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(DEFINIÇÃO)

A fobia é definida como um medo persistente, desproporcional e irracional de um estímulo


que não oferece perigo real ao indivíduo (Organização Mundial da Saúde, 1993). Ela envolve
ansiedade antecipatória, medo dos sintomas físicos, esquiva e fuga. Quando o medo excessivo
apresenta estímulo definido, denomina-se fobia específica (Lotufo Neto,2011). Algumas das
mais comuns são medo de animais (zoofobia), de altura (acrofobia) e de tempestades
(astrofobia ou brontofobia). As fobias específicas afetam cerca de 13% das mulheres e 4% dos
homens em qualquer período de 12 meses.

Teóricos da abordagem cognitivo-comportamental consideram esse medo apreendido e o


explicam com base na teoria do condicionamento clássico de Pavlov, do operante de Skinner e
da modelação de Bandura (Piccoloto, Pergher, & Wainer, 2004). Modelos mais antigos de
explicação da fobia social se focalizaram no condicionamento clássico e postularam que uma
experiencia traumática, como um embaraço momentâneo em uma situação social, poderia ser
responsável pelo início da fobia.

O sujeito fóbico tem um pensar distorcido ao considerar algumas situações mais ameaçadoras
do que realmente são. Essa forma de pensar leva o fóbico a frequentemente adotar
mecanismos de evitação e esquiva por acreditar ser incapaz de enfrentar e superar a situação
(Piccoloto et al,2004). A constante evitação impossibilita que ele cheque a validade de suas
crenças e essas são cada vez mais reforçadas. Além disso, por ter consciência de que seu medo
é irreal, o portador desse transtorno passa a escondê-lo, por vergonha e por temer a exposição
pública (Roso, 1998).

(CONCEITO)

Podemos relacionar a psicologia comportamental com a fobia, quando lembramos do


experimento realizado por John B. Watson, conhecido como um dos pais do condicionamento
clássico.

Watson realizou uma experiência com um bebê, o experimento ficou conhecido como o
experimento do pequeno Albert. Na primeira fase do experimento, foram apresentados a ele
diversos estímulos. O objetivo era observar quais deles causavam medo. Foi comprovado que
o medo só se manifestava quando ele escutava fortes sons. Isso era algo comum com todas as
crianças. Tirando isso, não demonstrou medo algum diante dos animais ou mesmo do fogo.

O teste prosseguiu induzindo a um medo por condicionamento. Foi apresentada ao bebê um


rato, e ele quis brincar com ela. Entretanto, ao fazer isso, os pesquisadores soavam um forte
som que o assustava. Depois de repetir várias vezes o mesmo procedimento, o bebê acabou
por sentir medo do rato. A seguir foram introduzidos outros animais, como coelhos, cachorros,
e inclusive casacos de pele. Em todos os casos, a criança terminou condicionada. Sentia medo
ao ver esses elementos.

O bebê passou muito tempo sendo submetido aos testes. O experimento do pequeno Albert
durou quase um ano. No final, o bebê havia passado de muito tranquilo a viver praticamente
em um estado de contínua ansiedade.

Pode então se observar que a Psicologia Comportamental com relação a Watson, entende que
as fobias são desenvolvidas ao longo de condicionamentos e emparelhamentos de estímulos.

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