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Preparatório Concurso FMS

AULA DE CONHECIMENTO ESPECÍFICO


Data: 04/02/23
Cálculo de Medicação
FÓRMULAS DE GOTEJAMENTO
Nº gotas/min= Vt(mL)
T(h) x 3

Microgotas/minuto= Vt(mL)
T(h)

Nº gotas/min = V X 20
T(min)
Cálculo de medicamentos

1 ML

1 GOTA

3 MICROGOTAS
Cálculo de medicamentos

Nº de microgotas = Nº de gotas x 3

1 ml = 60 Microgotas
INSULINOTERAPIA

• O frasco e a seringa disponíveis na unidade


podem não ser proporcionais. Deve-se
proceder ao seguinte cálculo:

UI a serem aspirados = P x S
F

P = Quantidade de UI prescrita
S = Graduação da seringa disponível
F = Concentração do frasco disponível
TIPOS DE
COBERTURAS
PARA CURATIVOS
TIPOS DE COBERTURAS
• Alginato de cálcio: extraído das algas
marinhas marrons.

 Indicação: feridas abertas,


sangrantes, exsudativas, infectadas ou
não
 Mecanismo de ação: o sódio presente
no exsudato e no sangue interage com o
cálcio presente no curativo de alginato o
que auxilia o desbridamento.
Alginato de cálcio

 C.I: feridas sem exsudato ou com


necrose seca e lesões por queimadura

Necessita de cobertura secundária,


que deve ser trocada de 24 a 48h ou
de acordo com a saturação.
Carvão ativado
• Carvão ativado: composto de carvão e prata,
que tem ação bactericida.

 Indicação: tratamento de lesões infectadas


que apresentam odor fétido

OBS: também necessita de cobertura


secundária

Curativo no início trocar a cada 48 ou 72h


A cada 5 dias quando a ferida não tiver
mais infectada
Hidrocolóide

• Hidrocolóide:
Camada externa: espuma de
poliuretano (barreira aos gases, líquidos
e aos microorganismos.).

Camada interna: composta de gelatina


(absorver exsudatos, manter o ambiente
da ferida úmido).
Hidrocolóide
• Indicação:
Tratamento de feridas abertas não infectadas,
com leve ou moderada exsudação;
Prevenção e tratamento de úlceras por pressão
não infectadas.

• C.I: feridas com tecido desvitalizado, feridas


colonizadas ou infectadas, necrose e
queimaduras de terceiro grau.

• OBS: deve ser trocado a cada 7 dias,


dependendo de sua saturação.
Hidrogel
• Hidrogel:
Curativo hidroativo, sob forma de placa de gel
transparente

Composto por:

77,7% de água
20% de propilenoglicol
2,3% de carboximetilcelulose

• Indicações: remoção de crostas e tecidos


desvitalizados e necrosados de feridas abertas
Hidrogel

• C.I: pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas

• OBS: deve ser trocado de 24 a 72 horas


Feridas infectadas: no máximo a cada 24h
Necrose: no máximo a cada 72h

NECESSITA DE COBERTURA SECUNDÁRIA


Filmes

Tipo de cobertura de poliuretano;


Promove ambiente de cicatrização úmido,
mas não apresenta capacidade de
absorção.

Não deve ser utilizado em feridas


infectadas
Membranas ou filmes semipermeáveis

• Composição:Filme de poliuretano,
transparente, elástico, semipermeável;
• Indicação:
Fixação de cateteres vasculares
Proteção de pele íntegra e escoriações;
Prevenção de úlcera por pressão;
Cobertura de incisões cirúrgicas limpas
com pouco ou sem exsudato;
Membranas ou filmes semipermeáveis
• Mecanismo de ação:
Proporciona ambiente úmido;
Permeabilidade seletiva, permitindo a
difusão gasosa e evaporação de água;
Impermeável a fluidos e microorganismos;

• CI: Feridas com muito exsudato e feridas infectadas.

Trocar quando perder a transparência,


descolar da pele ou houver sinais de infecção
Papaína
Enzima proteolítica do látex do mamoeiro
Carica papaya
indicada como desbridante químico por
sua ação bacteriostática, bactericida e
antiinflamatória.
Indicações: recomendada em curativos
de Lesões por pressão.

OBS: troca a cada 24h geralmente ou


de acordo com a saturação
Papaína

Necrose: papaína a 10%


Exsudato purulento: de 4 a 6%
Tecido de granulação: 2%
CURATIVO COM ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL
(AGE)
• Óleo vegetal composto por ácido linoléico,
acído caprilíco, vitamina A, E e lecitina de
soja;
• Indicação: prevenção de lesão por pressão
e tratamento de feridas abertas

Tipo de ferida
Lesões abertas com infecção
Lesões abertas sem infecção
CURATIVO COM ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL
(AGE)
• Mecanismo de ação:
Promove angiogênese;

Acelera o processo de granulação tecidual;

A aplicação tópica em pele íntegra tem grande


absorção, forma uma película protetora na pele;

Previne escoriações devido à alta capacidade de


hidratação local.
CURATIVO COM ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL
(AGE)
• Periodicidade de troca:

Trocar o curativo sempre que o curativo


secundário estiver saturado ou no máximo a
cada 24h
SULFADIAZINA DE PRATA A 1%

Tratamento de queimaduras

Periodicidade de troca: No máximo a


cada 12h ou quando a cobertura
secundária estiver saturada
Bota de unna

• Gaze elástica que contém óxido de zinco


glicerina e gelatina em pó e água;

• Indicação:Tratamento ambulatorial e
domiciliar de úlceras venosas de perna e
edema linfático;

• CI:úlceras arteriais e úlcera arteriovenosa;


Bota de unna

• Periodicidade de troca: semanalmente

Facilita o retorno venoso e auxilia na


cicatrização de úlceras.
Evita o edema dos membros inferiores.
Pomadas enzimáticas (colagenase)

• Composição: Colagenase e enzimas


proteolíticas;
• Tipo de ferida: Ferida com tecido
desvitalizado;
• CI: Feridas com cicatrização por 1ª
intenção;
• Periodicidade de troca: A cada 24h
HIPERTENSÃO ARTERIAL
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA-HAS

• VII DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO


ARTERIAL-SBC

• Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial


caracterizada por elevação sustentada dos níveis
pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg.

• Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos,


alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo,
sendo agravada pela presença de outros fatores de
risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal,
intolerância à glicose e diabetes melito (DM)
RASTREAMENTO DA HAS
Todo adulto com 18 anos ou mais de idade,
que não tiver registro no prontuário de ao
menos uma verificação da PA nos últimos
dois anos, deverá tê-la verificada e
registrada.
Sempre que possível, a medida da PA deverá ser
realizada fora do consultório médico para
esclarecer o diagnóstico e afastar a possibilidade
do efeito do avental branco no processo de
verificação.
RASTREAMENTO DA HAS

A primeira verificação deve ser


realizada em ambos os braços

Intervalo de 1 min, no mínimo,


entre as aferições

O braço com o maior valor aferido


deve ser utilizado como referência
nas próximas medidas.
Fatores de risco para hipertensão
arterial
• Idade: Há uma associação direta e linear entre
envelhecimento e prevalência de HAS;
• Sexo e etnia: Prevalece em mulheres e pessoas
da raça negra;
• Excesso de peso e obesidade;
• Ingestão de sal: o consumo máximo
recomendado é de 2 g/dia;
• Ingestão de álcool: Consumo crônico e elevado
de bebidas alcoólicas aumenta a PA de forma
consistente;
• Sedentarismo;

• Fatores socioeconômicos: Adultos com menor


nível de escolaridade (sem instrução ou
fundamental incompleto) apresentam a maior
prevalência de HAS.
SINTOMAS
• DOR NO PEITO
• CEFALÉIA OCCIPITAL
• EDEMA NOS MMSS E MMII AO FINAL DO DIA
• ESCOTOMAS
• IRRITABILIDADE
• CANSAÇO AOS ESFORÇOS
• TONTURAS E DISPNÉIA
DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO

HIPERTENSÃO: nova diretriz da


American Heart Association (AHA) muda
definição de HAS

Passa a ser considerada hipertensão arterial


sistêmica a presença de PAS ≥ 130 mmHg e/ou
PAD ≥ 80 mmHg.
DIAGNÓSTICO
Consiste na média
Verificada em pelo
aritmética da PA maior
menos três dias
ou igual a 140/90
diferentes
mmHg

Soma-se a média das


Com intervalo mínimo medidas do primeiro
de uma semana entre dia mais as duas
as medidas medidas subsequentes
e divide-se por três.
ATENÇÃO
• A constatação de um valor elevado em
apenas um dia, mesmo que em mais do
que uma medida, não é suficiente para
estabelecer o diagnóstico de
hipertensão.
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
AMERICAN HEART ASSOCIATION-2021
DIAGNÓSTICO DA HAS
MEDIÇÃO DA PA

• NO CONSULTÓRIO:

• FORA DO CONSULTÓRIO: pode ser obtida


através do MAPA de 24 horas.
ATENÇÃO
Monitorização ambulatorial da PA:

A MAPA é o método que permite o registro


indireto e intermitente da PA durante 24 horas
ou mais, enquanto o paciente realiza suas
atividades habituais durante os períodos de
vigília e sono.
Medição residencial da PA

• A MRPA é uma modalidade de medição


realizada com protocolo específico
• Consiste na obtenção de três medições pela
manhã, antes do desjejum e da tomada da
medicação, e três à noite, antes do jantar,
durante cinco dias.
• Outra opção é realizar duas medições em cada
uma dessas duas sessões, durante sete dias.
• São considerados anormais valores de PA ≥
135/85 mmHg.
CONCEITOS IMPORTANTES

HIPERTENSÃO

DO AVENTAL
MASCARADA
BRANCO

Indivíduos com pressão Indivíduos com pressão


alterada no consultório, normal no consultório e
devido à reação de anormal na Mapa ou na
alerta, e normal na Mapa MRPA
Observações
• No consultório A PA deve ser medida em toda
avaliação por médicos de qualquer
especialidade e demais profissionais da saúde
devidamente capacitados.

• Recomenda-se, pelo menos, a medição da PA a


cada dois anos para os adultos com PA ≤
120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com
PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg.
Observações

• Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos,


nos diabéticos, idosos e em outras situações em
que a hipotensão ortostática possa ser
frequente ou suspeitada.

• Medir a pressão em ambos os braços na


primeira consulta e usar o valor do braço onde
foi obtida a maior pressão como referência
Observações

• A medição da PA em crianças é recomendada


em toda avaliação clínica após os três anos de
idade, pelo menos anualmente, como parte do
atendimento pediátrico primário, devendo
respeitar as padronizações estabelecidas para os
adultos.
ATENÇÃO
• A posição recomendada para a medida
da pressão arterial (PA) é a sentada.

• Entretanto, a medida da PA na posição


ortostática deve ser feita pelo menos na
primeira avaliação, especialmente em
idosos, diabéticos, alcoólicos e
pacientes em uso de medicação anti-
hipertensiva
TRATAMENTO DA HAS
CONTROLE DE PESO

HÁBITOS ALIMENTARES
SAUDÁVEIS

NÃO REDUÇÃO BEBIDA


FARMACO ALCÓLICA

ABANDONO TABAGISMO

TRATAMENTO
ATIVIDADE FÍSICA REGULAR

AGENTES ANTI-
FARMACO
HIPEPRTENSIVOS
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO

i. Controle de peso- A meta: IMC <25 kg/m2


ii. Adoção de hábitos alimentares saudáveis
iii. Redução do consumo de bebidas
alcoólicas
iv. Abandono do tabagismo
v. Prática de atividade física regular
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA
HIPERTENSÃO
Agentes anti-hipertensivos

 Diuréticos (HCTZ, furosemida, espironolactona)


 Betabloqueadores(carvedilol, atenolol,
propranolol)
 Inibidores da enzima conversora de angiotensina
(captopril e enalapril)
 Bloqueadores dos canais de cálcio( nifedipino,
anlodipino)
 Inibidor adrenérgico de ação central (metildopa)
TUBERCULOSE
TUBERCULOSE: CARACTÉRISTICAS GERAIS
• É uma doença infecciosa e
contagiosa;
• O termo tuberculose se origina no
fato da doença causar lesões
chamadas tubérculos;
• Qualquer órgão pode ser atingido pela
tuberculose;

Mais freqüentemente: pulmões,


gânglios linfáticos, pleura, laringe,
rins, cérebro e ossos
• AGENTE ETIOLÓGICO

• Causada por uma bactéria, o Mycobacterium


tuberculosis, também denominado de bacilo de
koch (bk);

• MODO DE TRANSMISSÃO

• O M. tuberculosis é transmitido por via aérea, de


uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que
elimina bacilos no ambiente (caso fonte), a outra
pessoa, por exalação de aerossóis oriundos da tosse,
fala ou espirro;
ATENÇÃO

• Principal fonte de infecção(TB)

O doente bacilífero, isto é, com baciloscopia


direta positiva.

Após 15 dias de tratamento o paciente deixa


de transmitir a doença.
CONCEITOS IMPORTANTES
• Sintomáticos respiratórios: pessoas maiores
de 15 anos que procuram os serviços de
saúde por qualquer motivo e apresentam
queixas de tosse e expectoração por três
semanas ou mais;

• Contatos de casos de tuberculose: toda


pessoa, parente ou não, que coabita com um
doente de tuberculose. qualquer motivo e
apresentam queixas de tosse e expectoração
por três semanas ou
e tuberculose;
DIAGNÓSTICO DE TB

TUBERCULOSE

PULMONAR EXTRAPULMONAR
DIAGNÓSTICO/TB PULMONAR

TB
PULMONAR

FORMAS DE
APRESENTAÇÃO

PÓS-
PRIMÁRIA MILIAR
PRIMÁRIA
DIAGNÓSTICO/TB PULMONAR
TB TB PÓS-
PRIMÁRIA PRIMÁRIA
+ COMUM NO
+ COMUM EM
ADOLESCENTE E
CRIANÇAS
ADULTO JOVEM

SINTOMAS:
IRRITAÇÃO, FEBRE PRINCIPAIS
BAIXA, SUDORESE SINTOMAS: TOSSE
NOTURNA E SECA OU
INAPETÊNCIA PRODUTIVA
ATENÇÃO
TB MILIAR

 Forma grave da doença


+ comum em pacientes
imunocomprometidos
Pode surgir hepatomegalia e alterações
no SNC
SINTOMAS CLÁSSICOS DE TB

Sudorese
Emagrecimento
noturna

Tosse
persistente, Febre
produtiva ou vespertina
não TB
PULMONAR
TB EXTRA-PULMONAR
Sinais e sintomas
dependem dos órgãos
acometidos

TB ganglionar
TB pleural
periférica

TB
TB óssea
meningoencefálica
DIAGNÓSTICO DE TB/EXAMES
• Para o CASO SUSPEITO DE TUBERCULOSE,
no Diagnóstico:
BACILOSCOPIA DO ESCARRO;
TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA
TB(TRM): avalia o DNA do bacilo;
CULTURA COM TESTE DE
SENSIBILIDADE.
• Confirmado o CASO DE TB, É PROTOCOLO
SOLICITAR EXAME DE HIV;
• Para acompanhamento de TB pulmonar, é
solicitado 1 Baciloscopia do Escarro ao final
de cada mês de tratamento até encerrar
BACILOSCOPIA DO ESCARRO

DIAGNÓSTICO
BACILOSCOPIA
DO ESCARRO
CONTROLE
BACILOSCOPIA DO ESCARRO

• INDICAÇÕES:
Sintomático respiratório, durante estratégia
de busca ativa; ƒ
Suspeita clínica e/ou radiológica de TB
pulmonar, independentemente do tempo
de tosse; ƒ
Acompanhamento e controle de cura em
casos pulmonares com confirmação
laboratorial.
BACILOSCOPIA DO ESCARRO
• Permite detectar de 60% a 80% dos casos de TB
pulmonar em adultos;
BK DO
SUSPEITA DE
ESCARRO
TB + BK DO
ESCARRO - (2
AMOSTRAS)
SOLICITE + AMOSTRA 1 AMOSTRA 2
AMOSTRAS

MOMENTO DA
no dia
CONSULTA seguinte, ao
despertar
COLETA, ARMAZENAMENTO E
TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE ESCARRO
• Identificação (nome do paciente e data
da coleta)
deve ser feita no corpo do pote e nunca
na tampa, utilizando-se, para tal,
esparadrapo, fita crepe ou caneta com
tinta permanente.

As amostras devem ser coletadas


em local aberto, de preferência ao ar
livre ou em sala bem arejada.
COLETA, ARMAZENAMENTO E
TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE ESCARRO
• Qualidade e quantidade da amostra:
 Uma boa amostra de escarro é a que provém da
árvore brônquica, obtida após esforço de tosse
• Volume ideal: 5 ml a 10 ml.

• Recipiente: potes plásticos com as seguintes


características:
 descartáveis, com boca larga (50 mm de diâmetro)
e transparente,
 com tampa de rosca e altura de 40 mm,
capacidade de 35 ml a 50 ml.
ATENÇÃO

• As amostras de escarro poderão ficar em


temperatura ambiente, protegidas da luz
solar por um período máximo de 24h;

• E mantidas sob refrigeração por no máximo


7 DIAS. 7 dias.
TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA TB (TRM)
• Indicado, prioritariamente, para o
diagnóstico de tuberculose pulmonar e
laríngea em adultos e adolescentes.

• Utilizado para detecção de DNA dos


bacilos do complexo M. tuberculosis
• O teste apresenta o resultado em
aproximadamente duas horas em
ambiente laboratorial, sendo necessária
somente uma amostra de escarro.
CULTURA DO BACILO DE KOCH (BK)

• É indicada para: Os casos suspeitos de


tuberculose pulmonar negativos ao exame
direto do escarro;

• O diagnóstico das formas extrapulmonar, como:


meningoencefálica, renal, pleural, óssea ou
ganglionar.
PROVA TUBERCULÍNICA

Injeção intradérmica da Formação de pápula de


tuberculina inoculação

Mensuração Correta
• Exame mais importante
para o diagnóstico da • VERIFICAÇÃO DO
infecção latente da TB TAMANHO DA PÁPULA
COM UMA RÉGUA:
• A tuberculina é aplicada
por via intradérmica, no  Tamanho até 5mm:
terço médio da face sem conduta
anterior do antebraço  Tamanho > 5mm: fazer
esquerdo, na dose de tratamento para
0,1ml; infecção latente

• LEITURA: realizada de 48
a 72h após aplicação,
podendo ser estendido
para 96h.
TRATAMENTO DE TB
• MUDANÇAS NO • SEGUNDA MUDANÇA:
TRATAMENTO DA comprimidos com dose fixa
TUBERCULOSE NO BRASIL combinada dos 4 fármaco
PARA ADULTOS E (4 em 1) para a fase
ADOLESCENTES: intensiva do tratamento;
 Aumentar a adesão dos
pacientes ao tratamento; • ESQUEMA BÁSICO PARA
 Aplica-se aos indivíduos ADULTOS E ADOLESCENTES
com 10 anos ou mais
(adolescentes e adultos);
 Primeira mudança:
introdução do ETAMBUTOL
como quarto fármaco na
fase intensiva de 2RHZE/4RH
tratamento (dois primeiros
meses) do esquema básico;
TRATAMENTO DE TB

FASES

INTENSIVA MANUTENÇÃO
ESQUEMA BÁSICO
• Casos novos de todas as formas de tuberculose
pulmonar e extrapulmonar (exceto
meningoencefalite e osteoarticular);

• CASO NOVO - paciente que nunca usou ou usou


por menos de 30 dias medicamentos
antituberculose.

• Retratamento:
 RECIDIVA (independentemente do tempo decorrido
do primeiro episódio)
 RETORNO APÓS ABANDONO COM DOENÇA ATIVA.
ESQUEMA BÁSICO DE TTO/TB

ESQUEMA
BÁSICO

TTO DE ADULTOS E TTO TB


ADOLESCENTES EXTRAPULMONAR

TB TB OSTEOARTICULAR
MENINGOENCÉFALICA
• ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E
ADOLESCENTES (COM 10 ANOS OU MAIS)

2RHZE/4RH
R: RIFAMPICINA
H: ISONIAZIDA
Z: PIRAZINAMIDA
E: ETAMBUTOL
ESQUEMA PARA TB MENINGOENCEFALICA E
OSTEOARTICULAR

2RHZE/10RH
R: RIFAMPICINA
H: ISONIAZIDA
Z: PIRAZINAMIDA
E: ETAMBUTOL
HANSENIÁSE
HANSENÍASE
• É uma doença infecto-contagiosa, de evolução
lenta, que se manifesta através de sinais e
sintomas dermatoneurológicos:

lesões na pele;
nos nervos periféricos, principalmente nos
olhos, mãos e pés.
• Agente Etiológico: • Modo de
 Mycobacterium Transmissão:
leprae ou bacilo de  Contato direto com o
Hansen doente: vias aéreas
 (alta infectividade e superiores;
baixa patogenicidade)
 Reservatório: • Período de Incubação:
O homem é  Em média de 2 a 7 anos;
reconhecido como a  Há referência a períodos
única fonte de infecção mais curtos, de 7 meses,
 Animais naturalmente como também a mais
infectados: tatu, longos, de 10 anos;
macaco mangabei e
chimpanzé.
• Período de transmissibilidade:
Os doentes PAUCIBACILARES (poucos bacilos)
não são considerados importantes como fonte de
transmissão da doença;

Os pacientes multibacilares se mantém como


fonte de infecção, enquanto o tratamento
específico não for iniciado.
As lesões mais comuns são:
Sinais e sintomas dermatológicos
• Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas:
alteração na cor da pele, sem relevo;
• Pápulas: lesão sólida, com elevação superficial e
circunscrita;
• Infiltrações: alteração na espessura da pele, de
forma difusa;
• Tubérculos: lesão sólida, elevada (caroços
externos);
• Nódulos: lesão sólida, mais palpável que visível
(caroços internos).
DIAGNÓSTICO DA HANSENIÁSE

• Anamnese,
• Avaliação
dermatológica e
CLÍNICO neurológica
(neurites,
incapacidades e
deformidades)

LABORATORIAL • BACILOSCOPIA
• Principais nervos • BACILOSCOPIA:
periféricos
LOCAIS de coleta
acometidos na
selecionados:
henseníase são:

• lóbulos auriculares e/ou


 Pela face: trigêmeo e
cotovelo
facial ;
• lesão quando houver
 Pelos braços: radial,
ulnar e mediano;
 Pelas pernas: fibular
comum e tibial posterior
TRATAMENTO DE HANSENÍASE
Nota técnica nº 04/2020

• Ampliação de uso da clofazimina para hanseníase


paucibacilar no âmbito do Sistema Único de
Saúde.
• O esquema de tratamento para pacientes com
hanseníase PB deverá ser realizado com os
medicamentos rifampicina, clofazimina e
dapsona durante 6 meses;
CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL
• Paucibacilar:
• INDETERMINADA E TUBERCULÓIDE
casos com até cinco lesões;
um nervo acometido;

• Multibacilar:
• DIMORFA E VIRCHOWIANA
casos com mais de cinco lesões;
e mais de um nervo acometido
TRATAMENTO ATUAL

Paucibacilar:
RIFAMPICINA, DAPSONA;CLOFAZIMINA
• duração de 6 a 9 meses;
• critério de alta: 6 doses em até 9 meses.
Multibacilar:
RIFAMPICINA, DAPSONA E CLOFAZIMINA;
• duração de 12 a 18 meses;
• critério de alta: 12 doses em até 18 meses
Reações hansênicas
• São MANIFESTAÇÕES AGUDAS ocasionadas por
alterações do sistema imunológico da pessoa
atingida pela Hanseníase

• Se exteriorizam por meio de manifestações


inflamatórias agudas e subagudas;

• Podem ocorrer antes, durante ou depois do


tratamento com poliquimioterapia, tanto nos
casos PB como nos MB.

 hanseníase;
REAÇÃO TIPO I (REAÇÃO REVERSA)

• caracteriza-se por infiltração, alterações


de cor e edema nas lesões antigas;

• surgimento de novas lesões


dermatológicas (manchas ou placas).

• Tratamento: prednisona e manter a


poliquimioterapia se o paciente ainda
estiver em tratamento.
REAÇÃO TIPO II (ERITEMA NODOSO
HANSÊNICO)

• Caracteriza-se por apresentar nódulos


subcutâneos dolorosos, acompanhados
ou não de febre e dores articulares e mal-
estar generalizado;

• Tratamento: talidomida e manter a


poliquimioterapia se o paciente ainda
estiver em tratamento

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