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CIDADANIA GLOBAL
No primeiro bimestre, o foco são as redes sociais e entre elas aquelas que trazem temas
de cidadania global. A quantificação presente nessas publicações será o foco da linguagem
matemática. No bimestre seguinte, os índices e indicadores sociais, ambientais e sua utilização
com propriedade e compreensão serão objetos de estudo para assegurar a confiabilidade de
informações ligadas à cidadania. No terceiro bimestre, o foco são as informações de natureza
matemática usadas nas mídias que trazem questões da cidadania, em especial aquelas que
induzem a interpretações equivocadas pelo destaque descontextualizado de dados ou por meio
de falácias. Finalmente, no quarto bimestre, após a análise de como a linguagem dos gráficos
pode ser usada de modo equivocado, a proposta é a vivência criativa dos estudantes na
produção de infográficos que trazem dados sobre questões da cidadania global.
Em integração com os demais componentes deste aprofundamento, as produções dos
estudantes serão orientadas de modo a contribuir com a construção do Observatório de Mídias,
encabeçado pelo componente Cultura e Cidadania e aperfeiçoados, utilizando os recursos das
artes tratados no componente Cidadania e Inclusão.
Espera-se que você professor apoie os estudantes nessa jornada, selecionando e
aprimorando as sugestões a seguir de acordo com sua turma e seus conhecimentos
profissionais.
Propõe ainda a utilização das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e
preconceito (racial, de gênero, religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos
humanos, direitos de populações (indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos
sociais (direito à saúde, à educação, ao trabalho, à moradia etc…). Questionando se, dentre os
perfis que eles seguem, algum deles apresenta a defesa de alguma causa de cidadania global.
Em outro momento, a proposta se estende para que os estudantes pesquisem na rede social de
sua preferência um usuário que defenda questões voltadas à cidadania global e, como um ser
crítico, verifique dados e informações capazes de convencê-lo a seguir esta pessoa ou perfil,
incluindo o processo de curadoria sobre as informações apresentadas nesta página ou perfil
contém informações verdadeiras e provenientes de fontes confiáveis.
Sugestão de subtemas:
➢ Estudo da organização de publicação nas redes sociais;
➢ Análise de valores relacionados a perfis em redes sociais;
➢ O uso da Matemática para explicar fenômenos sociais;
➢ Pesquisa sobre perfil que trata de tema de cidadania global.
1. Realizar uma roda de conversa inicial a partir da seguinte provocação: Você está nas redes? O que você
publica ou utiliza nas redes sociais?
2. Essa conversa pode gerar uma breve pesquisa com os estudantes sobre qual é a rede social de
preferência da turma, solicitando que argumentem a favor de suas escolhas. Espera-se que apareçam
nesta pesquisa aplicativos de conversa, de postagem de imagens ou fotos, assim como blogs e páginas
sobre assuntos como música, filmes, moda, maquiagem, esportes diversos.
3. Orientar os estudantes a acessarem a rede social de sua preferência para identificar quantitativos do
seu perfil pessoal ou do perfil da escola, como: indicadores de número de acesso, visualizações,
quantidade e tipos de postagens, engajamento, curtidas ao longo de um determinado período de
tempo, entre outros.
4. Depois desse aquecimento, propor as questões: Por que esses números interessam? Para que servem
para você?
5. Os resultados desta primeira conversa podem ser registrados no caderno de bordo de cada estudante,
para comparação que farão mais adiante com outros tipos de perfis sociais.
6. Com os estudantes organizados em grupos, propor que investiguem o perfil de alguém que eles seguem
para identificar os recursos disponíveis nas plataformas com dados sobre adesão de leitores
(quantidade de cliques, de curtidas positivas ou negativas, e de comentários de leitores)que permitem
ao proprietário decidir ou não pela monetização de suas publicações ou, quando for o caso, poder
acompanhar seus ganhos com essas postagens . Eles podem escolher um youtuber para verificar que
nesse caso as plataformas trazem outras informações consideradas relevantes como: insights,
retrospectivas de semanas anteriores, atividades, metas, e outras. Incluir nessa investigação como essas
pessoas conseguem monetizar suas páginas e medir o engajamento do público em suas publicações. Os
sites de busca trazem muitas possibilidades para que os jovens encontrem essas informações.
7. Como reflexão final dessa primeira incursão nas redes sociais, propor uma roda de conversa, instigando
o protagonismo dos estudantes com questões como: O que levam as pessoas a seguir um perfil ou uma
página em uma rede social? E você? Que motivo o leva a seguir alguém? Qual informação divulgada por
estes perfis que você segue você já investigou para saber se é verdadeira? Como uma curtida, um
comentário ou um compartilhamento feito por você pode gerar ganho ao dono desse perfil ou página?
8. Ao final dessa etapa, coletivamente, os jovens podem produzir novos registros em seus cadernos de
bordo sobre o que analisaram sobre perfis, quantitativos, monetização e razões para seguir alguém ou
algum tema na internet.
9. Para orientar as aulas para o tema da cidadania global, conduzir nova conversa agora sobre a utilização
das redes sociais como fonte de informações sobre discriminação e preconceito (racial, de gênero,
religioso), desigualdades (econômicas, sociais, culturais), direitos humanos, direitos de populações
(indígenas, crianças e adolescentes, idosos, mulheres), direitos sociais (direito à saúde, à educação, ao
trabalho, à moradia etc…). Questionando se, dentre os perfis que eles seguem, algum deles apresenta
a defesa de alguma causa de cidadania global.
10. Em pequenos grupos, solicitar que investiguem, ao menos, um perfil, preferencialmente que os
estudantes ainda não sigam, mas que defenda as causas de cidadania global nas redes sociais. Por ser
um perfil que eles não seguem ou temas que não conhecem, vale sugerir a busca focada, com uso de
palavras-chaves, como: reflorestamento, saúde para todos, educação, não preconceito ou não violência,
entre outros. Estabeleça a forma como os estudantes apresentarão suas pesquisas e construa com eles
um roteiro de dados sobre o perfil que não podem faltar, de modo que possam aplicar o que analisaram
nos perfis seguidos por eles mesmos em suas redes, como: identificar a pessoa ou página; qual é a
causa de cidadania global defendida; que tipo de publicações estão presentes; o tempo de existência
deste canal/podcast/blog/página; a quantidade de seguidores; a quantidade de comentários, curtidas,
compartilhamentos dados, em média, nas suas últimas cinco publicações; são utilizados dados
estatísticos, índices socioeconômicos ou informações matemáticas que ajudam a defender a
ideia/causa/tema; se sim, quais são elas; este perfil gera renda a seu(s) proprietário(s); se sim, como
cada um de vocês reagiria a este perfil: com uma curtida, faria um comentário, compartilharia um ideia,
busquem uma boa justificativa para essa reação.
11. Terminadas as apresentações dos grupos, a proposta é comparar os dados analisados no perfil no item
anterior, em relação aos que eles seguem em termos de curtidas, seguidores, engajamento e
conjecturar causas de possíveis diferenças.
12. Orientar um momento de reflexão a respeito das publicações deste perfil. Para isto, os estudantes
devem escolher uma das publicações e analisar sob o questionamento A publicação escolhida neste
perfil contém fatos trazidos por fontes confiáveis? Você averiguou essa informação? Como? Neste
momento, o ideal é ampliar as discussões sobre veracidade, compartilhamento de informações e
consequências de ações como esta para a sociedade.
13. Abordar a definição de curadoria de informações, que está sendo tratada no componente Cultura e
Cidadania, cujo processo objetiva a busca, seleção e classificação de conteúdos relevantes como fonte
de informação em busca da veracidade dos fatos.
14. Retomar com os grupos a pesquisa relativa ao perfil que defende um tema de cidadania e solicitar uma
curadoria, em fontes confiáveis, para verificar a veracidade de pelo menos uma das informações
publicadas, selecionando, no mínimo, duas fontes confiáveis para confirmar (ou não) o teor da
publicação do perfil investigado.
15. Para terminar o bimestre, propor que os jovens, nos mesmos grupos, preparem uma breve divulgação
do que realizaram e aprenderam na investigação sobre o perfil que defende uma causa de cidadania.
Isso pode ser feito na forma de um vídeo de dois minutos, roteirizado e gravado por eles, ou a escrita
de uma notícia para o site/página da escola, ou como um relatório do percurso e das observações feitas
por eles. Essas produções podem ser avaliadas entre os grupos, que trocam entre si o que fizeram e
recebem sugestões construtivas para melhoria ou complementação do material produzido. O percurso
de produção desse material pode ser fotografado, escrito ou representado por desenhos e imagens em
seus cadernos de bordo.
Propostas de Avaliação
Para esse bimestre a avaliação pode ser feita a partir das informações coletadas e das propostas
sugeridas, nas análises dos perfis em redes sociais com publicações construção de um caderno de bordo, em que
cada estudante registre suas aprendizagens, em cada aula ou conjunto de aulas.
A autoavaliação, a partir de rubricas que permitam aos jovens identificar se atingiram completamente,
parcialmente ou não atingiram o que era esperado para aquela aula ou conjunto de aulas, pode ser um
componente enriquecedor do caderno de bordo de cada estudante.
A análise deste caderno e a observação do desempenho do estudante nas pesquisas e apresentações
aos colegas permitirão ao professor avaliar se as habilidades EMIFMAT03 e EMIFMAT07 estão ou não em
desenvolvimento.
Subtemas:
➢ Análise de índice relativo a tema de cidadania global;
➢ Regressão linear simples;
➢ Aplicação do modelo de regressão na previsão futura;
➢ Criação de questões envolvendo regressão linear.
1. Utilizar a curadoria de fontes e de temas de cidadania global feita pelos estudantes no componente
Cultura e Cidadania, ampliando as fontes de busca de informações em diversos meios como podcast,
sites, noticiários, jornais ou revistas.
2. Orientar os jovens para que analisem se nessas fontes são fornecidos ou comentados índices como
recursos para consolidar as informações disponíveis, como, por exemplo, índice de reflorestamento ou
desmatamento no Brasil, quando estiver abordando aspectos referentes a Amazônia, taxa de
analfabetismo, quando trouxer assunto referente à educação, índices e indicadores de saúde, na
abordagem da saúde no Brasil, entre outros. Conferir se estes dados estão sendo apresentados com
indicação de fontes confiáveis.
3. Solicitar que, ao aparecer algum tipo de índice ou taxa, registrem em seus cadernos de bordo sobre o
significado da informação e, se possível, investigar como esse índice é obtido.
4. Separar a turma em grupos e solicitar aos estudantes que escolham um indicador/índice ligado a uma
questão considerada de cidadania global e que possa estar de acordo com a realidade do município.
Propor uma análise que seja possível determinar quais motivos são levados em consideração para haver
diferenças entre dados e índices locais e outros considerados globais.
5. Com objetivo de ampliar os conhecimentos dos jovens sobre ferramentas estatísticas, utilizar a
metodologia sala de aula invertida, em que os estudantes se preparam para a aula com antecedência,
realizando cada qual, no seu tempo, estudos e pesquisas a respeito de Regressão Linear Simples. Para
nortear a pesquisa, sugere-se começar indicando que eles têm como meta principal responder às
questões: O que é uma Regressão Linear Simples? Para que serve? Como funciona? Quais os conceitos e
cálculos matemáticos envolvidos?
6. Para ajudar a organizar e compartilhar as descobertas dos estudantes sobre o tema, peça que registrem
e produzam uma breve síntese sobre esse estudo. Depois em sala de aula, em grupos, os resultados
desse estudo são compartilhados, com mediação docente.
7. Solicitar que, em duplas, aprofundem seus conhecimentos ao utilizar o recurso “Ajuste de curva”,
disponível em https://phet.colorado.edu/sims/html/curve-fitting/latest/curve-fitting_pt.html.
8. Retomar o índice escolhido pelos grupos de jovens e propor que busquem dados deste índice nos
últimos anos, para que possam construir o modelo de regressão que permita prever valores futuros
deste índice.
9. Promover a apresentação dos grupos em relação ao estudo e a regressão futura de cada índice e
incentivar que se posicionem se, de fato, a previsão futura é confiável. Espera-se que percebam que o
modelo matemático pode ser confiável em curto período de tempo, mas que a longo prazo muitas são
as variáveis que podem alterar totalmente essa previsão, seja ela positiva ou negativa, para a evolução
desse índice.
10. Uma boa opção para considerar a autonomia e autorregulação dos estudantes é oferecer ou construir,
de forma colaborativa, rubricas para que avaliem as apresentações dos grupos e ofereçam devolutivas,
indicando pontos de destaque e pontos de melhoria. Esse processo deve levá-los a refletir e aprimorar
também suas próprias produções.
11. Outra sugestão é propor que elaborem questões para analisar o processo de regressão linear e os
resultados encontrados com as análises futuras, para verificar se existe algo que precisa ser retomado
individual ou coletivamente. Essas questões podem ser reunidas em um arquivo compartilhado com
todos, incentivando assim o interesse dos estudantes pelas produções de seus colegas.
12. Organizar coletivamente um roteiro do que os estudantes devem registrar, em seus cadernos de bordo,
os estudos feitos sobre o índice investigado e sobre o modelo matemático de regressão.
Propostas de Avaliação
Neste bimestre, como no anterior, o caderno de bordo dos estudantes é um valioso instrumento de
avaliação, assim como os registros de observação do professor nos momentos de grupo e apresentações sobre
os índices e sobre regressão linear. Em conjunto com a análise crítica do modelo matemático, o professor pode
verificar o desenvolvimento dos jovens em relação às habilidades (EMIFCG02), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT03).
A produção de questões e a análise dos problemas propostos pelos colegas é outra fonte de avaliação,
em especial sobre as habilidades (EMIFMAT01) e (EMIFMAT07).
Subtemas:
➢ Raciocínio lógico dedutivo;
➢ Informações numéricas, percentuais na geração de falácias em mídias diversas;
➢ Análise crítica de falácias.
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e
alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em
situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
1. Para sensibilizar os estudantes em relação ao uso da linguagem como forma de representar informações
com veracidade, sugerir que reflitam sobre o seguinte problema da (OBMEP 2022)
Admita que sejam válidas ambas as seguintes sentenças:
- Pinóquio sempre mente;
- Pinóquio diz: “Todos meus chapéus são verdes”.
Podemos concluir dessas duas sentenças que:
(A) Pinóquio tem pelo menos um chapéu.
(B) Pinóquio tem apenas um chapéu verde.
(C) Pinóquio não tem chapéus.
(D) Pinóquio tem pelo menos um chapéu verde.
(E) Pinóquio não tem chapéus verdes.
Depois de um tempo, propor um painel com as resoluções dos estudantes, sem foco na resposta correta, mas
sim porque as outras quatro afirmações são falsas. Destacar a importância do raciocínio lógico dedutivo para
a compreensão de conclusões a partir de algumas informações que podem confundir ou induzir a
interpretações equivocadas. Resposta para acompanhar as resoluções dos estudantes: (A) Como Pinóquio
mente, a frase “Todos os meus chapéus são verdes” deve ser falsa. Logo, existe pelo menos um chapéu de
Pinóquio que não é verde. Podemos concluir, então, que Pinóquio tem pelo menos um chapéu (que não é
verde).
2. Após apresentar o componente e seus objetivos e habilidades que pretendem ser trabalhados com a
turma, orientar o olhar dos estudantes sobre como quantificações, gráficos, índices e tantas outras
informações dadas em linguagem matemática são apresentadas na mídia e suas finalidades. Para isso, é
possível apresentar aos estudantes uma notícia, com informações referentes à cidadania global de
fontes jornalísticas, para que notem se a apresentação contempla utilização de dados matemáticos e
qual a importância desses dados para a compreensão dos fatos no contexto da notícia. Com a matéria:
3. Instigar os estudantes a refletir sobre as seguintes questões: Qual a intenção desse título? Os valores
apresentados nesta notícia são considerados alto ou baixo, significativos ou irrelevantes? Qual o real
quantitativo por trás do valor 1,7%? Em seguida, propor aos estudantes que reescrevam essa
informação com os dados em números reais da situação apresentada e promover uma conversa sobre a
questão do feminicídio em si e possíveis ações humanas ou políticas públicas para que o dado
apresentado na notícia aumente ou diminua.
4. Em pequenos grupos, solicitar aos estudantes a busca de uma informação, em fonte diferente da
anterior, que apresente índices como título, para que analisem criticamente o uso da linguagem
matemática da notícia e de que forma ela é dada.
5. Os resultados dessa análise podem gerar pequenos textos reflexivos para seus cadernos de bordo, e
ainda, textos do grupo ilustrados pelos estudantes, para compor o observatório das mídias em
construção em todos os componentes deste aprofundamento, e ancorado no componente Cultura e
cidadania.
6. Propor a leitura compartilhada, com paradas reflexivas, do texto que se encontra no site Observatório
da imprensa, “Falácias matemáticas'', no qual os estudantes podem encontrar notícias utilizadas para
promover ou derrubar candidatos em eleições. Segundo esse texto “elas desequilibram a balança da
Justiça e ajudam a condenar inocentes. Imprecisões são difundidas em artigos da mídia e sacramentam
opiniões sem qualquer base na realidade”.
7. Em pequenos grupos, propor a busca de notícias ou manchetes em locais que os estudantes usam para
buscar informações e verificar se há alguma forma de “falácia”, ou seja, utiliza um raciocínio que parece
lógico e verdadeiro, porém existe alguma falha que o torna falso.
8. Orientar a apresentação de cada grupo sobre a falácia encontrada, mas para evitar uma avaliação
subjetiva dos colegas, sugerir a construção com os jovens de rubricas para análise e possíveis
contribuições para aperfeiçoamento da apresentação do grupo. Algumas das rubricas possíveis são: A
notícia ou manchete apresentada corresponde a uma falácia? A apresentação dos colegas foi
convincente sobre o equívoco na lógica do texto apresentado? O grupo cuidou de confrontar a notícia
com fontes confiáveis? O que o grupo poderia explorar mais em sua apresentação?
9. Os resultados dessas apresentações podem gerar nova contribuição dos estudantes para o Observatório
das Mídias, no componente Cultura e cidadania, trazendo o conhecimento matemático como
ferramenta para verificação da inconsistência lógica de argumentos ou o uso de dados numéricos,
percentuais ou gráficos que induzem a conclusões equivocadas.
10. Para finalizar propor uma autoavaliação do estudante sobre o percurso realizado neste bimestre,
relacionando com os perfis que ele segue na internet em suas buscas diárias por informações.
Propostas de Avaliação
Para avaliar o desempenho dos estudantes no bimestre é essencial considerar as buscas realizadas,
dando devolutivas sempre que necessário. De modo geral é possível avaliar (1) a busca e análise de notícias com
dados numéricos , (2) a investigação de falácias em mídias, (3) as apresentações sobre falácias, (4) os registros
nos cadernos de bordo, e (5) os registros para compor o “Observatório das Mídias”. Nesse percurso as
observações do professor podem ter como foco o desempenho dos estudantes em direção às habilidades
(EMIFMAT01), (EMIFMAT02) e (EMIFMAT07).
Considerando que foram vários os momentos de discussão em grupo ou coletivos é possível
acompanhar o desenvolvimentos dos estudantes em relação a si mesmos e em sua relação com os colegas,
considerando a competência (EMIFCG10) e a habilidade (EMIFMAT10).
Em relação à autoavaliação proposta para a finalização do bimestre algumas rubricas que podem ser
consideradas são:
O uso de dados
matemáticos em
notícias/manchetes
Minha contribuição no
grupo
Lembrando que o professor, utilizando seus registros, pode trazer uma devolutiva para a turma ou para
alguns estudantes em particular, para valorizar avanços e, eventualmente, para trazer orientações com foco na
melhoria das aprendizagens.
correspondem aos fatos reais. Em seguida, os jovens fazem uma incursão em infográficos e são
convidados a vivenciar, de modo criativo, a produção de um que corresponda aos estudos feitos
por eles nos demais componentes deste aprofundamento.
Subtemas:
1. Abordar e discutir sobre alguns exemplos de erros contidos em gráficos estatísticos publicados nos
meios de comunicação com o objetivo de auxiliar o estudante a interpretar e analisar com criticidade
esse recurso visual de comunicação de informações. Questionar, por exemplo, a disposição dos eixos, a
omissão de variáveis, a simplificação de informações, o formato, a apresentação dos dados, entre
outros.
2. Propor aos estudantes um estudo de caso sobre o infográfico interativo presente no meio do artigo “
Uganda luta contra o estigma e a pobreza para combater o câncer de mama” (disponível em:
http://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/2013/10/16/health/uganda-fights-stigma-and-poverty-t
o-take-on-breast-cancer.html). Nesse exemplo, é interessante destacar, o título, as legendas e o fato da
interação que permite ao leitor obter dados clicando sobre cada círculo que representa um país.
3. Explicar que o infográfico é um gênero textual que explora a mistura de texto, imagens e esquemas com
recursos gráficos e que se propõe transmitir dados e conteúdos de forma simples e lúdica. Incentivar
que os estudantes façam uma busca de infográficos bem criativos. Sugerir a procura em jornais
impressos, sites de notícias, Organizações Não Governamentais ou outros.
4. Propor a construção de um painel com os infográficos escolhidos, em que eles possam destacar os
pontos importantes considerados por eles neste tipo de apresentação, inclusive com os elementos que
compõem um infográfico, como por exemplo: a disposição da imagem, a forma de apresentação da
notícia, a organização dos dados, a fonte das informações, imagens ou perguntas que instigam o leitor a
refletir sobre os dados apresentados etc.
5. Escolher um infográfico para estudo crítico com os estudantes, para aprofundar a percepção sobre o
processo de criação, destacando a utilização de elementos matemáticos e a disposição da informação
para estabelecer relações entre a notícia texto, gráficos e imagens utilizadas. Propor aos estudantes que,
em duplas, produzam em seus cadernos de bordo um modelo de infográfico diferente do apresentado,
com o desafio de apresentar as mesmas informações sob um novo olhar. Essa produção pode ser feita à
mão, desde que considere a proporcionalidade e o traçado correto em gráficos ou desenhos que
representem dados e pode incluir a arte do grafite ou das narrativas visuais estudadas no componente
Cidadania e Inclusão para destacar uma ideia ou uma informação, estabelecendo-se assim uma
integração com a proposta de facilitação gráfica.
6. Em um processo de produção editorial, propor aos estudantes que, em pequenos grupos, escolham um
tema entre o ativismo social, a urbanização, a emissão de gases tóxicos e outras propostas que
envolvam a educação global, com base de informação em fontes confiáveis a serem auditadas pelo
professor, para criar um infográfico com o objetivo de orientar leitores para hábitos e responsabilidades
em relação ao tema escolhido, seja em suas ações atuais ou futuras. Como sugestão para essa
produção, solicitar que os estudantes utilizem em sites de busca a frase “como fazer infográfico de
forma rápida”.
7. Planejar e executar uma mostra dos infográficos produzidos, associada a um conjunto de mesas, com
inscrição prévia de interessados da comunidade escolar, como parte do evento de apresentação do
observatório de mídias à comunidade. Tópicos que poderiam orientar a apresentação:
9. Orientar a turma para uma autoavaliação final do componente, adaptando ou utilizando as rubricas
propostas na avaliação do bimestre anterior.
Propostas de Avaliação
Considerando esse bimestre como o fechamento do componente, é preciso avaliar a produção final dos
estudantes a partir de uma rubrica que permita verificar o quanto evoluíram a partir das entregas realizadas.
Recomenda-se especial cuidado para que os estudantes não sejam prejudicados na avaliação do bimestre por
faltas ou erros cometidos nas entregas dos bimestres anteriores, o que feriria o processo de avaliação formativa.
Uma autoavaliação acerca das habilidades norteadoras do itinerário na qual os estudantes podem
verificar quanto de cada habilidade foi desenvolvida pode ser um ótimo instrumento para enriquecer tanto o
processo de aprendizagem deles quanto o resultado final da avaliação.
Esse é o momento de uma devolutiva final aos jovens sobre suas aprendizagens, conquistas, mudanças
de compreensão sobre a linguagem matemática na expressão e comunicação de informações, e especialmente,
os avanços em termos do protagonismo e das habilidades de responsabilidade, colaboração, respeito a
diferentes pontos de vista e à capacidade de lidar com prazos, tarefas e situações de convívio com os outros. Ou
seja, considere nessa devolutiva os aspectos cidadãos esperados para a vida em uma sociedade justa, igualitária
e democrática.