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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA

CÍVEL DA CIDADE SÃO PAULO/SP

ALINE FARIAS DE MELO, Brasileira, solteira, enfermeira, inscrita no CPF sob o nº


215.394.256-71, RG nº 702966-03. Email: Aline_farias162@gmail.com,, residente e
domiciliada na cidade de São Paulo/SP, com endereço em Alameda Santos, 1437, CEP:
01419-001. vem, respeitosamente, por sua advogada que esta subscreve, propor a
presente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 560 do Código de Processo
Civil, propor

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C PERDAS E DANOS

em face de JOÃO PAULO SANTOS DE AMORIM, Brasileiro, Casado, auxiliar de


serviços gerais, inscrito no CPF sob o nº 267.295.486-06 e RG nº 904765-06. Email:
joaopaulo9762@yahoo.com e NICE, Brasileira, casada, desempregada, , inscrita no
CPF sob o nº 126.795.426-01 e RG nº 204865-06. Email:
nicinhadejesus126@gmail.com ambos, residentes e domiciliados no endereço
Alameda Santos, 1462, CEP: 01419-001, na cidade de São Paulo/SP, pelos motivos de
fato e de direito a seguir expostos:

I – DOS FATOS

A Requerente é proprietária de uma pequena casa situada na cidade de São Paulo, no


qual reside no respectivo imóvel há cerca de 5 anos, em terreno constituído pela
acessão e por um pequeno pomar.

Um pouco antes de iniciar obras em seu imóvel, a Requerente teve que viajar com
urgência para o interior de Minas Gerais, uma vez que sua mãe estava gravemente
doente. A mesma pretendia ficar fora de casa por 2 meses e, em face disso, resolveu
comunicar seus vizinhos João Paulo, Nice, Marcos e Alexandre, com o objetivo de que
realizassem a tutela do imóvel no período citado anteriormente enquanto estivesse
ausente.

Entretanto, ao retornar de viagem, a Requerente encontrou o imóvel ocupado por João


Paulo e Nice, que ingressaram nela acreditando que Aline não retornaria. E no período
em que estiveram na casa, fora constatado que danificaram o imóvel, uma
vez que instalaram uma antena pirata no telhado do imóvel, o que acarretou em graves
infiltrações no imóvel devido às fortes chuvas que caíram sobre a cidade. E sendo
assim, o dano gerado é estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais).

Além disso, desde que ocuparam irregularmente o imóvel, os Réus vêm colhendo e
vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, percebendo os rendimentos da
venda desses frutos, gerando um prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil
reais) até a presente data.

Diante da situação explanada, não restou alternativa a Autora senão propor a


presente demanda visando à restituição do imóvel e indenização pelos danos
ocorridos.

II – DO DIREITO

Em razão dos fatos narrados, é patente a comprovação do acontecimento do esbulho


possessório, no qual se evidencia a perda da Autora na posse de seu bempara os
Requeridos, de forma clandestina e ilegal, preenchendo os requisitos do art. 561 do
CPC.

Art. 1200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

Art. 1201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que


impede a aquisição da coisa.

Conforme os artigos citados acima, a autora possui total direito da reintegração de posse,
uma vez que a posse da parte requerida foi feita de Má fé.

Além disso, fora constatado que os Requeridos danificam o imóvel ao instalar uma anten
a pirata no telhado, acarretando graves infiltrações em razão de grandes chuvas ocorridos
no período, havendo um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Assim, em razão
da posse ilícita que exerciam, geraram um dano imediato ao patrimônio da Requerente,
devendo haver reparação a título de danos materiais emergentes, nos moldes do art. 1218
do Código Civil.

Art. 1218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na
posse do reivindicante.
E devido ao fato dos ocupantes estarem obtendo lucro indevidamente pela venda de
frutos, da colheita de laranjeiras do pomar do imóvel, gerando um prejuízo estimado
em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) à Autora, deverá haver reparação a título de
lucros cessantes, com fundamentação no art. 1216 do Código Civil.
Art. 1216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos,
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.

III - DA LIMINAR POSSESSÓRIA

O procedimento de manutenção e reintegração de posse ocorrerá pelo rito especial,


conforme redação do art. 558 do Código de Processo Civil, e considerando que o
presente esbulho possessório ocorreu a menos de ano e dia, mister se faz a concessão da
liminar sem que se ouça a outra parte. Uma vez que os réus adentraram de forma
irregular o imovel fazendo com que a posse seja injusta e de má-fé, uma vez que a
autora pediu a estes para que vigiassem o imovel enquanto ela precissava viajar para
cuidar da sua mãe.

IV – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se à Vossa Excelência:

1. A concessão de liminar em ação possessória, sem a oitiva da parte contrária, para


reintegração de posse provisória da Autora, com fulcro no art. 562 do Código de
Processo Civil, uma vez que a parte ré adentrou no imovel sem permissão e tomou a
posse do mesmo de má fé.
2. A condenação dos Réus ao pagamento dos honorários de sucumbência, em
conformidade com o artigo 85 do Código de processo Civil.
3. A condenação dos Réus ao pagamento de indenização, a título de danos
materiais emergentes ocasionados ao telhado do imóvel, no quantum de R$
6.000,00 (seis mil reais);

4. A condenação dos Réus ao pagamento de indenização, a título de lucros


cessantes pelos frutos colhidos e percebidos, no quantum de R$ 19.000,00
(dezenove mil reais);
5. Dá-se o total valor da causa de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), nos termos
do art. 292, inciso VI, do CPC.

Termos que,

Pede deferimento.
PENEDO/AL, 01 DE OUTUBRO DE 2021

Jéssica Silva de Oliveira

OAB/AL XXX-XXX

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