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Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS


TERRITÓRIOS

Órgão Segunda Turma Recursal DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO DISTRITO


FEDERAL

Processo N. RECURSO INOMINADO 0705690-50.2017.8.07.0018


RECORRENTE(S) EVELLYN ALMEIDA DE SOUSA
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL, CULTURAL E
RECORRIDO(S)
ASSISTENCIAL NACIONAL e DISTRITO FEDERAL
Relator Juiz EDILSON ENEDINO DAS CHAGAS

Acórdão Nº 1094610

EMENTA

JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DE


QUESTÕES DA PROVA OBJETIVA APÓS A DIVULGAÇÃO DO GABARITO OFICIAL,
PORÉM ANTES DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO DEFINITIVO DA PROVA
OBJETIVA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. LEGALIDADE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. A autora alega que, após a interposição dos recursos e divulgação dos gabaritos oficiais e resultado
preliminar da prova objetiva, a banca examinadora publicou um reexame de gabarito, de modo que a
classificação da autora passou de 3.022 para 3.158.

2. No caso, embora a banca examinadora do concurso tenha divulgado o gabarito definitivo da prova
objetiva no dia 10.04.2017, o resultado divulgado na mesma data era preliminar. Na sequência dos
acontecimentos (dia 19.05.2017), houve o reexame de gabarito e a publicação do resultado defitinitivo
da prova objetiva.

3. Ademais, já entendeu o eg. TJDFT que o reexame procedido por ato de ofício realizado pela banca
de concurso público, com a desconsideração de questões de prova de múltipla escolha após a
publicação do gabarito definitivo, mas antes da divulgação do resultado final da etapa do certame,
configura exercício regular da autotutela administrativa, não caracterizando violação aos princípios da
segurança jurídica ou da razoabilidade. A alteração do gabarito definitivo pela banca examinadora,
após percebida incompatibilidade de algumas questões da prova de múltipla escolha com o conteúdo
programático do concurso público, não configura violação aos princípios do contraditório e da ampla
defesa no caso de ter sido concedida aos candidatos, no prazo previsto no edital, a devida oportunidade
para impugnar as referidas questões. MARIANA DE ANDRADE VASCONCELOS versus DISTRITO
FEDERAL (Acórdão n.1082543, 07052643820178070018, Relator: ALVARO CIARLINI 3ª Turma
Cível, Data de Julgamento: 14/03/2018, Publicado no PJe: 23/03/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

4. Recurso CONHECIDO e NÃO PROVIDO. Condeno a recorrente vencida ao pagamento de custas


e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a exigibilidade
de tais verbas suspensa na forma do art. 98, §3º do CPC. A súmula de julgamento servirá como
acórdão conforme regra do art. 46 da Lei 9.099/95.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Juízes da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, EDILSON ENEDINO DAS CHAGAS -
Relator, ARNALDO CORRÊA SILVA - 1º Vogal e ALMIR ANDRADE DE FREITAS - 2º Vogal,
sob a Presidência do Senhor Juiz ALMIR ANDRADE DE FREITAS, em proferir a seguinte decisão:
CONHECIDO. RECURSO NAO PROVIDO. UNANIME, de acordo com a ata do julgamento e notas
taquigráficas.

Brasília (DF), 09 de Maio de 2018

Juiz EDILSON ENEDINO DAS CHAGAS


Relator

RELATÓRIO

Dispensado nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/95.

VOTOS

O Senhor Juiz EDILSON ENEDINO DAS CHAGAS - Relator

Dispensado nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/95.

O Senhor Juiz ARNALDO CORRÊA SILVA - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Juiz ALMIR ANDRADE DE FREITAS - 2º Vogal
Com o relator

DECISÃO

CONHECIDO. RECURSO NAO PROVIDO. UNANIME

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