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Racionalidade e Intuição

no Processo Decisório
Andressa Rocha Arana

Racionalidade e Intuição no Processo Decisório


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Sumário

Introdução .................................................................................................. 03
Objetivos .................................................................................................... 04
Estrutura do Conteúdo ............................................................................. 04

Racionalidade e Intuição no Processo Decisório

Tópico 1: Decisão como Fruto da Racionalidade ........................................... 05

Tópico 2: Intuição na Tomada de Decisão ....................................................... 09


Resumo ...................................................................................................... 11
Conteúdo de Fixação ................................................................................ 12
Leitura Complementar .............................................................................. 13
Referências Bibliográficas ....................................................................... 14

Racionalidade e Intuição no Processo Decisório


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Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo (a) ao conteúdo “Racionalidade e Intuição no Processo Decisório”.

Chegamos ao conteúdo Racionalidade e Intuição. Faremos uma breve reflexão a


respeito do uso destes dois modelos mentais na arte da decisão.

Nesta aula você vai observar como a racionalidade pode promover rigor, método e
eficácia nas decisões mais complexas, como também, perceberá que a faculdade intuitiva
do ser humano é uma aliada poderosa na tomada de decisão.

Bons estudos!

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Ao final deste conteúdo, esperamos que
você seja capaz de:
bj et ivos
O
1. Perceber a importância do uso da ra-
cionalidade na tomada de decisão;
2. Refletir como o poder intuitivo in-
fluencia nas decisões empresariais.

Estr
do Co utura
Para melhor compreensão do conteúdo
estudado, este material está dividido de
nteúd
o acordo com os seguintes tópicos:

1. Decisão Como Fruto Da Racionalida-


de
2. Intuição Na Tomada De Decisão

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1. Decisão como Fruto da Racionalidade
Aprendemos, desde muito cedo, que somos os únicos que possuem o privilégio de
pensar, analisar, discernir, elaborar, criar, etc., pois somos racionais. O ser huma-
no com sua capacidade racional tem modificado seu habitat para melhoria de
sua condição de vida. Fundou cidades, criou
sociedades, elaborou teorias, formou cultu-
ras, construiu a ciência.

A ciência trouxe para o homem uma nova


forma de perceber o mundo, as coisas, a na-
tureza e as pessoas. Através desta visão, o
ser humano, com o uso da sua racionalidade,
começou a tomar decisões com base na in-
vestigação cientifica, trazendo rigor, estrutura
e método a este processo essencial às pes-
soas e organizações.

Mas, afinal, o que é a racionalidade?

A racionalidade é a capacidade de usar a razão para conhecer,


julgar e elaborar pensamentos e explicações, e é ela que habilita o
homem a escolher entre alternativas, a julgar os riscos decorrentes
das suas consequências e efetuar escolhas conscientes e delibera-
das (Pereira e Fonseca, 2009, p.7).

Herbert Simon, pioneiro no estudo da decisão administrativa, foi também, um dos


primeiros a classificar os tipos de racionalidade. Segundo este autor (apud Pereira e
Fonseca, 2009, p.8), a racionalidade pode ser:

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Consciente: o decisor o
ajusta os meios aos fins
visando um processo
consciente. Deliberada: o decisor
Subjetiva: o decisor adequa os meios aos
se baseia em informações e fins, deliberadamente,
conhecimentos reais, provocado por um individuo
filtrados pelos valores e ou organização.
experiências pessoais.

Organizacional: o decisor
é orientado no sentido
Objetiva: o decisor se dos objetivos
baseia em fatos e dados organizacionais.
mensuráveis ou prescritos
que são eficazes no alcance
das metas propostas.

Pessoal: o decisor
visa seus objetivos
pessoais.

Uma tomada de decisão racional se fundamentará em informações concretas e não


em sentimentos ou crenças. Este processo se dará através de uma sequência lógica e
estruturada, conhecidas como as etapas do processo decisório:

• Identificação do problema;

• Diagnóstico;

• Elaboração de Critérios e Geração de Alternativas;

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• Escolha da Alternativa;

• Implementação e Avaliação da Decisão.

No entanto, em seus estudos sobre as decisões, Simon concluiu que o ser humano é
incapaz de tomar uma decisão totalmente racional, pois dependerá do contexto da situação
e do problema a ser solucionado, surgindo um novo paradigma a ser estudado na tomada
de decisão: a racionalidade limitada.

A racionalidade limitada fundamenta-se na premissa de que a mente humana é


incapaz de levar em conta, em uma decisão, todos os aspectos de valor, conhecimento
e comportamento que seriam relevantes no processo decisório (Costa Neto, 2007). Os
limites mais significativos no processo decisório são:

O ser humano não dispõe


de todos os conhecimentos
necessários para uma análise
tão profunda de um problema,
surgindo, dessa forma, a
necessidade de tomar decisões
em grupo, com o intuito de
analisar sob diversas visões, com
base em conhecimentos diversos,
uma situação problemática.

O individuo possui uma


percepção limitada de acordo
com sua formação cultural.
As pessoas tendem a analisar
o problema com base em
suas próprias experiências e
conhecimentos, no entanto, uma
visão distorcida, pode formar
estereótipos e transformá-los
em preconceitos sobre o tema
do problema em questão.

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Conteúdo On-line

Para uma reflexão sobre os limites ou fronteiras da raciona-


lidade, acesse o conteúdo on-line e veja o vídeo: Os limites ou
fronteiras da Racionalidade - Herbert Simon.

A falta de recursos para análise


de um problema pode prejudicar
na escolha da alternativa ideal,
pois impedirá o decisor de
observar diagnósticos precisos
que o auxiliará na tomada de
decisão. Além disso, pode
também impedi-lo de gerar
alternativas que vão exigir
maior investimento financeiro.

Pereira e Fonseca (2009, p. 11) acreditam


em seus estudos que a decisão, mais
do que lógica, é psicológica, pois:
● Surge da percepção de um problema;
● Depende da motivação do decisor
para resolver o problema;
● Envolve valores e critérios nos
quais o decisor se fundamenta;
● Está relacionada com a cultura, com os
sistemas de poder vigentes e com os
comportamentos decorrentes desse contexto;
● Envolve perdas, lida com
a angústia, sofrimento e frustração, pois a escolha de
uma alternativa implica na renuncia de outras;
● Lida com a incerteza que, em muitas vezes, promove desgaste emocional;
● Exige constante criatividade para identificar alternativas
em ambientes que se modificam o tempo todo.

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Conteúdo On-line

Para uma compreensão mais detalhada do processo racio-


nal, acesse o conteúdo on-line e veja um exemplo mencionado.

2. Intuição na Tomada de Decisão


Outro processo mental vem ganhando destaque no estudo das decisões organizacio-
nais, a chamada intuição.

A intuição nasce da experiência, dos conhecimentos já aprendidos, de informações


anteriores e das percepções de cada um. Não há como negar que a bagagem de
experiências que trazemos ao longo de nossas vidas é uma poderosa aliada na hora de
decidir.

Em vários momentos Muitas vezes, você pen-


recorremos ao processo sa: “Farei dessa forma,
intuitivo para tomarmos pois algo me diz que será
uma decisão. A informa- melhor assim”; “Não irei
ção, neste caso, não é por este caminho, pois
tão suficiente, mas o que não me sinto bem nele”;
será levado em conside- “Gostei desta pessoa, ela
ração são sentimentos e me passa algo positivo”.
sensações que a pes- Esses pensamentos que
soa sente em relação à surgem de nosso interior
situação que precisa de são despertados pela
uma solução. intuição.

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Antigamente, muitas decisões eram tomadas estimuladas pelo uso da intuição, pois
as informações eram escassas, muitos executivos tinham que confiar em seus sentimen-
tos para resolver inúmeros problemas.

Deve se considerar, também, que o uso indiscriminado da intuição pode oferecer


inúmeros riscos para o decisor. Podemos nos enganar a respeito de nossas percepções,
pois dependendo da nossa visão, poderão surgir sentimentos distorcidos que nos levem a
estereotipagem de situações gerando preconceito na hora de decidir.

O ideal é equilibrar a racionalidade (com o uso das informações concretas) com a


intuição (valorizar sentimentos e percepções). Simon (apud Maximiano, 2004, p.125)
afirma ainda que o uso da racionalidade e intuição combina-se perfeitamente na tomada
de decisão. Quanto maior a base de informações, mais racional é o processo e quanto
maior a proporção de sentimentos e opiniões, mais intuitivo se torna.

Conteúdo On-line

Para entender mais sobre o processo intuitivo, acesse o con-


teúdo on-line e leia o texto: O Processo de Tomada de Decisão
Instantânea e a Intuição.

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Uma tomada de decisão racional se fundamentará em informações concretas e não
em sentimentos ou crenças. Esse processo se dará através de uma sequencia lógica e
estruturada, através das etapas: Identificação do problema; Diagnóstico; Elaboração de
Critérios e Geração de Alternativas; Escolha da Alternativa; Implementação e Avaliação
da Decisão. A racionalidade pode ser: objetiva, subjetiva, consciente, deliberada,
organizacional e pessoal.

Segundo Herbert Simon (apud Pereira e Fonseca, 2009, p.8), o ser humano é incapaz
de tomar uma decisão totalmente racional, pois dependerá do contexto da situação e do
problema a ser solucionado, surgindo um novo paradigma a ser estudado na tomada de
decisão: a racionalidade limitada. Os limites mais significativos no processo decisório são:
cognitivos; sociais; econômicos e psicológicos.

A intuição nasce da experiência, dos conhecimentos já aprendidos, de informações


anteriores e das percepções de cada um. Em vários momentos, usamos o processo
intuitivo para tomarmos uma decisão. A informação, neste caso, não é tão suficiente, mas
o que será levado em consideração são sentimentos e sensações que a pessoa sente em
relação à situação que precisa de uma solução.

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Para uma compreensão mais detalhada do processo racional, acesse:
http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/v11n4art2.pdf

Para uma reflexão sobre os limites ou fronteiras da racionalidade, acesse o vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=QFLxazu6pCw

Para entender mais sobre o processo intuitivo, acesse:


http://www.ufrgs.br/gianti/files/artigos/2012/artigo_andriotti_intuicao_decisao.pdf

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Amaral, Sueli; Sousa, Antônio. Qualidade da informação e intuição na tomada de
decisão organizacional.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v16n1/a08v16n1.pdf

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COSTA NETO, P. L. O. (Org.). Qualidade e Competência nas Decisões. São Paulo:
Edgarg Blücher LTDA, 2007.

MAXIMIANO, A. C. Amaru. Processo Decisório. In: Introdução à Administração. São


Paulo: Atlas, 2004.

PEREIRA, Maria José L. de Bretas; FONSECA, João Gabriel Marques. Faces da decisão:
abordagem sistêmica do processo decisório. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

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