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SUMÁRIO
FIANÇA ..................................................................................................................... 2
Conceito ......................................................................................................................... 2
Natureza Jurídica ........................................................................................................... 2
Concessão de Fiança pela Autoridade Policial......................................................... 3
Valor da Fiança .............................................................................................................. 4

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FIANÇA

CONCEITO
Segundo Renato Brasileiro 1 , a fiança é uma caução real destinada a garantir o
cumprimento das obrigações processuais do réu.

Nos termos do art. 330, caput, do CPP, a fiança consistirá em depósito de valores ou
bens.

Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em


depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos
da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em
hipoteca inscrita em primeiro lugar.

NATUREZA JURÍDICA
Após o advento da Lei nº 12.403/2011, além de ser condição de liberdade provisória
no caso de flagrante de crime afiançável, a fiança presta como medida cautelar
autônoma, conforme art. 319, §4º, do CPP.

Art. 319, § 4o A fiança será aplicada de acordo com as


disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada
com outras medidas cautelares.

A fiança pode ser arbitrada em qualquer momento, ou seja, durante o inquérito


policial ou ação penal, desde que seja antes do trânsito em julgado.

Nesse sentido.

Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar


em julgado a sentença condenatória.

1 Lima, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: vol. Único. 8ª edição. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 1.170

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CONCESSÃO DE FIANÇA PELA AUTORIDADE POLICIAL


Conforme art. 322, caput, do CPP, a autoridade policial poderá conceder fiança
quando a infração penal tiver pena máxima não superior a 04 anos.

Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança


nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos.

De forma esquematizada:

É importante observar que a autoridade policial não pode decretar outra medida
cautelar prevista no art. 319 do CPP.

A resposta é SIM.

Segundo o art. 24-A, §2º, da Lei Maria da Penha, somente o juiz poderá conceder
fiança ao crime de descumprimento de medida protetiva, apesar de sua pena máxima
ser de 02 anos.

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas


protetivas de urgência previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil
ou criminal do juiz que deferiu as medidas.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade
judicial poderá conceder fiança.

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VALOR DA FIANÇA
A fiança deve evitar ser impossível de arcar para os pobres e, também, irrisória para
indivíduos que possuam alto poder aquisitivo.

Dessa forma, o art. 326 do CPP apresenta alguns parâmetros de fixação da fiança.

Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá


em consideração a natureza da infração, as condições pessoais
de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância
provável das custas do processo, até final julgamento.

Tendo observado os parâmetros acima,

Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a


conceder nos seguintes limites:
(...)
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de
infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não
for superior a 4 (quatro) anos;
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o
máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a
4 (quatro) anos.

De forma esquematizada:

O valor da fiança poderá ser dispensado, reduzido até dois terços ou aumentado até
1.000 vezes, conforme art. 325, §1º, do CPP.

§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a


fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - dispensada, na forma do art. 350 deste
Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços);
ou (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

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De forma esquematizada:

A resposta é NÃO.

O art. 325, §1º, I, do CPP, ao dispensar a fiança, faz referência ao art. 350, caput, o
qual afirma ser o juiz a autoridade competente para deixar de arbitrá-la.

Nesse sentido:

Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a


situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade
provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e
328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso.

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