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As brincadeiras e jogos tradicionais

A etapa seguinte compreendeu a prática das brincadeiras e


dos jogos tradicionais selecionados. A cada semana, os
educadores apresentaram uma atividade diferente para a turma
e repetiram as preferidas dos estudantes. Quem aprendia
ensinava àqueles que apresentavam mais dificuldades e as
próprias crianças iam sugerindo modificações para facilitar a
participação de todos.

A brincadeira da cobrinha
foi proposta após alguns alunos apresentarem dificuldades para pular corda. Foto: Pat
Albuquerque.• Amarelinha/avião: a estrutura da amarelinha
(conhecida como “avião” na região) foi feita com marcações de
giz no pátio da escola. Cada aluno jogava uma pedrinha e
avançava pelas casas, pulando em um ou dois pés, conforme
determinava o desenho. Após o percurso, dava meia-volta para
retornar à casa inicial, pegando o objeto arremessado no meio
do caminho.

• Corda e cobrinha: dois estudantes seguravam as


extremidades de uma corda e a giravam em círculos. Um
terceiro deveria pulá-la sempre que batesse no chão. Como
alguns apresentaram dificuldades, praticamos também outra
brincadeira, chamada “cobrinha”. Nessa atividade, as duas
crianças nas pontas da corda agachavam e produziam
movimentos ondulatórios no objeto rente ao chão. Os demais
saltavam.

• Elástico: o objetivo era pular sobre o elástico estendido por


dois alunos. Conforme a atividade prosseguia, a altura subia,
aumentando o grau de dificuldade.

• Peteca: os estudantes batiam na parte debaixo da peteca


com a palma da mão em direção a outro colega, que deveria
repetir a ação sem segurar ou deixar o brinquedo cair. Essa
troca poderia ser feita de outras formas, não só com a palma
da mão. O objeto foi confeccionado com saco plástico, areia,
TNT e barbante.

• Cabra-cega: uma das crianças era colocada no centro da


roda de olhos vendados. Depois de ser girada pela professora
de educação física, ela precisava buscar pelo colega marcado
como “procurado”. Os alunos com dificuldade de locomoção
contavam com o apoio de um amigo, que deveria somente
direcionar, sem poder dizer onde o alvo da brincadeira estava.

• Pega-rabinho: nas primeiras práticas da brincadeira, os


estudantes, em equipes, deveriam roubar os “rabinhos”
(confeccionados com fitas) que ficavam presos nas calças dos
membros do time oponente. Como alguns sentiram dificuldade,
as próprias crianças sugeriram o uso das fitas nas mãos.
• Brincadeiras de roda: atividades como “Escravos de Jó”,
“Passarás” e “Pai Francisco”, no início, foram consideradas
tolas pelos meninos. Mas ao praticá-las, eles puderam
ressignificar essa impressão e, ao final, todos participaram e se
divertiram juntos. Para estimular a participação de Marcos,
aluno com autismo, a letra de Pai Francisco foi alterada pelos
colegas com o uso de referências a dinossauros, assunto de
seu interesse.
“A Educação para os direitos humanos é uma diretriz educacional que se efetiva à medida que
cada pessoa atua de forma consciente e respeitosa em relação ao direito do outro, nas escalas
mais próximas, nos espaços sociais e principalmente no espaço escolar

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