço que os compradores daquele momento estiverem dispostos a pagar, ou seja, do ponto de
vista de quem envia a ordem a mercado, aceita-se para execução o melhor preço disponível no
momento do envio da oferta. A ordem a mercado é exclusiva das mesas de operação, não
32

estando disponível no Home Broker. Caso uma oferta a mercado não encontre ofertas contrárias
disponíveis para fechar negócio, será automaticamente negada e cancelada. Caso encontre
apenas quantidade suficiente para execução parcial, o saldo se tornará uma oferta limitada ao
preço da execução parcial.

3. Ordem casada

É uma ordem que se compõe de uma compra e uma venda de ações simultaneamente. É
uma ordem dupla e só poderá ser executada quando ambas forem negociadas. Isso significa que
se, por exemplo, apenas a compra puder ser realizada, a ordem não será executada. Para ser
executada, a ordem tem que ser cumprida integral e simultaneamente.

4. Ordem administrativa

Nesta ordem, o investidor apenas informa à corretora ou ao corretor a quantidade de


ações a serem vendidas ou compradas, porém, a decisão do melhor momento para a execução
do negócio é feita pela corretora, independentemente do horário de envio da ordem para a
concretização do negócio. Geralmente, envolve uma remuneração extra à corretora ou ao
corretor se a execução for boa em relação ao preço médio final do ativo para aquele pregão ou
caso algum critério qualitativo em preço seja alcançado.

5. Ordem de financiamento

Caracteriza-se pelo envio de uma ordem num mercado à vista com imediata ordem
contrária para o mesmo ativo, mas num dos mercados a prazo.

6. Ordem discricionária

É uma ordem determinada por um administrador de carteira de títulos e valores


mobiliários ou por alguém que represente mais de um cliente. É enviada apenas uma ordem ao
mercado, representando o interesse de mais de um cliente. Após a execução da oferta, o
responsável especifica a quantidade de ativos e os preços para cada um dos clientes, como num
rateio arbitrário.

7. Ordens de gatilho

São ordens automáticas que dependem de um evento no mercado para serem


disparadas. Podem ter como objetivo iniciar uma operação ou encerrar uma posição já aberta, de
33

forma a preservar capital. As ordens de gatilho sempre disparam algum dos tipos de ordem
vistos anteriormente.

8. Para o dia

A ordem só pode ser executada no dia em que foi emitida. Caso o negócio não seja
realizado nesse dia, a ordem é automaticamente cancelada.

9. Data específica

Nesse caso, é selecionada pelo investidor uma data especifica até, no máximo, 30 dias a
contar da data do envio da ordem. Caso não tenha sido executada até o término do dia da data
especificada, a ordem é cancelada automaticamente.
34

10. Validade até cancelar (VAC)

Essa ordem valerá até ser cancelada pelo investidor ou ser totalmente executada. Tem o
prazo de 30 dias para ser executada. Se no transcorrer desse tempo não ocorrer, ela será
automaticamente cancelada.

11. Validade tudo ou nada

Neste caso, a ordem só poderá ser executada caso o seja integralmente – não há como
realizar parcialmente a operação. Por exemplo, se o investidor quiser comprar 200 ações a
determinado preço e só houver 100 ações disponíveis naquele momento, não ocorrerá negócio,
nem mesmo parcial. Só haverá negócio caso seja possível executar as 200 ações de uma só vez.

12. Execute ou cancele

Envia-se uma ordem a um preço determinado. O que se conseguir de execução naquele


preço é aceito, mas se houver saldo, a ordem é cancelada para o saldo, ou seja, no mesmo
exemplo anterior, caso se queira comprar 200 ações a um preço e só haja 100 disponíveis, as
100 ações disponíveis serão executadas e o restante da ordem será prontamente cancelado.

13. Os diferentes tipos de ordem de gatilho

Quando abordamos os tipos de ordem, mencionamos de forma geral as ordens que


chamamos de ordens de gatilho. São ordens pré-programadas, que dependem de um evento para
35

serem acionadas automaticamente, não necessitando de acompanhamento por parte do


investidor.

Essas ordens surgiram mais recentemente e são de extrema importância para aquele
investidor que não possui condições de acompanhar o pregão durante seu desenrolar. São
ordens que têm como objetivo iniciar ou encerrar uma operação caso uma situação pré-
determinada ocorra. As ordens de gatilho correspondem a:

• Ordens stop loss


• Ordens start
• Ordens stop gain
• Ordens stop móvel

Todas essas ordens têm em comum o fato de possuírem um valor de gatilho na sua
programação. O gatilho é um valor que, se alcançado ou superado pelos preços praticados no
mercado para o ativo em questão, aciona a oferta. Decorrente desse acionamento, será enviada
ao mercado uma oferta de compra ou de venda com características programadas pelo investidor.
As ordens de gatilho, quando programadas pelo Home Broker, não são levadas em consideração
quando o ativo em questão estiver em leilão. Por exemplo, se o preço teórico de leilão alcançar
o gatilho de alguma ordem de gatilho, esta só será acionada quando (e se) o preço efetivo de
leilão, aquele que gera execução, atingir o valor de gatilho. Portanto, essas ordens somente serão
acionadas depois do término do leilão e como consequência das execuções do leilão. Caso a
ordem de gatilho seja colocada pela mesa de operações diretamente no Mega Bolsa, o preço
teórico poderá acionar a ordem e ela participará do leilão. Caso o preço teórico saia do intervalo
de acionamento da ordem de gatilho, ela sairá automaticamente do leilão. Repetimos, isso
somente para ordens colocadas diretamente no Mega Bolsa.

14. Ordens stop loss

Ordem stop é uma ordem de proteção de capital. O investidor define um preço de


gatilho (stop loss) que, se for alcançado pelo mercado, acionará uma oferta para liquidar a
posição. Se a posição for comprada, o acionamento do stop enviará ao mercado uma oferta de
venda. Se a posição for de venda (short), o acionamento do stop enviará ao mercado uma oferta
de compra.

O campo de gatilho da ordem também é conhecido como stop loss. Por exemplo, se
você decide, numa posição comprada, que se o papel for abaixo de R$ 10,00 você quer encerrar
o trade, o seu stop loss será de R$ 9,99. Qualquer negócio executado ao valor de R$ 9,99 ou
36

abaixo acionará o gatilho da operação de stop. Nesse caso, será enviada uma oferta de venda ao
mercado ao preço limite especificado no campo preço e na quantidade especificada. É
importante que o preço limite de venda não seja muito próximo do preço de gatilho. Se isso
ocorrer, o investidor corre o risco de ter seu stop pulado, ou seja, no momento em que a ordem
de venda chega ao mercado decorrente do acionamento do stop, o preço do papel já está abaixo
do valor da venda programada. Dessa forma, a venda fica no livro de ofertas, esperando
execução e corre-se o risco de não sair da operação.

15. Ordem stop gain

A ordem stop gain pode ser traduzida como parar o ganho. É uma oferta que se utiliza
para posições compradas como alternativa para a venda normal. Ao invés de simplesmente
deixar uma oferta de venda a um determinado patamar de preço, existe, na ordem stop gain, um
gatilho (acima do preço atual) que, se o mercado acionar (tocando ou superando), resultará no
envio de uma oferta de venda nas características pré-programadas pelo investidor.

A maioria das corretoras não permite que você estabeleça uma ordem de stop loss e, ao
mesmo tempo, deixe uma venda em aberto no livro de ofertas para a mesma quantidade do
mesmo ativo. Isso ocorre porque cada oferta em aberto compromete aquela quantidade de ações,
as quais não podem ser movimentadas ao mesmo tempo por outra ordem de stop loss e de stop
gain conjunta, sendo que o primeiro acionamento desarma o segundo.
37

16. Ordem stop móvel

Também é conhecida como trailling stop. É outra modalidade de ordem de stop,


utilizada somente para posições compradas. Sua principal característica é que esse tipo de stop
se ajusta automaticamente para cima na medida em que os preços sobem, mas se mantém
estável quando os preços caem. Para ficar mais fácil a compreensão, vamos utilizar o seguinte
exemplo: temos uma posição a preço corrente de R$ 10,50. O stop loss está posicionado em R$
9,99 e a venda limite em R$ 7,99 – ou seja, o máximo que aceitamos ver esse papel cair é até R$
10,00.

Dentro da nossa estratégia, quando e se o ativo alcançar o valor de R$ 12,00 vamos


querer proteger nosso lucro e, por isso, puxaremos o stop para R$ 11,49. Além disso, sempre
que o preço do papel se mover para cima, reagiremos puxando o nosso stop também para cima,
de forma a sempre manter a mesma distância entre o preço corrente e nosso gatilho móvel. Essa
distância será de 51 centavos. Para alcançar isso, preencheremos da seguinte forma os campos
abaixo especificados do stop móvel:

Preço stop = 9,99


Preço de venda = 7,99
Início do móvel = 12,00
Ajuste inicial = 1,51
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Quando o preço do ativo alcançar o preço especificado em início do móvel, que é R$


12,00, os valores de preço stop e preço de venda serão ajustados para cima, somando-se, em
cada um, o valor do ajuste inicial. Quando o ativo bater em R$ 12,00 o novo stop será:

Preço stop = 9,99 + 1,51 = 11,50


Preço de venda = 7,99 + 1,51 = 9,50

Como o preço está em R$ 12,00, a distância entre o preço corrente e o stop é de R$ 0,50
(cinquenta centavos). O stop móvel vai subir automaticamente os valores de stop caso o papel
suba. Por exemplo, se o papel subir para R$ 12,30, o novo valor de stop será automaticamente:

Preço stop = 11,80


Preço de venda = 9,80

Mas, se o papel retornar para R$ 12,00 o stop se manterá inalterado, ou seja, o stop
somente se ajusta para cima, nunca para baixo. A partir desse ponto, só teremos novo ajuste no
stop caso o papel ultrapasse R$ 12,30

17. Ordem start

A ordem start é um tipo de ordem extremamente útil para fazer compras. Com esta
ordem, estabelece-se um gatilho que quando acionado resultará no envio de uma oferta de
compra com características previamente programadas pelo investidor. É como uma ordem stop
loss de compra, só que na direção inversa. A ordem start pode ser utilizada como uma ordem
stop para uma posição vendida (short).

Por exemplo, nossa estratégia diz que, se determinado ativo romper R$ 20,00 gera uma
compra – e, caso isso aconteça, nós queremos comprá-lo. No entanto, não temos como
acompanhar o pregão para aguardar o rompimento. Podemos, então, utilizar uma ordem start. O
gatilho ou start será algum valor acima do ponto de rompimento, por exemplo, R$ 20,01. Se o
papel bater R$ 20,01 ou qualquer valor acima, será enviada uma oferta de compra nas
características que especificarmos na ordem start.
39

18. Situação da ordem após envio

Após o envio de uma ordem para a corretora, é importante ficarmos atentos à situação
da ordem no sistema eletrônico. É o que chamamos de status da ordem. O tempo médio de
comunicação entre a corretora e a Bolsa, para poder retornar o status preciso da oferta, costuma
ser entre 0,5 e 2 segundos.

19. Colocação de ordem fora do horário do pregão

É importante salientar que existem períodos específicos em que a Bolsa fica aberta ao
recebimento de ordens. Mesmo que a corretora aceite as ordens fora desse horário, ela estará
apenas represando a ordem e a enviará somente no horário adequado. Portanto, essas ordens
podem ser confirmadas pela Bolsa e ficarão pendentes até que o horário adequado inicie. As
ordens de gatilho, como são ordens que ficam internamente no sistema da corretora, podem ser
lançadas fora do horário da Bolsa.

20. Cancelamento de ordens

O cancelamento de uma ordem pode ser feito a qualquer momento desde que ela não
tenha sido executada e caso o mercado se encontre em horário de aceitação de ordens. As
ofertas de gatilho podem ser canceladas a qualquer momento enquanto não executadas, pois se
encontram no sistema interno da corretora. No caso de haver uma ordem que tenha sido
parcialmente executada, só poderá ser cancelada a posição restante.
40

21. Quando as ordens oferecem custo

O custo de uma oferta é o que se chama de corretagem. A corretagem só é cobrada para


ofertas executadas parcialmente ou integralmente. O simples envio de ofertas não gera
cobrança. No caso de utilização de corretagem fixa, a execução parcial gera cobrança integral
do valor da corretagem. No caso de corretagem fixa, as ofertas que são executadas em diversas
ocorrências dentro do mesmo pregão geram a cobrança de uma corretagem apenas. Quando
executadas em diferentes pregões, fica a critério da corretora cobrar uma corretagem apenas ou
uma corretagem por pregão em que houver execução. De qualquer forma, a maioria cobra
apenas uma vez. Vale lembrar que as corretoras têm independência para definir a forma como
irão cobrar seus clientes. Por isso, certifique-se de compreender bem os métodos de sua
corretora.
41

O Gráfico de Barras

1. Opere barras grandes

2. Entre pela média de 21

3. Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4. Confirme com volume

5. Coloque o stop
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As Três Tendências
Os preços costumam se deslocar em tendências. Essas tendências podem ser divididas a
partir da forma com que os topos e fundos se dispõem, um em relação ao outro.

São três tendências possíveis:

• Tendência de lado
• Tendência de alta
• Tendência de baixa

Tendência de Lado
A primeira tendência fácil de ser imaginada é a de lado. Acontece quando temos os
topos do mercado sendo efetuados no mesmo nível e os fundos do mercado também no mesmo
nível. Nessa situação, percebe-se que o mercado tem esses limites e essa seria a forma de
distribuição dos preços entre compradores e vendedores, como temos abaixo:
43

Tendência de Alta
Nesse tipo de situação, temos uma relação ascendente entre topos e fundos. Cada topo
que temos é mais alto que o topo anterior e cada fundo que temos é mais alto que o anterior, este
é o conceito de uma tendência de alta.

Esse tipo de tendência é altamente favorável às pessoas compradas, pois o tempo é


aliado ao trader da compra. As pessoas acreditam que ela apenas sobe e por isso seguem na
compra pesadamente. Neste caso, mesmo as compras ruins podem resultar em lucro.
44

Tendência de Baixa
A relação existente entre os topos e fundos nesse tipo de tendência é de queda. Cada
novo topo é mais baixo que o anterior e cada novo fundo é mais baixo que o anterior. Esse tipo
de tendência é especialmente favorável aos traders que operam na venda alugada ou venda
descoberta dos ativos.

Obviamente, a cada dia que passa o mercado paga menos por esse ativo. Não é,
portanto, um papel no qual queiramos estar comprados. Quando visualizamos um ativo que no
diário executa esse tipo de movimento, devemos pensar em operá-lo na venda e não na compra.
45

Quando as Tendências Mudam


As tendências mudam a partir da formação chamada de Pivot. Existem os Pivots de alta
e os Pivots de baixa. O Pivot de alta termina uma tendência de baixa e inicia uma tendência de
alta.

Observe a tendência que vinha fazendo topos e fundos em queda. Porém percebam que
o penúltimo fundo foi acima do fundo anterior, denunciando um possível Pivot de alta. O Pivot
de alta será confirmado quando o último topo for rompido para cima. Isso significará o término
da tendência de baixa e o início de uma tendência de alta no diário, com uma nova sequência de
46

topos e fundos em alta. A partir desse rompimento, pode-se afirmar que o mercado está em
tendência de alta e que devemos ficar comprados enquanto a sequência for de topos e fundos
ascendentes. Seguimos a tendência e ficamos comprados enquanto estiver sendo confirmada.

O Pivot de baixa representa o fim de uma tendência de alta e o início de uma tendência
de baixa. Portanto, quando vemos uma tendência de alta funcionando e os topos e fundos
subindo, tudo bem. Mas no momento em que o primeiro topo for abaixo ou igual ao topo
anterior, vamos observar onde ficou o último fundo e traçar ali o ponto que, se for perdido, terá
acionado o Pivot de baixa e dará início a uma tendência de baixa no ativo, como temos
desenhado abaixo no gráfico:
47

Observe acima o momento em que se perdeu o ponto, passando nos dias seguintes a
realizar topos e fundos em baixa, iniciando uma tendência de realização no ativo.
48

LINHAS DO MERCADO
Suportes e Resistências
Esse conceito é fundamental para um trader. O mercado estabelece zonas psicológicas
de suporte e resistência.

Suporte é uma zona de preço onde existe uma concentração de compradores.

Resistência é uma zona de preço onde existe uma concentração de vendedores.


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Entendido esse conceito, pode-se olhar um gráfico e ver onde o mercado parou de cair a
última vez, ali teremos um suporte. No último fundo, portanto, características dos Suportes e
das Resistências:

• Quanto mais vezes forem testadas e ratificadas, mais fortes são;


• Quanto mais tempo durarem, mais fortes são;
• Quanto maior for a amplitude entre o suporte e a resistência, mais fortes os limites
são.
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Um suporte perdido vira resistência. E uma resistência rompida vira suporte.

As duas primeiras são fáceis de entender. Os testes e as ratificações assinalam e dão


convicção ao mercado de que aquele número é forte. Um suporte que dura 15 anos é muito mais
forte que um suporte que dura 15 minutos. Se os preços precisam subir 2% para encontrar uma
zona de resistência, essa zona será bem menos importante que se eles tivessem acabado de subir
20%.

Já a inversão de papéis é um pouco mais difícil de entender. Digamos que a zona de R$


5,95 fosse um número importante em que os vendedores começassem a realizar um ativo. Todas
as vezes que os preços batessem em R$ 5,95 todos se lembrariam e começariam a vender.
Porém, em determinado momento, o mercado romperia essa zona pela maior força compradora.
Isso geraria uma mudança no equilíbrio entre os compradores e vendedores e o mercado entraria
em tendência de alta. Cada vez que o mercado sobe e o trader não está comprado, gera nele um
sentimento de arrependimento. Desse modo, a cada recuada dos preços até a antiga resistência,
existe uma pressão compradora, gerada por traders arrependidos de não terem aproveitado o
movimento anterior, transformando a resistência rompida em suporte.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado à transformação de suportes em resistências.

Observe no gráfico acima como a resistência rompida vira suporte no futuro.

Regras para encontrar os suportes:


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• Olhe nos fundos anteriores;


• Olhe nos topos anteriores que foram rompidos para cima (eram resistências);
• Olhe nas médias (indicadores);
• Olhe números redondos (10, 20, 50, 100);

Os números redondos funcionam como poderosos suportes e poderosas resistências,


pois as pessoas tendem a arredondar seus traders, comprando ou fechando perto dos números
redondos. O mais correto é efetuar compras perto do suporte e vendas perto da resistência.

Linhas de Tendência
Já sabemos como e onde estão os suportes e as resistências e quando o mercado está de
lado. Mas existe uma maneira de nós mesmos desenharmos o suporte quando o mercado está
em tendência?

Sim. Existe uma forma de desenhar os suportes e as resistências quando o mercado está
em tendência de alta ou de baixa, só que esses suportes e essas resistências serão inclinadas para
cima ou para baixo. Dessa maneira, quando temos um ativo em tendência de alta, ela está
fazendo topos e fundos em ascendente. Exemplo nas próximas figuras:
52

Essa linha unindo os fundos é uma linha de suporte inclinada, que recebe o nome de
linha de tendência de alta ou LTA. No futuro, quando os preços baterem ali, sentirão o suporte e
haverá entrada de compradores.

Observe abaixo, vamos agora desenhar uma linha de resistência em ativos que estejam em
tendência de baixa. Seus topos e fundos são em queda. Portanto, seus gráficos ficam mais ou
menos assim:

Essa linha unindo os topos une também os pontos de resistência. No futuro, quando o
mercado testar essa zona, sentirá a entrada de vendedores nessa linha.
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Essa forma com que se desenha uma linha de resistência inclinada recebe o nome de
linha de tendência de baixa ou LTB. Você pode observar que diferentes linhas podem ser
desenhadas, obtendo diferentes inclinações. Qual está mais correta?

Todas estão corretas para o período de tempo que representam. As linhas que
representarem fundos mais próximos e mais inclinados, possuem prazo de duração mais curto.
As que representarem fundos mais espaçados e menos inclinados tendem a ser de prazo mais
longo.

Desenhando Canais
Podemos desenhar canais de alta e canais de baixa para operá-los. Para desenhar um
canal de alta, primeiro desenhamos a linha de alta normal, a partir dela, desenhamos uma linha
paralela, que passa pelo topo do movimento. A partir daí teremos a resistência e a zona de
suporte no futuro.

Os canais de alta ou de baixa seguem seus movimentos e podem gerar excelentes


situações de compra e de venda ao longo do tempo. Muitas vezes, um trader desenha um único
canal e segue operando nele por 3-6 meses, sem nem sequer olhar outros ativos.

Para desenhar um canal de baixa:

1. Primeiro desenhamos a linha de baixa normal.

2. A partir dela desenhamos uma linha paralela, que passa pelos fundos do movimento.
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55

INDICADORES E FERRAMENTAS
AUXILIARES
Veremos nos próximos capítulos como alguns indicadores podem nos ajudar a
identificar tendências e possíveis situações de entrada e saída. Essas ferramentas não têm o
poder da Teoria de Dow, das Tendências ou das Linhas de Suporte e de Resistência.

Médias móveis
Todos compreendem o conceito de média. Uma média móvel de três períodos é a soma
dos preços de fechamento dos últimos três dias dividida por três. Esse número reflete a média
dos últimos três dias. Ao entrar a informação do dia de hoje, por exemplo, o primeiro dia é
retirado da conta e somam-se os últimos três.

Exemplo:

Média móvel de três dias da BBAS3 = (dia 1 + dia 2 + dia 3) / 3

Entrando a cotação do dia 4, sai da conta o preço do dia 1 e o do dia 4. O software


automaticamente marca as linhas que representam essas médias.
56

Teoricamente, ao se ter uma média de preço de fechamento dos últimos 21 dias,


digamos, teríamos uma ideia mais próxima do valor dessa ação no último mês.

Dessa forma, temos três medias desenhadas neste gráfico. Uma muito próxima dos
preços é chamada de média rápida, por ter poucos períodos de representação. No caso essa é de
9 dias. Outra mais afastada dos preços é a média de 50 dias. E a intermediária, a média de 21
dias.

Qual a utilidade de colocar em meu gráfico essas médias?

• As médias nos mostram a tendência da ação para aquele período que ela
representa.
• As médias nos mostram também onde encontraremos suportes e resistências dos
preços.
• As médias nos mostram também pontos de entrada.

Médias mostrando a tendência


Se colocarmos uma média de 21 dias e ela estiver com uma inclinação para cima qual a
tendência terciaria desse ativo? Alta.

Se colocarmos uma média de 50 dias e ela apresentar uma inclinação apontando para
baixo qual a tendência secundária desse ativo? Baixa.

Se a média de 200 dias estiver na horizontal, a tendência primária é de lado.

Simples e fácil de verificar qual a tendência a partir da inclinação da média.

No gráfico colocado há pouco, vemos a média de nove em vários momentos apontando


para cima forte e depois para baixo forte, fazendo as oscilações clássicas do período mais curto.

A média de 21 dias, mais estável, tem raros momentos em que aponta para baixo no
exemplo. A média de 50 também é bem mais estável. Um trader muito ativo no mercado usa a
média de 5 como parâmetro para se nortear em qual ponta deve operar.

As médias indicando os suportes e as resistências


Se entendemos as médias como o consenso de valor de uma ação no período em que ela
representa, entendemos que a média estaria próxima do valor consensual. Longe dela estaríamos
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ou em um período de euforia (se for muito para cima) ou em período de pânico (se for muito
para baixo).

Observe como no gráfico acima da média de 21 serve de suporte importante em vários


momentos, mas olhe também como os preços não conseguem se afastar por muito tempo da
média de 21, nem para cima nem para baixo. Quando eles se afastam em demasia, como as setas
mostram, um movimento corretivo traz o preço de volta ao consenso da média.

Muitos indicadores foram gerados a partir da medida da distância entre o preço de


fechamento e a média de 21.

Existem dois tipos de médias que os programas usualmente desenham:

As médias simples – sem nenhuma ponderação.

As médias exponenciais – são médias que dão maior importância aos últimos dados dos
últimos períodos e, assim sendo, dão maior relevância aos últimos momentos do mercado.

Do ponto de vista prático, existe pouca diferença entre elas, mas a maioria dos traders
usa a média exponencial.

Os The One Traders usam as médias com as seguintes configurações:


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• 1. mm21 aritmética: muda de direção mais lentamente, como a mm21


norteia as entradas dos The One Traders, devemos ser criteriosos, por
isso a média mais lenta é usada.
• 2. mm9 exponencial: como a mm9 é usada pelos The One Traders como
uma das formas de saírem da operação, esta precisa ser rápida, pois
garante o lucro ao máximo.

Média móvel de 21
Os The One Traders usam a mm21 para entrarem nas operações:

Quando o papel estiver muito perto da mm21


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Quando o papel estiver muito longe da mm21


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Média móvel de 9
Os The One Traders usam a mm9 para saírem das operações:
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Volume
The One Traders só operam com volume.

Esse não é exatamente um indicador, mas é um dado extremamente importante e deve


sempre ser considerado na análise de qualquer ativo. O volume é o combustível dos
movimentos. Pode-se dizer que um movimento sem volume não é um movimento convicto.

Entenda que o mercado se compromete com um ativo quando entra com volume nele.
Se uma alta do mercado for acompanhada de forte volume, isso significa que é uma alta com
forte comprometimento financeiro. Quando uma baixa ocorre, mas com fraco volume, teremos
uma baixa com pouca convicção.

Dessa maneira, se temos uma linha de tendência de alta desenhada, para que possamos
confiar em sua força, o volume deve necessariamente ser favorável à tendência vigente. Ou seja,
numa tendência de alta, o volume deverá ser muito forte quando os preços se afastarem da linha
de alta. E quando os preços caírem na direção da linha de alta o volume deverá ser fraco.

Observe que nos momentos em que os preços sobem e se afastam da linha de alta, o
volume entra forte. E perceba que nos momentos em que os preços caem, o volume diminui
dramaticamente. Isso sinaliza que a alta é confiável e saudável.
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Na verdade a tradução seria: quando o mercado sobe, entram compradores com volume
de dinheiro. Quando o mercado cai, as pessoas compradas não querem vender seus papéis por
menos e acreditando na alta não colocam à venda. Por não colocarem à venda, não ocorre
negócio e sem negócio, não temos volume.

O volume também é fundamental para que a análise técnica funcione de forma mais
eficiente. Quando temos um volume menor, o comprometimento do mercado em relação a uma
alta ou uma determinada tendência é mais frágil. Sendo a análise técnica como um todo menos
eficiente nos ativos que tiverem baixa liquidez no mercado.

Resumindo, temos numa tendência de alta:

- Se os preços subirem e o volume subir = ótima tendência

- Se os preços caírem e o volume cair = ótima tendência

- Se os preços subirem e o volume cair = enfraquecimento da alta

- Se os preços caírem e o volume aumentar = risco iminente de perda da tendência de


alta

Outro fator interessante que aparece no mercado com certa frequência é o seguinte: os
preços não estarem se mexendo, mas o volume estar aumentando significativamente. Essa
situação específica ocorre porque nesse ativo está ocorrendo fortemente um dos seguintes
processos: acumulação ou distribuição.
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Acumulação = grandes players do mercado estão aumentando ou criando posições


fortes em um determinado ativo, sem permitir que seus preços saiam de uma determinada zona
de preço.

Distribuição = grandes players do mercado estão saindo de um determinado ativo ou


diminuindo suas posições sem permitir que o preço do ativo caia.

Esses dois processos são fundamentais para que os grandes players possam entrar e sair
de determinados papéis. O processo de acúmulo acaba sendo seguido por forte alta. O processo
de distribuição acaba sendo seguido de forte baixa. A forma que esses dois processos assumem
no gráfico é a mesma: uma zona de congestão, forma de retângulo ou triangulo. Não há forma
inequívoca de saber qual dos dois está ocorrendo em determinado ativo.

O que se faz é observar o aumento do volume dentro da zona de congestão e, a partir


disso, acompanhar de perto o ativo, aproveitando para seguir pelo lado para o qual for rompida a
congestão.

Observe que a zona de congestão foi marcada por súbito aumento do volume antes de o
mercado ter definido para qual lado ele iria. Observe que após o rompimento torna-se evidente
que o processo foi de acumulação e de que a alta vai ser muito forte nos próximos meses.

Portanto, quando estiver olhando um gráfico e identificar que os preços não se


deslocaram de forma expressiva nem para cima nem para baixo, mas que houve um forte
aumento no volume, sua atenção deve se voltar para o ativo. Passe a acompanhá-lo de perto,
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pois há forte probabilidade de ter sido um acúmulo e dessa forma uma entrada poderia ser muito
interessante.
65

SIMETRIA
Antes de começarmos esse assunto, precisamos ter em mente o conceito de simetria.
Simetria é correspondência em grandeza, forma e posição relativa de partes situadas em lados
opostos de uma linha ou plano médio ou, ainda, que se acham distribuídas em volta de um
centro ou eixo.

É impressionante como podemos achar simetrias nos gráficos. Faz alguns anos que um
dos maiores analistas técnicos vivos, Jim Sloman, lançou uma teoria sobre simetria nos gráficos
de ações chamada Teoria de Adam. Essa teoria defende que a melhor projeção para os preços
seria a segunda reflexão do gráfico. Isso seria obtido colocando um eixo vertical na última barra
do gráfico e fazendo uma reflexão simétrica. Após, outra reflexão seria feita, agora com um eixo
horizontal. Esse sistema de projeção é complicado de fazer sem a ajuda de softwares, que
custam uma fortuna.

Márcio Noronha, grande analista técnico brasileiro, criou uma sistemática diferente para
usar a simetria, usando a reflexão simples, que é bem mais fácil de visualizar. Esse sistema será
abordado em detalhes nas próximas páginas.
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Usando a simetria
A grande vantagem de usar a simetria é traçarmos as alternativas mais prováveis para o
desdobramento dos preços, de uma forma rápida e fácil. Dessa maneira, podemos visualizar
bons pontos de compra e venda baseando-nos nas alternativas traçadas pela simetria.

Para facilitar as coisas, vamos estudar todos os cenários possíveis em que um gráfico
pode se encaixar e traçar as alternativas para cada cenário.

Do ponto de vista da simetria, vamos considerar congestão como sendo qualquer


movimento que gere dois topos no mesmo nível ou dois fundos no mesmo nível. Nesse caso,
temos que sobrepor a linha de suporte e a linha de resistência para traçar as alternativas mais
prováveis:

No exemplo acima, temos uma congestão num fundo e precisamos traçar as alternativas
para o movimento dos preços. A alternativa mais provável no caso acima é a continuação da
congestão, ou seja, o preço permanecer dentro dos limites estabelecidos pelo suporte e pela
resistência, conforme está indicado na alternativa 1. Agora, se o papel romper um dos extremos,
como poderemos traçar a alternativa mais provável para o caminho dos preços? Teremos que
observar o movimento à esquerda do gráfico para fazer a reflexão desse movimento.
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No caso de um rompimento de topo histórico, como visualizamos acima, não podemos


usar a simetria, pois não teremos referencial simétrico à esquerda do gráfico, ou seja, se não
existe resistência para os preços, o mercado fica sem parâmetros. Por isso é interessante uma
compra nesse tipo de movimento.

O segundo cenário que estudaremos é o rompimento de linhas de tendência. No caso do


rompimento de uma LTA, digamos que o mercado caia até o fundo anterior, quais seriam as
alternativas simétricas mais prováveis?

Pela simetria, a alternativa mais provável seria a 1, em que o preço sobe, seguindo o
eixo principal, e depois volta a cair, seguindo um movimento simétrico à alta anterior. Nesse
caso, teríamos a formação O-C-O. Na alternativa 2, o ativo cai sem fazer o segundo ombro do
O-C-O. Na alternativa 3 temos a formação de um duplo topo, onde caímos no primeiro cenário
explicado. A única alternativa que retoma realmente a tendência de alta é a 4, onde o topo
anterior é rompido.

No caso de ativos que estejam respeitando a linha de tendência, temos as alternativas


apresentadas acima: a mais provável é a continuação do movimento, respeitando a linha de
tendência e a linha de resistência. Na alternativa 3, temos o rompimento LTA, voltando para o
cenário anterior. A alternativa 2 é a menos provável, com o rompimento da linha de resistência.
É importante salientar que a simetria pode ser usada não somente no eixo dos preços, mas
também no eixo do tempo, ou seja, se o mercado levou dois meses para fazer um movimento de
alta, podemos esperar que depois do rompimento da LTA devemos ter dois meses de baixa para
atingir o fundo principal do movimento.

Exemplo: no caso abaixo, temos o rompimento de um LTA com o mercado sobre o


fundo anterior.
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Nesse caso podemos traçar as alternativas simétricas para o ativo:

O papel seguiu a alternativa 1, que era a mais provável. Temos que mencionar que o
mercado vai “tentar” seguir o caminho mais provável, muitas vezes não teremos um movimento
perfeitamente simétrico. Se o mercado está seguindo uma simetria e começa a fazer outro
movimento, temos que mudar o nosso eixo de simetria e seguir o movimento a partir desse.
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Dominando os Gráficos

1.Opere barras grandes

2.Entre pela média de 21

3.Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4.Confirme com volume

5.Coloque o stop
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MUDANÇAS DE PADRÃO
Observem no gráfico de BRKM5 abaixo como os preços vinham respeitando uma zona
de suporte em R$5,42 com barras pequenas de baixa amplitude e, ainda, como o papel
anteriormente vinha de uma queda mais forte. Nessa situação, The One Traders ficam atentos,
pois sabem que o papel pode estar apenas respirando, consolidando para continuidade da queda,
o que acontece quando o suporte é perdido.

Podemos perceber esse padrão nos dois gráficos que seguem. Esse é um dos modelos
mais rentáveis para os The One Traders, movimentos de queda abrupta dos preços da ação.
Porém, sabemos que nada cai de forma uniforme, ou os preços fazem um zig-zag descendente
ou simplesmente chegam a um patamar e começam a andar de lado, como se tomassem fôlego
para uma queda ainda maior. Este período de repouso no gráfico é visualizado por barras
pequenas de baixa amplitude. The One Traders ficam sempre atentos a barras pequenas com
movimento prévio direcional.

No caso das que seguem, tanto em CSNA3 como em BTOW3, conseguimos identificar
esses períodos claramente.

Ainda podemos observar que a perda de continuidade dos movimentos de congestão é


marcada por barras grandes, fugindo do padrão anterior de barras pequenas.
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O gráfico a seguir de BBAS3 deve ter a mesma interpretação dos anteriores, porém, neste caso
numa situação de compra. Vamos detalhar o que segue: podemos ver que em julho, agosto e
setembro BBAS3 veio de uma forte tendência de alta, no final de setembro e começo de agosto
os preços parecem desacelerar, respeitando a faixa de preço por volta dos R$15,20 e a partir de
então percebemos que a barras
72

começam a diminuir de tamanho e que todas as vezes que os preços chegam em


R$15,20, voltam a cair num movimento previsível. Parece realmente que ele está respirando
profundamente e tomando fôlego para voltar a subir. Se continuarmos a olhar, veremos uma
barra verde muito maior que as anteriores, que marca o processo de descontinuidade da
congestão, fazendo os preços do papel voltarem a subir.

A mesma análise pode ser feita para o gráfico de BISA3a seguir. Papel em tendência de
alta, respirando através de barras pequenas com baixa amplitude num movimento lateral com
rompimento por uma barra verde maior, que inicia um novo período de alta nos preços.
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Agora observem o gráfico de CSNA3a seguir. Em situações coo esta, os The One
Traders devem ficar atentos para a mudança nas angulações de queda ou subida de um ativo. No
exemplo abaixo, podemos ver que a CSNA3 vinha em um processo de queda com barras
pequenas, de baixa amplitude, respeitando o que poderíamos dizer ser um ângulo de 45 graus,
quando no mês de julho ela acentua sua queda, mudando sua angulação, formando barras
maiores no que poderíamos dizer ser uma queda em 90 graus.

Passamos agora a analisar BICB4 na mesma perspectiva. Se olharmos atentamente e


agora usando psicologia do trader, podemos notar que até o mês de agosto a ação caía de forma
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suave, com barras pequenas, em baixa amplitude com pouca volatilidade, respeitando um
ângulo de 45 graus, porém, no mês de setembro vemos claramente a mudança de ângulo, com
aumento na amplitude das barras de queda e da volatilidade. Essas barras maiores são geradas
pelo medo, as pessoas começam a vender o papel de forma desesperada, aumentando a
amplitude do movimento, a queda passa a ser vertiginosa, pois o capital de muitos investidores
está sendo aniquilado. Chega ao ponto de fazer uma barra gigante vermelha, que é o último
suspiro dos que acreditavam que deveriam segurar o papel o máximo que conseguissem, na
esperança do mesmo voltar a subir. Culminado com uma última grande barra verde, que são
pessoas novas, que provavelmente não sofreram com o caos anterior e agora estão dispostas a
alavancar os preços novamente.

Vamos agora analisar a mesma situação, porém, com o papel em tendência de alta. Se
olharmos o gráfico de BRFS3 a seguir, podemos notar os mesmos padrões: o papel subia de
forma tranquila, com barras pequenas, num ângulo de 45 graus até meados de dezembro
quando, abruptamente, acelera seu movimento, aumentando o tamanho das barras e acentuado a
inclinação da subida para um ângulo de 90 graus.
75
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Observamos o mesmo padrão em CGAS5 no gráfico a seguir

Devemos tirar conclusões fundamentais para o desenvolvimento do The One Trader:

• Sempre rastreamos e estamos atentos a barras pequenas, pois elas predizem


movimentos explosivos.
• Através de barras pequenas os ativos podem se mover por muito tempo numa
direção.
• Sabemos que nada sobe ou cai de forma reta no mercado financeiro. O mercado
respira, toma fôlego.
• Em 45 graus os ativos sentem-se confortáveis, podem subir ou cair por longo
período de tempo.
• Movimentos em 90 graus são insustentáveis e refletem a exaustão do movimento
prévio.
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Dominando as Barras

1.Opere barras grandes

2.Entre pela média de 21

3.Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4.Confirme com volume

5.Coloque o stop
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FORMAÇÃO DO CANDLE
O trade (negócio) de abertura de um período determina o ponto de partida. Quanto mais
a ação sobe acima da abertura, mais fortes os touros (bulls). Quanto mais a ação cai abaixo do
preço de abertura, mais fortes os ursos (bears).

Dica: em 82% do tempo a ação continuará ou acompanhará a cor sólida de sua última
barra.

Toda barra individual representa uma batalha entre dois grupos, os touros e os ursos, os
compradores e os vendedores. Quando o fechamento é bem acima da abertura, os touros
vencem, produzindo a cor verde. Quando o fechamento ocorre bem abaixo da abertura, os ursos
vencem, produzindo a cor vermelha. O quanto cada lado ganha é determinado pelo quanto de
verde ou vermelho eles produzem. Em outras palavras, quanto maior a distância entre a abertura
e o fechamento, maior a vitória.
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Barra Touro e Barra Urso


O The One Trader, como já dito, deve agir como um detetive, observando
atenciosamente o movimento do gráfico. Deve procurar, sempre e exclusivamente, por situações
e movimentos claros e ficar atendo a mudanças de padrão.

Definição: Barra Touro/Urso é a maior barra no período analisado. Entramos somente


em Barras Grandes.

Você vê alguma(s) barra(s) touro ou urso? Elas devem ser óbvias, então caso nenhuma
barra apareça claramente como uma barra touro, pare de procurar por uma, pois ou ela está ou
não está – elas não se escondem.

Olhando a próxima figura, facilmente conseguimos perceber a barra touro. Ela deve
destacar-se em relação às outras barras, não devemos ter dúvidas de que se trada de um touro.

Na prática, o que identificamos anteriormente está desenhado no gráfico abaixo:


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Olhando a próxima figura, conseguimos perceber facilmente a barra urso. Ela deve
destacar-se em relação às outras barras, não devemos ter dúvidas de que se trada de um urso.

Na prática, o que identificamos anteriormente está desenhado no gráfico abaixo:


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Posicionamento das Barras Touro e Barras Urso:


Barras Touro/Urso que começam um novo movimento ou acionam uma nova entrada na
continuação de uma tendência tendem a ser de ignição por natureza e sua continuidade deve ser
esperada. Quando a mesma barra aparece após um movimento estar acontecendo, elas
representam o “empurrão final” e frequentemente levam a uma pausa e/ou mudança do
momentum para a direção oposta.

Na figura a seguir, temos uma barra touro de ignição que começa o movimento de alta
dos preços e, por final, uma barra touro também, mas que neste caso indica a entrada de muitos
compradores no papel, porém, uma entrada atrasada, pois trades profissionais estão nesta
situação preparando-se para vender suas posições, assim, essa barra ampla é uma indicadora da
exaustão do movimento.
82

O mesmo pode ser dito sobre a próxima figura. Neste caso, temos uma barra urso que
inicia o movimento de queda dos preços, sendo, portanto, uma barra de ignição. No final do
movimento temos outra barra urso, que é indicativa de que muitas pessoas ainda acreditam que
os preços possam cair mais, mas o movimento de queda já foi muito amplo, traders
profissionais quando veem uma barra urso nesta situação, ao contrário da maioria, sabem que o
movimento de queda está prestes a acabar e já pensam em comprar. Assim essa barra passa a ser
uma barra de exaustão.

Na figura a seguir, temos um movimento mais fácil de ser interpretado visualmente,


uma barra touro de ignição que inicia o movimento da alta dos preços, depois de cinco barras,
temos uma barra grande vermelha, que conseguimos, neste caso, identificar facilmente como
uma barra urso, que não está mostrando a exaustão da subida dos preços e sim que essa já
83

acabou e que a partir de agora quem domina o mercado são os ursos, que começarão o
movimento de queda, sendo, portanto, uma barra urso de ignição.

O mesmo pode ser aplicado na operação oposta, quando os preços caem. Na figura
abaixo, vemos uma barra urso de ignição que inicia a queda dos preços do papel, após quatro
barras de queda, vemos uma barra verde grande, que já sabemos tratar-se de uma barra touro,
que vem dizer que a partir daquele momento os preços começarão a subir, que quem controla o
mercado agora são os touros, sendo, portanto, uma barra touro de ignição.
84

ESTUDO DA BARRA INDIVIDUAL


Controle absoluto

Controle absoluto ocorre quando uma barra colorida bem sólida está negociando no seu
extremo. Quando uma barra verde sólida está negociando na sua máxima, os touros estão no
controle absoluto. Quando uma barra vermelha sólida está negociando na sua mínima, os ursos
estão no controle absoluto.

Mantendo o controle
Dica: The One Traders devem entrar na barra que continua uma barra forte de “vitória”,
mas não na abertura. É necessário mais que a abertura para se comprometer com o trade. A
próxima barra precisa confirmar a força da barra de “vitória” original, produzindo um pouco da
mesma cor acima da máxima (barra verde) ou abaixo da mínima (barra vermelha) da barra de
“vitória” (win bar).

Quanto maior e mais sólida a barra, maior nível de controle está sendo demonstrado. A
barra ideal é aquela que mostra controle absoluto com uma barra grande e sólida e sem sombras.
Barras mostrando controle absoluto durante a formação podem nem sempre completar no
85

mesmo nível de controle que demonstraram antes. Podem ser vários estágios de controle e não é
considerado perdido até que 2/3 ou mais da cor da barra tenha se apagado.

Dica: Se mais do que 2/3 da cor da barra é apagada subitamente, a lei da continuidade é
negada. Use a marca de 2/3 de correção como ponto de virada.

Controle total

Controle total ocorre quando uma barra colorida bem sólida está negociando próximo
de seu extremo. Quando uma barra verde relativamente sólida recua da máxima, mas a barra
ainda é predominantemente verde, touros estão no controle total. Quando uma barra vermelha
relativamente sólida recua da mínima, mas a barra ainda é predominantemente vermelha, ursos
estão no controle total.

Dica: Repetindo, é a ponta de cima de uma barra verde e a ponta de baixo de uma barra
vermelha que verdadeiramente determinam a potência (ou falta dela) do grupo que esteja
atualmente produzindo a cor.

Bom controle
86

Bom controle ocorre quando uma barra colorida sólida recuou bem do extremo, mas
não o suficiente para justificar chamá-la de fraca ou destruída. Quando uma barra verde recuou
bem da máxima, mas a barra ainda é na maior parte verde, touros estão com bom controle.
Quando uma barra vermelha recuou bem da mínima, mas a barra ainda é na maior parte
vermelha, ursos estão com bom controle.

Dica: Isso é frequentemente o que a barra fará após o trader se comprometer com a
operação. Essas barras não devem necessariamente amedrontar os traders ou fazê-los duvidar
da força do grupo que está no comando.

Controle fraco

Controle fraco ocorre quando uma barra colorida sólida perdeu cerca de metade da cor
que já teve. Quando uma barra verde recua bem da máxima, eliminando cerca de 50% do verde
que já teve, touros podem estar com problemas. Quando uma barra vermelha recua bem da
mínima, eliminando cerca de 50% do vermelho que já teve, ursos podem estar com problemas.

Dica: Este cenário não garante que uma perda total do controle se materializará, mas se
o mercado está por trás do movimento contrário da cor, as chances são boas de que o controle
irá mudar.

Controle perdido
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Perda de controle ocorre quando uma barra colorida previamente sólida perde 2/3 ou
mais da cor que antes possuía, deixando uma cauda como a parte dominante da barra. Quando
uma barra verde bem sólida recua tanto da máxima que deixa mais cauda do que cor, touros
perderam sua força. Quando uma barra vermelha bem sólida recua tanto da mínima que deixa
mais cauda do que cor, ursos perderam sua força.

O Recuo de 2/3

A ideia é ser capaz de ver claramente quando uma grande barra sólida perdeu 2/3 ou
mais de sua cor, o primeiro sinal de redução ou mudança de momentum. Isso deve ser óbvio,
não deve demorar mais do que uma olhada de fração de segundo e não precisa que você calcule
nada.

Totalmente acabado

Lembre-se, cada barra representa uma batalha entre touros e ursos (compradores e
vendedores). Quando o fechamento é acima da abertura, touros vencem, produzindo a cor verde.
Quando o fechamento é abaixo da abertura, ursos vencem, produzindo a cor vermelha. Quanto
cada lado ganha é determinado por quanto de verde ou vermelho eles produzem. Em outras
palavras, quanto maior a distância entre a abertura e o fechamento, maior a vitória. Quando esse
tipo de barra é totalmente apagada, maior é a vitória do grupo oposto.
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Controle para sempre da força oposta

Quanto mais da cor prévia vai sendo consumida, menos controle touro e urso passam a
ter. Uma barra que começou verde e foi sendo consumida, quanto mais verde perde, mais os
ursos vão assumindo o controle, observamos isso primeiro caso o verde foi totalmente
consumido inclusive formando uma barra vermelha, ursos passam a ter controle da situação. No
segundo caso, o vermelho foi sendo consumido, chegando no final a forma uma barra verde,
nesta situação os touros passam a ter controle.
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ESTUDO DE 2 BARRAS
Controle total

Bom controle

Ainda existe bom controle quando uma barra colorida sólida se formou e a barra
seguinte se move contra ela, mas não o suficiente para justificar chamar a barra anterior de fraca
ou destruída.

Dica: Isso é frequentemente o que a barra fará após o trader se comprometer com a
operação. Essas barras não devem necessariamente amedrontar os traders ou fazê-los duvidar
da força do grupo que está no comando.
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Controle Fraco

Controle fraco ocorre quando uma barra colorida sólida tem a barra seguinte apagando
cerca de metade da cor da barra anterior. Quando uma barra verde é seguida por uma barra
vermelha recuando e eliminando cerca de 50% do verde anterior, touros podem estar com
problemas. Quando uma barra vermelha é seguida por uma barra verde recuando e eliminando
cerca de 50% do vermelho anterior, ursos podem estar com problemas.

Dica: Este cenário não garante que uma perda total do controle se materializará, mas se
o mercado está por trás do movimento contrário da cor, as chances são boas de que o controle
irá mudar.

Controle perdido

Perda de controle ocorre quando uma barra colorida previamente sólida tem a barra
seguinte apagando 2/3 ou mais da cor da barra anterior. Quando uma barra verde bem sólida é
seguida por uma barra vermelha apagando 2/3 ou mais da barra verde anterior, touros perderam
sua força. Quando uma barra vermelha bem sólida é seguida por uma barra verde apagando 2/3
ou mais da barra vermelha anterior, ursos perderam sua força.
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Totalmente acabado

Totalmente acabado ocorre quando uma barra colorida previamente sólida tem a barra
seguinte apagando totalmente a cor da barra anterior e mudando a cor da mesma. Quando uma
barra verde bem sólida é seguida por uma barra vermelha apagando a totalidade da barra verde
anterior, ursos passam a ter controle sobre a situação. Quando uma barra vermelha bem sólida é
seguida por uma barra verde apagando a totalidade da barra vermelha anterior, touros passam a
ter controle da situação.

Durante ambientes de mercado que se movem, ações e outros itens operáveis tendem a
seguir ou continuar a barra colorida mais recentemente fechada, 80% do tempo, enquanto a
maior parte da cor se mantiver.

Sir Isaac Newton afirmou: “Um objeto em movimento tende a se manter em


movimento”.

Diferentes formas de comunicar a lei:

1) Após uma barra verde sólida, espere que outra continue 80%;

2) Após uma barra vermelha sólida, espere que outra continue 80%;

3) Quanto maior a barra verde ou vermelha, maior a chance de continuação, significando que
você verá continuidade perto de 90% das vezes;

4) Uma pequena quantidade de verde ou vermelho não dá para The One Traders o suficiente
para seguir. Mais informação é necessária neste caso;

5) Movimentos explosivos quase sempre originam-se de barras pequenas;

6) O mercado é um mecanismo de respiração. Ele inala (contrai) e exala (expande). Quando


inala (contrai) profundamente, uma exalação maior (expansão) será o resultado. Barras
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pequenas são o sinal de uma inalação profunda. Uma exalação maior normalmente é o
resultado;

7) Um conjunto de pequenas barras representa a calma antes da tempestade, o sono antes do


despertar.
93

GAPS
Gaps são áreas de preços nas quais não ocorrem nenhuma negociação do ativo.
Normalmente ocorrem entre o fechamento do mercado e a abertura do ativo. Vários fatores
podem causar esse movimento, por exemplo, a divulgação de resultados após o fechamento do
mercado. Se os resultados forem melhores que os esperados, vários investidores podem colocar
ordens de compra, pressionando o preço de abertura de fechamento do dia anterior. Se a
negociação durante o dia continuar a operar acima desse preço de abertura, esse espaço, ou gap,
vai existir no gráfico. Os gaps podem oferecer evidências de que alguma coisa importante
aconteceu com os fundamentos ou com a psicologia do mercado (leia-se expectativa das pessoas
que acompanham esse movimento).

Os gaps aparecem com mais frequência nos gráficos diários, onde cada novo dia é uma
oportunidade de criar um gap de abertura.

Gap de quebra:
O gap de quebra (breakaway gap) ocorre quando o mercado rompe um padrão de topo
ou fundo. Normalmente ocorre com o aumento de volume e os preços não retornarão para
fechar o gap.

Para The One Traders, assim que surgir o gap de quebra, devem preenchê-lo com a cor
corresponde, transformando-o neste caso em uma Barra Touro, modelo estudado pela The One
Invest:
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O mesmo deve ser feito para os gaps de baixa: transforme o gap em uma Barra Urso,
como ilustrado abaixo.
95

Gap de fuga ou de medida


O gap de fuga ou de medida (runaway ou measuring gap) acorre, geralmente, em torno
da metade do movimento a ser percorrido pelo mercado. Daí o seu nome, ou seja, é um padrão
de continuação. Esses gaps representam operadores que não conseguiram entrar no momento
inicial de uma tendência e, enquanto esperavam por uma retração dos preços, mudaram de ideia.

The One Traders não operam gap de medida.


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Gap de exaustão
O gap de exaustão (exhaustion gap) aparece, normalmente, nas fases finais do
movimento do mercado. Próximo ao fim de uma tendência de alta, os preços abrem com gap
de alta, como um último suspiro. Para tendências de baixa vale o mesmo, porém, em sentido
contrário. Para distinguirmos dos gaps de medida, o gap de fuga necessita de volume acima da
média. Os gaps de exaustão devem ser imediatamente reconhecidos pelo The One Trader para
uma possível entrada pelo setup de clímax, como observamos nas figuras abaixo:
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Setups The One Trader

1.Opere barras grandes

2.Entre pela média de 21

3.Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4.Confirme com volume

5.Coloque o stop
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Rompimentos
Dois Principais Fatos sobre Rompimentos

• Fato 1: rompimentos são um dos mais poderosos e lucrativos trades existentes


• Fato 2: 72% de todos os rompimentos falham

Questões sobre rompimento (breakout) 1

Questão 1: Como podem os rompimentos serem poderosos e lucrativos se a maior parte não
funciona?

Resposta: Os 28% que funcionam o fazem de maneira importante. Grandes lucros!

Questão 2: Como podemos distinguir entre os rompimentos quais são mais propensos a falhar e
quais são mais propensos a decolar?

Resposta: Ao final desta sessão, você saberá quais rompimentos comprar e quais deixar passar.

Dica The One Invest: Você precisa de no mínimo três máximas e mínimas
relativamente iguais para ter uma verdadeira base de consolidação.
100

De quem é a culpa? O que saiu errado?


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102

1. Rompimento Para Cima

1. A base de lado pode ocorrer em uma tendência de alta estabelecida ou após uma tendência de
baixa.

2. A base deve ser estreita e fina, não larga e oscilante.

3. As barras na base devem ser pequenas e estreitas, sem range grande.

4. Comprar somente barras grandes.

5. O volume durante a base deve ser leve, não pesado.

6. Sempre perto da mm21.

7. Precisamos de volume.

8. Compra verde e vende verde.


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Ação de compra

• Comprar a barra que rompe acima dos últimos 2/3 da base.


• Colocar stop 1 centavo abaixo da barra de rompimento (a mínima da barra de entrada).
• Projetar o comprimento da base para cima como target, caso não tenha outro ponto de
referência anterior.

Saída do trade

• No alvo projetado.
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• Posicionando stop na mínima de cada barra (barra a barra).


• Pela perda da mm9.

Possibilidades de stop

Analisaremos, a partir de agora, como durante o andamento do trade, o The One Trader
deve se comportar em relação ao stop:
106

1.1 Entrada na barra de ignição.

1.2 Stop abaixo da barra de ignição.

1.3 Papel já inicia um movimento ascendente se afastando da mm9.

1.4 Barras grandes após a entrada.

1.5 Colocar o stop barra a barra.

1.6 Lembrar do conceito de formação de barras, assim que aparecer uma barra vermelha que
consuma 2/3 da verde anterior, acionar o stop.

2.1 Entrada na barra de ignição.

2.2 Stop abaixo da barra de ignição.

2.3 Papel já inicia um movimento ascendente se afastando da mm9.


107

2.3 Barras grandes após a entrada.

2.4 Colocar o stop barra a barra.

2.5 Lembrar do conceito de formação de barras e aguardar o consumo de 2/3.

2.6 Após barras grandes, o ativo começa a formar barras pequenas acima dos 2/3.

2.7 Papel começa a respirar acima dos 2/3.

2.8 Aguardar a mm9 chegar.

2.9 Mudar o stop de barra a barra para a mm9.

3.1 Entrada na barra de ignição.

3.2 Stop abaixo da barra de ignição.

3.3 Papel inicia o movimento com barras pequenas.

3.4 Logo após a entrada, o papel já começa a respirar.

3.5 Aguardar a mm9 chegar.

3.6 Surfar na mm9.


108

3.1 Entrada na barra de ignição.

3.2 Stop abaixo da barra de ignição.

3.3 Papel inicia o movimento com barras vermelhas e começa a recuar.

3.4 Manter o stop na posição original.

3.5 Aguardar a mm9 chegar.

3.6 Surfar na mm9.


109

2. Rompimento Para Baixo

1. A base de lado pode ocorrer em uma tendência de baixa estabelecida ou após uma tendência
de baixa.

2. A base deve ser estreita e fina, não larga e oscilante.

3. As barras na base devem ser pequenas e estreitas, sem range grande.

4. Vendemos barras grandes.

5. O volume durante a base deve ser leve, não pesado.

6. Sempre perto da mm21.

7. Precisamos de volume.

8. Venda vermelho e recompre vermelho.


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Ação de venda

• Vender a barra que rompe acima dos últimos 2/3 da base.


• Colocar stop 1 centavo acima da barra de rompimento (a máxima da barra de entrada).
• Projetar o comprimento da base para baixo como target, caso não tenha outro ponto de
referência anterior.

Saída do trade

• No alvo projetado.
• Posicionando stop na máxima de cada barra (barra a barra).
• Pela perda da mm9.
112

Possibilidades de stop

Analisaremos, a partir de agora, como durante o andamento do trade, o The One Trader
deve se comportar em relação ao stop:

1.1 Entrada na barra de ignição.

1.2 Stop acima da barra de ignição.

1.3 Papel já inicia um movimento descendente se afastando da mm9.

1.3 Barras grandes após a entrada.

1.4 Colocar o stop barra a barra.


113

1.5.Lembrar do conceito de formação de barras, assim que aparecer uma barra verde que
consuma 2/3 da vermelha anterior, acionar o stop.

2.1 Entrada na barra de ignição.

2.2 Stop acima da barra de ignição.

2.3 Papel já inicia um movimento descendente se afastando da mm9.

2.3 Barras grandes após a entrada.

2.4 Colocar o stop barra a barra.

2.5.Lembrar do conceito de formação de barras e aguardar o consumo de 2/3.

2.6 Após barras grandes, o ativo começa a formar barras pequenas abaixo dos 2/3.

2.7 Papel começa a respirar abaixo dos 2/3.

2.8 Aguardar a mm9 chegar.

2.9 Mudar o stop de barra a barra para a mm9.


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3.1 Entrada na barra de ignição.


3.2 Stop acimada barra de ignição.

3.3 Papel inicia o movimento com barras pequenas.

3.4 Logo após a entrada, o papel já começa a respirar.

3.5 Aguardar a mm9 chegar.

3.6 Surfar na mm9.

3.1 Entrada na barra de ignição.

3.2 Stop acima da barra de ignição.

3.3 Papel inicia o movimento com barras verdes e começa a subir.


115

3.4 Manter o stop na posição original.

3.5 Aguardar a mm9 chegar.

3.6 Surfar na mm9.


116

CLÍMAX
1.Clímax De Compra

O clímax é uma operação de compra com extrema capacidade de rentabilidade. Nesta


situação, o The One Trader comprará um papel que está muito esticado em relação à mm21.
Devemos observar um papel em queda, que vem mantendo um padrão de barras pequenas e que
muda o ângulo de sua queda passando a cair de forma rápida e em praticamente 90 graus.

Setup padrão:

1. Mudança brusca no ângulo de queda.


2. Muito afastado da mm21.
3. Comprar barra grande (Touro).
4. Comprar verde e vender verde.
5. Precisamos de volume.

Ação de compra

• Comprar a barra touro de ignição.


• Colocar stop 1 centavo abaixo da barra touro de entrada.
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Saída do trade

1.1 Entrada na barra touro.


1.2 Movimento segue com barras verdes grandes.
1.3 Colocar stop barra a barra.
1.4 Alvo na mm21.
1.5 Na mm21, aguardar a barra se formar.
1.6 Formação de barra verde grande na mm21.
1.7 Acionar stop na perda de 2/3 da barra verde anterior.
119

2.1 Entrada na barra touro.

2.2 Movimento segue com barras verdes grandes.

2.3 Colocar stop barra a barra.

2.4 Alvo na mm21.

2.5 Na mm21, aguardar a barra se formar.

2.6 Formação de barra de indefinição na mm21.

2.7 Acionar stop na perda da mínima barra de indefinição.

3.1 Entrada na barra touro.

3.2 Movimento segue com barras pequenas.

3.3 Manter o stop abaixo da barra touro de ignição.

3.4 Esperar as próximas barras.

3.5 Após três barras de indefinição, acionar o stop pelo valor do ativo.

3.6 Stop no tempo de proteção.


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4.1Entrada na barra touro.

4.2 Movimento segue com barras pequenas.

4.3Manter o stop abaixo da barra touro de ignição.

4.4 Esperar as próximas barras.

4.5Aparecimento de barras vermelhas maiores.

4.6.Marcar os 2/3 da barra touro de ignição.

4.6 Acionar stop na perda dos 2/3 da barra touro.


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2. Clímax De Venda

Operação de venda com extrema capacidade de rentabilidade. Nesta situação, o The


One Trader venderá um papel que está muito esticado em relação à mm21. Devemos observar
um papel em alta, que vem mantendo um padrão de barras pequenas e que muda o ângulo de
sua subida, passando a subir de forma rápida e em praticamente 90 graus.

Setup padrão

1. Mudança brusca no ângulo de alta.


2. Muito afastado da mm21.
3. Vender barra grande (Urso).
4. Venda vermelho e recompre vermelho.

Ação de venda

• Vender a barra urso de ignição.


• Colocar stop 1 centavo acimada barra urso de entrada.
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Saída do trade

1.1Entrada na barra urso.

1.2 Movimento segue com barras vermelhas grandes.

1.3 Colocar stop barra a barra.

1.4 Alvo na mm21.

1.5 Na mm21 aguardar a barra se formar.


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1.6 Formação de barra vermelha grande na mm21.

1.7 Acionar stop na superação de 2/3 da barra vermelha anterior.

2.1Entrada na barra urso.

2.2 Movimento segue com barras vermelhas grandes.

2.3 Colocar stop barra a barra.

2.4 Alvo na mm21.

2.5 Na mm21 aguardar a barra se formar.

2.6 Formação de barra de indefinição na mm21.

2.7 Acionar stop na superação da máxima da barra de indefinição.


125

3.1 Entrada na barra urso.

3.2 Movimento segue com barras pequenas.

3.3 Manter o stop acima da barra urso de ignição.

3.4 Esperar as próximas barras.

3.5 Após três barras de indefinição, acionar stop pelo valor do ativo.

3.6 Stop no tempo de proteção.

4.1 Entrada na barra urso.

4.2 Movimento segue com barras pequenas.

4.3 Manter o stop acima da barra urso de ignição.


126

4.4 Esperar as próximas barras.

4.5 Aparecimento de barras verdes maiores.

4.6 Marcar os 2/3 da barra urso de ignição.

4.6 Acionar stop na superação dos 2/3 da barra touro.


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Seja The One Trader

1.Opere barras grandes

2.Entre pela média de 21

3.Compre verde, venda verde/venda vermelho, recompre vermelho

4.Confirme com volume

5.Coloque o stop
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Dia a dia – The One trader


Operações de Swing Trade
As operações de Swing Trade são aquelas com duração de poucos dias 3-4 dias. Para os
The One Traders que estão começando na Bolsa de Valores, elas serão utilizadas para realizar as
operações do gráfico diário. Seguir à risca os passos abaixo:

1. Primeiro passo para o sucesso:

1.1 A partir das 16h00, fazer a triagem dos papéis que podem oferecer entrada.

1.2 De forma sistemática, fazer o simples, os grandes milionários da análise técnica somente
operam o que eles têm certeza. Seu primeiro layout dos gráficos terá somente duas informações:
candles + mm21(na cor azul).

1.3 Procurar por padrões bem definidos: candles com baixa amplitude, número mínimo de 10,
acompanhados no dia por uma Barra Urso ou por uma Barra Touro que estejam muito perto da
mm21.

1.4 Candles pequenos com angulações leves.

1.5 Candles que fizeram um grande rally, com mudança abrupta de velocidade, mostrando uma
situação insustentável (clímax), acompanhado de uma Barra Touro ou uma Barra Urso muito
afastado da mm21.
129

1.6 Procure por Barra Touro / Urso de exaustão.

Fixe a imagem abaixo:


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2. Segundo passo para o sucesso:

2.1 Mudar o layout do seu gráfico acrescentando o volume, assim você estará vendo em sua
tela: candle + mm21 + volume.

2.2 Opte, no caso dos The One Traders iniciantes, por apenas um papel a ser operado. O que
estiver mais perto da média mm21 ou o que tiver muito mais longe, somado ao maior volume.

Fixe a imagem do segundo layout:


131

3. Terceiro passo para o sucesso:

3.1 Calcule o risco que pode assumir na operação.


3.2 Faça suas entradas somente a partir das 16h40 até às 16h:50.
3.3 Obrigatoriamente, coloque um stop automático. Nunca seremos reféns de nenhum
papel ou situação. Sempre teremos controle da nossa entrada.
3.4 Mudem o layout da sua área de trabalho novamente, a partir de agora, vamos surfar
na mm9, assim sendo, você terá em sua área de trabalho: candle + mm9 (na cor
vermelha).
3.5 Anote sua operação no diário de trade fornecido pela The One Invest.

Fixe esta imagem:

4. Quarto passo para o sucesso

4.1. Abertura do mercado às 10h00. Esteja atento, preparado e totalmente tranquilo,


afinal, você, novo The One Trader, estará operando apenas um papel, com uma
exposição ao risco previamente calculada, em um papel com uma chance de 80% de
seguir a mesma direção prévia da barra em que fez sua entrada.
4.2 SEJA MUTO BEM-VINDO AO SUCESSO, se seguiu à risca o caminho das
pedras, neste momento você terá duas opções: logo na abertura do mercado, nos
primeiros 15 min de pregão, realizar sua posição e já ter lucro ou acompanhar o trade
132

por um tempo maior, porém com uma chance de 70% da operação atingir o seu alvo
previamente definido, possibilitando um ganho de capital muito maior (note que nesta
situação a chance de pull-back é grande, assim sendo, o papel provavelmente demorará
um tempo maior para chegar a um alvo mais longe, técnica explicada detalhadamente
no curso avançado da The One Invest).
4.3 Faça a saída previamente estipulada.
4.4 Feche o computador e espere chegar às 16h:00.

Operações de Day Trade


As operações de Day Trade são aquelas com duração de poucas horas, operações que
começam e encerram no mesmo dia. Para os The One Traders que estão começando na Bolsa
de Valores, elas serão utilizadas para realizar as operações do gráfico de 5 minutos e de 15
minutos. Seguir à risca os passos abaixo:

• 10h:00 – Abertura do Pregão


• 10h:14 – Finalizar o Swing Trade
• 10h:14 – Triar Day Trade

• 10h:30 – Abertura do DJI


• 10h:45 – Triar Day Trade
133

• 11h:00 – Tubarões no Mercado

Rompimento: 5 e 15 minutos
Clímax: 15 minutos

• 11h:04 – Rompimento gráfico de 5 minutos


• 11h:14 – Rompimento gráfico de 15 minutos
• 12h:30 – Almoço (nada à fazer)
• 14h:00 – Voltamos à triar
• 15h:30 – Máximo para entradas
• 16h:00 – Triamos Swing Trade

A decisão é sua: a The One Invest sabe que a partir de agora tem um novo membro e
amigo.
Bem vindo ao sucesso!
134
135

Bibliografia
BULKOWSKI, Thomas N. - Encyclopedia of Chart Patterns

ELDER, Alexander - Come Into My Trading Room

ELDER, Alexander - Trading For a Living

FARLLEY, Alan S. - The Master Swing Trader

LEMOS, Flávio - Análise Técnica Clássica

MURPHY, John J. - Technical Analysis of the Financial Markets

NORONHA, Márcio - Análise Técnica: Teoria, Ferramentas e Estratégias

PIAZZA, Marcelo - Bem-Vindo à Bolsa de Valores

PIAZZA, Marcelo - O melhor da análise técnica de ações

PRECHTER JR., Robert R. - O Princípio da Onda de Elliott

TURNER, Toni - A Beginner's Guide to Short-term Trading

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