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Aula 7 - Carboidratos e Fibras Alimentares
Aula 7 - Carboidratos e Fibras Alimentares
Carboidratos e
Fibras
Alimentares
Os carboidratos são classificados em dois grupos principais de acordo com sua complexidade estrutural:
Sacarose
Polissacarídeos
Tipos:
Amido transitório
Cloroplasto
AMIDO
- tamanhos
- formatos
- características físico-químicas O amido é composto por
tipos de estrutura:
✓ Amilose
✓Amilopectina
COMPONENTES ESTRUTURAIS
Linear
Amilopectina
Ramificada
COMPONENTES ESTRUTURAIS
Características da AMILOSE
Mutantes:
Baixo teor = amido ceroso de milho, amido de arroz Alto teor = amido
de milho ou trigo
Tipos de amido
• Normal
• Relação Amilopectina:Amilose = 3:1
• Ceroso
• 100% Amilopectina
• Muito usado como espessante
• Aspecto cremoso aos produtos onde é incorporado
A gelatinização depende
do teor de amilose
Arroz
Grão longo contém ~ 23% a 26% amilose. Grão médio
contém ~18% a 23% amilose Grão curto contém ~15% a
18% amilose
COMPONENTES ESTRUTURAIS
Amilopectina
Cacho amilopectina
Terminal
redutor
Ligações
OBTENÇÃO DE AMIDO
Isolamento:
gravidade, sedimentação,
centrifugação ou filtração
Amido nativo
Modificação: processos físicos,
Amido modificado
químicos e enzimáticos
Xaropes de glicose, frutose
dextrinas
Celulose
▪ A celulose também é abundante na natureza e possui apenas unidades de
glicose. É insolúvel e possui alta massa molecular, estando presente nas
paredes celulares e constituinte estrutural dos vegetais;
▪ A hemicelulose é um heteropolissacarídeo (constituído por diferentes
monossacarídeos) presente nos vegetais tenros e novos. Algumas de suas
frações são solúveis em água, e outras são insolúveis.
Glicogênio:
▪ O glicogênio é a principal forma de carboidrato presente nos animais, sendo sua
reserva de energia. Encontra-se armazenado nos músculos e fígado.
Pectina:
Esses polissacarídeos formam uma rede tridimensional que pode conter outros compostos, como
proteínas, compostos fenólicos e fatores antinutricionais. Oligossacarídeos não digeríveis, como
rafinose e estaquiose, também são classificados como fibra dietética.
As fibras podem estar presentes nos alimentos de forma natural ou ser adicionadas
intencionalmente. As principais fontes de fibra dietética são os cereais, os vegetais e as frutas.
Tipos de Fibras
•Pectina;
•Gomas;
•Mucilagens;
•Polissacarídeos de reserva, como inulina e fruto-oligossacarídeos;
•Hemiceluloses solúveis.
Fibras Insolúveis:
• A fibras insolúveis são aquelas que não apresentam solubilidade em água e
não sofrem fermentação no cólon.
• Essas fibras atuam fisiologicamente estimulando a motilidade intestinal e
contribuindo tanto para o aumento do volume do bolo fecal quanto para a
aceleração do trânsito colônico.
São exemplos de fibras insolúveis:
•Celulose;
•Lignina;
•Algumas hemiceluloses.
Quimicamente a fibra alimentar (FA) é composta, principalmente, de polissacarídeos
de origem vegetal interligados entre si formando uma rede tridimensional, com a
presença de outras substâncias como proteínas de parede celular, lignina,
compostos fenólicos, fitatos, oxalatos e outros
Ocorrência
• Carboidratos
Ex: rafinose, estaquiose e verbascose
• Aditivos alimentares
Ex: amido modificado e metilcelulose
• Inulina e FOS(fruto-oligossacarídeos) aparecem, naturalmente, como carboidratos de
reserva de muitas plantas.
• Quitosanas
• Amido resistente
• Tipo 1: Fisicamente ligado à matriz dos alimentos
• Tipo 2: Nativo presente nos alimentos crus
• Tipo 3: Formado nos alimentos processados – Amido Retrogradado
• Tipo 4: Quimicamente modificado
Amido Resistente
Embora considerado como Fração não-digerível, não é avaliado através do método enzímico-
gravimétrico.
Deve ser quantificado por método específico.
AGal=ácido galacturônico, AGlc=ácido glicurônico, AMan=ácido manurônico, Ara=arabinose, Fuc=fucose, Gal=galactose, Glc=glicose,
Man=manose, Ram=ramnose, Xil=xilose
Insolúvel
• celulose
• hemicelulose
• pectinas
• lignina
Solúvel
• pectinas
• β-glicanos
• gomas
• mucilagens
• exsudatos
• hemiceluloses solúveis
Quais são os padrões de identidade e qualidade dos
alimentos glicídios?
Legislação do mel
• O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, aprovado por
meio da Instrução Normativa do Mapa n° 11, de 20 de outubro de 2000,
estabelece a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que devem
ser cumpridos pelo mel para consumo humano direto.
• O regulamento não se aplica ao mel industrial nem ao mel presente em
outros alimentos como ingrediente.
• Os métodos oficiais adotados para avaliação dos parâmetros físico-químicos
são os recomendados pelo Codex Alimentarius (expressão latina de código
alimentar alimentar/coletânea de padrões reconhecidos
internacionalmente/padrão de alimentos, produção e segurança alimentar).
O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do
Mel (2000) o define da seguinte forma:
A rapadura é definida como o produto sólido obtido pela concentração do caldo de cana-de-açúcar
(Saccharum officinarum L.), podendo ser adicionado de outro(s) ingrediente(s), desde que não
descaracterize(m) o produto.
Também podem ser encontradas no RDC n° 271/2005 as definições de açúcar para confeitaria, melado,
melaço, adoçante de mesa e açúcar líquido invertido.
Entre os requisitos abordados no documento, estão as condições para obtenção, processamento,
embalagem, armazenamento, transporte e conservação desses produtos, bem como informações
adicionais quanto à sua rotulagem
Legislação de feculentos e farináceos
"Farinha de trigo: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.)
ou outras espécies de trigo do gênero Triticum, ou combinações por meio de
trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos.”
Método titulométrico por meio do qual o cobre reativo do reagente de Fehling é reduzido a
óxido cuproso.
Nesse caso, é necessária a padronização da solução de Fehling com uma solução de glicose. A
partir dela, calcula-se o fator de conversão usado como parâmetro nas análises.
c)Somogyi-Nelson:
Método espectrofotométrico por meio do qual os açúcares redutores são aquecidos em meio alcalino e
transformam-se em enedióis, que reduzem o íon cúprico presente a cuproso.
O óxido cuproso formado reduz a reação arsênio-molibídico a óxido de molibdênio, de coloração azul.
A intensidade da cor é proporcional à quantidade de açúcares redutores existentes na amostra.
O teor de açúcares redutores é calculado por espectrofotometria a 510 nm, utilizando-se uma curva
padrão de solução de glicose.
Métodos Analíticos para determinar Fibra
Alimentar
Métodos Analíticos para determinar Fibra Alimentar
1. Gravimétricos
2. Enzímico-gravimétricos
3. Enzímico-químicos
• Enzímico-químicos por espectrofotometria
• Enzímico-químicos pro cromatografia a gás (CG)
• Enzímico-químicos por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)
Métodos Analíticos para determinar Fibra Alimentar
Gravimétricos
Limitações:
Perda de
20 a 50% de celuloses
50 a 90% de lignina
100 % de pectinas
± 75% de hemicelulose
Detergente Ácido e Detergente Neutro (Van Soest modificado)
Analisa:
▪ Celulose, hemicelulose insolúvel e lignina → Detergente neutro
▪ Celulose e lignina → Detergente ácido
Limitações:
▪ Não determina → Fibras solúveis
▪ Perde uma parte da hemicelulose insolúvel
▪ Não solubiliza a proteína totalmente
▪ Amido não é totalmente removido (principalmente em alimentos com alto teor do
carboidrato)
Enzímico-gravimétrico
(Hellendoorn, Asp, Prosky, Schweizer e Lee)
Analisa:
▪ Fibra total
▪ Fibra solúvel
▪ Fibra insolúvel
Utilizado:
▪ Tabelas de composição de alimentos
▪ Rotulagem de alimentos
Determinação da fibra alimentar pelos métodos enzímico- gravimétricos
(AOAC* e AACC)
50 mL 40 mL
-amilase termoestável Tampão MES−TRIS
Tampão Fosfato
95-100 oC / 15 min
0,08 M / pH 6,0 0,05 M / pH 8,2
Protease
10 mL 10 mL H2O
pH 7,5 / 60 oC
NaOH 0,275 N (sem ajustar o pH)
30 min
Amiloglicosidase
10 mL 5 mL
pH 4,5 /60 oC
HCl 0,325 N HCl 0,561 N
30 min
Filtrar
Filtrado
Filtrar Filtrar
Pesar Pesar
Pesar
1. Preparo da amostra
2. Proteína residual
3. Precipitação com etanol
4. Correção de minerais
5. Enzimas
1- Preparo da amostra
Presença de Lípides
▪ Inibem a ação das enzimas
▪ Quando presentes em quantidades 5 a 10%, devem ser extraídos com
solventes
▪ Lavagem final com etanol e acetona auxilia na extração de resíduos de
lipídeos que podem restar ligados a FA
Tamanho de partículas
▪ 0,3 a 0,5 mm
Caso tenham tamanhos maiores, o tempo de incubação das enzimas deve ser aumentado
Método enzímico-gravimétrico
Método de Englyst
Análise do Mel
As análises do mel são importantes para avaliar alterações ocorridas no seu processamento ou
armazenamento, bem como para detectar fraudes nesses produtos.
As adulterações mais comuns envolvem a adição de sacarose, glicose, melado ou açúcar invertido.
Principais análises físico-químicas
indicadas para controle de qualidade do
mel:
• Determinação de acidez;
• Determinação do fermento diastásico;
• Reação de Fiehe;
• Reação de lugol;
• Reação de Lund;
• Determinação de umidade por refratometria;
• Determinação e quantificação de glúten;
• Identificação de oxidantes;
• Determinação do índice de acidez solúvel em água.
Determinação de acidez
Reação de Lund