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AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ORIGEM: Processo nº...

RECORRENTE: Sociedade Empresária WW

RECORRIDO: Secretário de Estado de Ordem Pública do Estado Alfa

RAZÕES DE RECURSO

I - DA TEMPESTIVIDADE

O presente recurso é tempestivo, tendo em vista que foi interposto no prazo de 15 dias, nos
termos do art. 1003, § 5º, do CPC/15.

II - DO CABIMENTO DO RECURSO

O recurso cabível em face de decisão denegatória em mandado de segurança decidido em


última instância por Tribunal de Justiça é o recurso ordinário para o Superior Tribunal de
Justiça, na forma do art. 1.027, II, a, do CPC/15.

O presente recurso também está previsto no art. 105, II, b, da CRFB/88.

III - DO PREPARO

O preparo e o porte de remessa e de retorno foram devidamente recolhidos, na forma do art.


1.007 do CPC/15.

IV - DOS FATOS

A Sociedade Empresária WW impetrou mandado de segurança contra o ato do Secretário de


Estado, que proibira a exploração de sua atividade econômica, perante o Órgão Especial do
Tribunal de Justiça, órgão jurisdicional competente para processá-lo e julgá-lo originariamente,
conforme dispunha a Constituição do Estado Alfa.

Para surpresa da impetrante, apesar de o Tribunal ter reconhecido a existência de


prova pré-constituída comprovando o teor da decisão do Secretário de Estado, a ordem foi
indeferida, situação que permaneceu inalterada até o exaurimento da instância ordinária.

Tendo em vista que a decisão acima inviabilizaria a própria continuidade da pessoa jurídica, o
autor vem interpor o presente Recurso Ordinário.

V - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Em primeiro lugar, quanto ao cabimento do recurso ordinário, a ser julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça, decorre do disposto no Art. 105, inciso II, alínea b, da CRFB/88, já
que a decisão do Tribunal de Justiça em única instância denegou a ordem.

A legitimidade da recorrente decorre do fato de ser parte na relação processual, enquanto o seu
interesse processual está associado ao fato de não ter tido a sua pretensão acolhida.

A legitimidade do Estado Alfa decorre do fato de ser o titular do direito envolvido.

Quanto ao mérito, a lei estadual, na qual se embasou o Secretário de Estado, incursionou em


matéria afeta ao interesse local, de competência legislativa dos Municípios, nos termos do Art.
30, inciso I, da CRFB/88, sendo formalmente inconstitucional.

Além disso, é materialmente inconstitucional, na medida em que permitiu fosse vedado o


exercício de uma atividade econômica por não estar disciplinada em lei, enquanto a regra é a
liberdade, ressalvados os limitadores legais, nos termos do Art. 170, parágrafo único, da
CRFB/88.

Dessa forma, a inconstitucionalidade da lei estadual nº 123/2018 deve ser incidentalmente


reconhecida.

Ademais, o ato do Secretário de Estado violou direito líquido e certo da recorrente de explorar
a atividade econômica, o que justificaria o acolhimento do mandado de segurança, nos termos
do Art. 5º, LXIX, da CRFB/1988.

VI - DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL

Está presente a urgência para a concessão de efeito suspensivo ativo ao recurso ordinário,
permitindo a continuidade do exercício da atividade econômica enquanto não apreciado o
mérito, nos termos do art. 995, § único, do CPC/15.
Uma vez que, além do fundamento relevante do direito da recorrente, há o risco de ineficácia
da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação, já que a
vedação ao exercício de sua atividade econômica pode impedir a continuidade da pessoa
jurídica.

VII - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, a Recorrente requer:

a) concessão de tutela antecipada recursal para determinar o efeito suspensivo ativo ao recurso
ordinário, permitindo a continuidade do exercício da atividade econômica enquanto não
apreciado o mérito;

b) ao final, provimento do recurso, com a reforma do acórdão recorrido e a concessão da ordem,


atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;

c) a intimação do Recorrido para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do nos termos
do art 1.028, § 2º, do CPC/15;

d) a condenação do Recorrido nas custas processuais e honorários advocatícios, nos termos dos
arts. 82, § 2.º, 84 e 85 do CPC/15.

Termos em que,

Pede deferimento.

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