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Material elaborado por Giovanna Garcia Carvalho (@iloveobstetricia)
OS RISCOS DA CESÁREA:
É uma cirurgia, precisa de indicação real (cesárea salva vidas, quando bem indicada).
A inserção do enfermeiro
• Pré-natal
→ Atividades educativas
→ Garantir bem-estar
→ Identificar fatores de risco (Diabetes, HAS,
→ Tratar agravos
→ Minimizar morbimortalidade
→ Preparação para o parto/ plano de parto (individualizar o cuidado, intervenções, acompanhantes,
posições, locais de parto,..) – assegura que essa mulher seja informada de tudo o que estiver acontecendo
com ela
• Triagem de risco/acolhimento
• Emissão de laudos para AIH
• Autonomias e responsabilidades
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA – área onde aprendemos muito todos os dias, vivendo novas histórias e adquirindo
experiências.
DEFINIÇÃO: Registro contínuo e simultâneo da Frequência Cardíaca Fetal, Contratilidade Uterina e Movimentos Fetais, no
período anteparto ou intraparto.
CLASSIFICAÇÃO:
→ Repouso ou Basal.
→ Estimulada: Estímulo Mecânico ou Vibroacústico.
→ Com Sobrecarga:
• Teste do esforço (Stemberg)
• Teste do estímulo mamilar
• Teste da Ocitocina (Prova de Pose)
IMPORTÂNCIA:
OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
INDICAÇÕES:
- A CTG está indicada, neste grupo, nas gestantes com alterações nas condutas recomendadas.
Obs. Afastar situações, que não estão relacionadas com sofrimento fetal e que podem causar bradicardia (drogas,
bloqueios cardíacos fetais, etc) e taquicardia (prematuridade, drogas, febre materna, somatório de acelerações, etc).
Obs. Afastar situações que não estão relacionadas com sofrimento fetal e que podem diminuir a variabilidade
(prematuridade, repouso fetal, medicamentos sedativos do Sistema nervoso central, etc).
→ Alterações da FCF
Acelerações:
• Podem estar relacionadas com movimentos fetais (transitórias) ou contrações uterinas (periódicas).
• Início: 20 semanas de gestação
• Primeiro parâmetro a alterar frente a hipóxia.
• Padrão normal: amplitude 15 bpm e duração 15 segundos (10 bpm e 10 segundos antes de 32 semanas de
gestação)
Desacelerações:
• Periódicas: relacionadas com contrações uterinas
- Precoce ou cefálico (DIP I): queda uniforme, gradual (início até nadir > 30 segundos), coincide com o pico da
contração.
- Tardio (DIP II): uniforme, queda gradual (início até nadir > 30 segundos), ocorre após o pico da contração
(decalagem 20 segundos)
- Não Periódicas:
• Espica ou DIP 0: desaceleração com duração < 15 segundos relacionada com compressão funicular de curta
duração ou soluço fetal, mais comum no prematuro.
• Desaceleração prolongada: desacelerações com duração maior que 3 minutos, relacionada com hipotensão
postural materna, bloqueios anestésicos, hiperatividade uterina, compressões funiculares intensas e duradouras.
Quando espontânea são sempre patológicas.
•
CONCLUSÃO DO TRAÇADO:
______
ASSISTÊNCIA AO 1° PERIODO DO PARTO
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO
• Recepção do RN
• Reanimação neonatal (exceto intubação e medicamentos quando o bebê “para")
• Autonomia
• Responsabilidade
• Tomada de decisão
• Humanização
• Trabalho em equipe
- Assegurar o bem-estar materno-fetal
• Profissional com competência para assistir ao parto e nascimento de baixo risco que se mantenha dentro dos limites
da normalidade
• Modelos de assistência que incluam a enfermeira obstétrica e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco
apresentam vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres
(MS, 2017)
• Principal estratégia para redução de mortes maternas do Ministério da Saúde, com a participação dos Estados e
municípios.
• Promoção, proteção e recuperação da saúde, além da organização e do funcionamento dos serviços
correspondentes.
• Garantir o direito ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério (pós-
parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Toda mulher tem o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humanizada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-
parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Assegurar esses direitos é o objetivo do Ministério da Saúde com a Rede Cegonha. Essa estratégia tem a finalidade de
estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e está sendo implantada, gradativamente, em todo o
território nacional.
A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade
de vida e bem-estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de
vida. Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres,
homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no
planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto).
O Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana tem como principal objetivo desenvolver estratégias de gestão e atendimento
para promover à mãe, ao filho e à família uma assistência segura e humanizada no processo de parto e nascimento.
Oferece atendimento em urgência e emergências obstétricas, acolhimento com classificação de risco obstétrico, além de
inovações na assistência à mulher, como: massagens, banhos terapêuticos, exercícios e respiração para ajudar na evolução
e suportabilidade das contrações, liberdade de escolha na posição de parto, musicoterapia e outros métodos que
proporcionam um trabalho de parto mais tranquilo, onde a mulher é protagonista.
O programa, em parceria com CEJAM e Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, busca atualizar a assistência
humanizada com a melhor prática disponível no parto e nascimento. Foi implantado em hospitais no dia 03 de outubro de
2011 por meio do Convênio 002/2011.
O projeto Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde, tem o objetivo de identificar
modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de
cesarianas sem indicação clínica na saúde suplementar. Essa iniciativa visa ainda a oferecer às mulheres e aos bebês o
cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós parto, considerando a estrutura
e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da
gestante e da família.
Pelo direito de nascer na hora certa. - A análise do UNICEF aponta os benefícios do trabalho de parto espontâneo para a
mulher e o bebê – momento em que são liberadas substâncias que ajudam no amadurecimento final do organismo da criança,
como o hormônio corticoide, que age no pulmão. Para a mulher, o trabalho de parto ajuda também a liberar hormônios
importantes, que vão prepará-la para a amamentação
Diagnóstico clínico: Os sintomas da gravidez são classificados em: de presunção, de probabilidade e de certeza.
Sinais de presunção
→ Quatro semanas:
- Amenorreia: É o sinal mais precoce. Em mulheres jovens, com ciclos menstruais regulares e vida sexual ativa, a
ausência da menstruação pressupõe gravidez.
→ Cinco semanas:
- Náuseas: durante o 1o trimestre da gestação, mais de 50% das mulheres sofrem de náuseas, geralmente matutinas,
tendo como consequência imediata vômitos e anorexia. Outras, ao contrário, apresentam maior apetite, não sendo
rara sua perversão (pica ou malácia) ou extravagância alimentar.
- Congestão mamária: com 5 semanas, as pacientes relatam que as mamas estão congestas e doloridas. Na 8a
semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e surgem os tubérculos de Montgomery; em torno de 16
semanas, é produzida secreção amarela (colostro), que pode ser obtida por expressão mamária correta. Além disso,
o aumento da circulação venosa é comum – rede de Haller. Em torno da 20a semana, surge a aréola secundária,
que aumenta a pigmentação em volta do mamilo.
→ Seis semanas
- Polaciúria: no 2o e no 3o mês de gestação, o útero, com maior volume e em anteflexão acentuada, comprime a
bexiga, levando à micção frequente, com emissão de quantidade reduzida de urina. No 2o trimestre, tal
sintomatologia cessa, retornando nas duas últimas semanas, ao insinuar a apresentação fetal.
Sinais de probabilidade
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→ Oito semanas
- Alteração da consistência uterina: o útero vazio é firme; na gravidez, com 8 semanas, adquire consistência cística,
elástico-pastosa, principalmente no istmo (sinal de Hegar) (Figura 7.1 C e D). Por vezes, o amolecimento intenso
dessa região faz parecer que o corpo está separado do colo.
- Alteração do formato uterino: inicialmente, o útero cresce de modo assimétrico, desenvolvendo-se mais
acentuadamente na zona de implantação. A sensação tátil é de abaulamento e amolecimento no local, sendo
possível notar, eventualmente, sulco separando as duas regiões (sinal de Piskacek) (Figura 7.1 B). Na ausência de
gravidez, em geral, os fundos de saco estão vazios; a partir de 8 semanas, quando a matriz de piriforme assume o
formato globoso, o dedo que examina os encontra ocupados pelo corpo uterino (sinal de Nobile-Budin) (ver Figura
7.1 B). Há percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco (sinal de Osiander) devido à hipertrofia
do sistema vascular.
O procedimento do toque é completado pelo exame especular, que poderá precedê-lo de acordo com a rotina
estabelecida. Ao entreabrir a vulva, destaca-se a coloração violácea da sua mucosa (vestíbulo e meato uretral),
denominada sinal de Jacquemier ou de Chadwick; a mesma tonalidade da mucosa vaginal constitui o sinal de
Kluge.
→ Dezesseis semanas
- Aumento do volume abdominal: conforme já mencionado, o útero torna-se palpável com 12 semanas, e nota-se o
aumento do volume abdominal progressivo em torno de 16 semanas.
Sinais de certeza
São dados pela existência do concepto, anunciada pelos batimentos cardiofetais (BCF) e pela sua movimentação ativa; a
ultrassonografia é capaz de rastreá-los com 7 a 8 semanas.
→ Catorze semanas
- Sinal de Puzos: trata-se do rechaço fetal intrauterino, que se obtém ao impulsionar o feto com os dedos dispostos
no fundo de saco anterior. Dessa maneira, ocorre impressão de rechaço quando o concepto se afasta e quando
ele retorna (Figura 7.2).
→ Dezoito semanas
- Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto: inicialmente discretos, tornam-se vigorosos com o evoluir
da gestação.
Palpação dos segmentos fetais: nesse período, o volume do feto é maior, e começa-se a palpar cabeça e membros.
→ Vinte semanas:
- Auscultação: trata-se da identificação dos batimentos cardiofetais (BCF), o mais fidedigno dos sinais de gravidez.
Sua comprovação, com o estetoscópio de Pinard, atualmente é obtida com sonar-Doppler.
Diagnóstico hormonal
Constitui, atualmente, o melhor parâmetro para o diagnóstico de gravidez incipiente, em função de sua precocidade e
exatidão. Apoia-se na produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) pelo ovo. Uma semana após a fertilização, o
trofoblasto, implantado no endométrio, começa a produzir hCG em quantidades crescentes, que podem ser encontradas no
plasma ou na urina maternos.
Há basicamente três tipos de testes para a identificação de hCG: imunológico, radioimunológico (RIA) e enzima-imunoensaio
(ELISA).
• Testes imunológicos: A hCG é uma proteína e, como tal, induz à formação de anticorpos (antissoro) em outros
animais (p. ex., coelho). O antissoro é utilizado para identificar hormônios na urina a ser examinada, embora seja
necessário tornar visível a reação; isso é possível, basicamente, com hemácias ou partículas de látex.
É necessário observar se a urina está bastante concentrada, a fim de melhorar a sensibilidade dos testes.
o Prova de inibição da aglutinação do látex. Denominada teste de lâmina, é de leitura rápida, com duração
de poucos minutos. Apresenta dois inconvenientes: a imagem do resultado pode ser discutível e a
sensibilidade é menor (1.500 a 3.500 UI/ℓ).
o Prova de inibição da hemaglutinação. Chamada teste de tubo, oferece leituras em 2 h, raramente de
interpretação duvidosa, e com mais sensibilidade (750 a 1.000 UI/l). Recentemente, foi lançada uma
variante, na qual o antissoro (e não as hemácias) tem a hCG ligada, o que inverte a imagem dos
resultados. Denomina-se hemaglutinação passiva reversa, utiliza dois anticorpos monoclonais (camundongo)
e oferece sensibilidade desde o nível de 75 UI/l
• Testes radioimunológicos
Consistem na dosagem de hCG por método radioimunológico (RIA), com base na competição do hormônio em
questão com traçador adequado (o próprio hormônio marcado com radioiodo), conforme a quantidade fixa de
antissoro. A dificuldade nesse procedimento é a reação cruzada com LH hipofisário, que é corrigida ao se fazer a
dosagem da subunidade beta da hCG, mais específica e, atualmente, a única de uso corrente.
A dosagem de β-hCG tem sensibilidade de 5 mUI/ml Os resultados são obtidos em aproximadamente 4 h, o que
torna possível aos laboratórios especializados o fornecimento de duas séries por dia.
• Teste ELISA
O enzima-imunoensaio (ELISA) apresenta a mesma base teórica do RIA; contudo, substitui o hormônio marcado com
radioiodo por enzima, capaz de atuar sobre um substrato incolor e originar produto colorido. A intensidade da cor
obtida é proporcional à quantidade de hormônio. Sua principal vantagem é o maior tempo de vida útil, pois não
contém radioisótopos (de atividade limitada). Para dosar a β-hCG, sua sensibilidade é de 25 mUI/mℓ.
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO
Com 4 a 5 semanas, na parte superior do útero, começa a aparecer formação arredondada, anelar, de contornos nítidos,
que corresponde à estrutura ovular, denominada, em ultrassonografia, saco gestacional (SG) (Figura 7.3). A partir de 5
semanas, é possível visualizar a vesícula vitelina (VV) e, com 6 semanas, o eco embrionário e a sua pulsação cardíaca (BCF)
(Figura 7.4).
Em torno de 10 a 12 semanas, nota-se espessamento no SG, que representa a placenta em desenvolvimento e seu local de
implantação no útero. Com 12 semanas, a placenta pode ser facilmente identificada e apresenta estrutura definida com 16
semanas.