O documento resume um caso judicial sobre uma trabalhadora que buscava o reconhecimento de uma enfermidade adquirida no trabalho e o pagamento de verbas rescisórias. O juiz de primeira instância negou o pedido por falta de provas, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 11a Região admitiu o recurso da trabalhadora, anulando a sentença, pois ela teve o direito à prova pericial negado.
O documento resume um caso judicial sobre uma trabalhadora que buscava o reconhecimento de uma enfermidade adquirida no trabalho e o pagamento de verbas rescisórias. O juiz de primeira instância negou o pedido por falta de provas, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 11a Região admitiu o recurso da trabalhadora, anulando a sentença, pois ela teve o direito à prova pericial negado.
O documento resume um caso judicial sobre uma trabalhadora que buscava o reconhecimento de uma enfermidade adquirida no trabalho e o pagamento de verbas rescisórias. O juiz de primeira instância negou o pedido por falta de provas, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 11a Região admitiu o recurso da trabalhadora, anulando a sentença, pois ela teve o direito à prova pericial negado.
FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS
GAMALIEL-FATEFIG. CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO Reconhecido pela Portaria Ministerial (MEC) nº 64 de 28 de janeiro de 2015
Comentários acerca do Acordão PROCESSO nº 0000488-
08.2020.5.11.0006 (ROT) - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11° REGIÃO
SAMIA CASTRO BURGATE
O caso analisado neste recurso ordinário associa a parte requerente
Maria da Conceição, empregadora em face de deu ex empregador K M Serviços gerais LTDA, no qual buscava além do pagamento de suas verbas rescisória e féria, o reconhecimento de sua enfermidade, que, segunda a parte requerente foi adquirido na constância e por conta se sua função como servente de limpeza na referida empresa. Nesse sentido, a parte autora requereu prova pericial para de fator, provar suas alegações, afinal, ônus é da trabalhadora em provar o fato constitutivo de seu direito (artigo 818, inciso I, da CLT), a saber, a alergia adquirida em seu local de serviço. A sentença foi desfavorável parcialmente para a parte requerente, pois o juiz entendeu que por não apresentar provas de sua enfermidade. Claramente estamos diante da violação dos princípios básicos do nosso ordenamento, o cerceamento de defesa, visto que para a parte autora foi limitada a sua produção de prova para defender suas alegações. Indo mais além, um dos pilares de nossa Constituição Federal está o princípio ampla defesa, no artigo 5º, inciso LV, visto que a parte deve se valer de todos os passos lícitos para provar suas alegações. Com esta narrativa, observamos por meio da leitura do acordão o quão justa foi a posição unanime do Tribunal em admitir e prover o recurso da parte autora, visto que a negativa do Juiz a quo, não se fazia condizente com suas alegações apresentadas na sentença. A prova pericial que foi negada a parte autora seria peça fundamental para saber se de fato é conhecida sua enfermidade e por conseguinte o nexo causal desta com seu trabalho. A negativa desta prova só deveria ser embasa após análise de um médico perito credenciado para o feito. O Juiz, no mais, não possui qualquer qualificação médica para esta avaliação e com isso surge a pergunta: Como o magistrado decidiu essa circunstância sem um laudo para atestar e contestar? Outro ponto a se questionar é a ausência do exame demissional, que por conta da pandemia não foi realizado, ora, se este exame estivesse presente para atestar a boa saúde da parte autoria, faria sentido o indeferimento por parte do Juiz. Todavia, não havia qualquer embasamento justo para o feito. Por fim, a decisão do acordão em anular a sentença do juiz a quo, além de justa, foi humana, fazendo com que uma simples trabalhadora, parte mais fraca dessa relação processual, fosse posta em pé de igualdade e pudesse de fato provar todas as suas alegações.
REFERÊNCIA
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
Decreto-Lei 5.452 de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do trabalho,
Brasília, DF, out. 2017. BRASIL.
JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª
REGIÃO 3ª Turma PROCESSO nº 0000488-08.2020.5.11.0006 (ROT).