Você está na página 1de 3

Fisiologia da dor Estímulo:

•Mecânico
Dor = experiência subjectiva com componente sensorial •Térmico
(nociceptiva) e emocional (afectiva) •Químico- dor persistente
A sensorial é fácil de avaliar:
•Modelos animais Terminações sensoriais periféricas
•Homem
O estimulo nóxico (capaz de causar dor) pode ser mecânico, Nociceptores com limiar de estimulação aumentado
térmico, …
A emocional é difícil de avaliar mas de grande relevância Fibras aferentes dos nervos periféricos (diminuição do
diâmetro):
Fraca correlação entre actividade analgésica experimental e ▪Fibras C (não mielinizadas, diminuição da velocidade de
eficácia clínica! transmissão do impulso, dor difusa e persistente)
▪Fibras A d (mielinizadas, aumento da velocidade de
Causa: transmissão do impulso, dor fina e bem localizada)
•Resposta direta associada a dano tecidular
•Sem causa aparente ou persistência para além da remoção Raízes dorsais → espinal medula
do estímulo Fibras espinotalâmicas → conexão com o tálamo
•Consequência de dano S. Nervoso Raízes dorsais → espinal medula
Fibras espinotalâmicas → conexão com o tálamo
Ex:queimadura, corte, …
Membro fantasma- durante o processo de amputação pode Transmissão nociceptiva
haver lesão das fibras sensoriais
Receptor vanilóide (TRPV1), nos neurónios aferentes
Dor aguda nociceptivos
Nocicepção (sensação desagradável e intensa resultante de •Agonistas (capseicína, endovanilóides)
estímulo nóxio excessivo) •T > 45oC
•pH < 5,5
Dor crónica Recetor polimodal- capaz de ser ativado por diferentes tipos
Persiste para além do estímulo original Alterações das vias de estímulos
da dor: Modulado por fosforilação (sensibilização do receptor)
•Hiperalgesia (dor maior em resposta a estímulo nóxio Abertura do canal iónico (aumento da permeabilidade a Na+,
moderado)- inflamação Ca2+...)
•Alodínia (dor em resposta a estímulo não nóxio)- Despolarização e início do potencial de acção
inflamação ex: meter o pé no chão com uma entorse
•Dor espontânea (dor s/ estímulo aparente)- dor Bradicinina:
neuropática •Ligação a receptor acoplado à proteína G
•Activação de uma proteína cinase (PKC)
Neurónios aferentes nociceptivos •Fosforilação do receptor TRPV1 (facilitação da abertura do

Dano tecidular/ inflamação → lib. Local de substâncias canal)

químicas com actividade em terminais nervosos •aumento da libertação de prostaglandinas


Prostaglandinas: Produção e libertação de:
•Facilitação (rx fosforilação) da abertura dos canais •Substância P
catiónicos → sensibilização dos terminais nociceptivos a •CGRP (“calcitonin gene-related peptide”)
outros agentes •NO (óxido nítrico)
•NGF (“Nerve growth factor”)
Sensibilização dos terminais periféricos
•diminuição pH (ácido láctico) + Facilitação da transmissão sináptica (espinal medula)
•ATP +
•Péptidos opiáceos - Resposta inflamatória Hiperalgesia
•Canabinóides -
Substantia gelatinosa (SG)
Dano tecidular
Inflamação
Isquémia

Sist. analgésico endógeno


“Teoria da cancela”

Interneurónios inibitórios curtos que regulam a transmissão


sinática na 1.ª sinapse (entre as fibras aferentes primárias e
os neurónios da via espino-talamica)

Vias descendentes inibitórias:


•Substância cinzenta periaqueductal (PAG)
•Nucleus reticularis paragigantocellularis (NRPG)
A 1.ª sinapse da espinal medula onde há libertação de •Núcleo magno de Rafe (NRM)
neurotransmissores: •Locus coeruleus (LC)

Glutamato Sistema analgésico endógeno


•Libertado, na espinal medula, pelas fibras sensoriais •NRM
nociceptivas (transmissão rápida)- recetor AMPA e NMDA •LC

Substância P •5-HT
•Libertada por neurónios aferentes nociceptivos: •Encefalinas
•na periferia → inflamação neurogénica •NA
•na espinal medula → transmissão nociceptiva – •...
despolarização
pós-sináptica muito lenta (insuf. para originar impulso, mas Estimulação dos interneurónios inibitórios
acumulável na estimulação repetida) – potenciação da
transm. pelo receptor NMDA (glutamato)- recetor NK2 Inibição da transm. sináptica (espinal medula)
Péptidos opióides:

•Mediadores endógenos peptídicos cujos efeitos


farmacológicos são mimetizados por opióides (morfina)
•Genes distintos

𝐵-endorfina
Met-encefalina
Leu-encefalina
Dinorfina

•Presente na espinal medula:


Dinorfina → interneurónios
Encefalinas → vias descendentes
•Vasta distribuição no cérebro (incluíndo áreas distintas das
envolvidas na nocicepção)- propriedades farmacológicas
complexas

Você também pode gostar