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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO

COMPLICAÇÕES NA
GESTAÇÃO

Profª Ma. Andreia Majella da Silva Duarte Esteves


Descolamento Prematuro de
Placenta

• É a separação prematura da placenta,


normalmente implantada na parede uterina.
Ocorre em qualquer época da gestação,a
partir da 20ª semana e , mais comumente no
último trimestre.
O DPP está dividido em:
• Marginal ou parcial: apresenta eliminação de
sangue através da cérvix.

• Completo: bloqueia o sangue através da


placenta, podendo ou não apresentar
sangramento externo – hematoma
retroplacentário.
MARGINAL ou PARCIAL COMPLETA
ETIOLOGIA
• Hipertensão materna ou DHEG.
• Traumatismos.
• Alta paridade.
• Idade materna avançada.
• Cesariana prévia.
• Tabagismo.
• Torção do útero gravídico.
• Retração uterina.
• Cordão umbilical longo ou curto.
• Descompressão súbita do útero – amniotomia.
• Uso de drogas – álcool, cocaína e crack.
• DPP em gestação anterior.
SINAIS E SINTOMAS

• Hemorragia oculta e dolorosa – pode haver


morte fetal e choque materno.
• Hemorragia exteriorizada através do colo –
pouco dolorosa.
• Sofrimento fetal – hipóxia – ausculta de BCF.
TRATAMENTO

a) PRÉ-PARTO:
• Controle dos SV.
• Soroterapia.
• Coleta de exames laboratoriais.
• Controle de BCF.
• Preparo para cesariana.
• Oferecer aporte emocional.
TRATAMENTO
b) PÓS-PARTO:
• Controle dos SV.
• Avaliar sangramento.
• Avaliar globo de segurança.
• Observar sinais de choque.
• Soroterapia.
• Hemoterapia s/n.
• Repouso no leito.
Placenta Prévia

• Ocorre a implantação da placenta, inteira ou


parcialmente, no seguimento inferior do
útero, a partir da 22ª semana.
CLASSIFICAÇÃO DA PP
• PP TOTAL – a placenta cobre totalmente o
orifício cervical interno.

• PP PARCIAL – a placenta cobre parcialmente o


orifício cervical interno.

• PP MARGINAL ou IMPLANTAÇÃO BAIXA – a


placenta está perto do orifício cervical,mas
não o cobre.
TOTAL PARCIAL MARGINAL
ETIOLOGIA

• Causa desconhecida – vascularização reduzida


ou infecção na parte superior do útero.
• Multiparidade.
• Idade avançada.

A placenta cobre uma parte maior do útero,


pois a parte inferior é menos vascularizada –
30% maior.
COMPLICAÇÕES DA PP

• Hemorragia pós-parto – área de implantação


maior,dificultando a contração uterina.
• Prematuridade – uso de corticóide para
amadurecimento pulmonar e pesquisa de
anemia após o parto.
• Infecção – devido proximidade com a
vagina,facilitando a entrada de
microrganismos.
SINAIS E SINTOMAS DA PP
• Sangramento indolor na metade final da
gestação.
• Mais comum após o 7º mês.
• O sangramento aumenta podendo ocasionar a
morte.
• 15 a 20% dos casos ocorre apresentação fetal
anômala.

O US pode mostrar a área de implantação da


placenta.
TRATAMENTO

• Corticóide antes de 36 a 37 semanas.


• Repouso absoluto.
• Controle dos sangramentos e fetal.
• Evitar toque vaginal ou retal.
• Hemotransfusão, s/n.
• Cesariana.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE PP E DPP

PLACENTA PRÉVIA DESCOLAMENTO PREMATURO DE


PACENTA
Placenta anormalmente inserida Placenta normalmente inserida
Sangramento vaginal O sangramento pode ser oculto
Indolor Doloroso
Abdome depressivo exceto durante as Abdome em tábua e doloroso
contrações
Possível a palpação dos contornos fetais Impossível a palpação dos contornos
fetais.
REFERÊNCIAS
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5. ed. Brasília : Editora do Ministério da
Saúde, 2010.
• MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção ao pré-natal, parto e puerpério: protocolo
Viva Vida. 2 ed. Belo Horizonte: SAS/SES, 2006.
• Novas Diretrizes para Diabetes Mellitus Gestacional – 2010. Disponível em
http://www.febrasgo.org.br/site/?p=1528
• Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes – 2015/2016. Disponível em
http://www.diabetes.org.br/sbdonline/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf
• Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia. Sociedade Brasileira de Diabetes. Rastreamento e diagnóstico de
Diabetes Mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: OPAS, 2017.
• Doença Trofoblástica Gestacional (DTG), revisado em 2017. Disponível em
http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/PRO.OBS.010+-
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3682aabe2cb2
• MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende obstetrícia
fundamental. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Ebook. (1 recurso online). ISBN
9788527732802. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732802.
Acesso em: 24 mar. 2021.
• CUNNINGHAM, F. Gary et al. Obstetrícia de Williams. 25. ed. Porto Alegre: AMGH, 2021. Ebook. (1
recurso online). ISBN 9786558040064. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786558040064. Acesso em: 18 mai. 2021.
andreia.esteves@unifenas.br

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