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Propedêutica
Propedêutica ginecológica: mulher menstrua, se vem pouco ou
muito etc.
Exame clínico: o TPM – se tem TPM, irritabilidade, cólica,
Vai tratar de assuntos íntimos da paciente. se fica depressiva.
Lembrar de ter respeito, pudor e de evitar o Anticoncepção – qual o tipo
julgamentos. anticonceptivo que a mulher faz. Tem
diferentes métodos contraceptivos, e em
Inicia-se, normalmente, entre 13-15 anos. conjunto com a paciente ver qual o mais
adequado para ela.
ANAMNESE:
➔ Antecedentes obstétricos
➔ Identificação o Quantas vezes a menina engravidou, se
o Idade, cor, estado civil, profissão, houve algum aborto, se houve alguma
endereço, local de origem, nível sócio- complicação no parto.
econômico. o Se o puerpério foi fisiológico, se teve
algum sangramento demasiado. Se
➔ Queixa principal – motivo da consulta
amamentou e quanto tempo.
➔ HDA.
➔ Avaliação do parceiro – o homem não costuma
➔ Revisão dos sistemas – Revisa todos os sistemas fazer consulta de rotina com urologista, médica
(principais: gastrointestinal; urinário, porque na pergunta se a paciente sabe que o parceiro tem
maioria das vezes que a paciente vai em busca alguma doença.
de consulta ginecológica é por conta de dor
➔ Vida sexual – como é a vida sexual da mulher.
pélvica, e muitas vezes acham que o problema
É muito comum, além da dor pélvica, a
está no útero/ovário, mas na verdade está
diminuição da libido. Muitas vezes o problema
nesses outros sistemas citados).
não é hormonal, mas sim conjugal.
➔ Antecedentes ginecológicos
➔ Sintomas climatéricos – problemas da
o Telarca – normalmente entre 7 e 9 anos.
menopausa: ondas de calor, irregularidade
É o aparecimento das mamas.
menstrual, distúrbio do sono, depressão.
o Menarca – ocorre normalmente entre 9
e 14 anos de idade. Primeira ➔ Queixas mamárias – saber se aquela mulher
menstruação. sente algum nódulo na mama, se sai alguma
o Pubarca – aparecimento dos pelos. secreção pelo mamilo etc
Ocorre mais ou menos 6 meses após a ➔ Queixas urinárias – investigar se a paciente tem
menarca. disúria (ardência ao urinar), se tem dor ao
o Sexarca – primeiro coito (relação urinar, se não sente esvazio completo da bexiga
sexual). Muitas vezes a menina mente ao urinar, se está indo muito ao banheiro.
porque a mãe está do lado, por
➔ DSTs – se tem ou já teve alguma DST, se é de
exemplo.
conhecimento dela.
 Muitas vezes a médica percebe
que a menina está mentindo por ➔ Antecedentes pessoais e familiares:
estar ao lado da mãe, então o Doenças preexistentes, osteoporose
tenta arrumar uma forma da o Cirurgias – se já fez alguma.
mãe sair da sala em algum o História de câncer na família
momento para a menina falar a (principalmente mama, útero, ovário,
verdade. TGI)
o DUM – data da última menstruação. o Acne – relacionado a algumas
o Fluxos menstruais – se o ciclo menstrual patologias ginecológicas, como SOP.
é regular/irregular, quantos dias a o Obesidade – também relacionada com
SOP.
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➔ Fatores de risco o Se houver nódulo, sempre descrevê-lo.


o História de câncer na família próxima – Se é móvel/fixo, consistência,
prevenção. localização, tamanho, se é indolor.
➔ Tratamentos pélvicos ➔ Expressão (secreção) mamilar.
o Se já teve alguma inflamação – pode o Descarga papilar positiva quando sai
causar infertilidade alguma secreção.
o Se já fez alguma cirurgia  Descrever como é a secreção.
o Descarga papilar negativa quando não
➔ Traumatismo sai secreção.
o Se teve algum traumatismo quando
criança ou na vida adulta. EXAME GINECOLÓGICO:
EXAME FÍSICO: ➔ Respeito e zelo a paciente – cuidado ao se
portar na hora da consulta.
➔ Exame físico geral:
o O ginecologista é o médico que a mulher ➔ Comunicar todos os passos a serem feitos –
vai sem falta, então é importante avisar TUDO a paciente “eu vou tocar em você
avaliar o exame físico geral. agora”.
➔ Exame das mamas ➔ Posição ginecológica – não vê o que a médica
o Inspeção estática e dinâmica. está fazendo, então sempre avisar.
 Na dinâmica, pede para a
paciente fazer alguns
movimentos para ver se aparece
alguma retração, algum
abaulamento.

➔ Sequência lógica – vulva – vagina – útero –


trompas e ovários.
OBS: não tem problema se a paciente não estiver
depilada. O que não pode é ter tido relação sexual
nos últimos 3 dias antes da consulta, não pode estar
utilizando creme vaginal também por 3 dias, e que
➔ Palpação de linfonodos das cadeias axilares, não esteja menstruada no momento do exame.
supra e infra claviculares – não fica totalmente Inspeção vulvoperinal:
de frente para a paciente, fica um pouco mais
para a lateral. Paciente apoia o braço na
médica e a médica vai palpando. Nisso, a
paciente está sentada e de frente para a
médica.
➔ Palpação das mamas – paciente deitada e com
as duas mãos na cabeça. Palpa os 4 quadrantes
da mama, movimentos circulares. Primeiro
uma palpação superficial e depois mais
profunda, com as pontas dos dedos. Região de
mamilo também é palpada.
o Sempre deixar exposto só a parte do
corpo que está examinando no Vulva:
momento. Enquanto está palpando
uma mama, deixa a outra coberta,  Tricotomia – a depilação.
tenta colocar um lençol, tenta adequar.
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 Trofismo – se é uma vulva trófica ou  Metálicos ou plástico, 4 tamanhos – sempre


atrófica inicia pelo menor tamanho, muito
 Coloração e textura raramente chega no maior tamanho.
 Leucorreia – corrimento vaginal não  Introdução em sentido longitudinal e
fisiológico. Vai ser considerado leucorreia oblíquo – afastando pequenos lábios (com
até se provar o contrário. a mão esquerda) e fazendo um trajeto
 Períneo – se está íntegro. posterior. Enquanto está inserindo o
espéculo, vai girando ele para a posição
Aproveita para fazer palpação dos linfonodos horizontal e abrindo para achar o colo
inguinais. uterino.
Pode pedir para a paciente fazer a Manobra de  Individualizar o colo.
Valsava quando esta reclamar de perda urinária, o Aspectos avaliados: coloração da
por exemplo. vagina, rugosidade, presença ou não
de secreção e suas características,
Inspeção externa: trofismo. Tamanho do colo, OCE
(orifício cervical externo), presença
 Presença ou ausência de hímen – consegue
ou não de lesões, tipo de muco.
identificar se a paciente é virgem ou não.
 Tamanho dos pequenos lábios – muitas
pacientes chegam reclamando do aumento
dos pequenos lábios. Às vezes incomoda em
relação a dor.
 Clitóris – se o clitóris está exposto ou
encoberto pelos pequenos e grandes lábios.
 Lesões cutâneas – se há lesões cutâneas.

Exame especular:
Materiais utilizados para exame:

➔ Primeira pinça (pinça de Cheron): utiliza-a


quando há excesso de secreção vaginal e
Parte mais invasiva e difícil da consulta. precisa limpar o colo da paciente. Coloca uma
Espéculos: gaze na ponta e tira o excesso (não tira tudo
porque precisa para colher a citologia).
➔ Espátula de Ayre: a parte arredondada é a que
faz a coleta de fundo de saco (arrodeia o fundo
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uterino). A parte mais reta é a que faz a coleta o Teste de Schiller área iodo positiva:
da ectocervice. Para a coleta da ectocervice, colo de útero todo corado, é o
gira 360 graus. normal.
➔ A escova cervical: faz a coleta de endocervice. Toque vaginal e bimanual:
➔ Espéculos tanto metálicos quanto de plástico.
Atualmente, os mais comuns são os de plástico  Toque vaginal faz parte da consulta, pois
em consultório. consegue avaliar a consistência do colo e o
útero.
➔ Lâmina: identifica com o lápis. Tem uma parte
 O toque é feito de forma bimanual: coloca
superior que é mais branca e é onde escreve.
o dedo médio e indicador na vagina da
Tem o lado certo de escrever (é mais rugoso).
paciente e busca o colo uterino.
Coloca as iniciais da paciente e a data de
 Mãos enluvadas, dedo médio e indicador
nascimento.
lubrificados com avaliação de musculatura
Coleta de material: para citopatologia pélvica, parede vaginal (avaliando
cervicovaginal: exame de Papanicolau – coleta temperatura, rugosidade, profundidade,
tríplice (fundo de saco vaginal, ectocervice e elasticidade, tônus).
endocervice).  Avalia-se no colo uterino: tamanho,
pérvio/impérvio (só é pérvio em pacientes
que estão em trabalho de parto),
consistência, mobilidade, sensibilidade.
o Isso é no toque bidigital: com uma
mão só e os dois dedos dentro da
vagina.
o Depois disso, coloca a outra mão por
fora e coloca na barriga da paciente.
Empurra o colo uterino para cima
Coleta de material: com a mão que está dentro e com a
mão que está fora avalia o útero.
Teste do KOH (Para exame direto do conteúdo
 Avalia-se no útero: forma, tamanho,
vaginal) – coleta um raspado do fundo de saco
posição e mobilidade uterina, se há dor à
vaginal que será diluído em lâmina previamente
mobilização do colo, se o fundo do útero é
preparada com 2 a 3 gotas de soro fisiológico.
liso, se tem alguma rugosidade.
➔ Coloca na lâmina o material (a secreção) e  Com a mão que está dentro, vai mais para
pinga uma gota de KOH. Se subir um odor as laterais, tentando palpar os Anexos da
de “peixe podre”, o teste é positivo e paciente.
provavelmente é uma Gardnerella. Particularidades:
Teste de Schiller: Solução de iodo ou lugol
 Buscar indícios das principais causas de
morbidade e mortalidade femininas e
prevenir.
 Prevenção de ISTs.
 Rastreio para o câncer.
 Planejamento familiar.

➔ É o teste feito normalmente na Colposcopia. Vacinação:


Médico coloca ácido acético e solução de HPV:
iodo ou lugol e observa o colo de útero:
o O teste de Schiller área iodo  Meninas de 9 a 14 anos, pelo SUS.
negativa: tem uma área mais clara,  Meninos de 11 a 14 anos, pelo SUS.
essa área precisa de biópsia.
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 Homens e mulheres transplantados, ➔ Antecedentes obstétricos: gesta e para,


aidéticos e oncológicos 9 a 26 anos, pelo SUS. paridade, intervalo interpartal, evolução dos
ciclos gravídico-puerperais anteriores.
➔ Informações da gravidez atual – Data da
última Menstruação, Data Provável do Parto,
Sinais e sintomas
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO:

➔ Geral – coração, pulmões, mamas, abdome e


Papanicolau (Coleta tríplice: fundo de saco, extremidades
ectocervice e endocervice) ➔ Peso e P.A. SEMPRE!

 Ministério da saúde: ➔ Palpação, ausculta, toque (se necessário),


o 25-64 anos – anualmente. estatura
o >64 anos – se 2 negativos nos últimos Inspeção:
5 anos, pode ser interrompido.
 Colégio Ameriano de Ginecologica:  Cabeça – sinal de Halban, Cloasma ou máscara
o 21-31 anos – anual gravídica.
o > 30 anos – a cada 3 anos (desde que
não haja NIC 2 ou 3).
o Interromper 65-70 anos se 3
negativos nos últimos 10 anos.
o Histerectomizada: se benignidade
pode ser suspenso.
 Pescoço – aumento da circunferência do
Câncer de mama:
pescoço, entre o 5º e o 6º mês normalmente.
 Ministério da saúde:  Glândula mamária – aumento do volume
o 40-49 anos: Exame clínico (ECM) mamário, às vezes paciente se queixa de dor
anual, se alterado MMG. nas mamas, colostro (16ª semana).
o 50-69 anos: ECM anual e MMG 2/2 o Pode visualizar o Sinal de Hunter:
anos. chamada de “aréola secundária”
o > ou 35 com alto risco: ECM anual e o Pode visualizar também o tubérculo de
MMG anual. Montgomery: carocinhos que surgem na
 Sociedade Americana de Câncer: região da aréola.
o 20-39 anos: ECM 3/3 anos.  Abdome: globoso ou ovoide, linha alba
o > 40 anos: ECM + MMG anual o Diastese dos retos abdominais
o > ou = 30 com alto risco: ECM anual o Presença de estrias.
+ MMG anual + RNM anual.  Membros inferiores: avalia se tem varizes,
edema. Estimular o uso de meia elástica.
Propedêutica obstétrica:
 Aparelho genital externo: aumento da
pigmentação, aréola escura em torno do ânus.
➔ Identificação – idade, cor, profissão, estado civil,
nacionalidade. Palpação:
➔ Antecedentes pessoais e familiares.
 AFU – altura de fundo de útero. Pega a ponta
➔ A partir dos 35 anos, maior risco de da fita métrica e coloca na sínfise púbica,
malformações fetais e distorcias. estende a fita até sentir o fundo de útero em
➔ Gestantes africanas mais propensas a pré- cima. A medida de fundo de útero, quando o
eclampsia bebê está com 20 semanas, fica mais ou menos
na altura da cicatriz umbilical e vai
aumentando de acordo com as semanas de
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gravidez. Caso haja alguma malformação ou 10bpm – cuidado para não confundir e só
alteração, pode desconfiar a partir da AFU. auscultar 1 bebê.
 Ausência de BCF: devem ser confirmadas
com USG.
Toque:

 Realizado o mínimo de vezes possível


o Unidigital, bidigital, manual
 Consistência uterina – normalmente não vai ter  O manual só vai ser feito em
um tônus aumentado do útero. Não vai estar CC, se tiver alguma retenção
tão endurecida, só se houver algo como uma placentária.
contração ou alguma alteração que vai
 Bexiga e reto esvaziados – pode incomodar
precisar ser avaliada.
durante toque.
 Manobras de Leopold – ocorre em 4 tempos.
 Toque combinado torna possível avaliar o
o 1º tempo: Palpa o fundo do útero e
volume uterino, pode ser diagnóstico de
consegue ter uma noção da situação do
gravidez.
bebê (se está transverso, longitudinal).
o 2º tempo: avalia a orientação do bebê,  Condições de colo, insinuação,
onde está o dorso do bebê, se está à proporcionalidade e características do
direita ou à esquerda da mãe. trajeto ósseo.
o 3º tempo: vê a apresentação, se é um  Início de TP: avaliar dilatação cervical e
bebê pélvico, cefálico. progessão fetal, apresentação, posição e
o 4º tempo: vê a insinuação fetal do bebê. suas variedade.
Se ele já está inserido na pelve ou não.

 Toque de dilatação: Coloca os dois dedos


Ausculta:
juntinhos e quando entrar vai abrindo para
 Antigamente, se usava o aparelho Pinard, avaliar dilatação.
onde só era possível auscultar o bebê a o É um exame subjetivo, mas não
partir de 20 semanas. pode ter muita diferença caso duas
 Atualmente, se usa o Sonnar, consegue pessoas diferentes forem checar.
auscultar a partir de 10/12 semanas de
gestação. Na prática, é difícil ouvir a BCF
com 10 semanas, normalmente se escuta REFERÊNCIAS:
melhor em torno da 16ª semana.
Obs: esse resumo só fiz a partir da aula!
 Atenção para o pulso materno!
o Bebê: 110-160bpm
 Se for um bebê Cefálico – ausculta no QI
 Se for um bebê Pélvico – ausculta no QS
 Se for um bebê Córmico (bebê transverso)
– ausculta na linha média (junto a cicatriz
umbilical).
 Se for uma gestação Gemelar:
normalmente eles têm uma diferença de 8-

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