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Resumo Ética

Conceitos de consumidor
Consumidor - é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final. Pessoa física: ser humano / Pessoa jurídica: empresas, países,
estados, municípios, fundações, associações, igrejas, partidos políticos, entre outros.

Destinatário final: que tem como finalidade o uso próprio, sem fins comerciais,
profissionais e que não possui lucro. Põe fim ao lucro produtivo. (Teoria Finalista)

Qualquer agente do mercado (ora consumidor ora fornecedor), não importa a


finalidade: profissional/lucro, põe fim ao ciclo produtivo. (Teoria maximalista).

Teoria Finalista: Mecânico e costureira são considerados consumidores, pois apesar de


exercerem finalidade comercial, necessitam do produto comprado do fornecedor e por
isso, possuem vulnerabilidade.

Consumidor por equiparação: Coletividade de pessoas, indetermináveis ou não, que


haja intervindo na relação de consumo. Todas as vítimas de acidente de consumo,
Determináveis ou não, expostas às práticas comerciais. Ex: moça que foi atingida pela
roda do ônibus e veio a óbito.

Conceitos de fornecedor, produto e serviço


Fornecedor - é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Produto - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.


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Serviço - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Direitos básicos do consumidor


II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com


especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais


coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços;

Obs: O consumidor possui uma vulnerabilidade em relação ao consumidor, portanto,


em um processo judicial, quem deve provar a falha técnica ou problema é o fornecedor
do produto ou serviço.

Publicidade Abusiva e Enganosa

A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente,
a identifique como tal. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.

Publicidade Enganosa: qualquer modalidade de informação ou comunicação de


caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo
por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros
dados sobre produtos e serviços.

Publicidade Abusiva: dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza,


a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz
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de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde


ou segurança.

Práticas Abusivas

Prática comercial: é toda aquela que serve para o escoamento da produção, ou seja,
para a circulação dos produtos e serviços até o destinatário final.
Prática comercial abusiva: comportamentos, tanto na esfera contratual quanto à
margem dela, que abusam da boa-fé ou situação de inferioridade econômica ou técnica
do consumidor.

I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro


produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
Ex: Venda casada no cinema, que te condiciona a comprar os produtos vendidos lá

II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas


disponibilidades de estoque;
Ex: Limitar a compra de um produto a tantas unidades por consumidor.

III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou


fornecer qualquer serviço;;
Ex: Banco que envia cartão de crédito sem o cliente pedir.

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade,


saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
Ex: Lojas de varejo incluem seguros, empréstimos nas compras de idosos aproveitando
sua vulnerabilidade.

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;


Ex: cobrar multa pela perda da comanda, cobrar pelo excesso em rodízios.
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VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa


do consumidor;
Ex: Consertar o celular do cliente que deixou para fazer apenas um orçamento.

VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no


exercício de seus direitos;

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo


com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas
específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra
entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Conmetro);
Ex: Vender brinquedos de qualidade baixa que vieram de outros países e não passaram
pelas inspeções técnicas nos órgãos brasileiros.

IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se


disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento;
Ex: Se recusar a aceitar pagamento em dinheiro, se recusar a vender algum produto a
uma pessoa que possa comprá-lo

XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação
de seu termo inicial a seu exclusivo critério;
Ex: Loja que não coloca prazo de entrega para os produtos.

XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente


estabelecido;
Ex: Banco coloca juros abusivos.

LGPD LEI ANIMADA - (lei 13.709/18)


Princípios da LGPD:
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1. o respeito à privacidade;
2. a autodeterminação informativa;
3. a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
4. a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
5. o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
6. a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
7. os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o
exercício da cidadania pelas pessoas naturais.

Dados pessoais: São informações de pessoas naturais vivas que, direta ou


indiretamente, identificam um indivíduo.
● identificação direta: um cliente, ao fazer uma compra online, informa seu nome
completo e CPF, ou seja, a loja virtual com essas informações consegue
identificar o indivíduo que realizou a compra.
● identificação indireta: uma empresa não cadastrou o nome completo ou o CPF
de um cliente, a princípio, a companhia não teria como identificá-lo. Porém,
utilizando outras informações que possui, é possível descobrir sua identidade.
Tais como: profissão, endereço, gênero, ou qualquer outro dado que ajude a
identificá-lo.

Dados pessoais sensíveis: São aqueles dados que podem causar discriminação a uma
pessoa, por isso merecem maior proteção e são:
● origem racial ou étnica
● convicção religiosa
● opinião política
● filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso
● filosófico ou político
● dado referente à saúde ou à vida sexual
● dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural

Exceções de aplicabilidade: existem algumas exceções de aplicabilidade da LGPD,


mesmo nos casos em que o controlador de dados está no escopo territorial da lei.
Essas exceções estão listadas abaixo. A LGPD não é aplicável se:
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● o tratamento de dados pessoais é realizado por uma pessoa física, somente e


exclusivamente para fins privados e não comerciais;
● os dados pessoais são tratados apenas para os seguintes fins:
● jornalísticos ou de expressão artística,
● pesquisa acadêmica,
● segurança pública,
● segurança e defesa nacional.
● investigação e processo de ofensas criminais.

Titular de dados: pessoa natural a quem se referem os dados que são objeto de
tratamento.
Agentes de tratamento:
Controlador de dados: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, a quem
compete a decisão referente ao tratamento de dados pessoais.
Operador de dados: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o
tratamento de dados pessoais em nome do controlador.
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