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I – DOS FATOS
Um pouco antes de iniciar obras em seu imóvel, a Requerente teve que viajar com
urgência para o interior de Minas Gerais, uma vez que sua mãe estava gravemente
doente. A mesma pretendia ficar fora de casa por 2 meses e, em face disso, resolveu
comunicar seus vizinhos João Paulo, Nice, Marcos e Alexandre, com o objetivo de que
realizassem a tutela do imóvel no período citado anteriormente enquanto estivesse
ausente.
Além disso, desde que ocuparam irregularmente o imóvel, os Réus vêm colhendo e
vendendo boa parte da produção de laranjas do pomar, percebendo os rendimentos da
venda desses frutos, gerando um prejuízo estimado em R$ 19.000,00 (dezenove mil
reais) até a presente data.
II – DO DIREITO
Art. 1200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Conforme os artigos citados acima, a autora possui total direito da reintegração de posse,
uma vez que a posse da parte requerida foi feita de Má fé.
Além disso, fora constatado que os Requeridos danificam o imóvel ao instalar uma anten
a pirata no telhado, acarretando graves infiltrações em razão de grandes chuvas ocorridos
no período, havendo um dano estimado em R$ 6.000,00 (seis mil reais). Assim, em razão
da posse ilícita que exerciam, geraram um dano imediato ao patrimônio da Requerente,
devendo haver reparação a título de danos materiais emergentes, nos moldes do art. 1218
do Código Civil.
Art. 1218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na
posse do reivindicante.
E devido ao fato dos ocupantes estarem obtendo lucro indevidamente pela venda de
frutos, da colheita de laranjeiras do pomar do imóvel, gerando um prejuízo estimado
em R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) à Autora, deverá haver reparação a título de
lucros cessantes, com fundamentação no art. 1216 do Código Civil.
Art. 1216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos,
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se
constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
IV – DOS PEDIDOS
Termos que,
Pede deferimento.
PENEDO/AL, 01 DE OUTUBRO DE 2021
OAB/AL XXX-XXX