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SUMÁRIO
Ação Penal Pública ............................................................................................................................... 2
Prazo Decadencial......................................................................................................................... 2
Retratação da Representação ................................................................................................... 4

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AÇÃO PENAL PÚBLICA

PRAZO DECADENCIAL
O art. 38, caput, do CPP apresenta o prazo decadencial para que a vítima ou seu
representante legal ofereça representação.

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu


representante legal, decairá no direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses,
contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime,
ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denúncia.

O prazo decadencial tem natureza penal (material). Por essa razão, não se prorroga
e o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.

Nesse sentido:

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.


Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.

Por outro lado, é importante destacar que o decurso do prazo decadencial tem início
a partir do dia em que a vítima souber quem é o autor do crime.

De forma esquematizada:

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A resposta é SIM.

O art. 236, parágrafo único, do CP afirma que o direito de queixa da vítima do crime
de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento só pode ser exercido depois
de transitar em julgado a sentença que anule o casamento.

Art. 246, Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do


contraente enganado e não pode ser intentada senão depois
de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
impedimento, anule o casamento.

Conforme a doutrina, no crime continuado, o prazo decadencial deve ser contado


individualmente, ou seja, tem início à medida que o ofendido toma ciência da autoria de
cada um dos delitos.

Por outro lado, em relação ao crime permanente, há polêmica, pois parte da


doutrina entende que o prazo decadencial tem início a partir do momento em que a
vítima toma ciência de quem é o autor do fato e, outra parte, da cessação da
permanência.

De forma esquematizada:

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Segundo a doutrina1, o prazo decadencial flui apenas para o representante legal.


Assim, esgotado o prazo, não poderá exercer a representação.

Contudo, em relação ao menor de 18 anos e o mentalmente incapaz, seu prazo


corre, respectivamente, a partir de sua maioridade ou de sua recuperação da
enfermidade.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A”, menor de idade, é vítima de crime contra sua honra.
Contudo, seu representante legal não exerce a representação no prazo decadencial.
Quando “A” completar 18 anos, na condição de vítima, terá início seu prazo decadencial.

De forma esquematizada:

RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO
O Código de Processo Penal admite a retratação da representação, conforme art.
25 do CPP.

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a


denúncia.

Contudo, há limite temporal para o exercício da retratação que é o oferecimento da


denúncia.

Para facilitar a compreensão:

1 Avena, Norberto. Processo Penal – 13ª. Ed. – Método, 2021, Pág. 253

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A resposta é SIM.

Prevalece na doutrina e jurisprudência de que é possível que a vítima ou seu


representante legal apresente nova representação, mesmo que tenha se retratado da
anterior.

Entretanto, é importante respeitar o prazo decadencial de 06 meses a contar da


ciência de quem foi o autor do crime.

A resposta é SIM.

Nos termos do art. 16 da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), a vítima pode se
retratar, mas a renúncia deverá ser feita perante o juiz, em audiência designada para essa
finalidade.

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à


representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes
do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

É importante salientar que, no rito da Lei Maria da Penha, a retratação é cabível até
o recebimento da denúncia.

De forma esquematizada:

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A resposta é SIM.

De acordo com a jurisprudência do STJ, ainda que haja manifestação no sentido de


se retratar da representação, no âmbito da Lei Maria da Penha, a audiência prevista em
seu art. 16 deverá ocorrer.
Nesse sentido.

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