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Patologia Geral moleculares que resultam em

modificações morfológicas

Pathos = doença, sofrimento


Métodos De Estudo Em Patologia
Logos = estudo, doutrina
1. Exames Citológicos
Diagnóstico de doenças pela
Conceitos
análise das células individuais e
⇨ Adaptação: capacidade de ser pequenos grupos de células.
sensível às variações do meio ambiente e Neoplasias malignas (câncer do
de produzir respostas, capazes de se colo de útero), doenças
adaptar infecciosas e parasitárias.
⇨ Saúde: estado de adaptação do Vantagens: simplicidade, baixo
organismo ao ambiente físico, psíquico custo e rapidez do resultado.
ou social em que vive, sentindo-se bem e Desvantagens: ausência da
sem apresentar sinais ou alterações arquitetura tecidual e menor
orgânicas evidentes quantidade de material para
⇨ Doença: estado de falta de análise.
adaptação ao ambiente físico, psíquico 2. Exames Anatomopatológicos
ou social, no qual o indivíduo sente-se Coleta, fixação, processamento,
mal e apresenta alterações orgânicas corte e coloração, análise
microscópica.
Patologia → etiologia: causas Biópsia: é a remoção de um
→ patogênese: mecanismo fragmento de tecido vivo, com
→ alt. morf: lesões finalidade de exame diagnóstico
→ fisiopatologia: alt. funcionais histopatológico e prognóstico

⇒ Qualquer estímulo da natureza Lesão


dependendo da sua intensidade, do Conjunto de alteração morfológica,
tempo de atuação e da capacidade de molecular e/ou funcional que surgem nos
reação do organismo pode constituir uma tecidos após agressão.
AGRESSÃO Qualquer agente pode-se tornar um
agressor, podendo ser de origem
Lesões endógena - próprio organismo
Iniciam no nível molecular. ↪ agentes físicos, químicos e biológicos e
Alterações morfológicas: consequência desvios da nutrição
de modificações na estrutura das exógena - meio ambiente
membranas, do citoesqueleto, do núcleo ↪relacionados com o patrimônio genético
ou de outros componentes
citoplasmáticos, além do acúmulo de Causas das Lesões
substâncias dentro ou fora das células 1. Privação de oxigênio
1) Ação direta, por meio de alterações 2. Físicos
moleculares que se traduzem em 3. Químicos
modificações morfológicas;
2) Ação indireta, por intermédio de
mecanismos de adaptação que, ao serem
acionados para neutralizar ou eliminar a
agressão, induzem alterações

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Força mecânica - Em altas altitudes, baixa pressão
atmosférica→ pouco oxigênio, às
↪ lesões traumáticas físicas células endoteliais morrem →
1. Abrasão edema → inchaço
Ferida abrasiva, pela lesão da fricção, a outro sinal: taquipnéia
qual suas células da epiderme foram
retiradas
Variação de temperatura
2. Laceração - Baixas temperaturas;
Separação ou rasgo de tecidos, por força a) vasoconstrição, oligoemia
excessiva de estiramento na pele ou por (diminuição do suprimento
impacto, pode ser em músculos, tendões sanguíneo), hipóxia e lesões
ou vísceras internas degenerativas por baixo oxigênio
b) lesão endotelial por hipóxia: maior
3. Contusão permeabilidade vascular e edema
Impacto é transmitido aos tecidos c) vasoconstrição persistente:
subjacentes, com ruptura de vasos, necrose na extremidade do
hemorragia e edema sem solução de membro atingido (anóxia)
continuidade da epiderme d) perda do controle nervoso da
vasomotricidade: vasodilatação
4. Incisão arteriolar e venular, com
Produzida pela ação de um instrumento agravamento (congelamento)
com borda afiada. São mais extensas do
que profundas - Efeitos sistêmicos do frio;
Ao frio, baixa atividade metabólica,
5. Perfuração podendo levar a uma parada do centro
Lesão é mais profunda que extensa cardiorespiratório → morte

6. Fratura - Ação local das altas temperaturas;


Ruptura ou solução de continuidade, de →Queimaduras
tecidos duros, como osso e cartilagem - Alta temperatura faz com que os
mastócitos liberam histaminas;
A força mecânica pode levar ao choque, - Terminações nervosas produzindo
inflamação intensa que produz a substância P levando a uma
mediadores levando a uma vasodilatação vasodilatação e
→ choque neurogênico consequentemente, edema
Também pode levar a uma embolia - A nível celular,
gordurosa, impedindo a passagem de ↑metabolismo da célula aumenta
sangue e nutrientes para as artérias > >precisa de ATP porém tem ↓ O²
morte 1º grau: lesão na epiderme
Variação da pressão atmosférica hiperemia, dor e edema moderado
- alta pressão em mergulho em 2º grau: necrose da epiderme e bolhas
estado líquido, porém dermoepidérmicas
despressuriza muito rápido (rápida 3º grau: necrose da epiderme e da
descompressão), e quando tenta derme, destruição das terminações
voltar ao estado líquido, forma nervosas (ausência de dor)
uma bolha no sangue (êmbolo) ou Complicações:
nos tecidos (enfisema intersticial) → Choque neurogênico

2
→ Choque hipovolêmico - Dióxido de enxofre causa
→ Infecção: septicemia broncoconstrição- reduz a função
respiratória
Corrente elétrica Antracose - área de poeira de carvão ou
carbono, mas em grande quantidade
Variações;
↓pneumoconiose dos carvoeiros
grande quantidade de calor

Agentes biológicos
vaporização de H²O, ruptura de
Produz lesão por meio dos seguintes
vísceras e vasos sanguíneos
mecanismos:

- ação direta → invasão da célula e
PCR
proliferação
Radiações - liberação de substâncias tóxicas
Ionizantes: energia liberada é capaz de - liberação de substâncias
deslocar elétrons das moléculas armazenadas após sua morte
Não Ionizantes: energia é menor e causa - ativação da resposta inflamatória
até vibração de elétrons, mas não seu local
deslocamento dos átomos - indução da resposta imunitária
a) dose e tempo de exposição- - aderência a superfície celular
doses repetidas são mais lesivas
do que a mesma dose aplicada Desequilíbrios nutricionais
uma vez só - Uma das principais causas de
b) oxigenação dos tecidos- lesão celular;
↑ disponibilidade de O² - Deficiências proteico-calóricas >
↑radiossensibilidade morte > baixo poder aquisitivo
c) elementos que removem radicais - Desequilíbrio de minerais e
livres, como a cisteína e vitaminas > anorexia nervosa
cisteamina, exercem efeito
radioprotetor Defeitos genéticos
d) fase do ciclo celular: células em - lesão celular: deficiência de
G2 ou em M são mais sensíveis proteínas funcionais
do que em G1 - variações genéticas
(polimorfismos): influenciam a
Agentes químicos suscetibilidade celular à lesão por
Os efeitos lesivos dependem também da substâncias químicas
constituição genética (que condiciona o - Hemofilia B > mutações no gene
padrão de enzimas) e do estado funcional fator IX
do organismo
Resposta imune
Poluentes no ar Quando é muito intensa pode gerar lesão,
caracterizada pela diminuição da PA,
- Monóxido de carbono liga-se com
taquicardia e distúrbios da circulação
a hemoglobina das hemácias
sanguínea acompanhada de edema da
tornando-se com
glote > morte
carboxi-hemoglobina, que é
- Uso de corticóides para inibir a
incapaz de transportar O² →
resposta inflamatória/ imune (
HIPÓXIA
agente agressor)

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constituem, em conjunto, o que se
Mecanismo das lesões denomina → Estresse Celular
- a resposta celular aos estímulos
De acordo com a sua natureza, as
nocivos depende da causa, da
agressões celulares podem:
duração e da gravidade
- as consequências da lesão celular 1. Reduzir a oferta de O2
dependem do tipo, estado e grau 2. Alterar vias metabólicas que produzem
de adaptação
energia
- a lesão celular resulta de
anormalidades funcionais 3. Gerar radicais livres

4. Agredir diretamente macromoléculas


Privação de oxigênio
(DNA)
- hipóxia > deficiência de oxigênio >
alteração em qualquer mecanismo
de transporte Estresse:
- causa comum da lesão e morte → Oxidativo
celular → Síntese Proteica
Causas: → Autofagia
a) redução do fluxo sanguíneo → Retículo endoplasmático
(isquemia) → Lisossomo
b) oxigenação inadequada do → DNA
sangue (pneumonia)
c) redução da capacidade de
1. Oxidativo
transporte de oxigênio do sangue
(anemia ou envenenamento por A produção excessiva de radicais
CO) livres ou a redução das defesas
d) após grave perda sanguínea antioxidantes caracteriza o chamado
>hemorragia Estresse Oxidativo

Atp
1. Diminuição de ATP (Complementar)
Associadas a redução de O² e nutrientes,
danos mitocondriais e a ação de algumas
toxinas
Fosforilação oxidativa ↔ via glicolítica

Lesão Reversível
Respostas gerais das células às
agressões
Quando agredidas, as células respondem
mediante:
1. Ativação De Vias De Sobrevivência;

2. Morte Celular.
As respostas e as modificações
celulares que surgem após agressões

4
Acúmulos intracelulares (degenerações) ➢ No etilismo, a esteatose resulta de:
↓ Disponibilidade de NAD necessário
➢ Lesão reversível secundária a
para oxidação de lipídeos.
alterações bioquímicas que resultam em
⇧ Disponibilidade de ácido acético e
acúmulo de substâncias no interior da
acetil-CoA: induz síntese de ácidos
célula
graxos, que, somados aos provenientes
1. Degeneração Hidrópica da circulação, originam triglicerídeos que
➢ Caracterizada pelo acúmulo de H2O e se acumulam nas células
eletrólitos no interior das células ➢ No etilismo, a esteatose pode ser
↓ ATP agravada pela desnutrição
1. Hipóxia, Desacopladores da ↓ Disponibilidade de proteínas
fosforilação mitocondrial, Inibidores da (apoproteínas) para a síntese de
cadeia respiratória e, Agentes tóxicos que lipoproteínas
lesam a membrana mitocondrial.
2. Hipertermia exógena ou endógena 4. Glicogenoses e Mucopolissacaridoses
(febre): ↑ Consumo ATP.
3. Substâncias inibidoras da ATPase Glicogenoses
Na+/K+ dependente ➢ São doenças genéticas caracterizadas
pelo acúmulo de glicogênio em células do
2. . Degeneração Hialina fígado, rins, músculos esqueléticos e
coração
➢ Caracterizada acúmulo de material
Etiologia: deficiência de enzimas
proteico e acidófilo no interior das células
envolvidas no processo de degradação
➝ Condensação de filamentos
➢ O principal objetivo do tratamento é a
intermediários e proteínas associadas
prevenção da hipoglicemia e da acidose
↳Corpúsculo hialino de Mallory
láctica usando alimentos de alimentos
↳ desintegração de
ricos em glicose ou amido (amido é
microfilamentos
prontamente ingerido em glicose)
➝ Acúmulo de material de origem viral;
➝ Proteínas endocitadas Mucopolissacaridoses
Corpúsculo de russell ➢São doenças metabólicas
➝ Acúmulo excessivo de caracterizadas pelo acúmulo de
imunoglobulinas em plasmócitos. poliglicanos e/ ou proteoglicanos
3. Degeneração Gordurosa Etiologia: deficiência de enzimas
envolvidas no processo de degradação.
➢ Caracterizada acúmulo de gorduras
neutras (mono, di ou triglicerídeos) no
citoplasma de células que, normalmente, Lesão celular
não as armazenam. Lesão reversível: a célula agredida
➢ Interferem no metabolismo de ácidos
apresenta alterações funcionais e
graxos (⇧ Captação ou dificultam sua
morfológicas, mantendo-se viva e
utilização, transporte ou excreção)
recuperando-se quando o estímulo for
➢ Hepatócitos retiram da circulação
retirado.
ácidos graxos e triglicerídeos
provenientes da absorção intestinal e da Lesão irreversível: célula incapaz de se
lipólise no tecido adiposo. recuperar depois de cessada a agressão,
. evoluindo para a morte (alterações
morfológicas).

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➢ Morte celular por hipóxia no SNC
Morte celular (fenômeno ainda não muito bem
compreendido).
➢ Perda irreversível das atividades
➢ Exemplos:
metabólicas e funcionais da célula, com
– Infarto cerebral
consequente perda dos mecanismos de
– Doenças infecciosas
manutenção da homeostasia
– Neoplasias malignas
↙ ↘
Necrose Apoptose
3. Necrose gordurosa
➢ Esteatonecrose
Necrose
➢ Áreas de destruição de gordura >
➢ Tipo de morte celular associada à lipases pancreáticas > Pancreatite aguda.
perda da integridade da membrana e ➢ Enzimas pancreáticas lipolíticas
extravasamento dos conteúdos celulares escapam das células acinares > digestão
Etiopatogênese (liquefação) da membrana de adipócitos
➝ Redução da oferta de O2 (hipóxia e do parênquima pancreático e da cavidade
anóxia); peritoneal.
➝ Agentes físicos, químicos e ➢ Morfologia:
infecciosos - Macroscopicamente: pingos de
➝ Reações Imunológicas vela ou depósitos de giz branco
➝ Desequilíbrios genéticos e nutricionais (ácidos graxos + íons Ca2 +) >
➝ Formação de radicais livres de saponificação.
oxigênio - Microscopicamente: contorno
➝ Perda da homeostase de cálcio impreciso dos adipócitos
associados à infiltrado inflamatório
1. Necrose por coagulação e depósitos basofílicos de cálcio
Variante mais comum
➢ Arquitetura tecidual preservada (por 4. Necrose caseosa
alguns dias) – desnaturação (↓pH). ➢ Focos de tuberculose,
➢ Isquemia ou hipóxia em qualquer paracoccidioidomicose e tularemia.
tecido, exceto cérebro. ➢ Macroscopia: CASEOSO: “ parecida
➢ Exemplos: – Infarto do miocárdio, com queijo branco”
queimaduras, choques elétricos, tumores ➢ Microscopia:
de crescimento rápido, lesões produzidas – *Arquitetura tecidual destruída.
por ácidos e bases fortes. – Fragmentos granulosos amorfos
cercados por uma borda inflamatória
2. Necrose por liquefação distinta > reação granulomatosa
➢ Completa destruição da arquitetura 5. Necrose fibrinóide
tecidual →tecido se transforma em massa ➢ Forma especial de necrose > reações
líquida e viscosa (digestão enzimática). imunes que envolvem os vasos
➢ Infecções bacterianas e fúngicas > sanguíneos.
acúmulo de células ➢ Complexos de antígenos e anticorpos
inflamatórias(leucócitos > enzimas). são depositados nas paredes das artérias
➢ Material necrótico > amarelo cremoso > “imunocomplexos”.
> leucócitos > pus. ➢ Imunocomplexos + fibrina extravasada
> aparência fibrinóide.

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➢ Ex.: Vasculites imunologicamente Pigmentos Exógenos
mediadas (poliarterite nodosa que
Amianto ➝ asbestose
pertence a um grupo de doenças
Poeira de sílica ➝ silicose
caracterizadas por inflamação necrosante
Óxido de ferro ➝ siderose
das paredes dos vasos)
Sais de prata ➝ argiria
Sais de ouro ➝ crisíase
Gangrena Sais de chumbo ➝ saturnismo
➢Forma de evolução de necrose > ação Sais de enxofre, ferro, mercúrio
de agentes externos sobre o tecido ➝ tatuagem
necrosado. Sais de carbono ➝ antracose
➢ Acomete principalmente extremidade
de membros que perderam o suprimento Carbono ou poeira de carvão
sanguíneo
➝ Pigmento exógeno mais comum no ar
➝ Inalado ➢ macrófagos alveolares ➢
Evolução/ Consequências vasos linfáticos ➢ linfonodos da região
➢ Tipo de Tecido > Órgão acometido > traqueobrônquica e parênquima pulmonar
Extensão da área atingida. ➝ Escurece os linfonodos e o tecido
➢ Processo inflamatório > Digestão das pulmonar ➢ Antracose
células mortas para reabsorção e
substituição.
➝ 1. Regeneração (semelhantes às Argiria (prata)
células destruídas)
➝ Disposição de sais de prata nos
➝ 2. Cicatrização (tecido conjuntivo
tecidos ➢ sulfeto de prata
fibroso)
● Efeitos tóxicos ➝ solubilidade do
➝ 3. Encistamento (proliferação
metal, capacidade de ligar aos
conjuntiva e formação de cápsula que
tecidos e capacidade de excreção
circunda o tecido necrosado)
aos complexos proteína-metal
➝ 4. Eliminação (atinge parede de
● Argiria localizada ➝
estrutura canalicular que se comunica
impregnação mecânica
com o meio externo, onde o material
● Argiria sistêmica ➝ ingestão ou
necrosado é lançado)
inalação de compostos de prata
➝ 5. Calcificação

➝ Pele total ou regional e alguns órgãos


Pigmentações e Calcificações ficam permanentemente
azul-acinzentados
Pigmento➝ corante, cor
Pigmentação➝ processo de formação Crisíase (Ouro)
ou acúmulo de pigmentos em certos
➢ Uso terapêutico prolongado de sais de
locais do organismo
ouro (crisioterapia)
↳ Artrite reumatóide
Exógenos Endógenos
↳ Lúpus eritematoso sistêmico
↓ ↓
Carbono Melanina
➢ Pigmentação permanente após
Crisíase Lipofucsina
exposição solar ou radiação UV artificial

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Tatuagem 1. ↑ do nº de melanócitos normais ou
neoplásicos
➢ Pele ou mucosas ➝ introdução de
2. maior produção de melanossomos
pigmentos insolúveis na derme ou
pelos melanócitos
submucosa ➝ agulhas
3. melanossomos com maior grau de
melanização
➢ Pigmento fagocitado pelos macrófagos
4. melanossomos gigantes
da derme, células endoteliais,
5. maior dispersão dos
fibroblastos, e encontrados na matriz
melanossomos nos queratinócitos
extracelular
6. menos índice de degradação dos
melanossomos
Pigmentos Endógenos
a. Efélides
➢ mácula comum, pequena e
Melanina hiperpigmentada ➝ ↑ produção de
➢ Pigmentação melânica cutânea: melanina (não há nº de melanócitos)
fotoproteção ➝ radiação UVB ➝ ação ➢ podem estar associadas a
antioxidante ➝ absorção de calor predisposição genética
b. Nevo Melanocítico
Eumelanina ➝ castanho e preto ➢ malformações da pele e mucosa ➝
➝ insolúvel congênita ou de desenvolvimento
➝ antioxidante ➢ proliferação benigna e localizada de
➝ fotoprotetora células melanocíticas
c. Melanoma
Feomelanina ➝ amarelo e vermelho ➢ características clínicas “ABCDE”
➝ solúvel em solução Assimetria (devido ao seu padrão de
alcalina crescimento descontrolado)
➝ antioxidante Bordas irregulares
Coloração irregular
Diâmetro > 6mm
Evolutivo
d. Congênita (albinismo) ou adquirida
Radiação Solar (uvb)
(vitiligo)
↑ nº de melanócitos e melanossomos
↑ grau de melanização dos ➢ ausência de melanina por destruição
melanossomos dos melanócitos
↑ transferência de melanossomos para os e. Envelhecimento
queratinócitos ➢ perda da pigmentação
↑ síntese e o nível de atividade de ↓
tirosinase Apoptose melanócitos (lesão do DNA
mitocondrial por estresse oxidativo)
Hipopigmentação melânica
➢ defeito em 1 ou + etapas da
melanogênese Lipofuscina
➢Pigmento do desgaste celular, do
Hiperpigmentação melânica envelhecimento ➝ sinal indicativo de

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lesão por radicais livres e peroxidação Importância clínica!
lipídica acentuado de Bb não conjugada (RN)
➢ Resultante da digestão incompleta dos lesão cerebral irreversível, morte e
restos celulares (lixo celular) sequelas neurológicas
➢ Células cardíacas, hepáticas e ⥮
neurônios diagnóstico de inúmeras doenças
↳ envelhecimento, desnutrição e hereditárias ou adquiridas do fígado e do
câncer sangue
→Quanto mais lipofuscina presente, mais
velha é a célula!
➢Alterações que levam ao aumento de Bb

➢Desequilíbrio entre o fenômeno de 1.Produção excessiva, devido a hemólise


AUTOFAGOCITOSE e a incapacidade da 2.Captação defeituosa pelos hepatócitos
3.Conjugação defeituosa
célula em ELIMINAR os resíduos.
4.Distúrbios na secreção do hepatócito
1. ⇧ Autofagia ou de captação celular de
para os canalículos biliares
material não completamente degradável
5.Obstrução dos canalículos biliares
2. Redução da síntese ou eficiência de
enzimas lisossômicas
3. Diminuição da eliminação de resíduos Icterícia
não-degradáveis. ➢ Sinal clínico: elevação da taxa de Bb
↓ circulante (hiperbilirrubinemia)
Lipofuscina (> 2 mg/dL)
➢ Deposição da Bb na pele, mucosa e
na maioria dos órgãos e tecidos, em
especial, fígado e rins.
➢ Coloração que vai de amarelo ao
negro, passando por vários tons de verde

Icterícia (Hiperbilirrubinemia) Neonatal


Causas
➝ Alterações fisiológicas na função do
fígado (24 a 36 horas após o nascimento
H emoglobínicos > fígado pouco desenvolvido > menor
➢ via de degradação das hemoglobinas capacidade de captação, conjugação e
excreção
➝Aumento da produção de Bb (ex.
a. Bilirrubina (Bb)
eritroblastose fetal - incompatibilidade
➢Principal pigmento biliar com o sangue da mãe)
➢Derivada da hemoglobina (não contém ➝ Diminuição da captação pelos
ferro) hepatócitos (ex. doenças genéticas)
➢ Bb não conjugada > concentrações ➝ Reações no aleitamento materno
normais ou discretamente elevadas: (aumento de hormônios ou substâncias
➢Ação antioxidante do sangue que elevam a reabsorção de
➢Modulação do SI > inibe proliferação de bilirrubina no intestino e dificultam a sua
linfócitos, a produção de IL-2 e eliminação)
citotoxidade mediada por células Tratamento
➢ Fototerapia

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A luz favorece a excreção de
bilirrubina através da fotoisomerização, ➢ Níveis plasmáticos de cálcio ➝
que altera a estrutura da bilirrubina para equilíbrio delicado
uma forma solúvel, lumirrubina, para uma ➢ Desequilíbrio ➝ precipitação de sais
excreção mais fácil. de cálcio
➢ Tecido ósseo ou focos de calcificação
> formação hidroxiapatita
(Ca10(PO4)6(OH)2
b. H emossiderina ➢ Em tecido mineralizado ➝ sobre
➢ Pigmento que contém ferro colágeno ➝ matriz osteóide
➢ Amarelo-ouro ao marrom ➢Calcificação Patológica ➝ depósito
➢ Forma de armazenamento de Fe mineral sobre substrato celular (viável ou
intracelular (a outra é a Ferritina) necrótico) e extracelulares (tecido
conjuntivo ou secreções)

Calcificação Distrófica
- É encontrada em áreas de
necrose e lesão celular.
- Causa disfunção do órgão.
➢ Patogenia: o produto final é a
formação de fosfato de cálcio cristalino. A
iniciação da calcificação intracelular
ocorre nas mitocôndrias de células
mortas.

Calcificação Metastática
-Pode ocorrer em tecidos normais
sempre que há hipercalcemia.
➝ Causas da hipercalcemia:
- aumento da secreção de
paratormônio
- destruição óssea
➢ Excesso local de ferro/hemossiderina - distúrbios relacionados à vitamina
↳ HEMOSSIDEROSE D
➢ Localizada - hematomas - insuficiência renal, na qual a
➢Sistêmica - Aumento da absorção retenção de fosfato leva ao
intestinal; anemia hemolítica; transfusão hipertireoidismo secundário
sanguínea
➢ Hiperparatireoidismo Primário
Calcificações patológicas ➝ Produção excessiva autônoma e
espontânea de PTH (adenoma
➢ Deposição de sais de cálcio em locais
paratireoidiano esporádico, hiperplasia
(tecidos) normalmente não calcificados,
paratireoidiana).
juntamente com pequenas quantidades
➝ Manifestações esqueléticas >
de ferro, magnésio e outros sais minerais.
reabsorção óssea, osteíte fibrosa cística
➢ Processo comum em várias condições
e tumores marrons.
patológicas

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➝ Alterações renais > nefrolitíase hiperparatireoidismo secundário, que
(cálculos) e nefrocalcinose. agrava a calcemia.
Manifestações clínicas:
Níveis Cálcio sérico AUMENTADOS. Calcinose Idiopática
➝ Ossos doloridos (fraturas), cálculos
➢ Calcificações patológicas
renais, ruídos abdominais (distúrbios
➝ Depósitos de calcificação >
gastrointestinais > constipação, náusea,
geralmente cutâneos, múltiplos, sem
úlceras e lamentos psíquicos (depressão,
lesão prévia > níveis séricos normais de
letargia, convulsões).
cálcio e fosfato.
➝ Ulceração > drenagem do material
➢Hiperparatireoidismo Secundário calcário
➝ Condição associada a uma depressão ➝ Calcinose escrotal > múltiplos nódulos
crônica do nível sérico de cálcio: duros > pele do escroto
↓ Cálcio ↑Hiperatividade compensatória
das paratireóides Cálculos
Insuficiência Renal Crônica
➢Calcificações patológicas
➝Redução na excreção de fosfato
➝ Massa sólida, esférica, oval,
(hiperfosfatemia) > causa ê níveis séricos
compacta, de consistência argilosa a
de cálcio
pétrea.
➝Perda de substância renal
➝ Latim: seixos ou pedras (usados para
↓ disponibilidade da enzima α1-hidrolase
fazer cálculos aritméticos).
> ↓ síntese de vitamina D > ↓
➝ Designação popular: “pedra”.
reabsorção intestinal de cálcio
➝ Sufixo litíase: nefrolitíase (rim),
Manifestações clínicas
colelitíase (vesícula biliar), coledocolitíase
Níveis Cálcio sérico próximo da
(colédoco), sialolitíase (glândula salivar)
normalidade.
➝ Calcificação metastática de vasos
sanguíneos > pode resultar em lesão Sialolitíase
isquêmica da pele e de outros órgãos > ➢Cálculo salivar; pedras salivares
CALCIFILAXIA. ➝Ductos de glândulas salivares. ➝
Sialólitos > deposição de cálcio > muco,
células degeneradas, bacterias, corpos
estranhos.
➝ Depósitos de cálcio podem formar-se ➝ Causa incerta > sialadenite crônica
em qualquer local > mucosa gástrica, (inflamação) ou obstrução parcial.
rins, pulmões, artérias sistêmicas, veias ➝ Não há transtorno sistêmico do cálcio
pulmonares e córneas. ou do metabolismo do fósforo.
➝ Tecidos produzem ácido > interior ➝ Episódios de dor ou aumento de
alcalino > calcificação metastática. volume na glândula afetada > durante as
➝ Cristais semelhantes na calcificação refeições
distrófica.
➝Órgãos endurecidos e calcários
➝ Pulmões > deficiência respiratória
➝ Rins > nefrocalcinose (deposição de
cálcio nos túbulos > prejuízo da função
renal, com retenção de fosfatos e

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