Este documento resume o artigo 242 do código penal brasileiro sobre parto suposto ou alteração do estado civil de recém-nascido, definindo três tipos penais: 1) dar parto alheio como próprio, 2) registrar como seu o filho de outrem, 3) ocultar ou substituir recém-nascido suprimindo seus direitos de estado civil. Discute também as características gerais destes crimes e esclarece pontos sobre a tentativa, sujeitos, prescrição e adoção à brasileira.
Este documento resume o artigo 242 do código penal brasileiro sobre parto suposto ou alteração do estado civil de recém-nascido, definindo três tipos penais: 1) dar parto alheio como próprio, 2) registrar como seu o filho de outrem, 3) ocultar ou substituir recém-nascido suprimindo seus direitos de estado civil. Discute também as características gerais destes crimes e esclarece pontos sobre a tentativa, sujeitos, prescrição e adoção à brasileira.
Este documento resume o artigo 242 do código penal brasileiro sobre parto suposto ou alteração do estado civil de recém-nascido, definindo três tipos penais: 1) dar parto alheio como próprio, 2) registrar como seu o filho de outrem, 3) ocultar ou substituir recém-nascido suprimindo seus direitos de estado civil. Discute também as características gerais destes crimes e esclarece pontos sobre a tentativa, sujeitos, prescrição e adoção à brasileira.
ARTIGO 242: Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado
civil de recém nascido. - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de dois a seis anos. Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. Aqui há um tipo penal misto cumulativo: Caso o agente pratique duas ou mais infrações contidas nesse artigo, será aplicado o concurso de crimes (esse artigo contém três tipos penais diferentes). No núcleo “ocultar recém nascido ou substituí-lo”, caso o agente pratique as duas condutas, o juiz irá configurar uma delas como crime e a outra como circunstância judicial desfavorável na aplicação da pena. Esta terceira figura é de natureza mista alternativa. 1° tipo penal: Dar parto alheio como próprio. OBS: Dar parto próprio como alheio, ou seja, o inverso, não constitui crime, mas, a pessoa que comete essa ação poderá responder como partícipe no crime, já que, a outra pessoa que der o parto alheio como próprio irá responder pelo tipo penal. OBS: Ex. Caso uma mãe vai até o cartório e registra esse filho que ela teve com o nome de outra pessoa, ela comete crime? Sim, mas não o art. 242, mas sim o crime de falsidade ideológica. 2° tipo penal: Registrar seu o filho de outrem Ex: Caso uma pessoa registre como seu o filho o de outrem, apesar de cometer o crime de falsidade ideológica, ela responde pelo art. 242, pois é utilizado o princípio da especialidade. 3° Ocultar recém nascido suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil. OBS: Prestar bastante atenção na volitividade do agente. OBS: Até que idade se configura o termo “recém nascido”? O Fábio entende que a idade tem que ser de alguns dias ou poucas semanas. Características gerais: Crime próprio no primeiro tipo e comum nos outros. O sujeito passivo é o recém nascido e os familiares. O sujeito mediato é o Estado. No crime de registrar como seu o filho de outrem, há um outro sujeito passivo, que é a Fé Pública. São crimes formais, ou seja, o resultado naturalístico é dispensável. A tentativa é admitida em todos tipos penais. São crimes de ação pública incondicionada. *Adoção à brasileira Ocorre quando alguém registra um filho alheio como próprio ou até mesmo dá parto alheio como próprio. Entende o legislador que o motivo da prática do crime é relevante o bastante para o juiz diminuir ou até perdoar a pena( a natureza jurídica do perdão judicial é uma causa extintiva da punibilidade). Se estiver presente no caso concreta a “reconhecida nobreza” o magistrado é obrigado a aplicar o parágrafo primeiro, ficando facultado a si a pena privilegiada ou o perdão judicial, já que, é um direito público subjetivo. OBS: O crime de registrar como seu o filho de outrem é uma exceção para o conto da prescrição, nesse tipo penal a prescrição começa a contar do momento em que a autoridade competente tem contato com o falso registro. Essa dica é importante para os casos de adoção à brasileira.
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