Você está na página 1de 5

Licensed to Bruna Rocha Marques - brunarocha2201@gmail.com - 027.345.

713-66

SUMÁRIO
LIBERDADE PROVISÓRIA .......................................................................................... 2
Introdução ...................................................................................................................... 2
Natureza Jurídica ........................................................................................................... 2
Classificação .................................................................................................................. 3
Liberdade Provisória: Obrigatória ............................................................................. 3
Liberdade Provisória: Sem Fiança ............................................................................. 5

1
Licensed to Bruna Rocha Marques - brunarocha2201@gmail.com - 027.345.713-66

LIBERDADE PROVISÓRIA

INTRODUÇÃO
Segundo Norberto Avena1, a liberdade provisória é “um instituto por meio do qual,
em determinadas situações, concede ao indivíduo o direito de aguardar em liberdade o
final do processo”.

Tem previsão constitucional, conforme art. 5º, LXVI, da CF/88.

Art. 5º, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,


quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

Nesse sentido, a regra deve ser a concessão da liberdade provisória, sendo certo que
o encarceramento só será cabível caso estejam presentes os requisitos que autorizam a
prisão preventiva, conforme art. 321 do CPP.

Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da


prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória,
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art.
319 deste Código e observados os critérios constantes do art.
282 deste Código.

NATUREZA JURÍDICA
Para a doutrina majoritária, liberdade provisória tem 02 (duas) naturezas distintas:

1
Avena, Norberto. Processo Penal – 13ª. Ed. – Método, 2021, Pág. 1.073

2
Licensed to Bruna Rocha Marques - brunarocha2201@gmail.com - 027.345.713-66

A liberdade provisória é uma alternativa ao encarceramento do indivíduo,


decorrente de uma prisão legal.

Por outro lado, o relaxamento da prisão decorre da atuação judicial diante de uma
prisão ilegal.

CLASSIFICAÇÃO
LIBERDADE PROVISÓRIA: OBRIGATÓRIA
Trata-se de hipóteses legais em que a liberdade provisória deve ser concedida
obrigatoriamente.

São exemplos de liberdade provisória obrigatória:

3
Licensed to Bruna Rocha Marques - brunarocha2201@gmail.com - 027.345.713-66

De forma esquematizada:

Com o advento da Lei nº 13.964/2019, a nova redação do art. 310, §2º, do CPP, veda
a liberdade provisória para o agente reincidente ou que integre organização criminosa
armada ou milícia, ou que porte arma de fogo de uso restrito.

Art. 310, § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que


integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta
arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade
provisória, com ou sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

4
Licensed to Bruna Rocha Marques - brunarocha2201@gmail.com - 027.345.713-66

LIBERDADE PROVISÓRIA: SEM FIANÇA


O Código de Processo Penal apresenta hipóteses em que o juiz poderá conceder a
liberdade provisória sem a fixação de fiança.

Um exemplo é a prisão em flagrante em que o agente tenha agido com base em


excludente de ilicitude, conforme art. 310, §1º, do CPP.

Art. 310, § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante,


que o agente praticou o fato em qualquer das condições
constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a
todos os atos processuais, sob pena de
revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº
13.964, de 2019)

Por outro lado, é cabível a liberdade provisória sem fiança quando o agente for
pobre, nos termos do art. 350, caput, do CPP.

Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a


situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade
provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e
328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso.

Você também pode gostar