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ROC em Mandado de Segurança:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Processo nº.: ...


Autoridade: Desembargador do TJDT

Paulo, já qualificado nos autos, vem, perante Vossa Excelência, por intermédio de sua
advogada que este subscreve, inconformado com o acórdão que originariamente
denegou a segurança, com fulcro no artigo 105, inciso II, alínea b, da Constituição
Federal e artigo 1.027, inciso II, alínea a, do Código de Processo Civil, interpor

Recurso Ordinário Constitucional, requerendo

a) A intimação do recorrido para apresentar resposta ao recurso;


b) A remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça.

Brasília-DF, 24 de outubro de 2023

Advogada-OAB

Razões:

Egrégio Superior Tribunal de Justiça

Processo nº: ...


Recorrente: Paulo
Autoridade: Desembargador do TJDT

Aos Ministros
1 – Tempestividade e Preparo:

Primeiramente, é mister salientar que o presente recurso é tempestivo, uma vez


que a intimação ocorreu no dia 02 de outubro de 2023, tendo como dia final do prazo o
dia 24 de outubro de 2023. Além disso, destaca-se que o dia 12 de outubro de 2023 foi
feriado. Ademais, é importante ressaltar que a contagem do prazo é processual, isto é,
contado em dias úteis, não considerando feriados e finais de semana.

Outrossim, a presente peça foi devidamente preparada, conforme comprovantes


anexados aos autos.

2 – Dos Fatos:

O recorrente, Paulo, efetuou inscrição para Juiz Substituto do Tribunal de Justiça


do Distrito Federal e Territórios. Ademais, para realizar o concurso, deve ter 03 (três)
anos de experiência de atividade jurídica. Dessa forma, Paulo possui 05 (cinco) anos de
experiência, sendo 02 (dois) anos como analista judiciário; 01 (um) ano e 06 (seis)
meses como advogado e 01 (um) ano e 06 (seis) meses como técnico judiciário.

Dando continuidade, a inscrição do recorrente foi negada, pois segundo o edital


do concurso, a atividade jurídica não poderia ter períodos somados. Nesse sentido,
Paulo impetrou mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios, entretanto a ordem foi denegada com fundamento no princípio do edital.

3 – Razões:

Nesse viés, é importante destacar que houve violação da Constituição Federal de


1988, uma vez que não está presente na Carta Magna a proibição da somatória de
atividade jurídica. Dessa forma, para comprovar tal ato inconstitucional, tem-se o artigo
93, inciso I, da Constituição Federal, o qual firma que é necessário ter 03 (três) anos de
prática jurídica, não vedando, em momento algum, a possibilidade de somatória de
experiência jurídica.

Outrossim, é notório o vício de constitucionalidade, tendo em vista que há vício


constitucional dentro do edital do concurso e o desembargador fundamentou seu ato no
edital, constituindo, então, ato inconstitucional. Ademais, é mister aduzir que há prova
do período de atividade, pois foi juntado nos autos. Sendo assim, tem-se a presença de
direito líquido e certo, conforme o artigo 1º da Lei 12.016/2009, pois esse direito foi
provado pelos documentos que foram instruídos.

Por fim, evidencia-se que o requerente tem o direito líquido e certo de participar
do concurso, consoante o artigo 5º, inciso LXIX da Constituição Federal.

4 – Da Tutela Provisória Constitucional:

Dando continuidade, é necessário que o processo seja amparado pelo artigo 300
do Código de Processo Civil, uma vez que a probabilidade do direito resta comprovada
pelos fartos documentos acostados aos autos, comprovando que o recorrente possui
mais que o necessário de atividade jurídica. Outrossim, Paulo possui 05 (cinco) anos de
experiência jurídica, tendo em vista que o necessário pleiteado pelo Constituição
Federal são apenas 03 (três) anos.

Além disso, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo está


comprovado que caso não seja deferida a tutela pleiteada, o recorrente será prejudicado,
pois não conseguirá realizar a prova para Juiz de Direito Substituto do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios, uma vez que a sua inscrição foi negada.

Sendo assim, é fundamental o deferimento da tutela recursal, uma vez que o


recorrente poderá perder a chance de realizar o concurso.

Além disso, é mister salientar que o recurso ordinário não tem previsão de efeito
suspensivo automático. Nesse sentido, é necessário que ocorra a suspensão da exclusão
do recorrente do concurso, para que o mesmo realize a prova, consoante o artigo 1.012 e
1.028 do Código de Processo Civil.

5 – Dos Pedidos:

Ante o exposto, requer:

a) Seja o recurso admitido;


b) O deferimento da tutela antecipada, com a finalidade de
suspender a exclusão do recorrente do concurso, a fim de que o mesmo realize a
prova;
c) O provimento do recurso, com a consequente reforma do acórdão
recorrido, para determinar a realização da inscrição e participação do recorrente
no concurso.

Brasília-DF, 24 de outubro de 2023

Advogada-OAB

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