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O direito bancário não dispõe duma fonte unitária, mesmo incompleta, o direito da
atividade bancária, designadamente no tocante às relações entre o banqueiro e o seu
cliente deve ser reconstruído com recurso a uma multiplicidade de fontes.
Códigos de condutas e fontes privadas . O direito bancário tem, ainda uma fonte
relevante, designadamente em termos práticos: trata-se de regras estabelecidas
por aviso, pelo Banco de Portugal, nos termos do art. 77º/1 RGIC e a que
genericamente a epígrafe desse preceito chama “códigos de conduta”. As regras gerais e
abstratas aprovadas pelo Banco de Portugal são leis materiais cuja positividade jurídica
deriva das normas que instituem o poder regulamentar do Banco de Portugal. Não podem
contrariar as leis fixadas por órgãos de soberania sob pena de ilegalidade; tão-pouco se
aplicam diretamente à supervisão do Banco de Portugal. Finalmente: não devem
transcender o âmbito dos poderes de supervisão. O art. 77º/2 RGIC prevê a
elaboração de códigos de conduta pelas associações representativas das
instituições de crédito, os quais serão submetidos à aprovação do Banco de Portugal.
O próprio Banco de Portugal pode, de resto e nos termos do n.º 3, determinar às
associações representativas das instituições de crédito, a elaboração de códigos de
conduta; pode ainda, emitir instituições orientadoras, para esse efeito.
As instituições de crédito são qualificadas por lei, como as empresas cuja atividade consiste em
receber do público depósitos outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta
própria mediante a concessão de crédito art.2º/1 RGICSF.
Atividade das instituições de crédito é desenvolvida no seio do sistema financeiro por algumas
das entidades que nela operam, consiste fundamentalmente na atualização dos fundos
captados junto dos que efetuam elevados depósitos, para a colocação junto dos
utilizadores, assumindo estes, o compromisso de devolverem tais fundos acrescidos do
respetivo rendimento.
As instituições de crédito são qualificadas por lei, como as empresas cuja atividade consiste em
receber do público depósitos outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta
própria mediante a concessão de crédito art.2º/1 RGICSF.
Com base do regime geral das instituições de crédito é possível apontar alguns
princípios tendencialmente aplicáveis às diversas instituições de crédito e às suas
atividades.
O primeiro surge no art. 8º RGIC como princípio de exclusividade, ele tem uma dupla
formulação:
Assumem grande relevância as funções de avaliação de projetos, por parte dos bancos, as
funções de acompanhamento dos clientes, também por parte dos bancos, as funções de
prospeção também de clientes (que estejam à procura de fundos), e então os bancos são
vistos, também, como avaliadores de oportunidades de investimento, oportunidades que se
encontrem disponíveis no mercado, tanto no mercado primário como no mercado secundários.
Os bancos são agora, também, vistos como entidades avaliadoras de oportunidades de
investimento. Já não só, ou não principalmente, como intermediários creditícios, mas
como entidades capazes, peritas, na avaliação de oportunidades de investimento. A função dos
bancos tem vindo a ser, também, a função de identificarem projetos com valor potencial
efetivo, quer em termos de risco, quer em termos de perspetiva de retorno sério do
investimento. E uma vez identificados esses projetos, por parte dos bancos, os bancos
vão acompanhar o desenvolvimento desses projetos, os bancos vão monitorizar o
desenvolvimento desses projetos, precisamente em ordem a assegurar que esses projetos
são executados com regularidade, compete-lhes o acompanhamento, a monitorização
desses mesmos projetos que identificam como boas oportunidades de investimento para os
seus clientes.
As instituições financeiras podem dividir-se em Instituições de Crédito (definida pelo artº 1-A
do RGICSF) e em Sociedades Financeiras. De acordo com a definição prevista no artigo 2.º-A,
alínea kk) do RGICSF, são sociedades financeiras as empresas cuja atividade principal consista
em exercer pelo menos uma das atividades permitidas aos bancos, com exceção da receção de
depósitos ou outros fundos reembolsáveis do público.
O risco da liquidez prende-se com o facto dos bancos terem que corresponder às expectativas
exigentes dos depositantes e dos mutuários.