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FADESA
PARAUAPEBAS
2023
EMYLI MIRELI PALHANO PAULINO
PARAUAPEBAS
2023
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado Alfa
RECURSO ORDINÁRIO
Em face da decisão proferida às fls..., que denegou…, requerendo que seja conhecido e
recebido, e após a intimação do recorrido para oferecer as contrarrazões, sejam os autos sejam
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
Nestes Termos,
Pede deferimento
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...
AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RAZÕES DE RECURSO
I - DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, tendo em vista que foi interposto no prazo de 15 dias, nos
termos do art. 1003, § 5º, do CPC/15.
II - DO CABIMENTO DO RECURSO
O recurso cabível em face de decisão denegatória em mandado de segurança decidido em
última instância por Tribunal de Justiça é o recurso ordinário para o Superior Tribunal de
Justiça, na forma do art. 1.027, II, a, do CPC/15.
O presente recurso também está previsto no art. 105, II, b, da CRFB/88.
III - DO PREPARO
O preparo e o porte de remessa e de retorno foram devidamente recolhidos, na forma do art.
1.007 do CPC/15.
IV - DOS FATOS
A Sociedade Empresária WW impetrou mandado de segurança contra o ato do Secretário de
Estado, que proibira a exploração de sua atividade econômica, perante o Órgão Especial do
Tribunal de Justiça, órgão jurisdicional competente para processá-lo e julgá-lo
originariamente, conforme dispunha a Constituição do Estado Alfa.
Para surpresa da impetrante, apesar de o Tribunal ter reconhecido a existência de prova pré-
constituída comprovando o teor da decisão do Secretário de Estado, a ordem foi indeferida,
situação que permaneceu inalterada até o exaurimento da instância ordinária.
Tendo em vista que a decisão acima inviabilizaria a própria continuidade da pessoa jurídica, o
autor vem interpor o presente Recurso Ordinário.
V - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Em primeiro lugar, quanto ao cabimento do recurso ordinário, a ser julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça, decorre do disposto no Art. 105, inciso II, alínea b, da CRFB/88, já que a
decisão do Tribunal de Justiça em única instância denegou a ordem.
A legitimidade da recorrente decorre do fato de ser parte na relação processual, enquanto o
seu interesse processual está associado ao fato de não ter tido a sua pretensão acolhida.
A legitimidade do Estado Alfa decorre do fato de ser o titular do direito envolvido.
Quanto ao mérito, a lei estadual, na qual se embasou o Secretário de Estado, incursionou em
matéria afeta ao interesse local, de competência legislativa dos Municípios, nos termos do
Art. 30, inciso I, da Constituição Federal, sendo formalmente inconstitucional.
Além disso, é materialmente inconstitucional, na medida em que permitiu fosse vedado o
exercício de uma atividade econômica por não estar disciplinada em lei, enquanto a regra é a
liberdade, ressalvados os limitadores legais, nos termos do Art. 170, parágrafo único, da
CRFB/88.
Dessa forma, a inconstitucionalidade da lei estadual nº 123/2018 deve ser incidentalmente
reconhecida.
Nesse viés, o respeitável acordão não pode prosperar. No caso em tela a impetração do
Mandado de Segurança era perfeitamente cabível, não havendo razão de ter sido denegado
pela colenda Câmara.
A livre iniciativa é um princípio assegurado pela Constituição Federal no art. 1º, IV, bem
como no artigo 170 caput, na qual garante a todos os brasileiros e residentes no Brasil a
liberdade de execerem atividade enconômica.
Não obstante, tais fatos ensejam o acolhimento do Mandado de Segurança, uma vez que o ato
do Secretário de Estado predispôs violação de direito líquido e certo, qual seja, de exploração
de atividade econômica.
No mais, resta evidente e preenchidos os requisitos tipificadores do direito líquido e certo,
senão vejamos:
“Aquele que ão precisa ser apurado, em virtude de estar perfeitamente determinado, podendo
ser exercido imediatamente, por ser incontestavel e por nao estar sujetio a quaisquer
controversias. Para protegê-lo, é cabível mandado de segurança” (Maria Helena Diniz).
Dessa forma, é direito induvidoso que se pode demonstrar de plano, sem a necessidade de
dilação probatória, pois detém em sua essencia a cogente certeza e liquidez.
Portanto, é de se concluir que o presente recurso é medida para se reformar a respeitável
decisão denegatório, possibilitando assim, que o recorrente façam jus ao direito de livre
iniciativa.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...
Advogado...