Você está na página 1de 27

Semiologia da tireóide Passos da semiologia da tireoide:

1 ° Inspeção: observar o pescoço, pedir para o


paciente fazer uma extensão da cervical (observar se
tem um aumento do volume da glândula tireóide =
bócio).

2°Palpação: Determina o tamanho, consistência,


presença de nodulações ou dor na glândula.
Anatomia- abaixo da cartilagem cricóide, acima da Frequentemente é necessária para uma adequada
clavícula, pulso carotídeo (ao lado da tireóide) interpretação da história, assim como dos resultados
✓ Glândula de aproximadamente 25 mg laboratoriais.
✓ Consiste em 2 lobos interligados por um istmo, ✓ localizar a glândula ( para localizá-la deveremos
sendo este algumas vezes desenvolver um verificar a posição das cartilagens tireóidea e
terceiro lóbulo. cricóide , uma vez que o istmo da glândula
✓ Irrigada pela a. tireoide superior e inferior. tireóide se situa imediatamente abaixo da
✓ Inervação pelo nervo vago (NC 1 X). cartilagem cricóide).
Métodos:
✓ A frente do paciente e com o polegar palpar o
lado direito e depois o esquerdo.
✓ Com o polegar e o indicador palpar os dois lados
simultaneamente (movimento de pinça) .
✓ Atrás do paciente (palpar com a mão direita e a
mão esquerda.

NODULOS NA TIREÓIDE
** sentir com a ponta dos dedos, para verificar se
Função: glândula do sistema endócrino responsável
pela produção, armazenamento e secreção de possui algum nódulo e a consistência da tireóide.
hormônios tireoidianos (t3-t4).
• O hormônio tireoidiano age em praticamente Não conseguimos palpar a paratireoide devido a sua
todos os órgãos estimulando várias funções, como localização posterior. Palpamos a tireóide.
se fosse a gasolina do corpo. O mais fácil é palpar a cartilagem tireoide e cricoide
A produção principal é t4, a qual é metabolizada em que a tireoide vai estar logo abaixo.
t3. (mais fácil dosar t4).
Eixo hipotálamo- hipófise Casos clínicos:
Hipotálamo libera TRH, o Paciente com febre “dor de garganta” ou dor nos
qual vai para a glândula ouvidos e ao exame do pescoço for encontrado dor na
hipófise (região pituitária), projeção da glândula tireóide, o quadro clínico será
a qual produz TSH, o qual muito sugestivo de tireoidite subaguda(viral).
estimula a tireoide a
produzir t3 e t4, o qual vai Rouquidão e ao exame físico da glândula tireóide for
para o cérebro. encontrado um nódulo e caso seja demostrado
Se produz muito, volta paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo, o
muito para o cérebro e ele diagnóstico de carcinoma tireoidiano será o mais
manda sinal para parar a provável. Caso for encontrada adenomegalia cervical
liberação de TRH no ipsilateral ao nódulo palpado reforça diagnostico.
hipotálamo.
Sinal de Pemberton Hipotireoidismo subclínico
(sinal altamente sugestivo de bócio, n é Diminuição do hormônio tireoidiano, com sintomas
patognomônico). mais brandos, pois a função da produção de t3 e t4
✓ Esse sinal aparece quando eleva o braço do ainda está preservada , porém o tSH está começando
paciente acima da cabeça tocando um braço ao a ter uma hiperprodução (estimulo de tsh) , devido a
outro (elevação completa). falta de hormônios tireoidianos, para a tireoide
✓ Esta manobra faz com que o paciente fique produzir mais (porém devido a alteração , ela não
dispneico, com distensão das veias do pescoço, produz mais ).
pletora facial (rosto fica mais corado, acúmulo de É uma alteração laboratorial (tsh alto, t4 normal).
sangue) ou estritor.
Unhas – acantólise (traços longitudinais)
✓ O sinal é positivo quando se verifica congestão da
Língua –língua com marcas de dentes pela manhã,
face.
✓ É indicativo de aumento da pressão na porção pois ela aumenta quando está dormindo
superior do tórax causado por tumor de (macroglossia).
mediastino ou bócio multinodular, devido a
compressão dos vasos adjacentes.
✓ Fisiopatologia do sinal de Pemberton:
naturalmente a entrada do tórax superior tem um
afunilamento pelas estruturas ósseas( esterno ,
clavícula ) e tubulares (traqueia), se o paciente
tiver um bócio ou um tumor de traqueia, aumenta Hipotireoidismo
a pressão , ao levantar o braço , a clavícula
t4 diminuído e tsh aumentado
(através da articulação acrômio-clavicular) levanta
e comprime a parte vascular (jugular e a veia
Faces hipotiroidéia:
subclávia) , ocorrendo a pletora facial
cabelo seco (+ grosso,
(ingurgitamento de todo o sistema venoso no
queda de cabelo),
rosto). O sangue subiu e não volta para o tórax.
sobrancelha + fina, edema
palpebral, pele mais seca e
mais espessa.

Sinal de Pemberton Sinais e sintomas:


✓ Cansaço/lentidão
✓ Depressão mental
✓ Sensação de frio
✓ Perde de apetite
✓ Pequeno ganho de peso (2 a 4 kg)
✓ Pele, unhas e cabelos secos e quebradiços,
✓ Inchaços nas extremidades e nas pálpebras
(mixedema em caso grave).
✓ Constipação
✓ Irregularidades menstruais.

Causas: tireoidite de Hashimoto (autoimune),


tireoidite viral e baixa ingestão de iodo (bócio).

Bócio pode ter em ambos


(hipo ou hipertireoidismo), mas é mais
comum em hipertireoidismo.
Hipotireoidismo congênito
✓ Causa frequente de retardo mental (cretinismo),
pois o hormônio tireoidiano é responsável pelo
desenvolvimento cerebral.
✓ Feto inicia produção de hormônios tireoidianos a
partir da 12 semana, porém são muito baixos.
✓ Imediatamente após o parto existe uma elevação
abrupta de TSH do RN, causada pela mudança de
temperatura.
✓ Porem o diagnóstico não pode ser feito nos
primeiros dias pois grandes quantidades de t4
materno passam pela placenta e assim só é feito a
A perda de peso no hipertireoidismo ocorre pois o
dosagem após o 3 dia. (no dia do nascimento não
paciente produz muito hormônio, com isso, ele gasta
é possível saber se o hormônio é materno ou do
muita energia e assim, perde peso.
bebê).
✓ Teste do pesinho (TSH – T4 = T4 neo)

Hipertireoidismo
T3 e t4 aumentado, TSH diminuido
(causa + comum-> doença de graves)
Sinais e sintomas Elevação do leito ungueal,
mixedema pre-tibial, exoftalmia e descolamento do
leito ungueal (onicólise - > unhas de plummer).

Causas: doença de graves, bócio, superdosagem de


hormônio tireoidiano, ingestão excessiva de iodo.

Doença de graves: é uma doença auto-imune de


etiologia não esclarecida, certamente multifatorial, e
com evidente predisposição genética.
Sinais e sintomas: bócio, nervosismo, fadiga,
taquicardia, palpitações, intolerância ao calor e a
perda de peso.
Verificação da glicemia capilar Glicemia Venosa
• Realizada através da coleta do sangue venoso
Glicemia capilar ou dextro após punção venosa com agulha.
(dosagem nos capilares, dedo). • Utilizada para controle a longo prazo (Hb glicada)
• Serve para o diagnóstico de DM (tipo 1 e 2), • Pode ser: Casual, jejum, teste tolerância glicose e
controle glicêmico e avaliar estados de torpor e hemoglobina glicada.
com hipoglicemia.
Definição:
• Hipoglicemia: < 70 mg/dl
• Normal: 70 -100 mg/dl*
• Tolerância a glicose diminuída (pré-diabético):
100-126
• Diabetes Melitus: >126 mg/dl*
*dosagem em jejum de 8h
Métodos de dosagem de glicemia Teste de tolerância a glicose
• Capilar Ingestão de 75g de glicose e coleta do
• Venosa sangue venoso após 2 horas.
Casual Quando fazer?
Glicemia de jejum (jejum de 8h) Gestante – quando glicemia de jejum
Teste de tolerância a glicose (feito em laboratório, for entre 85-110
ingere um liquido a base de glicose 75 g e depois de 2 Demais: quando jejum entre 110-126.
horas vai dosar, vê a capacidade do organismo
introduzir insulina) Hemoglobina glicada:
Hemoglobina glicada (mais usado no diabético) • Hemoglobina conjugada a glicose
O que mudou? • Refere a glicemia dos últimos 120 dias (50% -
AMGC- auto monitoramento glicêmico domiciliar últimos 30 dias)
• Dosagem capilar, onde após perfuração com • Usada para controle glicêmico a longo prazo
lanceta e colocado gota de sangue em uma fita de • Níveis acima de 6,5%
biossensora e introduzido no glicosimetro. • São alterados por anemias, uremia, álcool,
• Bom para o manejo de DM1 E DM2 que faz uso de substâncias (AAS)
insulina.
• Não é recomendado para diagnóstico e para
segmento de DM tipo 2 que não faz uso de
insulina.
Como medir?
1-Lavar as mãos e secar corretamente;
2-Realizar a paramentação adequada (luvas, mascara,
óculos)
3-Inserir uma fita de teste no aparelho de glicemia; Sistema de monitoramento contínuo
4-Higienizar o dedo do paciente comum algodão com álcool Método que permite o
5-Espetar o dedo do paciente com a agulha do aparelho;
monitoramento contínuo da
6-Encostar a fita de teste à gota de sangue até preencher o
depósito da fita de teste; glicemia no líquido intersticial.
7-Esperar alguns segundos até que o valor de glicemia *Sensor no subcutâneo
apareça no monitor do aparelho *Deve ser trocado de 3 a 6 dias (depende da marca)
Pâncreas artificial – regula os níveis de insulina e
glucagon constantemente, conforme a necessidade,
observada pelo monitoramento glicêmico.
Antropometria
Consiste em fazer um levantamento das medidas de
tamanho e proporções do corpo humano, as medidas
antropométricas, tais como: peso, altura,
circunferência da cintura e do quadril.
Altura A balança deve estar sempre
calibradas diariamente e antes
• A medida deve ser realizada com o indivíduo
de ir para um trabalho de campo,
descalço (ou com meias) e vestindo roupas leves
por uma pessoa treinada .
de modo que se possa observar o contorno do O peso e a altura da criança e
corpo. adolescente são acompanhados
• O indivíduo deve ficar em pé com as pernas e pés na caderneta deles, através da
paralelos, braços relaxados ao lado do corpo e curva de crescimento.
palmas das mãos voltadas para o corpo; Circunferência abdominal
• As costas do indivíduo devem estar voltadas para • A entrevistada deverá estar em pé, descalça, com
a parede a blusa levantada, os braços flexionados e
• Encostar calcanhar, panturrilhas, nádegas, costas cruzados a frente do tórax, pés afastados,
e a parte posterior da cabeça na parede abdômen relaxado e respirando normalmente.
• Posicionar a cabeça do indivíduo no plano de • A medida deve ser realizada no lado direito.
Frankfurt (alinhar horizontalmente a borda • Localize a linha axilar média: Se posicione a frente
inferior da abertura do orbital com a margem da entrevistada e leve as mãos atrás de suas
superior do condutor auditivo externo). costas formando um círculo, traga lentamente as
O que é o plano de Frankfurt – linha imaginária que mãos para frente ao mesmo tempo e quando
passa, lateralmente, no corno superior do maxilar e na você puder visualizar os dedos por inteiro será
borda do malar e frontalmente nos ângulos inferiores neste ponto que você marcará a linha axilar
do orbital. média.
• Deslizar o cursor delicadamente, fixando-o contra • Solicite que a entrevistada inspire profundamente
a cabeça do examinado, com pressão suficiente e segure a respiração por alguns instantes.
para comprimir o cabelo, caso necessário • Apalpe até localizar a 10ª costela, que é a última
• Realizar a leitura e registrar a medida costela fixa, peça para a entrevistada soltar a
respiração e faça um risco com a caneta.
• Projete a marcação da décima costela na linha
axilar média
• Localize a crista ilíaca, que é a parte mais alta do
osso ilíaco, e marque o ponto com a caneta.
• Posicionar a parte inicial da fita de ponto médio
na projeção da décima costela e a parte final na
marcação da crista ilíaca. Ajustar a fita até que o
mesmo número que estiver na marca da décima
costela apareça na marca da crista ilíaca.
• Passe a fita ao redor do corpo da entrevistada
pelo passador, na altura do ponto médio, ajuste-a
Peso corporal
e verifique se a fita está paralela ao solo.
• O paciente deve estar vestindo roupas leves, • Solicite que a entrevistada inspire e solte
descalço, com os bolsos vazios e sem acessórios; completamente o ar dos pulmões, permanecendo
nesta situação até que a leitura da medida seja
• Solicite que suba na balança, com os dois pés
realizada.
apoiados na plataforma e o peso distribuído em
• A marcação do valor tem que estar alinhado dos
ambos os pés;
dois lados
• Não deve estar olhando para o visor da balança, e • A leitura deve ser realizada na altura dos olhos do
sim para a linha do horizonte; avaliador
• Registre o valor; • Cuidado para a fita não comprimir a pele.
• Solicite que a entrevistada desça da balança. • Retire a fita e registre o valor encontrado.
IMC
Avaliação de Tanner Como saber por quanto tempo a criança irá crescer?
A avaliação é feita pelo exame de idade óssea
Crescimento- é o aumento da massa de um realizando um raio x de mãos e punhos. Fise de
organismo. O crescimento humano é um processo crescimento do punho (raio distal) avalia a maturação
dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção Esse resultado é comparado com resultados que
até o final da vida, considerando-se os fenômenos de mostram os diversos padrões de amadurecimento dos
substituição e regeneração celular. ossos, ilustrando os detalhes de cada fase, desde o
O crescimento normal da criança é o maior sinal de princípio quando os ossos vão surgindo, crescendo, se
que está tudo bem com sua saúde. entrelaçando, até se unirem totalmente, quando o
Velocidade de crecimento adolescente chega aos 18 anos de idade, indicando
• Nascimento – 1 anos = 25 cm/ano que não há mais espaço para crescimento.
Nas meninas, a cartilagem desaparece antes dos 18
• 1 -3 anos = 12,5 cm/ano
anos e nos meninos as vezes até os 21 anos.
• Puberdade = estirão puberal (10-12 cm/ano)
Avaliação:
Desde a vida intrauterina, a criança deve ter seu
crescimento monitorado (feita pela ultrassonografia
obstétrica).
Após o nascimento, altura e peso devem ser referidos
até os 18 anos , colocando os resultados nas curvas de
crescimento para avaliar se o padrão de crescimento Cartilagem
está compatível com outros de mesmo sexo e idade , O que determina o crescimento das crianças?
e verificar se o crescimento está de acordo com o Fatores que determinam o crescimento normal:
padrão de estrutura familiar. nutrição, ausência de doenças crônicas, sono
IMC – permite que a criança seja mais bem avaliada adequado, prática moderada de exercícios, saúde
na sua relação peso e comprimento (para menores de emocional, entre outros. Principal fator é o fator
2 anos) ou peso e altura (para maiores de 2 anos). genético (80% é determinada pelo tamanho dos pais).
Auxilia na classificação de crianças que em um
determinado período estiveram desnutridas e tiveram Hormônio do crescimento (GH)
o comprometimento na sua estatura. O GH, também chamado de somatotropina, é um
hormônio secretado pela hipófise anterior e é
composto por uma cadeia simples de aminoácidos.
A principal função desencadeada por este hormônio é
a promoção do crescimento de todo o corpo (neste
caso humano) através da sua ação interventiva na
formação proteica, multiplicação celular e
diferenciação celular.
• Hiposecreção -> a pequena secreção de GH
desenvolve o nanismo pituitário (estatura menor
que 1,45 m).
Nanismo pituitário (diminuição na mesma proporção)
# de acondroplastia (nanismo conhecido, com
extremidades diferentes do corpo).
• Hipersecreção -> produção de grande quantidade
de GH, o que leva aos casos de gigantismo (2,30-
2,75m).
O que é estatura-alvo ou altura-alvo? • Hiperprodução -> ou produção anormal após o
É um critério para se avaliar se o canal ou percentil de fechamento de ossos longos levando a uma
crescimento no qual a criança está crescendo , é ou acromegalia.
não o esperado para aquela criança , com base na OBS: referente ao metabolismo dos macronutrientes ,
altura de seus pais . ressalta-se que GH promove aumentos de síntese
Como calcular ? proteica, elevação dos níveis de lipólise e
Meninas = Altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) -13) /2 concomitante redução na utilização do carboidrato
para a produção de energia.
Meninos = Altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) +13) /2
Avaliação puberal
Adolescência -> transição complexa entre a infância e Atraso puberal: ausência de caracteres sexuais
a vida adulta. secundários (meninas a partir dos 13 anos, meninos a
Segundo a OMS, a adolescência é o intervalo partir dos 14 anos)
compreendido entre os 10 e os 19 anos de idade. Puberdade precoce:
Puberdade -> é um período de maturação biológica Meninas:
marcado por surgimento de caracteres sexuais • Surgimento de broto mamário antes dos 8 anos.
secundários, estirão de crescimento, modificações da • Pelos pubianos antes dos 8 anos.
composição corpórea, desenvolvimento gonadal e dos • Sangramento menstrual antes dos 9 anos.
órgãos de reprodução sistemas e órgãos internos, Meninos:
É o fenômeno biológico que se refere às mudanças • Aumento do volume testicular (≥ 4 ml de volume
fisiológicas e morfológicas resultantes da reativação ou ≥ 2,5 cm no maior diâmetro).
dos mecanismos neuro-hormonais do eixo • Pelos pubianos (pubarca) antes dos 9 anos.
hipotalâmico-hipofisário-gonodal.

O hipotálamo e a hipófise que se localizam no O estadiamento da maturação sexual é feito pela


cérebro, dão início à puberdade. O hipotálamo secreta avaliação das mamas e dos pelos púbicos no sexo
o hormônio liberador de hormônio luteinizante (LH) feminino, e dos genitais e pêlos púbicos no sexo
e o hormônio folículo estimulante (FSH). masculino.
• O LH faz com que os testículos produzam Estágios da maturação sexual ou estágios de Tanner
testosterona. O estágio 1 corresponde a fase infantil, impúbere.
• O FSH (mais testosterona) faz com que os O estágio 2 ,3 e 4 caracterizam o período puberal.
testículos produzam esperma. O estágio 5 à fase pós puberal, adulta.
• A testosterona é responsável pelo
desenvolvimento das características sexuais Masculino
secundárias, que estimulam o desenvolvimento
masculino (incluindo características que não
fazem parte do sistema reprodutivo,
ex:crescimento de pelo facial e mudança na voz).

Sequência fisiológica de eventos puberais

Termos importantes
Menarca – primeira menstruação.
Telarca: surgimento de broto mamário.
Pubarca: crescimento pelos pubianos (ocorre em
homens e mulheres)
Estirão: rápido crescimento, dura cerca de 3 a 4 anos
e representa ganho de aproximadamente 20% de
estatura e 50% do peso adulto do indivíduo.
Polução noturna: ejaculação involuntária de sêmen
quando o adolescente está dormindo
Semenarca ou espermarca – primeira ejaculação,
ocorre entre 12 e 13 anos.
Ginecomastia puberal – aumento do tecido mamário
nos meninos, é frequente bilateral, tem consciência
firme e móvel, as vezes muito dolorosa.
Semiologia do abdomem
• Antes: lavar as mãos
• Manter a sala de exame com temperatura
agradável.
• Preste atenção às expressões faciais do paciente.
• O examinador deve ficar a direita do paciente.
• O paciente deve estar em decúbito dorsal
• Sempre utilizar um avental ou lençol para cobrir o
paciente e apenas despir a parte do abdomem (a
qual será examinada). Inspeção
• Manter o paciente informado de cada passo para Iluminação adequada, desnudamento da área
deixá-lo tranquilo. corporal e conhecimento anatômico (especialmente
a projeção dos órgãos na parede abdominal).
Território examinado

• Tipos de inspeção:
Método 04 quadrantes Estática (parado) e dinâmica (respiração/esforço).
Avalia: a pele, o tecido celular subcutâneo, a
QSD - Quadrante superior musculatura, a presença de circulação venosa , a
direito. forma e volume do abdome, presença de cicatriz
QSE - Quadrante superior umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas,
esquerdo. veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e
QID - Quadrante inferior movimentos.
direito Inspeção estática
QIE – Quadrante inferior Forma do abdomem: Globoso, batráquio, avental,
esquerdo. pendular, gravídico e escavado.
Globoso: globalmente aumentado, com predomínio
Método das quatro linhas
nítido do diâmetro anteroposterior sobre o
Regiões do abdome transversal.
1.Hipocôndrio direito
Exemplo: obesidade, ascite.
2.Epigástrio
3.Hipocôndrio esquerdo
4.Flanco direito
5.Mesogástrio
6.Flanco esquerdo
7. Fossa ilíaca direita
8.Hipogástrio
9.Fossa ilíaca esquerda Batráquio: Proeminências laterais, lembra um sapo.
Franco predomínio do diâmetro transversal sobre o
anteroposterior.
*Comum em ascite tratada, síndrome de prune belly
Avental: Quando a flacidez da pele abdominal se • Massa – abaulamentos
junta a gorduras abdominais, as dobras na região Exemplo: hérnias.
surgem.
Presente em pacientes pós bariátrica.

• Circulação colateral
Pendular : as vísceras pressionam a parte inferior da
parede abdominal, produzindo neste local uma
protusão.Característico da puérpera.

Aumento da pressão do sistema venoso portal e uma


recanalização do sistema venoso periférico colateral e
Gravídico : Escavado:abdomen negativo com isso um ingurgitamento das veias.
Paciente ascitico ou cirrótico.

Existem abdomens na obesidade que parecem


abdome gravídico.
Esvaziar as veias e vê o fluxo e vê o tipo de circulação.
Observar cicatrizes
• Movimentos peristálticos
Cada cicatriz tem uma história, uma patologia ou um
Os movimentos peristálticos, também conhecidos como
trauma. Avaliar a localização, o tamanho, o formato. peristaltismo, consistem em movimentos involuntários
Uma cicatriz com retração pode indicar uma infecção. realizados pelos órgãos do tubo digestivo (intestinos e
Flanco direito: Cicatriz de Kocher- colecistectomia. esôfago). Esses movimentos são responsáveis por fazer
Flanco esquerdo: colectomia ou nefrectomia (se for com que o bolo alimentar caminhe ao longo destes, para
para trás). que a digestão ocorra no devido local.
Fossa ilíaca direita: apendicectomia ou herniorrafia. • Lesões elementares de pele
Fossa ilíaca esquerda: região inguinal-> herniorrafia.
Hipogástrio: cesária ou histerectomia (remoção de
útero)
Linha média: cicatriz xifopubiana ( de trauma, grandes
acessos), sendo feita uma laparotomia.
Região lombar – indo para trás-> nefrectomia.
Estrias (ganho de peso ou fragilidade), herpes-zoster.
• Dreno, dispositivos, peritonestomia

Peritoneostomia – quando não consegue fechar a parede


abdominal primariamente, devido o edema dos órgãos
abdominais. Deixa aberto e fecha após diminuir o edema.
Inspeção dinâmica Timbre metálico = peristalse de luta, tentando
Deve ser realizada após a ausculta vencer a obstrução, por exemplo.
• Aumentar a pressão interna abdominal. Técnica de ausculta de sopros
• Contrair a parede abdominal Auscultar os sopros abdominais, seguindo o trajeto
Manobras: da aorta e de seus ramos principais. Começando pela
linha média do epigástrico, de cima para baixo.
Smitth Bater – paciente deve contrair a musculatura
Na altura da cicatriz umbilical, saem duas artérias
abdominal.
renais no sentido transversal local de provável sopro
Usado em suspeitas de
Um pouco abaixo da cicatriz umbilical, a aorta
hérnias, lipomas ou
bifurca-se, gerando as duas artérias ilíacas (direita e
massas abdominais.
esquerda). Outro local de provável sopro
✓ São sons vasculares semelhantes ao sopro
Se a massa sumir, significa que ela está abaixo da
cardíaco.
musculatura.
✓ A presença de sopros abdominais traduz dois
Se a massa se mantiver ou aumentar, ela pertence a
tipos possíveis de alterações dos vasos:
parede (lipoma) ou está em algum defeito ou falha na
*Estreitamento de sua luz (+ comum).
musculatura (hérnia).
*Presença de fístula arteriovenosa (+ rara).
Levantar a cabeça sem o
Locais prováveis de sopros:
apoio dos braços
Hipocôndrio direito –> sopros
Outra forma de contrair a
contínuos -> neovascularização
musculatura abdominal.
tumoral (hepatocarcinoma),
congestão hepática.
Em casos de hérnias, ela aumenta com a contração do
Hipocôndrio esquerdo -> atrito
abdômen.
capsular -> infarto esplênico.
Valsalva: o paciente realiza respiração profunda,
Umbilical -rede venosa próxima ao
fecha a boca e o nariz e expira suavemente, mantendo
umbigo -síndrome de cruveillier Baumgarten
os músculos da bochecha apertados.
(neovascularização umbilical).
Aumenta a pressão intratorácica e intra-abdominal.
No caminho da aorta e ilíaca comum.
usada para pesquisar hérnias (a hérnia aumenta).
Pode ser realizada deitado, sentado ou em pé. Percussão
Procurar massas que se movem ou não Objetivo :a determinação do limite superior do fígado
Móveis -> neoplasia de órgãos peritonizados e da área de macicez hepática, a pesquisa de ascite e
Imóveis -> associado a órgãos retroperitoneal. avaliação da sonoridade do abdome.
Contrai o abdome, vê a diástases dos músculos retos. ✓ Paciente em decúbito dorsal
Ausculta Realizar nas nove zonas:
✓ Região do baço e fígado = sons maciços.
• Avaliar o estado da motilidade intestinal
✓ Vísceras ocas = sons timpânicos.
• Pesquisar a presença de sopros vasculares na
Sons na percussão:
aorta e em seus ramos principais (artérias renais e
o Sub-maciço – órgão sólido sobre alça intestinal.
ilíacas)
o Maciço – ausência de ar (fígado, baço, útero,
Diferente dos outros sistemas, na avaliação do
ascite, bexigoma).
abdomem, é necessário realizar
o Som timpânico – presença de víscera oca,
a ausculta antes da palpação ou
percebido em quase todo abdome.
percussão, pois a percussão e
o Hipertimpanismo -quantidade de ar aumentada
palpação podem estimular o
(Pneumoperitônio, Obstrução intestinal )
peristaltismo e encobrir uma
hipoatividade dos RHA.
Onde colocar o estetoscópio? Na região direita
lateroinferiormente a cicatriz umbilical. É nesse local
que está o seco (tem maior motilidade intestinal).
Técnica de ausculta de RHA (ruídos hidroaéreos)
Auscultar os 4 quadrantes
Normal: 5RHA/MIN/QUADRANTE
o >5 RHA/MIN = RHA hiperativos
(Suspeita de diarréia, hipertireoidismo)
o >1<5 RHA/MIN = RHA hipoativos
Silêncio = íleo adnâmico ou paralítico (Auscultar 3
min cada quadrante para confirmar) 12 min total. Percute e está hipertimpânico,tem ar no peritônio.
Sinal de piparote- paciente coloca a lateral da mão
esquerda no meio do abdômen (para que a pele não
interfira na sensibilidade e
não vibre) O examinador
dá piparotes com a mão
direita e a mão esquerda
fica espalmada para sentir
ondas de choque do lado
oposto.

Semicírculo de Skoda
Sinal de chilaidite- cólon, intestino ou estômago está Percute todo o
interposto entre o fígado e o diafragma direito. abdômen e marca a
Pode estar apresente devido a síndrome de chilaidite. transição da macicez
Síndrome de para o timpanismo.
Chilaiditi- Concavidade para cima
quando ocorre a (liquido), se for para
interposição do baixo (cisto ovariano)
intestino acima
do fígado.
Palpação
Esquentar a mão para tocar no abdome da paciente,
pois a mão gelada pode induzir movimentos
peristálticos.
Ascite
Palpação superficial
É o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
Na palpação o local que tem liquido vai estar maciço
ao invés de timpânico.
Método para investigação de ascite
Macicez móvel de decúbito
Em decúbito dorsal, ao palpar a área de cima do
abdômen ascitico, o examinador ouve som timpânico
já nas laterais, ele escuta som maciço (local com
acúmulo de líquido). Ao mover o paciente para o Deixar local da algia (dor) por último.
decúbito lateral e percutir novamente, verá que o o o Deixar o paciente calmo, palpa olhando para o
som maciço vai migrar só para o lado de baixo do paciente (vê a face de dor ).
decúbito. o Deslize a mão dominante espalmada suave em
cada região (9 regiões do abdome) e faça
pequenas compressões com os dedos.
Analisar: a sensibilidade cutânea, espessura da
parede (enduramento ou não) , continuidade, tensão
e tumorações.
Palpação profunda
Mão esquerda em baixo e a
mão direita em cima .
Mão esquerda vai sentir e a
direita vai fazer força
Mesma técnica da superficial e
sequência
Vencer a resistência abdominal

Pontos
dolorosos

Apendicular:
ponto de
MC burney
Morfologia das massas e alterações Manobra de Mathieu
o Forma e volume Do lado direito do paciente, com
o Regularidade e consistência fibroelástica é um as mãos paralelas, no abdome,
sinal de benignidade. Pétria = malignidade dispostas com os “dedos em
Mobilidade da massa garra”, pesquisando, desde a
o Massas peritonizadas são móveis: fígado, baço, fossa ilíaca direita, a borda
estômago, jejuno e cólon transverso. inferior do fígado durante as
o Massas retroperitoneais são fixas: rins, pâncreas, inspirações.
aorta e veia cava. Manobra do Rechaço
Sensibilidade – Caracterizar a dor. Comprime com firmeza o fígado e mantém a mão
palpatória. Observa o impacto do órgão na mão do
examinador.

Fígado normal
Pulsatilidade Borda = fina (cortante)
Suspeita de aneurisma Superfície e forma = lisa
(pulsatilidade na linha mediana) Consistência = fibroelástica
Em pessoas magras é possível Alterações
palpar a pulsatilidade da aorta. Borda romba = congestão
Frêmito (sopro)= indicativo de Dor na palpação = pensar em hepatite
doença. Nodulações = Cirrose ou tumor.
Localização da massa Amolecido = esteatose/hepatite ful
Junção reto abdominal com hipocôndrio direito Endurecido = cirrose, tumor
Icterícia + vesícula palpável indolor Pétrea = neoplasia
Regra CORVOSIER-TERRIER (sinal clinico comum) Hepatimetria
Diagnóstico de Neoplasia de cabeça de pâncreas Distância do rebordo costal.
Epigastro pode ser um CA de estomago ou A percussão deve começar pela linha hemiclavicular
Ou o fígado pode transpor a linha mediana (hepatite). direita (hemitórax direito), começando do som
Nódulo periumbilical timpânico pulmonar e descendo até encontrar o som
Nódulo intra abdominal maciço do fígado (aproximadamente na altura do 5º
(nódulo de SISTER MARY- espaço intercostal).
JOSEPH – sinal de massa Faz o mesmo procedimento subindo da crista ilíaca
Indicativo de CA avançado). até encontrar o som maciço
da borda inferior do fígado.
Hipogastro O tamanho de um fígado
Massa bem definida normal é proporcional ao
Provável bexigoma tamanho do corpo. Homens
(mede de 10 a 12 cm)
e nas mulheres (de 8 a 10
Exames de órgãos específicos cm).
Fígado
Palpação:
Mãos espalmadas, começar da fossa ilíaca direita e
subindo pela linha hemiclavicular para o rebordo
costal.
Tentar sentir a borda do fígado com a ponta do
indicador na inspiração.
Na inspiração profunda e na expiração sentir na ponta
do dedo.
Manobra de Lemos-torres
Mão esquerda embaixo do dorso, apoiando as duas
últimas costelas.Traciona-se o fígado para frente
Com a mão direita ,com as falanges
distais do indicador e médio, tenta-se
palpar a borda hepática na inspiração
profunda.
Baço Manobra de Goelet
Percussão do espaço de traube. Paciente de pé, com o joelho do
Área hipogástrica esquerda. Entre 5° e 6° Espaço lado palpado. dobrado e apoiado
intercostal + linha axilar anterior + rebordo costal. em uma cadeira. Com a mão a
Maciço = esplenomegalia esquerda vai puxar o dorso para
a frente e com a outra mão
contralateral vai apertar a região
renal, tentando encontrar o rim
Descompressão brusca - pesquisa de irritação
peritoneal(peritonite). Se doer mais com a
Palpação do baço: Puxa o tórax sobe sua compressão, é DB +
mão esquerda, coloca a mão esquerda OBS (Blumberg)-
na área hipogástrica esquerda e vai descompressão
apertando em direção superior bilateral brusca no ponto de
durante a inspiração. Mc Burney’s
Pode colocar o paciente em posição de Schuster Sinal do vascolejo-
(examinador de frente para o paciente, para facilitar o um cachoalhao no abdômen e pode ter um
exame). burburinho estomacal. Pode identificar uma estase
Manobra de Mathieu-Cardarelli gástrica, hipomotilidade do estômago
Examinador fica a esquerda do é normal quando o paciente está muito tempo em
paciente com as mãos em garra. jejum.
A cada inspiração a borda do Sinal de Gersuny presente em pacientes com grandes
baço será percebida pelas polpas fecalomas. Pressiona a parede do intestino e provoca
digitais, quando o baço tiver aumentado de volume. abaulamento, ao soltar a mão, gera um
descolamento, provoca um estalido, estalos secos,
BAÇO PALPAVÉL JÁ É ESPLENOMEGALIA
crepitação.
Consistência fibroelástica, superfície lisa, distância
Exame do abdômen agudo
gradil costal > 8 cm. Pode estar aumentada em CA.
• Descompressão dolorosa
• Percussão simples na tentativa de evitar
Palpação do ceco: descompressão dolorosa (pois causa muita dor).
Pode ser palpável na fossa ilíaca direita, observar se Sinal de Markle->paciente fica na ponta dos pés e
existe mobilidade, pode encontrar burbirito solta o peso no calcanhar, isso gera uma
(indicativo de presença de líquido, estase) movimentação dos órgãos intestinais gerando dor.

Palpação do cólon transverso


Sinais claros em patologias específicas
*Em pessoas magras é possível papar o cólon Obstrução intestinal
transverso (geralmente é móvel e pode ser percebido *Dor em cólica = obstruções mecânicas
*Peristalse exacerbada/silêncio (evolução para ílio
na região do mesogástrio).
paralítico
Palpação do Sigmoide *Distensão
É possível palpar quando ele está muito grande e *Vômito bilioso se obstrução intestinal alta/ fecalóide
invade a região do abdome, ele pode ser palpável. Em se obstrução intestinal baixa.
pacientes com fecaloma. *Soluços
*Íleo dinâmico sem cólica (patologia avançada)
Palpação dos rins *Sinal de Hochemberg = reto limpo, sem obstrução.
Localização retroperitoneal, altura (D = 13–15 cm 1ª Pneumoperitôneo
vért lombar, + caudal, E= 15-20 cm 3ª vért lombar) *Descompressão brusca positiva (DB +)
Normalmente os rins não são palpáveis * Hipertimpanismo
Manobra de Israel *Jobert – hipertimpanismo em loja hepática
Paciente em decúbito lateral direito, para avaliamos o
rim esquerdo. Com a mão em garra apertando a
região logo abaixo do gradil costal em movimento de
pinça tentando encontrar alguma maça.
Apendicite (inflamação no apêndice)
*Blumberg = descompressão brusca no ponto de Pielonefrite (inflamação nos rins)
McBurney’s. • Dor lombar a punho percussão (movimenta a loja
renal e gera dor)
• Febre
• Calafrios
• Náuseas
• Vômitos
*Rovsing = dor na fossa ilíaca direita quando se Macicez:
comprime a esquerda.
Hipocôndrio direito: hepatomegalia;

Hipocôndrio esquerdo: esplenomegalia;

Epigástrica: aumento de lobo E hepático, TU gástrico, TU


pancreático
*Lapinsky = dor a compressão na fossa ilíaca quando
eleva o MI esticado Pélvica: útero gravídico/ bexiga cheia/ TU de bexiga/ TU
útero;

Flancos ou difusa: ascite;

Fossa ilíaca: alças intestinais com fezes/ TU ovário;


*Lenander = temperatura retal > 1° do que axilar.
*Psoas = dor na extensão da coxa. NÃO É REGRA

*Dunphy = Dor na fossa ilíaca piora com tosse


*Aeron= desconforto epigástrico quando comprime
umbigo.
Peritonite (inflamação no peritônio)
• Dor
• Defesa abdominal
• Distensão abdominal
• Descompressão brusca positiva.
Coleciste (inflamação na vesícula biliar)
• Dor tipo cólica (quando a vesícula contrai).
• DB+ (se a dor já passou para a parede da
musculatura)
• Sinal de murphy (DB + no posto cístico,
hipocôndrio direito)
Pancreatite aguda (inflamação no pâncreas)
• Sinal de cullen - equimose periumbilical
• Sinal de Grey Turner – equimose nos flancos
Sinais de pacientes em estados graves.
Síndromes abdominais A hipertensão portal acarreta alterações circulatórias
e hemodinâmicas importantes. O aumento da pressão
Síndrome (origem grega -> “reunião”): conjunto de inverte o sentido do fluxo sanguíneo em veias
sinais e sintomas que definem uma determinada tributárias do sistema porta, fazendo com haja
patologia ou condição; circulação colateral por meio da qual o sangue passa
• Sinal: qualquer manifestação visível ou mensurável diretamente do sistema porta para a circulação
de uma alteração orgânica; venosa, sem atravessar o fígado.
• Sintoma: alteração da percepção de uma Circulação colateral
sensação; Circulação colateral tipo porta (hipertensão portal)
Ascite *Drenagem sanguínea das vísceras abdominais
através da veia porta
Acúmulo anormal de líquido livre na cavidade
*Impedimento do fluxo pelo sistema porta
abdominal.
*Elevação da pressão venosa
Causas:
*Desenvolvimento de circulação colateral.
✓ Hepáticas (cirrose -> hipertensão portal,
Circulação colateral tipo cava
vasodilatação, transudato para a cavidade
Cava superior -obstrução da v. cava
peritoneal);
superior, fluxo descendente.
✓ Cardiocirculatórias (insuficiência cardíaca e
Causas: tumor mediastino e
trombose venosa);
pulmão, aneurisma de aorta.
✓ Renais (síndrome nefrótica);
Cava braquiocefálica :obstrução
Anasarca- acúmulo de líquido intersticial
do tronco braquicefálico, fluxo
causando edema generalizado.
ascendente.
MMII, face, bolsa escrotal(homem), derrame
Causas: tumor de mediastino,
pleural e derrame pericárdico.
mediastinite, tumor de pulmão,
aneurisma de tronco.
✓ Inflamatórias (tuberculose);
✓ Neoplásicas (tumores do fígado, do ovário, do
Cava inferior: obstrução da veia
estômago e carcinomatose).
cava inferior, fluxo ascendente.
Exame Físico
Causas: tumor comprimindo a veia
1. Inspeção:
cava inferior, trombose e
✓ Nas ascites de grande volume, o abdome pode
aderências.
apresentar-se sob forma globosa ou de
batráquio;
✓ A pele torna-se lisa, brilhante e fina; Síndrome Diarreica e Disentérica
✓ Pode haver estrias (ruptura das fibras elásticas) e Aumento do número e do volume das evacuações
protrusão da cicatriz umbilical, hérnias inguinais (> 3x), com alteração de consistência das fezes, que se
e escrotais.; tornam pastosas ou liquefeitas, podendo conter
✓ Na ascite por hipertensão portal chama a atenção restos alimentares.
a presença de circulação colateral. ✓ As diarreias podem ser classificadas em agudas e
2. Ausculta; crônicas, conforme sua duração; em altas e
3. Percussão (método mais seguro) -> macicez em baixas, se têm origem no intestino delgado ou no
projeção de víscera oca; cólon.
✓ Sintomas associados a diarreia aguda : febre, dor
Hipertensão Portal abdominal, urgência , tenesmo , vômitos ,
O sistema venoso portal tem a função de recolher o distensão abdominal e flatulência.
sangue de todas as vísceras abdominais, à exceção ATENÇÃO PARA DESIDRATAÇÃO!
dos rins e suprarrenais, e encaminhá-lo ao fígado Desinteria:
através da veia porta. Diferencia da diarreia pela presença de muco, pus e
No interior do fígado a veia porta se ramifica até os sangue nas fezes.
sinusoides, de onde o sangue passa às veias A invasão da mucosa por agente infeccioso (bactéria
centrolobulares e, destas, às veias supra-hepáticas, geralmente), causa inflamação da mucosa e sub-
que deságuam na veia cava inferior. mucosa do íleo terminal e intestino grosso, levando à
Qualquer obstáculo ao livre fluxo do sangue, por edema e sangramento da mucosa.
meio do sistema porta, produz elevação da pressão Exsudação de leucócitos e sangue para a luz , com
venosa, acarretando a síndrome de hipertensão irritação mucosa , inflamação , fezes sanguinolentas e
portal. tenesmo.
Quase sempre está associada ao tenesmo e traduz Síndrome da Má Absorção
lesão orgânica do reto ou do cólon distal, sendo É um conjunto de sinais e sintomas comuns a várias
manifestação frequente de shigellose, amebíase, condições e enfermidades que interferem na
retocolite ulcerativa, proctite e balantidíase. absorção dos nutrientes, com repercussão no estado
Diagnóstico laboratorial de diarreia :mais comumente nutricional do paciente.
realizados são o parasitológico de fezes e a Tríade: perda de peso, anemia e diarreia crônica!
coprocultura.
A má absorção poderá ser:
✓ Seguem-se, como exames mais utilizados no
✓ Global (de todos os alimentos)
diagnóstico de uma diarreia, sobretudo nas
✓ Apenas de determinados nutrientes, com
diarreias crônicas, a retossigmoidoscopia, o
sintomas carenciais específicos.
enema opaco, a colonoscopia, o estudo do
Na síndrome global, completa, as principais
trânsito intestinal, o exame coprológico funcional,
manifestações clínicas são a perda de peso ou atraso
incluindo a dosagem da gordura fecal e os exames
no desenvolvimento físico.
comuns de laboratório, como hemograma
✓ No caso de crianças, alterações na cor e na
(eosinofilia), bioquímica do sangue, eletroforese
textura da pele e dos cabelos, palidez, glossite,
das proteínas séricas, dosagem de albumina e
queilite angular, hemeralopia, fraqueza e atrofia
antiendomísio IgA (positivo na doença celíaca).
muscular, abdome distendido, edema dos
✓ /Também podem ser solicitados marcadores de
membros inferiores e diarreia com esteatorreia.
doenças inflamatórias como a proteína C reativa e
a calprotectina fecal.

O organismo é acometido em sua totalidade pela


desnutrição, compreendendo diferentes alterações
que podem ser detectadas ao exame dos diversos
sistemas orgânicos.
Sinais de desnutrição:
Glossites, queilites , pele seca e descamativa, pele
hiperpigmentada, cabelo seco e despigmentado,
língua lisa, emagrecimento , hipotrofia muscular e
anemia.

Diagnóstico:
✓ Exame de fezes – consistência, cor, odor;
✓ Exame de sangue – anemia, hipoproteinemia,
hipocalcemia e hipopotassemia.
✓ Exames de imagem
✓ PH fecal ( normal 6,0 a 7,0 )- valores abaixo de
5,5 são indicativos de má absorção –
fermentação dos hidratos de carbono.
Hemorragia Digestiva Síndromes hereditárias
Resultam de sangramento para dentro do lúmen do
tubo digestivo, podendo o sangue ser eliminado pela
boca – hematêmese – ou pelo reto.

Toque retal
Pesquisa de sangue em dedo de luva
Observa a presença de hemorroidas e fissuras anais.
A perda de sangue pelo reto recebe as seguintes Diagnóstico diferencial
denominações, conforme o aspecto e o volume da Ulcera duodenal, varizes esofágicas , úlcera gástrica e
perda sanguínea: lesão aguda de mucosa gástrica.
Melena: quando o sangue se apresenta alterado, Hemorragia digestiva baixa
conferindo às fezes coloração escura, lembrando ✓ Menos frequente que a HDA
borra de café ou piche, além de fetidez; ✓ responsável por 25 % dos casos de HD
Enterorragia: quando o sangue, em maior volume, ✓ Incidência aumenta com a idade
mantém sua coloração vermelha, com ou sem ✓ Em 60 % cessa espontaneamente
coágulos; ✓ Em 13-24 % indicação cirúrgica
Hematoquezia: quando se trata de sangue vermelho ✓ Mais frequente no sexo masculino
vivo em pequena quantidade, de origem proctológica, Causas : pólipos , angiodisplasias, divertículos ,
quase sempre proveniente de hemorroidas, fissuras, tumores.
proctites e pólipos. Perfuração de Víscera Oca em Peritônio Livre

Perdas sanguíneas de até 500 mℓ raramente A perfuração de uma víscera oca possibilita que seu
produzem sintomas e são bem toleradas, equivalendo conteúdo escape para o interior da cavidade
a uma simples doação de sangue. peritoneal, produzindo um quadro de abdome agudo
Acima de 500 mℓ o paciente apresenta as e peritonite.
manifestações clínicas de anemia aguda: palidez, Causas : traumatismo aberto, traumatismo fechado,
taquicardia, hipotensão arterial, sudorese, lipotimia. processos inflamatórios , processos infecciosos e
Acima de 1.500 mℓ os sintomas são intensos, medicamentos.
podendo chegar ao estado de choque. o Os traumatismos abertos penetrantes, produzidos
por arma branca ou arma de fogo, não raro,
Sinais e sintomas: características de hemorragia GI, produzem múltiplas perfurações de vísceras ocas.
dor abdominal, alterações do trânsito intestinal, o Os traumatismos fechados por contusão
vômitos, perda de peso recente, anorexia, astenia. abdominal, por sua vez, podem ser causa de
História pregressa: hemorragia GI, úlcera péptica ou ruptura de vísceras ocas.
duodenal, gastrite, varizes esofágicas, doença o A perfuração traumática de víscera oca pode
hepática, hemorroidas, fissura anal, trauma retal, ainda ser iatrogênica, consequente a exames
aneurisma abdominal tratado, endoscópicos, biopsias, polipectomias, dilatação
imunossupressão/imunodepressão. de esôfago.
História medicamentosa: AINEs, álcool, O que caracteriza particularmente esta síndrome são
anticoagulação oral, anticoncepcionais orais, cirurgia a dor e a defesa abdominal.
abdominal prévia. Quando a víscera contém gás, como no caso do
Exame físico: estômago, o gás escapa para a cavidade peritoneal,
Estado geral, sinais vitais, avaliação cardiopulmonar, produzindo pneumoperitônio, que pode ser
avaliação abdominal ( hepatoesplenomegalia, ascite, reconhecido em uma radiografia do tórax, tanto em
circulação colateral , icterícia, telangiectasias (aranhas posição ortostática como em decúbito.
vasculares) e cicatrizes ) Sinal de Jobert:

✓ Timpanismo à
percussão do limite
superior do fígado;
✓ Acúmulo de gás
abaixo do diafragma.
Úlcera Péptica Perfurada Oclusão Intestinal
Caracteriza-se pela interrupção do trânsito intestinal,
O quadro clínico, na maioria das vezes, é bastante tanto para sólidos como para líquidos e gases.
característico: o paciente, com antecedentes Os pontos principais da oclusão abdominal, são:
sugestivos de doença ulcerosa, relata o surgimento Distensão de alças, peristaltismo de luta, timpanismo,
súbito de “dor em punhalada”, excruciante, na região toxemia, defesa abdominal e sinais de irritação
epigástrica, que se irradia para os ombros e se peritoneal.
acentua ao menor movimento, ,imobilizando o A oclusão intestinal pode acompanhar-se ou não de
paciente em decúbito dorsal ou com o tronco fletido estrangulamento da alça, ou seja, interferência no
(posição antálgica). A respiração torna-se superficial e suprimento sanguíneo da alça ocluída.
dolorosa. ✓ A oclusão pode instalar-se abruptamente, como
✓ Depois de algum tempo a dor se generaliza a todo no vólvulo, ou progressivamente, como nas
o abdome ou se estende à fossa ilíaca direita, para estenoses inflamatórias ou nas neoplasias
onde escoam os sucos digestivos extravasados. malignas. Os sintomas cardeais da oclusão
Raramente ocorrem vômitos. intestinal são dor abdominal, vômitos e parada de
Ao exame físico, eliminação de fezes e gases.
encontra-se o clássico “abdome em tábua”, assim ✓ A dor é do tipo cólica, intermitente,
chamado pela intensa contratura dos músculos acompanhada de ruídos hidroaéreos que podem
abdominais, sobretudo na região epigástrica. ser percebidos pelo próprio paciente,
Quando existe suficiente quantidade de gás no correspondendo às contrações peristálticas a
abdome, desaparece a macicez hepática à percussão montante do obstáculo.
do hipocôndrio direito (sinal de Jobert). O caráter intermitente da dor pode desaparecer
✓ Outros sinais menos importantes são a redução depois de 24 h, ao mesmo tempo que a distensão
do espaço de Traube à percussão do hipocôndrio abdominal aumenta.
esquerdo, hiperestesia cutânea na região ✓ Os vômitos são mais precoces e abundantes nas
epigástrica e ruídos anormais à ausculta obstruções altas, no nível do jejuno, e tardios nas
abdominal. obstruções mais baixas. Podem faltar, quando a
Impactação Fecal obstrução se localiza no cólon, em razão de a
A obstrução, parcial ou total, do reto ou do cólon por válvula ileocecal permanecer continente.
um fecaloma de grande volume. Inicialmente o vômito é bilioso, de cor amarela;
✓ ocorre quase sempre em pacientes com história posteriormente se torna escuro e de odor fétido,
de obstipação intestinal de longa duração. quando, então, é chamado de vômito fecalóide.
O paciente relata: Ao exame físico,
*Piora do funcionamento intestinal Observa-se, nos indivíduos magros, o relevo de alças
*Distensão abdominal distendidas e, por vezes, o peristaltismo de luta;
*Dor em cólica, que pode predominar no baixo ventre Percussão indica timpanismo localizado ou
(nos casos de impactação retal) generalizado.
ou de acordo com a topografia do fecaloma (fora do Ausculta, ouvem-se ruídos hidroaéreos coincidindo
reto o local mais comum é o sigmoide). com os paroxismos de dor.
Pode relatar, também, dor localizada no abdome, à As alças distendidas transmitem os sons das pulsações
esquerda, nos casos de localização sigmoidiana ou dor arteriais dos grandes vasos com grande nitidez e com
difusa, à medida que o tempo transcorre. ressonância peculiar, o que constitui um sinal de igual
Com o passar das horas, há agravamento progressivo valor.
do quadro doloroso e da distensão abdominal. A distensão abdominal, maior nas obstruções do
Exame físico cólon, aumenta com a duração da oclusão.
Inspeção do abdome, observa-se ventre distendido Abdômen agudo
homogeneamente É uma síndrome clínica caracterizada por dor na
Percussão, timpanismo difuso. região abdominal, não traumática, súbita e de
Palpação, observa-se abdome flácido, com pouca ou intensidade variável associada ou não a outros
nenhuma dor à palpação profunda, sem defesa de sintomas e que necessita de diagnóstico e conduta
parede, demonstrando que não há irritação terapêutica imediata, cirúrgica ou não.
peritoneal. Nos casos de fecaloma alto, pode-se, O paciente está em posição antálgica (para diminuir a
eventualmente, palpá-lo na forma de “massa intra- dor que está sentindo).
abdominal”, podendo-se perceber ligeira crepitação Na ausculta o abdômen pode ter RHA aumentados ou
(sinal de Gersuny).
diminuídos.
Toque retal – presença de fecaloma
Inflamatório/infeccioso: paciene com febre e ✓ A pressão arterial tende a baixar e a tornar-se
peritonite.Ex: apendicite aguda, colecistite aguda, convergente. Os casos graves evoluem para o
doença inflamatória pélvica. choque séptico.
Obstrutivo: Paciente com vômitos e obstipação. Síndrome Ictérica
Ex:tumor , hérnias. ✓ A icterícia é uma síndrome caracterizada pelo
Perfurativo: Dor intensa e hipertimpanismo aumento da bilirrubina no soro (valores acima de
Ex: úlcera perfurada, corpo estranho, doença 2 mg/100 mℓ), que se manifesta pela coloração
inflamatória intestinal. amarelada das conjuntivas, das mucosas, da pele
Hemorrágico: Paciente com anemia e hipotensão. e dos líquidos orgânicos.
Ex: gravidez tubária , rotura espontânea do baço ATENÇÃO: OBSERVAR SEMPRE A CONJUNTIVA! ->
Isquêmico: Paciente com dor intensa e difusa. Toda icterícia “verdadeira” se exterioriza pela
Ex: infarto intestinal. coloração amarelada das conjuntivas (dos olhos).
Peritonite Aguda ✓ Observar urina;
A peritonite aguda é causada pela penetração e ✓ Pesquisar na anamnese:
colonização de bactérias patogênicas na cavidade *Duração
abdominal, o que pode se dar por: *Sintomas associados (artralgias, mialgias, anorexia,
✓ Propagação de um processo inflamatório a partir perda ponderal, dor abdominal, febre, prurido,
de uma determinada víscera (apendicite, alterações na urina e fezes)
colecistite e diverticulite); *Consumo de álcool
✓ Ruptura ou perfuração de uma víscera oca *Substâncias químicas/medicamentos
(traumatismo abdominal, úlcera péptica *Medicinas alternativas/complementares
perfurada); *Contaminações parentéricas (transfusões, drogas IV,
✓ Lesão do peritônio parietal (feridas penetrantes tatuagens, atividade sexual)
no abdome);
✓ Via hematogênica (septicemia);
✓ Associada a ascite secundária a cirrose ou
síndrome nefrótica (peritonite bacteriana
espontânea).
As principais manifestações da peritonite aguda
difusa são:
Sinal ou lei de Courvoisier: é a presença de aumento
✓ Dor (difusa ou localizada);
indolor da vesícula biliar em paciente com icterícia.
✓ Sinal de Blumberg: consiste na compressão lenta e
Está associado a câncer da cabeça do pâncreas.
gradual do abdome durante a palpação;
A coloração amarelada da pele pode acontecer
retirando-se bruscamente a mão, o paciente
também devido ao alto consumo de betacaroteno.
experimenta dor aguda e intensa no local do
Nesse caso esclera e mucosa não ficam amareladas.
exame;
Doença hepatocelular crônica
✓ Defesa abdominal: por um reflexo visceromotor,
Doença hepatocelular crônica é qualquer forma de
os músculos do mesmo metâmero se contraem. A
doença hepática avançada, em que o fígado foi
contratura muscular é o sinal mais precoce,
exposto, de forma continuada, a uma ou várias formas
seguro e constante de comprometimento
de agressão.
peritoneal. A defesa abdominal localizada na fossa
-Eritema palmar, ginecomastia, cabeça de medusa
ilíaca direita nas apendicites perfuradas é clássica,
-Presença de hemorroidas, xantelasmas, xantomas.
assim como o “abdome em tábua” nas úlceras
perfuradas; Íleo Paralítico
✓ Distensão abdominal: por inibição motora, ocorre Um quadro clínico semelhante ao da oclusão
distensão das alças intestinais, podendo chegar ao intestinal, com distensão abdominal, vômitos e
íleo paralítico. Nas peritonites localizadas, parada da eliminação de fezes e gases.
entretanto, pode ocorrer diarreia. É causado por inibição da motilidade intestinal.
Sinais gerais: ✓ É uma dor contínua, de intensidade variável, na
A fácies do paciente com peritonite aguda difusa é dependência do agente etiológico.
bastante característica: palidez, nariz afilado, lábios À ausculta abdominal, não se ouvem os ruídos
ressequidos, olhar ansioso, expressão de sofrimento. hidroaéreos indicativos do peristaltismo de luta; os
O pulso se acelera, quase sempre acima de 100 bpm. ruídos são escassos ou ausentes, caracterizando o
Uma frequência cardíaca acima de 140 bpm. é sinal de “silêncio abdominal”.
mau prognóstico. Houve 3 min cada quadrante , (12min)sem ouvir nada
e ai confirma com a historia clinica.
OBS: + comum após cirurgias abdominais;
Casos clínicos Caso 3
Paciente feminina, 47 anos, deu entrada na UPA com
Caso 1 queixa de diarreia de início há 8 dias.
Paciente masculino, 48 anos, deu entrada Inicialmente referiu que sentiu mal estar , mialgia e
deambulando no pronto atendimento trazido por náuseas. Após 1 dia de sintomas , iniciou pela manhã
familiares por quadro de agitação psicomotora em quadro de fezes amolecidas que evoluíram há 2 dias
domicílio há 1 dia associada a confusão mental hoje. com dor abdominal, tenesmo e laivos de sangue.
Segundo os mesmos, ultimamente o mesmo se Possui histórico de HAS, em uso regular de Losartana
queixava d e urina escura, fezes claras e que estava 50 mg 12/12, tabagismo de ½ maço / dia.
engordando. Negam alterações respiratórias ou febre. Exame físico:
Referem que com aproximadamente 20 anos de idade REG, desidratada, ++/4, descorada +/4 , acianótica,
teve diagnóstico de Hepatite C, iniciou o tratamento e febril, consciente , orientada , eupneica.
abandonou o mesmo. Aparelho cardiovascular – 2BNF sem sopros
Histórico de etilismo de 5 latas de cerveja ao dia. Aparelho respiratório: MV + bilat sem RA
Ao exame físico: PA 80X60 mmhg FC 102 bpm FR 16irpm
REG, hidratado, descorado +/4, acianótico, afebril , SAT 02AA 98%
ictérico ++/4, consciente, confuso, eupnéico, presença Abdome : RHA aumentado, distenção abdominal
de Asterix. Diagnóstico sindrômico – diarréia aguda.
Aparelho respiratório: MV presente bilateralmente
Aparelho cardiovascular: 2BNF sem sopros
PA : 130x80 mmhg FC:72 bpm FR: 18 irpm,
Sat O2 AA: 97% GSG: ??
MMII : edema +/4 pulsos presentes

Qual a melhor forma de realizar o exame físico? Caso 4


Realizar inspeção, ausculta e palpação. Paciente masculino, 6 anos, trazido à UBS pela mãe
Na palpação realizar hepatimetria , processo de por quadro de anemia recorrente, emagrecimento e
Lemos Torres e manobra de Mathieu. dificuldade nos estudos.
Qual o diagnóstico sindrômico?Ascite Segundo a mãe, o filho apresenta quadro de anemia
recorrente, há anos, relatando já ter realizado
tratamento medicamentoso e até mesmo alternativas
afim de resolver o quadro, porém, sempre que realiza
exame de sangue ‘dá anemia’ e ‘não ganha peso’.
Caso 2 Relata ainda que além do emagrecimento e anemia, o
Paciente feminino, trabalhadora da saúde, 35 anos, filho se queixa constantemente de cansaço, dor
deu entrada deambulando na UBS com queixa de abdominal, elimina muitos gases e as fezes são
diarréia há 4 dias. amolecidas, com restos alimentares e com um óleo
A mesma refere que a diarreia se iniciou há 4 dias que flutua na água além de serem mau cheirosas.
após tomar café da manhã, desde então houve Apresenta ainda dificuldade de cicatrização de feridas.
aumento da frequência de evacuações, com mais de 6 Nega outras patologias prévias, nega sangramentos.
episódios de fezes líquidas diariamente. Exame físico:
Inicialmente, apresentou náuseas e vômitos profusos REG, desidratado, +/4 , descorado ++/4, anictério ,
e, ao final do dia, iniciou o quadro diarreico. Relata acianótico, afebril, emagrecido, pele seca e
ainda dor abdominal e febre. Nega patologias prévias. descamativa, queilite, glossite.
Exame físico: ACV e AR- NDN
BEG, hidratada, corada, acianótica, afebril, consciente, Abdome:
orientada, eupneica. Diagnóstico – síndrome da má absorção.
Aparelho cardiovascular: 2 BNF sem sopros.
Aparelho respiratório: MV + bilateralmente s/ RA
PA 100x60 mmhg, FC 82bpm , FR 16irpm,
SAT 02AA 98% GSG - ??
Diagnóstico sindrômico? Diarreia aguda
Caso 5 Caso 7
Paciente masculino, 75 anos, deu entrada em sala de Paciente feminino, 32 anos, deu entrada no PS
emergência referindo que há aproximadamente 1 referindo intensa algia abdominal, difusamente há 24
hora apresentou vômitos com sangue. horas.
Relata que o episódio foi precedido por dor A mesma relata que durante t dias procurou o serviço
epigástrica de forte intensidade, associado à tontura e com queixa de dor abdominal em região epigástrica
dor precordial. Diz ainda que após o episódio de associada a vômitos. Diz que no dia anterior, relatou
hematêmese, apresentou evacuação com fezes ao plantonista que estava indo ao PS frequentemente
escuras. Nega episódios anteriores. e naquele dia apresentou um episódio de vômito com
Histórico de HAS, IAM prévio, em uso regular de presença de estrias de sangue.
Propanolol, AAS e há 1 semana , ficou internado no O mesmo referiu não possuir importância clínica,
hospital po TVP em MIE, no qual foi medicado medicou a mesma com sintomáticos, liberada com
segundo o mesmo, com 5 injeções na barriga. receita e orientações à procurar um especialista e
Exame físico: realizar EDA.
REG, desidratado +/4, descorado ++/4 , acianótico, Ao ser indagada relatou que desde adolescência sofria
afebril, consciente, orientado, taquipneico. de dores lombares, fazendo uso de AINE
Aparelho cardiovascular- 2BNF com sopros rotineiramente.
Aparelho respiratório – MV + bilat sem RA Nega patologias prévias, refere ciclo menstrual
PA 80x60 mmhg , FC 88bpm , FR 28 irpm regular, faz uso de ACO.
SAT 02AA 98% , GSG ?? T – 35,3°C TEC > 3 s Exame físico:
Abdome : REG, hidratada, descorada +/4, acianótica, afebril ,
Diagnóstico sindrômico – hemorragia digestiva consciente , orientada , dispneica , taquicárdica, fácies
álgica , posição antálgica, extremidades frias.
Aparelho cardiovascular: 2BNF sem sopros
Aparelho respiratório: MV + bilat sem RA
PA 80x50 mmhg, FC 132 bpm , FR 22irpm
SAT02AA 96% GSG ?? T – 35°C TEC > 3s
Abdome:
Diagnóstico provável : perfuração de víscera oca em
Caso 6 peritônio livre.
Masculino, 33 anos , deu entrada na UPA com queixa
de evacuação com presença de sangue vivo há 1 hora.
Paciente nega episódios anteriores de enterorragia, Caso 8
referindo no momento apenas fraqueza. Feminino, 54 anos, deu entrada na UPA com queixa
História pregressa de 2 fraturas em braço direito, em de constipação intestinal há 10 dias.
mesma topografia. Relata que há 6 dias procurou atendimento na UBS
Nega tabagismo, etilismo ou histórico familiar de onde foi avaliada pelo médico e liberada com
enterorragia. orientações em relação à dieta laxativa e prescrito
Exame físico: laxante oral. Segundo a mesma, as medidas adotadas
REG, desidratado +/4, descorado ++++/4, acianótico, não surtiram efeitos e procurou à farmácia há 1 dia,
afebril, consciente, orientado, eupneico. onde foi prescrito supositório que também não surtiu
Aparelho cardiovascular – 2BNF sem sopros efeito.
Aparelho respiratório MV + bilateralmente sem RA No momento se queixa de dor abdominal, aumento
PA 130x00 mmhg, FC 90 bpm, FR 16irpm, do volume abdominal e para de eliminação de fezes e
SAT 02AA 98%, GSG?? T 36,8 °, TEC > 3 S gases. Diz ainda que hoje pela manhã apresentou um
Abdome: episódio de vômito de coloração escura e mau cheiro.
Diagnóstico sindrômico – hemorragia digestiva É hipertensa, em uso regular de medicação.
baixa. Exame físico:
BEG, hidratada, corada, acianótica, afebril, consciente,
orientada, eupnéica, normocárdica.
Aparelho cardiovascular – 2BNF sem sopros
Aparelho respiratório – MV + bilat. Sem RA
PA 130x90 mmhg, FC 72 bpm, FR 16irpm,
SAT02AA- 98% GSG?? T- 36,5 °C TEC < 3 s
Diagnóstico sindrômico – impactação fecal
Caso 9 Caso 11
Paciente feminino, deu entrada no PS com queixa de Feminino, 40 anos, história de tratamento para
dor abdominal há 7 dias associada a náuseas e gastrite e recorrentes para infecção por H.Pylori.
inapetência. Iniciou dor abdominal há 3 dias em uso de analgésicos
Refere que a dor teve início há 7 dias em região sem melhora. Há 3 horas houve piora do quadro
epigástrica associada a náuseas. A mesma pensou que álgico. Agora de noite a intensidade irradia ao ombro
poderia ser uma indisposição alimentar e se direito.
automedicou. Após 2 dias de sintomas, iniciou dor Possíveis diagnósticos – úlcera perfurativa, irritação
região de fossa ilíaca direita associada a febre. diafragmática.
Segundo a mesma, procurou atendimento no PS, foi
medicada e realizou exames laboratoriais e raio x ,
com melhora da dor , liberada com medicações Caso 12
sintomáticas. Paciente masculino, 46 anos, etilista crônico, DM não
Hoje, apresenta dor de forte intensidade em todo o controlado, refere “barriga d’agua1’ e pé inchado há 2
abdome, deambula com dificuldade, em posição meses.
antálgica. ➔ Aumento do volume abdominal há 2 meses,
Nega patologias de base, nega patologias edema de membros inferiores e bolsa escrotal.
ginecológicas. Ciclo menstrual regular, sendo a última Diagnóstico: ascite leve ou moderada
DUM há 21 dias. Diferencial: tumor hepático
Exame físico
REG, hidratada, descorada ++/4, acianótica, febril ,
consciente, orientada, eupnéica , taquicárdica. Caso 13
Aparelho cardiovascular – 2BNF sem sopros Masculino, 55 anos, refere urina escura, fezes claras e
Aparelho respiratório – MV + bilat sem RA pele amarela de inicio há 1 semana. Refere dores
PA 90x60 mmhg, FC 122bpm, FR 16 irpm , abdominais em cólicas, pior em HD, associado a mal
SAT 02 AA 98% GSG?? T- 38,5 °C TEC >3s estar geral, astenia.
Abdome: Diagnóstico sindrômico – icterícia.
Diagnóstico sindrômico: peritonite agudo Diagnóstico: hepatite
Diferencial: pancreatite
Colúria (urina escura), Acolia (fezes claras), icterícia
Caso 10 (pele amarelada).
Paciente de 30 anos, do sexo feminino, com queixa de
pele amarelada, febre e dores no corpo há dez dias.
Paciente relata quadro de inicio súbito de febre baixa
(38°C) acompanhada de cefaléia holocraniana e dores Caso 14
pelo corpo. Ontem notou escurecimento da urina (cor Masculino, 52 anos, com queixas de fadiga. Fez um
alaranjada), e o aparecimento de cor amarela nos exame de sangue que mostrou aumento dos
olhos. leucócitos!!
Diz que há aproximadamente 40 dias , esteve em um Pensar no baço - esplenomegalia
rancho com amigos e ingeriu água de origem Causas de esplenomegalia:
duvidosa. Leucemia mieloide crônica, linfomas, leucemia de
Nega etilismo, tabagista de 1 maço de cigarro/dia há 7 células pilosas, mielofibrose com metaplasia mieloide,
anos. Relações sexuais desprotegidas com parceiro policitemia vera, doença de gaucher, leucemia
fixo. linfocítica crônica, sarcoidose, anemia hemolítica
Exame físico:
autoimune, hemangiomatose esplênica difusa
Regular estado geral, descorada +/4, ictérica ++/4 ,
desidratada +/4.
Aparelho cardiovascular – 2BNF sem sopros.
Aparelho respiratório – MV + bilateralmente sem RA
PA 110x70 mmhg , FC 85 bpm , FR 18 irpm Caso 15
T 38,1°C GSG – 15 Feminino, 27 anos, refere dor nas costas tipo cólica,
Abdome: irradiada a flanco direito e episódio febril. Refere
Diagnóstico sindrômico – icterícia. recorrência do quadro e nos 2 lados.
Pensar em nefrite
Diferencial – cálculo renal
Sondagem ETAPAS DO PROCEDIMENTO
• Higienizar as mãos.
A sondagem gástrica e enteral é usada para acessar o
• Preparar material e ambiente.
tubo digestivo e consequentemente ,oferecer
nutrientes àqueles que por qualquer motivo não • Explicar ao paciente/família os benefícios e
podem se alimentar por via oral, ou para remover objetivos do procedimento.
secreções do estômago, doses excessivas de • Paramentar-se adequadamente (óculos, máscara,
medicamentos ingeridos ou venenos, para avental de manga longa e luvas de procedimento;
esvaziamento gástrico antes de cirurgias e para • Posicionar o paciente em fowler (45º) sem
administração de medicações. travesseiro.
Sonda gástrica -> descompressão/esvaziamento • Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da
Sonda enteral -> alimentação orelha até o apêndice xifóide e daí mais 3 cm
Sondagem gástrica (SNG OU SOG) marcando com esparadrapo.
A sondagem nasogástrica é a passagem de uma sonda • Lubrificar a ponta da sonda.
através das fossas nasais ou da boca até o estômago. • Passar a sonda através de uma das narinas
Finalidade da sondagem gástrica (escolher a maior) solicitar ao paciente que auxilie
• Descompressão gástrica (quando possível) deglutindo a sonda quando
• Lavagem gástrica passar pela faringe.
• Mensuração e avaliação do volume e do conteúdo Pode haver náuseas e vômitos, portanto deixe-o
gástrico. repousar alguns minutos.
Indicações • Introduzir a sonda até a porção marcada com o
• Intoxicação exógena esparadrapo.
• Perioperatório/ pós operatório (SGI) • Verificar se a sonda está bem posicionada no
• Vômitos persistentes estômago: aspirando o conteúdo gástrico
• Pacientes traumatizados (esverdeado) e injetando 20 ml de ar através da
Contraindicações sonda e com o estetoscópio sobre o epigástrio,
Nasal e oral: pacientes com varizes, lesões ou auscultar a presença de som estridente bolhodo.
estenose esofagiana e cirurgias que alteram a • Adaptar a sonda no frasco coletor.
estrutura do SGI. • Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com
Ex: esofagectomia ou gastrectomia. micropore sobre a pele do paciente (região nasal).
Nasal: pacientes com fratura de base de crânio. Identificar a data da sondagem com um pequeno
Oral : pacientes conscientes, grandes lesões de pedaço de esparadrapo.
cavidade oral, fraturas de mandíbula e de maxilar e • Recolher o material.
fixações cirúrgicas de mandíbula. • Retirar as luvas e lavar as mãos.
MATERIAIS NECESSÁRIOS • Anotar o procedimento realizado registrando
• Bandeja contendo sonda nasogástrica em calibre intercorrências, sinais de resíduos e
adequado (tamanho 12 e 14, no esvaziamento posicionamento da sonda.
13,14)
• Frasco coletor
• Seringa de 20 ml
• Pacote de gaze
• Toalha de rosto (para colocar no tórax do Riscos:
paciente, pois pode ter vomito, náuseas)
• Lubrificante (xilocaína)
• Micropore para fixação
• Estetoscópio
• Tesoura.
Riscos Materiais necessários
• Obstrução da sonda • Equipamentos de proteção individual: óculos,
• Remoção acidental da sonda máscara, avental de manga longa e luvas de
• Úlceração nasal procedimento;
Prevenção de agravo: • Sonda de nutrição enteral número 12
• Seguir procedimento técnico • Toalha de rosto ou papel toalha
• Fixar a sonda adequadamente • Fita adesiva e cordonê (tipo um cadarço) para
• Inspecionar narinas para avaliar a necessidade de fixação
aliviar pressões da sonda • Seringa de 20ml
• Tratar agitação psicomotora • Solução fisiológica de NaCl a 0,9% (para lubrificar
• Tratamento da não conformidade: a sonda)
• Comunicar as intercorrências ao enfermeiro e • Lidocaína em gel com cotonete ou gase
médico e realizar os registros necessários • Tesoura sem ponta
• Em caso de remoção acidental repassar a sonda • Hastes flexíveis
caso necessário • Lanterna clínica (inspecionar a cavidade nasal)
• Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada em caso • Estetoscópio
de obstrução • Um pacote de compressa gaze
• Assegurar tratamento dos agravos e atenção à • Biombo
família Etapas do procedimento
Observações/Recomendações complementares: • Isolar a cama com biombo garantindo privacidade
• Sempre usar EPI durante o procedimento;
• Realizar os registros necessários após os • Verificar o uso de prótese dentárias móveis
procedimentos pelo(a) paciente, solicitando que as retire. Se não
puderem ser removidas pelo(a) paciente use os
Sondagem enteral (SNE OU SOE) equipamentos de proteção individual e retire-as;
• Elevar a cabeceira do(a) paciente para a posição
É a introdução através da cavidade nasal/oral de uma
de Fowler a 45º;
sonda, posicionada no estômago, duodeno ou jejuno,
com objetivo de disponibilizar uma via de acesso para • Colocar equipamento de proteção individual:
nutrição (tempo prolongado). óculos, máscara, avental de manga longa e luvas
de procedimentos;
• SNE é mais maleável e menos calibrosa
• Cobrir a região anterior do tórax com toalha de
• A ponta é apropriada para o raio x
rosto ou papel toalha;
• Depois de colocar e retirar o fio guia , nessa parte
• Cortar alguns pedaços de fita adesiva e deixar na
usa para alimentação e para limpeza da sonda.
bandeja;
Antes de colocar a sonda
• Medir a extensão da sonda a ser introduzida,
• O ideal é que o paciente fique em jejum por pelo
colocando sua extremidade distal na ponta do
menos 4 horas antes da passagem da sonda
nariz do paciente enquanto o restante dela
enteral, pois a presença de alimentos no
percorre em linha reta a distância do nariz até o
estômago pode causar vômitos durante o
lobo inferior da orelha e de lá até o apêndice
procedimento.
xifoide. Depois acrescente mais 20 a 25 cm para o
• Deve-se orientar paciente e familiares sobre a
posicionamento duodenal ;
necessidade de receber os nutrientes pela via
• Marcar este ponto na sonda enrolando nesse local
enteral, mostrando a sonda e os incentivando a
um pedaço de fita adesiva;
manipulá-la.
• Injetar solução líquida (solução fisiológica) na
• Perguntar ao cliente ou acompanhante sobre
sonda sem retirar o fio-guia para lubrificá-la,
problemas como dificuldade para respirar ou
favorecendo a retirada do fio-guia após sua
desvio de septo.
passagem;
• Obter autorização do paciente ou do
acompanhante para realização do procedimento • Inspecionar as narinas com a lanterna clínica;
• Realizar higiene com hastes flexíveis na narina
mais pérvia e introduzir lidocaína gel.
• Introduzir a sonda até a porção marcada com o
esparadrapo
• Aspirar o conteúdo gástrico Recomendações
• Injetar 20 ml de ar através da sonda e com o • Somente médico e enfermeiro pode m realizar
estetoscópio sobre o epigástrio, auscultar a procedimento de sondagem enteral
presença de som estridente. • Se houver desconforto respiratório, cianose, ou
• Solicitar RX de abdome simples (só é permitido tosse persistente, durante a passagem da sonda,
liberar dieta após confirmação da localização por retire a sonda e tente minutos depois.
RX). • Se a sonda não progredir, não force, pois pode
invadir estruturas (opção de solicitar por
endoscopia).

No 1° a sonda está em região pulmonar


E no 2° em região intestinal.
Fixações
Realizar rodízio de pontos de pressão da fixação para
evitar lesões de pele.
O material deve estar aderido a sonda e a pele do
paciente.

Complicações
• Pneumotórax
• Aspiração pulmonar
• Intubação pulmonar ou intracraniana
• Posicionamento inadvertido da sonda no pulmão
• Uso por tempo prolongado: erosão ou ulceração/
necrose de asa nasal.

Você também pode gostar