Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso de Especialização
Gestão e Estratégia de Empresas
Alunos:
Amanda Martins
Edson Luis Simões Junior
Guilherme Andrigueti
Laercio Pereira Cardoso
Rafael Henrique Toso
Orientador:
Prof. Dr. Marcelo Cunha
Campinas
2015
AMANDA MARTINS
EDSON LUIS SIMÕES JUNIOR
GUILHERME ANDRIGUETI
LAERCIO PEREIRA CARDOSO
RAFAEL HENRIQUE TOSO
Campinas
2015
SUMÁRIO
1.1 INTRODUÇÃO
Não distante dos países desenvolvidos, nos últimos anos o Brasil vem somando uma
grande quantidade de empresas de pequeno porte e tem chamado muito a atenção da mídia e
das universidades, conhecidas como “Startups” e apresentam grande potencial seja para
desenvolver um serviço ou produto de sucesso. Elas são vistas com bons olhos pelos recém-
formados e até executivos que almejam grandes oportunidades e desafios, seja e se tratar de
um novo modelo de negócio, ou pelo simples fato de possibilitar ser dono da própria empresa.
Não basta ter ideias inovadoras para ser bem sucedido com o empreendimento, é
imprescindível fazer um plano bem estruturado do negocio porque ele possibilita identificar
tanto as oportunidades de melhoria, quanto e as ameaças e riscos, dessa forma evita que uma
empresa abra falência antes da estabilização do negocio.
Considerando este cenário, a ideia proposta aqui é de desenvolver uma “Startup” e,
para isso, o foco é identificar: onde atuar, qual a forma mais efetiva de operar e qual a parcela
da população que mais pudesse aceitar o nosso produto e ou serviço. Por isso, foi realizado
um “brainstorming” durante o qual varias ideias foram expostas, como fabricação de bicicleta,
Buffet a domicilio, exportação de frutas e a ideia escolhida: assinatura de acessórios
femininos. Um dos motivos principais que influenciaram na tomada desta decisão é que o
mercado feminino vem crescendo de forma significativa, assim como a inclusão digital e o
número de adeptos às redes sociais. Além disso, já existe no mercado assinaturas de outros
produtos como, por exemplo: vinho e cerveja, que possuem um alto grau de aceitação.
Portanto, está é uma grande oportunidade identificada e que está planejada de forma
estruturada.
devido à proximidade para atendimento dos estados de SP e RJ, onde o foco será para o
gênero feminino, entre 15 e 29 anos, da classe C. Será realizada duas fases de implementação,
sendo a primeira nos estados de SP e RJ que representa um volume potencial de 15.144
assinantes e a segunda fase que representa todo o Sudeste, que representa um volume
potencial de 20.680 assinantes. Neste mercado já encontramos concorrência de outras
empresas que possuem serviços semelhantes e também de lojas físicas e vendedoras
autônomas, portanto o identificamos uma barreira para esta aceitação. Em contra partida, este
serviço diferenciado oferecera uma consultora de moda e tendência os assinantes, gerando
redução efetiva de deslocamento, tempo e busca de novos produtos. A estratégia para
divulgação será baseada no marketing off-line (materiais impressos), no online através de
blog, facebook e twitter e parcerias com salões de beleza. A política de preços foi adotada
com base na concorrência e no valor de R$ 50,00. O investimento inicial será de R$
700.000,00, sendo que 40% deste valor serão de capital próprio, portanto o nível de
endividamento da empresa será de 60%. Analisando o cenário mais provável de assinaturas
temos como resultado: VPL de R$ 620.790,00; TIR 39%; ROI: 195% e ROE: 313%, sendo o
payback entre o 4° e 5° ano. O ponto de nivelamento da empresa deve ser de R$ 471.647 que
representa um ponto de equilíbrio de 9.433 assinaturas. No cenário pessimista o plano de
negocio se mostra inviável financeiramente no período analisado de 5 anos.
A Home Bijoux Ltda é uma empresa do seguimento Comércio, que oferecerá a seus
clientes bijuterias alinhadas à tendência de moda desse setor.
O objetivo da empresa é atingir os consumidores dos estados de São Paulo e Rio de
Janeiro na primeira etapa (2 anos iniciais) e toda a região Sudeste na etapa de expansão (a
partir do 3º ano), focando em clientes da classe C.
A sede da empresa localiza-se na cidade de Campinas-SP, situo à Rua Manoel Dias
Silva, 180, Vila Industrial.
A primeira etapa de implementação da empresa visa atender 0,5% dos consumidores da
Classe C do gênero feminino entre 15 e 29 anos, residentes na zona urbana dos estados de São
6
Paulo e Rio de Janeiro com acesso a internet. Já na segunda fase, objetivamos atingir esse
mesmo público, porém ampliando para toda a região Sudeste.
A ideia de negócio diz respeito ao serviço de assinatura de acessórios femininos, ou
seja, entrega em domicílio de produtos, periodicamente aos clientes que adquirirem uma
assinatura.
As necessidades e desejos que esse serviço atende, são:
• Redução do tempo de compra
• Comodidade e praticidade
• Evitar deslocamento
• Acompanhamento de tendências (moda)
• Produtos de acordo com preferências e perfis (personalização)
A escolha desse produto partiu-se de uma pesquisa de mercado, onde verificamos que
assinaturas de vinhos e cervejas tem tido grande aceitação do público nesse seguimento, o que
nos fez, por similaridade, optar pelo serviço que estamos propondo.
A Home Bijoux Ltda terá o compromisso de oferecer aos seus clientes, kits mensais de
bijuterias, montados a partir do perfil de cada cliente, subdivididos em três categorias:
- Casual: são produtos para serem usados em ocasiões do dia-a-dia, como ir ao
supermercado, ao cabeleireiro, um encontro à tarde com as amigas, entre outros.
- Fashion: são produtos destinados a eventos noturnos e mais badalados.
- Clássico: produtos dedicados a mulheres que costumam frequentar ambientes mais
formais e que exigem mais seriedade.
Os produtos que comporão os kits serão: Brinco, Pulseira, Anel, Colar, Tornozeleira,
Tiara, Lenço, Cinto, Bolsa, Pingente, Broche e Presilha, variando ao longo dos meses
conforme as tendências de moda, a figura 1 apresenta exemplo de um catálogo com exemplos
dos produtos que farão parte desses kits:
7
O grande diferencial da Home Bijoux Ltda é que os kits de bijuterias serão montados
com o que tem de mais atual no mundo da moda, para isso, contamos com parcerias com
curadoras e especialistas de moda, garantindo assim que nossas clientes estejam sempre
utilizando produtos alinhados com as tendências atuais do momento.
A figura 2 apresenta o fluxo de atendimento da Home Bijoux Ltda explicando a
sequência dos processos desde a aquisição da assinatura até o recebimento dos kits nas
residências das assinantes.
referência dos últimos três meses. A tabela 1 mostra o cruzarmos destes dados, onde
esperamos conquistar uma atuação em 0,5 % da população levantada.
Classe Estimativa de
Gênero, Idade Meta de Mercado
Social - C Inclusão Digital
Localização. (0,5 %)
(56%) (76,2%)
1.5.3 CONCORRÊNCIA
fatores que fortalecem a relação entre cliente e vendedor, possibilitando uma espécie de
fidelização.
Para o cliente que passar a efetuar a compra virtual de acessórios haverá um custo de
mudança, pois requer o investimento em energia elétrica e acesso à Internet, principalmente.
Por outro lado, o cliente irá desfrutar de mais conforto e comodidade com a compra virtual.
O modelo de negócio proposto apresenta ainda uma vantagem competitiva em relação
aos meios tradicionais de venda de acessórios femininos porque o estoque é dispensável.
De modo geral, é importante considerar a quantidade de concorrentes, sejam eles
diretos ou potenciais, porque podem representar um risco para o negócio e uma barreira de
entrada.
Volume de assinaturas
1.000,00 3.000,00 6.000,00 12.000,00 20.000,00
(Anual)
Tabela 2: Estimativa de evolução de vendas do ano 1 ao ano 5.
Opportunities (Oportunidades):
Consumidores com grande propensão a compra de produtos de tendência.
Localização geográfica (Campinas) privilegiada, por ser próximo de polos
fornecedores de produtos e fácil escoamento.
Constante crescimento do ambiente online de compras.
Threats (Ameaças):
Aceitação do modelo de negócio (assinatura de produtos) pelo mercado
Risco de um grande “player” do ramo entrar nesse mercado e dominá-lo em
sua maioria.
A operação da empresa será composta por processos que garantam que cada cliente
receba seu kit em sua casa, no período definido de acordo com a região de entrega, informado
na compra da assinatura. Assim os foram definidos os processos necessários para operação da
empresa que são: compra; logística; montagem; atendimento e administração.
1.6.1 COMPRAS
1.6.2 LOGÍSTICA
1.6.3 MONTAGEM
O processo de montagem e embalagem dos kits será feita em cinco postos que deverá
trabalhar em dois turnos, considerando uma carteira de vinte mil assinaturas. Para o
departamento de montagem será necessário contratar cinco montadores por turno.
1.6.4 ATENDIMENTO
O processo de atendimento ao cliente será feito por telefone e pelo site, onde serão
tratadas as reclamações, duvidas e sugestões dos clientes. Para o departamento de
atendimento será necessário contratar dois operadores de telemarketing e um técnico em
informática (assistência de TI).
1.6.5 ADMINISTRAÇÃO
Pela estrutura pequena e simples, a gerência deverá ter um profissional com uma
liderança participativa, boa interação com todos os indivíduos e buscar encorajar a
participação das pessoas na solução dos problemas.
A mão de obra irá compartilhar dos resultados financeiros da empresa, com metas
claras e coerentes para cada departamento. A equipe de compras deve ter metas com foco em
gerar valor para a empresa, finalizando compra dos produtos dentro das especificações e
prazos. A equipe de montagem e logística deve ter metas relacionadas ao prazo e qualidade de
envio dos kits. A equipe de atendimento deve ter metas em relação à satisfação dos clientes.
As responsabilidades e tarefas serão nitidamente definidas, pois pela simplicidade das
operações e necessidade de agilidade na execução, não ha espaço para uma abordagem mais
flexível. A figura 4 mostra o organograma da empresa.
Propaganda e Marketing X X X X X X X X X X
Ponto de equilíbrio
SP e RJ X X X X
Expansão (Sudeste) X X
Crescimento significativo do
X X
quadro de funcionário
Vendas estáveis X X
Mao de obra Operacional (Qtd a R$ por mês) 3 a 2000 4 a 2000 5 a 2000 7 a 2000 14 a 2000
Mão de Obra SAC (Qtd a R$ por mês) 1 a 2000 1 a 2000 1 a 2000 2 a 3000 2 a 3000
Mão de Obra comprador (Qtd a R$ por mês) 1 a 4000 1 a 4000 1 a 4000 2 a 4000 2 a 4000
Mão de Obra Blogueira (Qtd a R$ por mês) 1 a 2000 1 a 2000 1 a 2000 1 a 4000 1 a 4000
Mão de Obra Curadoras (Qtd a R$ por mês) 1 a 2000 1 a 2000 1 a 2000 1 a 4000 1 a 4000
Mão de obra designer/marketing (Qtd a R$ por mês) 1 a 4000 1 a 4000 1 a 4000 1 a 6000 1 a 6000
Mão de obra aux. Adm. (Qtd a R$ por mês) 1 a 2000 1 a 2000 1 a 2000 1 a 4000 1 a 4000
Mão de obra financeiro/fiscal/contábil (Qtd a R$ por mês) 1 a 3000 1 a 3000 1 a 3000 1 a 5000 1 a 5000
Mão de obra T.I (Qtd a R$ por mês) 1 a 5000 1 a 5000 1 a 5000 1 a 7000 1 a 7000
Mão de obra gerente geral (Qtd a R$ por mês) 1 a 8000 1 a 8000 1 a 8000 1 a 10000 1 a 10000
Tabela 4: Premissas referentes a custos e remuneração da mão de obra ao longo dos anos
19
Investimentos (R$)
Computadores
30.000
Mesas/cadeira
10.000
Estrutura para bancada de montagem dos kits
30.000
TOTAL 70.000
Tabela 5: Fluxo de caixa para o cenário mais provável.
Em vermelho, os custos variáveis e em preto, os custos fixos.
20
REFERÊNCIAS
PORTAL G1. Lojas virtuais lucram vendendo bijuterias, acessórios e até pijamas.
Disponível em <http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2013/03/lojas-virtuais-lucram-
vendendo-bijuterias-acessorios-e-ate-pijamas.html> Acesso em 17/11/2014.
APÊNDICE
As vendas pela internet não param de crescer, e investir neste setor é uma excelente
oportunidade para pequenas empresas. Os negócios voltados para o público feminino são os
que mais se destacam nas lojas virtuais.
O comércio eletrônico no Brasil faturou mais de R$ 24 bilhões em 2012, segundo a
Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (Abcomm). E o mercado está cheio de
oportunidades para os pequenos. “O mercado vem aquecido já há alguns anos e para 2013 a
perspectiva é que isso não seja diferente. De 2009 pra 2012, a participação das pequenas e
médias empresas dobrou dentro do comércio eletrônico”, diz Alexandre Miranda, da
Abcomm.
O engenheiro Eduardo Miranda e a contadora Juliana Bueno não perderam tempo. Os
dois se conheceram pela internet, casaram-se, largaram o emprego e montaram juntos uma
loja virtual de bijuterias. Vendem colares, brincos, pulseiras e anéis. “A gente viu que o
mercado feminino está em expansão, e bijuterias é uma coisa que alem de depender muito da
moda, nunca saiu de moda, é uma coisa que mulher adora”, diz Juliana.
O investimento no negócio foi de R$ 200 mil. O dinheiro foi usado na construção do
site, anúncios, estoque de mercadoria e no aluguel de uma pequena sala em São Paulo, onde
funciona a empresa.
Os empresários montaram um pequeno estúdio fotográfico, onde o próprio Eduardo
tira as fotos das bijuterias. O site é rápido e fácil: O cliente escolhe o produto, se cadastra, e
compra. Cinco cliques, cinco minutos.
“Isso é o que a gente chama de usabilidade. É muito importante num site. O cliente
tem que conseguir executar a procura do produto e concluir o processo no menor tempo
possível, sem que ele tenha dificuldades, e acabe eventualmente buscando outro site porque
não conseguiu comprar no seu”, explica o empresário.
É preciso vigiar o mercado o tempo todo. Uma vez por semana, Juliana sai às ruas: “a
concorrência não está só na internet, está nas ruas, nos shoppings, e hoje crescendo muito.
Então a gente está sempre buscando analisar o concorrente, ver o que ele está oferecendo,
para gente vender produtos diferentes, para atrair a clientela para o nosso site”, diz Juliana.
25
Campanha da Riachuelo: 88,5% das mulheres têm interesse por moda, contra apenas 54,8%
dos homens.
Só neste ano, a classe C deve consumir R$ 28,2 bilhões em cosméticos, de acordo com
o Data Popular. A pesquisa mostra ainda que seis em cada dez consumidores da classe C dão
mais peso à qualidade que a preço quando o assunto é beleza. Não por acaso, as marcas
brasileiras investem cada vez mais na criação de linhas que atendam esse público-alvo. O
grupo O Boticário é um exemplo disso. A companhia criou a rede de lojas “Quem Disse,
Berenice?”, em agosto de 2012, destinada exatamente ao consumidor emergente. Com dez
27
unidades na Grande São Paulo, abertas em menos de quatro meses, a perspectiva da empresa
é de chegar a centenas de unidades em todo o País nos próximos anos. O mercado, hoje
competitivo com a vinda de dezenas de marcas estrangeiras, não parece preocupar a
empresa.
“Somos uma organização pronta para se tornar uma das principais no segmento de
beleza do mundo”, diz Artur Grynbaum, presidente da companhia. Para criar a nova marca,
a empresa paranaense investiu R$ 464 milhões na construção de fábricas e centros de
distribuição na Bahia e no Paraná, além dos gastos em pesquisa, infraestrutura e tecnologia.
A Jequiti, do grupo Silvio Santos, é outro caso de sucesso no mercado emergente. Fundada
em 2006, a marca aposta no modelo comercial de venda direta, com mais de 190 mil
consultoras em todo o território brasileiro. “Somos a prova clara de que não existe a
necessidade de se pagar caro por um produto de alta qualidade”, afirma Lásaro do Carmo
Jr., presidente da empresa.
aprendeu que nem sempre o melhor produto é o mais caro ou o de marca famosa”, diz
Eduardo Amiralian, diretor-executivo da Phisalia. Em 2012, a empresa faturou R$ 40
milhões, um aumento de 35% sobre o resultado do ano anterior. “Estamos nos aprimorando
cada vez mais para atender os novos consumidores, que também estão refinando seus
hábitos”, afirma o empresário.
Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20130109/autoestima-lucro/504.shtml