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Função Proteica

Função Proteica

O conhecimento tridimensional de uma proteína é


importante para entender seu funcionamento. No entanto,
são moléculas dinâmicas cujas funções dependem da
interações com outras moléculas.
Função Proteica

Proteínas fibrosas do cabelo


Proteínas globular  hemoglobina

Funções de muitas proteínas envolvem interações com uma grande variedade


de moléculas diferentes.

Interações transitórias ou não


As funções de muitas proteínas envolvem a ligação
reversível com outras moléculas.

Ligante molécula que interage de modo reversível com uma


proteína.

Sítio de ligação região da proteína onde o ligante interage,


especifico.

Encaixe induzido  A adaptação estrutural que ocorre entre proteína


e ligante, permitindo uma interação mais firme.
As enzimas representam um caso especial de função
proteica.

- Se ligam a outras moléculas e as transformam quimicamente (catalise).

Sítio ativo em vez de


substratos da reação em sítio de ligação
vez de ligantes
Este capítulo enfatiza as funções não
catalíticas das proteínas.
Interação reversível de uma proteína com um ligante:
proteínas de ligação ao oxigênio

Mioglobina e hemoglobina

+ estudadas, 1° a ter sua estrutura tridimensional


elucidadas e interação reversível de um ligante com uma
proteína.
O oxigênio liga-se ao grupo prostético heme:
O oxigênio:

• pouco solúvel em soluções aquosas

• não pode ser transportado para os tecidos em quantidade suficiente se


estiver simplesmente dissolvido no plasma sanguíneo.

• a difusão não é eficiente em distâncias maiores do que alguns milímetros.

• a evolução de animais maiores e multicelulares dependeu do


desenvolvimento de proteínas capazes de transportar e armazenar oxigênio.

• nenhuma cadeia lateral dos aminoácidos das proteínas é adaptada para a


ligação reversível de moléculas de oxigênio.

• metais de transição, entre eles o cobre e o ferro, que apresentam forte


tendência para ligar oxigênio.

• o Fe livre promove a formação de espécies de oxigênio altamente reativas


O oxigênio liga-se ao grupo prostético heme:

grupo prostético

O2

O grupo heme está presente nas hemeproteínas. O heme consiste em uma


estrutura orgânica complexa em anel, a protoporfirina, com um átomo de ferro
ligado no estado ferroso (Fe+2).
Vista lateral do grupo heme:

Algumas moléculas pequenas, (CO e o óxido nítrico NO), se ligam ao Fe do


heme com maior afinidade do que o O2.
CO se liga a heme livre
mais de 20.000X melhor do
que o O2.

CO se liga a heme na
mioglobina mais de 200X
melhor do que o O2.
A molécula de heme está profundamente enterrada no polipeptídeo dobrado.

Sem um caminho direto para o trânsito do oxigênio chegar ao sítio de ligação.

A flexibilização molecular das cadeias laterais dos aminoácidos gera cavidades


transitórias na estrutura da proteína, e o O2 entra e sai movendo-se através
dessas cavidades.
A hemoglobina sofre mudança estrutural quando se
liga ao oxigênio

>>> afinidade

A ligação do oxigênio estabiliza o estado R. Quando o oxigênio não está


presente, o estado T é mais estável.
A hemoglobina sofre mudança estrutural quando se
liga ao oxigênio

>>> afinidade

A ligação do O2 à subunidade da hemoglobina no estado T desencadeia uma


mudança na conformação para o estado R.
A hemoglobina sofre mudança estrutural quando se
liga ao oxigênio
>>> afinidade

A transição T  R é desencadeada por mudanças na posição de cadeias laterais


de aminoácidos-chave que circundam o heme. Liberando heme para interagir com
o O2.
A hemoglobina se liga ao oxigênio de forma
cooperativa

A hemoglobina deve se ligar com eficiência ao oxigênio nos pulmões


onde a pO2 é cerca de 13,3 kPa e liberá-lo nos tecidos, onde a pO2 é de
4 kPa.

A proteína que se liga ao O2 com alta afinidade capta oxigênio de


maneira eficiente nos pulmões, mas não o libera muito nos tecidos.

A proteína se liga ao oxigênio com baixa afinidade para liberá-lo nos


tecidos, não o capta muito nos pulmões.
Passando por uma transição de um estado T de baixa afinidade para um
estado R de alta afinidade à medida que mais moléculas de O2 vão sendo
ligadas.

>>> afinidade

A última (quarta) molécula de O2 se liga ao heme de uma subunidade que já está no


estado R, e por isso se liga com afinidade muito mais alta do que a primeira.
Uma proteína
alostérica é
aquela em que a
interação
com um ligante
em um sítio
afeta as
propriedades de
ligação de outro
sítio na mesma
proteína.
A ligação do oxigênio com a hemoglobina é regulada
pelo 2,3-bifosfoglicerato

A quantidade de O2 liberada nos tecidos se aproxime de 40% da quantidade


máxima que o sangue é capaz de transportar.

Se transportar repentinamente do nível do mar para uma altitude de 4.500


metros, onde a pO2 é muito mais baixa.

A liberação de O2 para os tecidos é reduzida, pois tem menos O2.

Após poucas horas na maior altitude, a concentração de BPG no sangue


começa a aumentar, levando a uma redução na afinidade da hemoglobina
pelo O2.
A ligação do oxigênio com a hemoglobina é regulada
pelo 2,3-bifosfoglicerato

O BPG liga-se a um sítio distante do sítio de ligação do


oxigênio e regula a afinidade do O2 pela hemoglobina em
relação à pO2.

Exemplo de modulação alostérica.

Esse ajuste no nível de BPG tem somente um pequeno efeito na ligação do O2


nos pulmões, mas seu efeito é considerável na liberação do O2 nos tecidos.
Interações complementares entre proteínas e ligantes: o
sistema imune e as imunoglobulinas

• O sítio de ligação – uma fenda na proteína revestida por resíduos de


aminoácidos, organizados para tornar a interação altamente específica.

• Capacidade de fazer a distinção molecular entre “próprio” e “não próprio”


e destruir o que for identificado como não próprio.

• Resposta imune através de um sistema bioquímico altamente sensível a


partir de interações reversíveis entre ligantes e proteínas.
A resposta imune consiste em dois sistemas complementares, o
sistema imune humoral e o celular.

Sistema imune humoral (linfócitos B) X sistema imune celular


(linfócitos T)

Destrói células hospedeiras infectadas por vírus, além


de destruir alguns parasitas e tecidos estranhos.

Os agentes no centro da resposta imune celular são uma classe de linfócitos T, ou


células T
A resposta imune consiste em dois sistemas complementares, o
sistema imune humoral e o celular.

Sistema imune humoral (linfócitos B) X sistema imune celular


(linfócitos T)

Dirigido para infecções bacterianas e vírus extracelulares, mas


também pode responder a proteínas estranhas.

Proteínas solúveis chamadas de anticorpos ou imunoglobulinas, (Ig)

ligam

As conduzem para a destruição


Um vocabulário especializado é usado para descrever as
interações exclusivas entre os anticorpos ou receptores de
células T e as moléculas com as quais se ligam.

• Qualquer molécula ou patógeno capaz de induzir resposta imune


chama-se antígeno.

• Um antígeno complexo pode interagir com vários anticorpos


diferentes.
A imunoglobulina G (IgG) é a principal classe de molécula de
anticorpo e é uma das proteínas mais abundantes no soro.
A IgG se liga a uma bactéria invasora ou a um vírus  ativa
determinados leucócitos como os macrófagos  engolfar e
destruir o invasor.
A actina e a miosina são as principais proteínas
do músculo

• A força contrátil do músculo é gerada pela interação de duas


proteínas, miosina e actina.

• Organizadas em filamentos submetidos a interações


transitórias que deslizam uns sobre os outros para realizar a
contração.

• Compõem mais de 80% da massa proteica do músculo.


Miosina

2 cadeias pesadas

4 cadeias leves

Nas extremidades C-terminais, estão organizadas


como hélices α estendidas.

Nas extremidades N-terminais, um domínio


globular grande contendo o sítio onde o ATP é
hidrolisado.
Miosina

As moléculas de miosina se agregam e formam estruturas


chamadas de filamentos grossos .
Os componentes principais do músculo

Actina, é abundante em quase todas as células eucarióticas

actina G (monomérica e actina globular) 


actina F (polímero e actina filamentosa )

O filamento fino consiste em actina F juntamente com as proteínas troponina e


tropomiosina.
Os componentes principais do músculo

Os monômero de actina no filamento fino


pode se ligar firme e especificamente a uma
cabeça de miosina .
Proteínas adicionais organizam os filamentos finos e
grossos em estruturas ordenadas

O músculo esquelético consiste em feixes paralelos de fibras musculares.

Cada fibra contém cerca de 1.000 miofibrilas, constituídas por um grande número de
filamentos finos e grossos regularmente organizados e complexados com outras
proteínas.

Organização gera à aparência estriada (sarcômero).


Sarcômero

Disposição dos filamentos grossos e finos.

disco Z linha M

A banda I é a região do feixe que contém somente filamentos finos.

A banda A, a região de sobreposição dos filamentos grossos e finos.


Os filamentos grossos de miosina
deslizam sobre os filamentos finos
de actina .

A interação entre a actina e a miosina 


interação entre proteínas e seus ligantes.

Quando o ATP não está ligado à miosina,


uma face da cabeça se liga firmemente à
actina .
Regulação da contração muscular pela tropomiosina e troponina.

A tropomiosina e a troponina estão ligadas à actina F nos filamentos finos,


bloqueando os sítios de acoplamento para a cabeça de miosina.
Regulação da contração muscular pela tropomiosina e troponina.

A troponina é uma proteína que se liga ao Ca2+.

O impulso nervoso causa liberação de Ca2+.

O íon liberado se liga à troponina e causa mudança conformacional nos


complexos tropomiosina-troponina, expondo os sítios de ligação à miosina
nos filamentos finos.
Enzimas

Condições fundamentais para haver vida  capacidade de se


autorreplicar e catalisar reações química com eficiência e
seletividade.

Sacarose  CO2 + H2O  O2  exergônico (ΔG -)  libera E

Oxidação na prateleira da sacarose lento

Alimentação  Catálise  rápido


Enzimas

• Mais proteínas mais notáveis e especializadas;

• Poder catalítico >>>> catalisadores sintéticos ou inorgânicos.

• Atuam em soluções aquosas sob taxas de temperatura e pH;

• Estão no centro de cada um dos processos bioquímicos;

• Conservam e transformam energia química, além de constrir as


macromoléculas biológicas.
A maioria das enzimas é proteína

• Todas as enzimas são proteínas?????

Exceto por um pequeno grupo de moléculas de RNA


catalíticas

A atividade da enzima depende de suas características de


proteína.

Conformações nativas (estrutura)


Algumas enzimas não necessitam de outros grupos químicos além
dos seus próprios resíduos de aminoácidos

Outras... (grupos prostéticos)


Uma coenzima ou cofator que se ligue firmemente, ou
mesmo covalentemente, a uma enzima é denominado
grupo prostético.

Ou
coenzima

parte proteica cataliticamente ativa


As enzimas são classificadas segundo as reações que
catalisam

• Nomes das enzimas  sufixo “ase” + nome dos seus


substratos ou a uma palavra que descreve sua atividade.

Urease ??? Catalise a hidrólise da ureia e

DNA-polimerase ????
catalisa a polimerização de nucleotídeos para formar DNA.

Lactase
As enzimas são classificadas segundo as reações que
catalisam

Outras enzimas foram batizadas em razão de uma função ampla, antes que fosse
conhecida a reação específica catalisada por elas.

Pepsina, do grego pepsis  digestão

Lisozima, lisar (degradar) a parede de bactérias.

Outras foram ainda denominadas a partir de sua fonte:

Tripsina, do grego tryein (desgastar)  esfregando tecido pancreático.


As enzimas são classificadas segundo as reações que
catalisam.

Um número de classificação de quatro partes e um nome sistemático, que


identifica a reação catalisada,

ATP + D-glicose  ADP + D-glicose-6-fosfato


é ATP: glicose-fosfotransferase = 2.7.1.1.

O primeiro número (2) indica o nome da classe (transferase); o segundo número


(7), a subclasse (fosfotransferase); o terceiro número (1), uma fosfotransferase
que tem um grupo hidroxila como aceptor, e o quarto número (1), D-glicose
como o aceptor do grupo fosforil.
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/
Como as enzimas funcionam

A catálise enzimática das reações é essencial para os sistemas vivos

As reações não catalisadas tendem a ser lentas.

As moléculas biológicas são muito estáveis nas condições internas das células
com pH neutro, temperaturas amenas e ambiente aquoso.

Processos químicos corriqueiros são desfavoráveis ou improváveis no ambiente


celular.
Como as enzimas funcionam

Proporcionarem um ambiente específico adequado para que uma dada reação


possa ocorrer mais rapidamente.

As reações catalisadas por enzimas ocorre em um região da


enzima denominado sítio ativo.

A molécula que liga no sítio ativo e sobre a qual a


enzima age é denominada substrato.

O contorno da superfície do sítio ativo é delimitado por


resíduos de aminoácidos:

 ligam o substrato
 catalisam a sua transformação química.
As enzimas alteram a velocidade da reação, não o
equilíbrio.

A função do catalisador é aumentar a


velocidade da reação. A catálise não
afeta o equilíbrio da reação.

Qualquer reação, como S  P,

Diagrama da coordenada da reação que representa a variação de energia durante a


reação.
O equilíbrio entre S e P reflete a diferença entre as energias livres
dos seus estados fundamentais.

Reação exergônica (P-S) -ΔG’° e o equilíbrio favorece mais P que S.

A posição e a direção do equilíbrio não são afetadas pelos catalisadores.

A velocidade da reação depende de um parâmetro totalmente diferente.

Há uma barreira energética entre S e P: a


energia necessária para alinhar os grupos
reagentes, para a formação de cargas
instáveis transitórias, rearranjos de ligações
e ainda outras transformações necessárias.
O equilíbrio entre S e P reflete a diferença entre as energias livres
dos seus estados fundamentais.

Para que a reação ocorra, as moléculas devem suplantar a barreira do estado de


transição.

A diferença entre os níveis energéticos do estado basal e do estado de


transição é a energia de ativação, DG‡.

A velocidade da reação reflete essa


energia de ativação: uma energia de
ativação maior corresponde a uma reação
mais lenta.

Influencia da temperatura e/ou da pressão


A energia de ativação pode ser diminuída pela adição de um
catalisador.

Os catalisadores aumentam a velocidade das reações por diminuírem as


energias de ativação
A energia de ativação pode ser diminuída pela adição de um
catalisador.

Reação reversível

O papel da enzima é acelerar a interconversão entre S e P.

A Reação atinge o equilíbrio muito mais rapidamente quando a enzima


apropriada estiver presente, pois a velocidade da reação é aumentada.
O princípio geral do equilíbrio é ilustrado pela conversão de
sacarose e oxigênio em dióxido de carbono e água:

Keq >>>>>>> 1
ΔG’° muito grande e negativo

A sacarose é um composto estável

enzimas

Elevada energia de ativação


etapa limitante da velocidade
Sacarose CO2

intermediários da reação

As enzimas desenvolveram-se para diminuir seletivamente


as energias de ativação das reações.
A velocidade e o equilíbrio da reação têm definições
termodinâmicas precisas

• O equilíbrio da reação está ligado à variação da energia livre padrão da


reação, ΔG’° e a velocidade da reação está ligada à energia de ativação,
ΔG‡.

Um equilíbrio como S P é descrito por uma, Keq,

Um grande valor negativo de ΔG’° reflete um equilíbrio de reação favorável,


mas, isso não significa que a reação ocorrerá com velocidade alta.
A constante de equilíbrio é diretamente relacionada com o total da
energia livre padrão da reação.

ln de n° < 1 o valor é -
A velocidade e o equilíbrio da reação têm definições
termodinâmicas precisas.

A velocidade de uma reação é determinada pela concentração do reagente


ou substrato (ou reagentes), por uma constante de velocidade,
normalmente designada por k e pela energia de ativação.

SP S1 + S2  P

velocidade k de 0,03 s–1

velocidade de 2.000 s–1 velocidade de segunda ordem, de M–1s–1


Poucos princípios são suficientes para explicar o poder
catalítico e a especificidade das enzimas.

Como é que esse enorme e altamente seletivo aumento de velocidade pode


ser explicado?

Qual é a fonte de energia para essa grande diminuição nas energias de


ativação de reações específicas?

• No rearranjo de ligações covalentes durante a reação catalisada pela


enzima. Muitos tipos de reações químicas ocorrem entre substratos e
grupos funcionais da enzima (cadeias específicas de aminoácidos, íons
metálicos e coenzimas). O ‘P’ com < ΔG do que ‘S’.

• Interações não covalentes entre enzima e substrato.


O que realmente distingue as enzimas de outros catalisadores é
a formação de um complexo ES específico.

A formação de cada interação fraca no complexo ES é acompanhada pela


liberação de uma pequena quantidade de energia livre que estabiliza a
interação.

A energia proveniente da interação enzima-substrato é denominada


energia de ligação, ΔGB.

A principal fonte de energia livre utilizada pelas enzimas para a diminuição da


energia de ativação das reações
A energia de ligação é a principal fonte de energia livre
utilizada pelas enzimas para a diminuição da energia de
ativação das reações

• Dois princípios fundamentais inter-relacionados:

1. Muito do poder catalítico das enzimas provém basicamente da energia


livre liberada na formação de muitas ligações fracas e interações entre a
enzima e seu substrato.

2. Os sítios ativos das enzimas são complementares não aos substratos por si
mesmos, mas aos estados de transição pelos quais os substratos passam ao
serem convertidos em produtos durante a reação enzimática.
As interações fracas entre enzima e substrato são
otimizadas no estado de transição

Emil Fischer, propôs, em 1894 que as enzimas seriam estruturalmente


complementares aos seus substratos.

A hipótese da “chave e fechadura” pode ser enganadora quando aplicada à


catálise enzimática.

Uma enzima totalmente complementar ao seu substrato seria uma enzima


muito pobre:
Uma reação imaginária, a quebra de um bastão de metal magnetizado
Uma reação imaginária, a quebra de um bastão de metal magnetizado

Se dobrar haveria a eliminação de algumas das interações magnéticas entre


o bastão e a enzima, o que requer energia.

Estabiliza o substrato em vez de desestabilizá-lo


Uma reação imaginária, a quebra de um bastão de metal magnetizado

Interações ótimas entre substratos e enzimas só ocorrem no estado de transição.

Apenas um subconjunto das interações magnéticas possíveis é usado para formar o


complexo ES.
Papel da energia de ligação na catálise.

• No complexo ES há formação de interações fracas, no estado de transição


maior número.

• Soma do + ΔG‡ {desfavorável} com ΔGB negativo {formação de ligações} =


redução líquida da energia de ativação.

Reações catalisadas por enzimas são muito


mais rápidas, pois a barreira energética a ser
vencida é muito menor.
A força propulsora para a catálise enzimática  ligações fracas
entre a enzima e o substrato.

• As interações fracas formadas apenas no estado de transição são as que


fazem a principal contribuição para a catálise.

• A necessidade de múltiplas interações fracas para impelir a catálise ajuda


a explicar por que as enzimas (e algumas coenzimas) são tão grandes.

• A enzima deve fornecer grupos funcionais para as interações não


covalentes e posicionar precisamente esses grupos de modo que a energia
de ligação seja otimizada no estado de transição.
A mesma energia de ligação que fornece energia para a
catálise também dá às enzimas sua especificidade.

Grupos funcionais organizados otimamente de modo que se forme uma grande


variedade de interações fracas com determinado substrato no correspondente
estado de transição,
Grupos catalíticos específicos contribuem para a catálise

A energia de ligação do ES não é a única ajudar na catálise .

• A partir da formação ES:

catálise geral acidobásica,


catálise covalente,
catálise por íons metálicos.

Diferem, pois geralmente envolvem uma interação transitória covalente


com o substrato ou a transferência de um grupo do substrato ou para ele.
Catálise geral acidobásica

Refere-se à transferência de prótons mediada por


alguma outra molécula que não água.

A transferência de prótons é a reação mais comum em


bioquímica.

A formação de intermediários carregados instáveis


que, impossibilita a reação.

Se estabilizam pela transferência de prótons para os


substratos
Catálise geral acidobásica

Os sítios ativos de algumas


enzimas têm grupos
funcionais de aminoácidos
 como doadores ou
aceptores de prótons.
Catálise covalente

H2O
A---B A+B

Há a formação de uma ligação covalente transitória entre a enzima e o


substrato.

Na presença de um catalisador covalente (enzima com grupo nucleofílico X:), a reação


torna-se:
Catálise por íons metálicos

Metais, ligados firmemente à enzima e em solução juntamente com o


substrato, podem participar na catálise de várias maneiras.

Ajudar a orientar o substrato para a reação e/ou estabilizar estados de


transição carregados.
A cinética enzimática como abordagem à compreensão
do mecanismo.

A estrutura tridimensional das proteínas fornece informações importantes, que


são incrementadas pela química de proteínas e por modernos métodos de
mutagênese sítio-dirigida.

Determina a velocidade da reação e como ela se modifica em resposta a


mudanças nos parâmetros experimentais.
O efeito da variação de [S] sobre V0 quando a concentração da
enzima é mantida constante.

Em concentrações
relativamente baixas de
substrato, V0 aumenta
quase linearmente com
o aumento de [S].
Em uma equação geral de ação de enzimas, proposta
por Michaelis e Menten, em 1913 
no complexo ES.

Duas reações:

A última limita à primeira:

A enzima esta em duas formas:


Qual a velocidade inicial máxima de uma reação catalisada (Vmáx) ??

Quando quase toda a enzima estiver presente como complexo ES e [E] desprezível

estado estacionário
A relação entre a concentração do substrato e a
velocidade da reação pode ser expressa quantitativamente

Pela Equação de Michaelis-Menten:

Define a relação quantitativa entre a velocidade inicial, V0, a velocidade máxima,


Vmáx, e a concentração inicial de substrato, [S], todas em relação à constante de
Michaelis, Km.
O gráfico mostra os parâmetros cinéticos que definem os limites
da curva em [S] elevada e baixa.
Muitas enzimas catalisam reações com dois ou mais
substratos

• Foi visto como a [S] afeta a velocidade de uma reação enzimática simples
(S  P) com apenas uma molécula de substrato.

• Porém...

• ATP + GLICOSE  ADP + GLICOSE-6-FOSFATO


Transferência de um átomo de um grupo funcional de um substrato para o outro:
As enzimas estão sujeitas à inibição reversível e
irreversível

• Inibidores de enzimas são moléculas que interferem com a


catálise, diminuindo ou interrompendo as reações
enzimáticas.

Acetilsalicilato

Substrato prostaglandinas
enzimas

Processos
produzem dor.
Inibição reversível.

Um inibidor competitivo compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima.

À medida que o inibidor (I) ocupa o sítio ativo, ele impede que o substrato se ligue
à enzima
Inibição reversível.

Um inibidor incompetitivo liga-se em um sítio distinto do sítio ativo do substrato e, ao


contrário do inibidor competitivo, liga-se apenas ao complexo ES.
Inibição reversível ou não competitiva

Um inibidor misto liga-se


a um sítio distinto do
sítio ativo.

Nesse caso, o inibidor pode ligar-se tanto à enzima


quanto a ES.
Inibição irreversível.

Os inibidores irreversíveis ligam-se covalentemente com ou


destroem um grupo funcional da enzima essencial à
atividade da enzima ou então formam uma associação não
covalente estável.

Aminoácidos com funções-chave no sítio ativo, nos quais


o inibidor pode se ligar.
Inibição irreversível.

Inibição irreversível. A reação da quimotripsina com diisopropil-


fluorofosfato (DIFP), que modifica a Ser195, inibe a enzima
irreversivelmente.
Uma classe especial de inibidores irreversíveis é formada
pelos inativadores suicidas.

• Compostos são relativamente não reativos até que se liguem


ao sítio ativo de uma enzima específica.

• Em vez de ser transformado no produto normal, é convertido


em um composto muito reativo que se combina
irreversivelmente com a enzima.

• Produção de fármacos.
A atividade enzimática depende do pH
As cadeias laterais dos aminoácidos do sítio ativo podem funcionar como ácidos
ou bases fracas  participação essencial nas interações que mantêm a
estrutura proteica.

Perfil de atividade em função do pH de duas enzimas


Enzimas regulatórias

Glicose Piruvato

Segue os padrões
cinéticos que foram
10 reações + descritos.
compostos
intermediários

Nesses sistemas enzimáticos, o produto da reação de uma enzima é o


substrato da enzima seguinte.
Enzimas regulatórias  velocidade das reações
 atendam às necessidades
de energia;
 biomoléculas de.
As atividades das enzimas regulatórias são moduladas
de várias maneiras

• Enzimas alostéricas agem por meio de ligações reversíveis e não


covalentes com compostos regulatórios denominados moduladores
alostéricos (cofatores ou coenzimas).

• Enzimas são reguladas por modificações covalentes reversíveis:

• Enzimas são ativadas quando segmentos peptídicos são removidos por


proteólise.
Enzimas alostéricas sofrem mudanças conformacionais
em resposta à ligação de moduladores

-são aquelas que possuem “outras formas” ou conformações induzidas pela


ligação de moduladores-

• Inibitórios ou estimulatórios

Enzimas regulatórias  substrato = modulador  homotrópicas  Emoglobina


e O2

Enzimas regulatórias  substrato ≠ modulador  heterotrópica


Enzimas alostéricas sofrem mudanças conformacionais
em resposta à ligação de moduladores

subunidades diferentes,

cada sítio regulatório é específico


para o seu modulador
As propriedades cinéticas das enzimas alostéricas
desviam-se do comportamento de Michaelis-Menten

Vmáx/2 ≠ km
Algumas enzimas são reguladas por modificações
covalentes reversíveis.

A modificação de um resíduo de aminoácido


de uma enzima faz, efetivamente, um novo
resíduo de aminoácido com propriedades
diferentes ser introduzido na enzima.
Os grupos fosforil afetam a estrutura e a atividade
catalítica das enzimas

1/3 de todas as proteínas de uma célula eucariótica seja fosforilado.

A ligação de grupos fosforil a resíduos de aminoácidos específicos de


proteínas é catalisada por proteínas-cinases.

ATP como doador de fosforil

Transferido para resíduo de Ser, Thr ou Tyr (ocasionalmente His) da


proteína-alvo.
Os grupos fosforil afetam a estrutura e a atividade
catalítica das enzimas

Adição do fosforil ....

Os átomos de oxigênio do grupo fosforil podem formar ligações de


hidrogênio com um ou mais grupos da proteína.

As duas cargas negativas de uma cadeia lateral fosforilada também podem


repelir resíduos (Asp ou Glu) .

Interferir na polaridade

A remoção dos grupos fosforil dessas proteínas é catalisada por proteína-


fosfatases.
Algumas enzimas e outras proteínas são reguladas pela
proteólise de precursores de enzimas

• Um precursor inativo denominado zimogênio é hidrolisado


formando a enzima ativa. Ex.: proteases.

• Clivagens específicas provocam mudanças conformacionais que


expõem o sítio ativo da enzima.

• Inativação dessas enzimas?????


Exemplo:

Ativação de zimogênios por clivagem proteolítica. A figura mostra a formação


de quimotripsina e tripsina a partir dos seus zimogênios, quimotripsinogênio
e tripsinogênio.
Algumas enzimas utilizam vários mecanismos
regulatórios

Qual é a vantagem de tamanha complexidade na regulação da atividade


enzimática?
Obrigado

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