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As funções psíquicas, segundo Jung, são mecanismos que a consciência usa para

se orientar e para fazer o reconhecimento do mundo exterior, sendo distinguidas em:


Pensamento, Sentimento, Sensação e Intuição. Junto com as atitudes de introversão
e extroversão, a psique vai construir os tipos psicológicos, e Jung define que existem
duas formas opostas através das quais podemos perceber as atividades do mundo
externo – Sensação e Intuição – e outras duas que usamos para julgar os fatos –
Pensamento e Sentimento –, sendo processos utilizados pelas pessoas diariamente.

A sensação e intuição são funções irracionais, ou seja, visto que uma situação é
assimilada diretamente, não é necessária a mediação de um julgamento ou
avaliação. A sensação é a função dos sentidos, do real, a função que nota a
presença de informações (percepções) do mundo por meio dos sentidos, é
incumbida pela adaptação do indivíduo à realidade objetiva, concreta e imediata,
fazendo com que o mesmo seja prático e realista. A intuição é quando a percepção
se ocupa através do inconsciente e a apreensão do ambiente comumente acontece
por via de pressentimentos, sendo uma adaptação instintiva de qualquer conteúdo.
Essa função busca os significados, as relações e as possíveis possibilidades de uma
informação recebida, então os indivíduos aqui tendem a ver o todo e não os
fragmentos, podendo apresentar adversidades na percepção de detalhes, o que é
oposto aos conteúdos de sentir e agir.

O pensamento e sentimento são funções racionais, isto é, possuem um caráter


sentencioso e são influenciados pela reflexão, aprazando o modo de tomada de
decisões, tornando-se funções de julgamento, encarregadas pelas conclusões sobre
os assuntos de que trata a consciência. Diferente de sensação e intuição, cuja
palavra-chave é apreensão de informações, aqui a palavra é apreciação. O
pensamento é a função que estabelece a conexão lógica e conceitual nos conteúdos
de representação dados, esclarece o que são os objetos e para avaliar estes deve
se respaldar em critérios impessoais, lógicos e racionais dos fatos. O sentimento
julga o valor intrínseco das coisas, por isso tende a valorizar os sentimentos em
suas avaliações, importa-se com a harmonia do ambiente e incentiva movimentos
sociais, então o indivíduo faz uma consideração sobre o objeto, mas que funciona
com uma outra lógica: do coração, o gostar e o valorizar. Aqui são utilizados valores
pessoais na tomada de decisões, ainda que essas decisões não tenham lógica do
ponto de vista da causalidade.

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