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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO

COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.


Processo nº...
HUMBERTO..., já qualificado, por seu ad vogado que esta subscreve
(instrumento de mandato incluso), com endereço profissional na..., Bairro...,
Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas informações nos
termos do artigo 106, inciso do novo Código de Processo Civil, vem perante
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, inciso II, alínea \u201ca\u201d, da
Constituição Federal, interpor

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL


Inconformado com acórdão de folhas nº..., proferido por esse Superior Tribunal
de Justiça, no julgamento do Mandado de Segurança..., impetrado contra ato
do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego.
Requer que seja recebido e processado o presente recurso, desde já
encaminhado as razões de fato e de direito, comprovando-se o preparo,
esperando seja remetido ao Supremo Tribunal Federal.

Termos em que pede deferimento.


Local, 28 de abril de 2009.
Assinatura do Advogado
OAB/UF... nº...
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RECORRENTE: HUMBERTO
RECORRIDO: MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO
PROCESSO Nº...

Egrégio Tribunal,
Colenda Turma
Nobres Julgadores.
Não merece prosperar o venerando acórdão que denegou a segurança n a
ação impetrada pelo recorrente, uma vez que a decisão viola princípios
constitucionais e legislação infraconstitucional.

DA TEMPESTIVIDADE
Abinitio, cumpre salientar que é tempestivo o presente recurso, vez que a
publicação da decisão, ora recorrida, o correu em ... de ... de ..., conforme
certidão de fl. ..., sendo, pois, apresentado o presente recurso no prazo
legalmente previsto, qual seja, 15 dias.

DO CABIMENTO D O RECURSO E DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO


TRIBUNAL FEDERAL
Tendo em vista tratar-se de ato de Ministro de Estado, a impetração do
mandado de segurança contra o ato de demissão do recorrente dirigiu-se ao
Colendo
Superior Tribunal de Justiça por força do artigo. 102, inciso II, alínea
\u201ca\u201d, da Constituição
Federal, sendo competente para julgá-lo esse Pretório Excelso:
DOS FATOS
O recorrente, servidor público estável, foi demitido do cargo público de
administrador, através da Portaria n. 123, de 9/3/2009, publicada no DOU de
10/3/2009, por ato do Ministro do Trabalho e Emprego, tendo como motivação
o fato de que teria, d e forma ilegal, favorecido várias prefeituras, que, embora
em desacordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, teriam
voltado à situação de aparente legalidade para receberem verbas públicas.
Em razão disso, impetrou, no prazo legal, junto ao Superior Tribunal de Justiça,
mandado de segurança, com pedido de liminar, aduzindo, com a devida
fundamentação, que o ato de demissão seria inválido, tendo em vista
irregularidade na formação da comissão processante, o que afronta a Lei
8.112/90.
Em acórdão, o STJ denegou a segurança pleiteada, por essa razão o
recorrente maneja o presente recurso ordinário
DO MÉRITO
Como já demonstrado no mandado d e segurança proposto contra ato do
Ministro de Estado, o processo administrativo disciplinar do qual resultou a
Porta ria de demissão n. 123, de 9/3/2009, publicada no DOU de 10/3/2009,
está eivado de nulidade.
Compulsando-se os autos do processo administrativo disciplinar verifica-se que
a Comissão processante foi irregularmente constituída, apesar de todos os
seus componentes serem de nível hierárquico superior ao do indiciado, senão
vejamos: (a) Ana Maria, admitida por concurso público em 20/8/2003; (ii)
Geraldo, admitido por concurso público em 12/2/2004; (iii) e Cássio, não
concursado, que exerce, desde 20/6/2000, cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.
Note-se que um dos componentes, notadamente Cássio, é servidor público de
cargo em comissão, ou seja, não estável. Com isso, tem-se afronta ao art. 149
da Lei 8.112/90:
Ademais, nota-se que a demissão foi imposta por ato do ministro do Trabalho e
Emprego, por meio da Portaria n.º 123, de 9/3/2009, no entanto, este é
incompetente para aplicar a pena de demissão, segundo disposto no artigo 141
da Lei nº. 8112/90, pois a penalidade imposta a recorrente é de competência
do Presidente da República, o que não se verifica no caso em tela, sendo,
portanto, invalidado o ato. Art. 141. As penalidades disciplinares serão
aplicadas Considerando os fundamentos acima exposto é nítida a violação ao
art. 5°, inciso LV, da CRFB, pois estar-se-á a ferir, com essa inobservância da
regra, o devido processo legal assegurado por lei
Requer-se, portanto, a anulação da Portaria de 9/3/2009, do processo
administrativo disciplinar que lhe deu origem e a imediata reintegração do
recorrente ao cargo anteriormente ocupado.

DO PEDIDO
Pelo exposto, o recorrente requer o processamento para dar provimento ao
recurso reformando a decisão recorrida, concedendo-se a segurança para
anulação da Portaria 9/3/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe
deu origem e que seja determinada a imediata reintegração do recorrente ao
cargo anteriormente ocupado.

Termos em que, pede deferimento.

Local, 28 de abril de 2009.


Assinatura do Advogado
OAB/... nº..

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