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Cidade de Florença na Itália século XVI, surgimento do renascimento, com recursos

abundantes para mercadores muitas das fontes de conhecimento da renascença se centrou nas
aventuras humanas e não divinas. O centro do mundo saiu de Deus e deuses e se concentrou
nos homens como foco do aprendizado e das artes.
Florença é um grande espetáculo da vitalidade da renascença, o símbolo da cidade é
a Basílica de Santa Maria Del Fiore, ou seja, Basílica de Santa Maria da Flor, temos o domo a
grande estrutura que se ergue diante da beleza sem palavras de Florença. Diante da Catedral
existe uma estátua de Filippo Brunelleschi o arquiteto que projetou o domo da Catedral.
Brunelleschi foi um dos primeiros artistas do renascimento a descobrir a perspectiva,
enquanto desenhava a Catedral, descobriu que é mais eficaz desenhar os objetos mais
próximos maiores e os mais distantes menores. O espírito da renascença era a razão, eles
usavam a razão para se concentrar no humano, isso os levou aos ensinamentos dos gregos que
eram relacionados ao helenismo “verdade, bondade e beleza” fazem parte disso, para eles
verdade e beleza eram formas de raciocínio, acharam que poderiam expressar essa beleza
matematicamente, era por esse viés que as pessoas como Leonardo Da Vinci pensava, foi o
espírito daquela época que levou a geometria e também a perspectiva. Foi em Florença que o
desenho usado a perspectiva matemática e geométrica começou. A igreja de Santa Maria
Novella contém as obras do famoso pintor Masaccio que morreu jovem aos 27 anos, a obra de
Masaccio – a Santissima Trindade é encontrada nessa Catedral, ela marca o primeiro uso da
perspectiva linear sistemática (na parte de baixo temos as imagens do casal que patrocinou o
quadro), a obra tem Maria, João Batista, Deus e Jesus crucificado. Nessa obra Masaccio faz a
representação matemática de como seria o nível dos olhos de quem visse a pintura.
Na obra temos a impressão de que o altar vai para dentro, sendo algo incrível para a
época, que uma superfície plana pudesse parecer tão tridimensional e viva. Até os dias atuais
é incrível identificar o grau de perfeição na pintura que transmite tal perspectiva para a época,
se hoje existe esse fascínio, como foi vivenciar no período tal criação? As pessoas daquela
época ficaram surpresas com o quadro.
Em 1491 um pintor de Milão recebeu um pedido da corte papau em Roma de uma
representação da “última ceia” de Cristo, a cena acontece antes da crucificação de Jesus
quando ele está em Jerusalém comendo com seus discípulos. Era uma cena comumente
retratada por vários artistas, a “última ceia” pintada por Giotto de Bandone no final da Idade
Média tinha uma aureola em torno da cabeça de todos para mostrar sua santidade. Na
representação da “Ultima Ceia” de Domenico Guirlandaio em tamanho natural encontrada no
refeitório da igreja de Ion Santi em Florença o fundo é tão magnifico e belo que não parece
que é da “Ultima Ceia” encontrada na Bíblia, entre todas as representações da “Ultima Ceia”
a considerada melhor de todas as obras está em um convento em Milão, a obra está na
Catedral Gótica – “Ultima Ceia” de Leonardo Da Vinci (mesmo com os danos do tempo ao
longo dos anos, é considerada como a mais perfeita representação) obra feita na transição do
Gótico para o Renascimento. Várias pinturas da “Última Ceia”, não somente Leonardo Da
Vinci representou essa imagem, os pintores não pegam simplesmente pinceis e pintam na tela,
mas desenham projetos e esboços várias vezes, em outras palavras, os pintores planejam o que
vão pintar.
Antes de Leonardo Da Vinci começar a pintar, fez a divisão do espaço de acordo
com o método da perspectiva geométrica, planejou a composição de modo que as linhas de
composição convergissem sutilmente para Jesus. Posicionando Jesus adequadamente e em
seguida os doze apóstolos (na pintura existe a preocupação com as expressões dos rostos de
cada pessoa presente na “Última Ceia”. Quando olhamos de perto a pintura, temos a
impressão de que está acontecendo no mesmo instante de tão realista e perfeita que ficou.
A perspectiva originava dos princípios geométricos abriu um novo mundo para os
pintores, assim a matemática dos triângulos, retângulos junto com o Teorema de Pitagoras
formou a base da geometria da Grécia antiga e até a base de sua civilização. Os templos
gregos eram lindos e maravilhosos, construções que revelavam sutilmente a geometria que
eles amavam (cada pilar esconde uma verdade matemática, entre os pilares encontramos a
proporção áurea, ou seja, razão mais perfeita e harmoniosa defendida pelos antigos gregos).
Para se chegar a compreensão de proporção áurea é preciso dividir os lados de um quadrado
em quadrados iguais e por um quarto de circulo dentro de um deles, com isso se produz um
ponto da linha base, ela terá a razão de 1.618 para 1 que é conhecida como proporção áurea, o
piso das laterais do Partenon tem retângulos que seguem a proporção áurea.

1.618 1

Na famosa obra a deusa de Vênus de Milo, se pode ver a proporção áurea que é
considerada a mais estável e bela. A sociedade pitagórica encontrou a proporção áurea em
próprio símbolo que é um pentagrama, as linhas diagonais formam uma estrela com outro
pentágono dentro dela, todas as linhas na estrela seguem a proporção áurea – o pentagrama é
considerado a figura mais bonita que existe.

Fonte: https://issuu.com/edufro/docs/pitagoras_para_alem_do_teorema/s/11065661 / 30/11/2022

O Teorema de Pitágoras esteve oculto na lenda, mas ficou finalmente conhecido no


mundo após três séculos de sua morte em Alexandria no Egito. A abordagem sobre a
proporção áurea tem como fundamentação enriquecer o estudo para o assunto que trataremos
referente ao conceito geométrico no campo da arte, tendo em vista discutir sobre os tratados
de Leon Battista Alberti que usa o conceito geométrico como elemento na compreensão e
sistematização da pintura, escultura e arquitetura, desse modo compete iniciarmos nosso
estudo pelo prisma: o homem renascentista dividindo a compreensão sobre a pintura em três
momentos fundamentais como – circunscrição, descrição de orla e o delineamento (desenho).
Existe a composição que se estabelece um parâmetro nas obras que são pintadas pelos artistas.
A pintura depende muito do uso das luzes, cores e das demais etapas para que exista um
sentido, para isso Leon Battista Alberti tem um foco centrado na compreensão de como as
luzes faram parte do espaço criado por cada pintura e como o pensamento recebera a nova
tendencia de arte.

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