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SUMÁRIO
PRISÃO DOMICILIAR .......................................................................................................2
Conceito .................................................................................................................................. 2
Hipóteses de Aplicação ....................................................................................................... 3
Prisão Domiciliar: CPP e LEP ................................................................................................. 7

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PRISÃO DOMICILIAR
CONCEITO
A prisão domiciliar é uma medida substitutiva da prisão preventiva e é empregada
por razões humanitárias e excepcionais, previstas no art. 318 do CPP.

Sua definição legal consta no art. 317 do CPP.

Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do


indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela
ausentar-se com autorização judicial.

A resposta é SIM.

Nesse sentido, é a jurisprudência do STJ.

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HIPÓTESES DE APLICAÇÃO
O art. 318 do CPP apresenta as hipóteses de admissibilidade da prisão domiciliar em
substituição da prisão preventiva.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela


domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).
II - extremamente debilitado por motivo de doença
grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6
(seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.

De forma esquematizada:

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Segundo o STF, de início, deve se dar credibilidade à palavra da mãe.

Contudo, se persistir dúvidas acerca da veracidade da guarda, é possível a


elaboração de laudo social, sem prejuízo do cumprimento imediato da conversão em
prisão domiciliar.

Nesse sentido:

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A resposta é SIM.

Segundo o STF, o fato de a mulher ser reincidente, por si só, não impossibilita a
conversão em prisão domiciliar.

Nesse sentido:

Com o advento da Lei nº 13.769/2018, houve a inclusão do art. 318-A do CPP, que
trata da substituição da preventiva por prisão domiciliar, especificamente da mulher
gestante ou mãe de criança ou pessoa com deficiência.

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou


que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com
deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça
a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

Dessa forma, por exemplo, não é possível converter em prisão domiciliar a preventiva
decorrente do crime de abandono de incapaz (CP, art. 133) praticado pela mãe contra
seu filho.

Por outro lado, também não se admite a conversão da preventiva em prisão


domiciliar quando o crime cometido envolver violência ou grave ameaça, por exemplo,
o crime de roubo.

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A resposta é SIM.

Segundo a jurisprudência do STJ, em situações excepcionais é possível que o juiz


negue a prisão domiciliar para a mulher gestante ou que seja mãe de criança ou pessoa
com deficiência.

Nesse sentido:

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De forma esquematizada:

PRISÃO DOMICILIAR: CPP E LEP


Como dito anteriormente, a prisão domiciliar prevista no CPP não se confunde com
o instituto descrito na Lei de Execução Penal (LEP).

Nesse sentido, esta modalidade de prisão domiciliar (LEP) autoriza que o preso em
regime aberto cumpra sua pena em sua residência.

Os requisitos estão previstos no art. 117 da LEP.

Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de


regime aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.

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