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Raqui ou peri?
o Rhakhi (grego): coluna vertebral, só para anestesias subaracnoides atualmente
o Coloquial: raqui = bloqueios
Bloqueios subaracnoide e peridural (raqui)
Anatomia:
o Coluna vertebral
o Diferenças:
Atlas
Áxis
Cervicais
Torácicas (mais difícil de aplicar a raqui por conta da sobreposição dos
processos espinhosos, formando uma barreira)
Lombares (mais abordados)
Sacro
o Canal vertebral
Medula espinhal
Tecido adiposo
Plexo venoso
o Meninges
LCE
Espaço subaracnóide
Espaço epidural
LCR – liquor
o Quantidade – aprox. 2ml/kg
o Variações individuais no volume do LCR na região lombossacra e sua
distribuição
o Incolor, límpido, não-coagulável, ligeiramente alcalino – parece água
o Produção: 10 a 20 mg/h (plexo coroide dos ventrículos III, IV e laterais)
o Absorção: vilosidades e granulações aracnoideas
o P sentado 35 a 55cm H2O e P deitado 7 a 5 cm H2O, mais fácil realizar a
punção lombar com o paciente sentado, porque além de fácil, é prático, rápido
e confortável pro paciente
o Liquor fica em constante fluxo por causa da produção e absorção, por exemplo
a morfina que segue até a substância periaquedutal
Alterações fisiológicas
o Manifestações cardiovasculares:
Queda da PA e da FC e contratilidade cardíaca, proporcionais ao nível
da simpatectomia
Bloqueio T5-L1: dilatação periférica, represamento de sangue e
diminuição do retorno venoso. Os vasos da metade inferior do corpo
vão dilatar e acumular o sangue lá, diminuindo a PA do paciente e a
quantidade de sangue de volta para o cérebro, causando sintomas e
sinais de hipotensão.
T1-T4: bloqueia as fibras simpáticas cardioaceleradoras, depressão da
FC e contratilidade do coração, e além de hipotenso, poderá ter um
choque hipovolêmico junto com cardiogênico, suficiente para causar
outros problemas
Hipotensão profunda: vasodilatação + bradicardia e baixa
contratilidade. Daí começa a preparação antes do procedimento
Exacerbação se o retorno venoso estiver comprometido, acontece nas
gestantes com o útero em cima da cava inferior, que dificulta o
retorno venoso, e dai se o inferior tiver dilatado, o retorno é menor
ainda; desidratado também fica hipovolêmico e aumenta a hipotensão
Efeitos deletérios devem ter antecipados: 10-20ml/kg de líquido para
os hipovolêmicos que têm mais eficiência; deslocamento uterino para
a esquerda
Bradicardia excessiva: atropina
Hipotensão: vasopressores com ação periférica nas arteríolas
o Manifestações respiratórias:
Mínimas: nervo frênico tem fibras originadas de C3-C5, difícil bloquear
nessa região, respira normalmente
Podem ser comprometidos mm. Intercostais e propriocepção, não
sente o tórax expandindo
Pacientes com doença pulmonar crônica: músculos prejudicados
abaixo do nível do bloqueio
Procedimentos acima do umbigo: tecnica regional isolada não é a
melhor opção, porém beneficiam-se dos efeitos da analgesia epidural
torácica no PO
o Manifestações GI:
Bloqueio simpático de T5-L1 que inerva as vísceras
Dominância do tônus vagal: peristaltismo ativo, no PO acelera o
retorno da função GI, melhora a recuperação operatória
o Manifestações metabólicas e endócrinas:
O bloqueio neuroaxial pode suprimir parcialmente ou totalmente a
resposta ao estresse cirúrgico
Pela redução na liberação das catecolaminas, podem diminuir
arritmias perioperatórias e isquemia
o Contraindicações
Absolutas:
Recusa do paciente (troca a raqui pela AG), infecção no local
da punção, coagulopatia, hipovolemia grave, aumento da PIC,
estenose aórtica grave (precisa da pós-carga para perfundir a
coronária e a dilatação diminui a dilatação e a pós-carga),
estenose mitral grave
Relativas
Sepse, paciente não cooperativo, déficits neurológicos
preexistentes, lesões desmielinizantes, insuficiências das
válvulas cardíacas, deformidade grave da coluna (profilaxia do
aborrecimento)
Controversas
Cirurgia prévia no local da punção, cirurgia complicada,
cirurgia prolongada, grande perda de sangue
Realizando o bloqueio – Anatomia de superfície
o O mesmo que fazer uma punção de liquor. O paciente sentado é melhor, solto,
relaxado, cabeça baixo, com o queixo no peito, ombros tranquilos, mãos nos
joelhos, curvado pra frente, pés apoiados, pois quando curva pra frente, os
espaços entre os processos espinhosos fica maior pra fazer a anestesia, mas
fácil e rápido. Procura a linha de Tuffier que passa entre as cristas ilíacas e em
cima do processo espinhoso de L4, e dai escolhe qual espaço.
o Abordagem anatômica:
Mediana: agulha direcionada cefalicamente, coloca uma agulha entre
os processos espinhosos, palpa com o dedo no local da punção e
coloca a agulha ligeiramente voltada para cima. Coloca os dedos na
agulha e vai sentir (processo supraespinhoso e faz creck, atravessa as
fibras do ligamento intraespinhoso e vai sentir um nhecnhec creck
creck até chegar em uma sensação como uma borracha, onde fica o
ligamento amarelo, empurrou mais um pouco e sente que ficou mais
fácil, dai chega no espaço epidural, e depois empurra mais um pouco e
sente a duramater quebrar e chega a cisterna cheia de liquor)
Ligamento supraespinhoso, interespinhoso, amarelo
Epidual: tudo isso que foi falado antes, chega até o espaço epidural
onde tem a gordura e as veias, onde não é tão duro. Perda da
resistência conforme atravessa o ligamento amarelo e entra no
espaço, onde coloca uma seringa e empurra o embolo da seringa e vê
uma certa resistência, até diminuir.
o Abordagem paramediana
1 cm lateral ao processo espinhoso superior, direcionada e avançada
um ângulo de 10 a 15 graus. O forame intervebral fugindo do processo
espinhoso e entrar pela lateral, de direção cefálica, com uma mudança
de 1 cm lateral e 1 cm inferiormente ao ponto que entraria
normalmente.
A identificação do ligamento amarelo e a perda de resistência são mais
sutis
o Avaliando o nível do bloqueio:
Nível sensitivo: agulha romba
Nível de simpatectomia: temperatura da pele
Anestesia subaracnoide
o Espaço subaracnoide: forame magno até S2/S3
o Agulhas: calibres de 16-30 (sempre usar a mais fina, que é a 30)
o Quincke: cortante com orifício na ponta, pode fazer cefaleias pós-anestesias.
o Whitare: romba com orifício lateral, não cortante
o Técnica específica:
Dois “estalos” (amarelo e dura)
Quantidade de LCE
o Fatores que influenciam o nível do bloqueio
Baricidade da solução anestésica (relação de densidade que o líquor)
Posição do paciente
Dosagem da droga
Local da injeção
o Agentes anestésicos intratectais:
Livres de preservativos
Adição de glicose para controlar a baricidade (fica mais denso que o
liquor)
Adição de vasoconstrictores (epinefrina e fenilefrina) e opiáceos
Lidocaína: sintomas neurológicos transitórios e Sd. Da cauda equina,
por isso não é mais utilizado
LCE:
o Baricidade 1,003 – 1,008 g/ml a 37º
o Hiperbárica: mais utilizada
Bloqueio em sela: 3-5 min em cirurgias de períneos, os anorretais
o Decubito dorsal: “escorre” para a cifose torácica por conta da alta densidade e
que na entrada da lombar, ela desce para a torácica
o Decubito lateral: procedimentos laterais em extremidades inferiores
Anestesia epidural
o Variedade de aplicações
o Espaço epidural circunda toda a dura-máter
o Início mais lento e não tão intensa
o Bloqueio diferencial mais pronunciado ou bloqueio segmentar, sem precisar
fazer uma geral
o Bloqueios torácicos mais difíceis
o Agulhas:
Calibre 16 a 18 e 3 ou 3,5 polegadas de comprimento, com curva de
15-30º, tem uma marca a cada centímetro e uma ponta não muito
afiada
Tuohy: romba e curva
Crawford: reta
o Cateteres epidurais: entre o ligamento amarelo e a dura-máter
Infusão continua para tratar uma dor pós-op
Doses menores
Cateter de calibre 19 ou 20
Avança 2-6 cm, ele pode se enrolar em uma raiz nervosa se for mais do
que isso
Fixação
Uma porta ou múltiplas laterais
o Técnica específica
Da pele até imediatamente após o ligamento amarelo
“perda de resistência”: introduzida até o ligamento interespinhoso;
introdutor é removido; seringa de vidro; resistência; mm a mm;
espaço epidural
“gota pendente”: canhão da agulha com solução com uma gota
pendente; avança; pressão negativa no espaço epidural
o Administração epidural de anestésico
Quantidade grande
Dose-teste: 3 ml de lidocaína a 1,5% com epinefrina a 1:200000
Se lidocaína for injetada intratecal: raquianestesia
15mcg de epinefrina intravascular: aumento da FC
Fentanil ou AL s/v
Dosagem fracionada: 5ml de AL – sintomas de injeção
intravascular, o mais devagar possível
o Fatores que afetam o nível do bloqueio
1-2ml de AL por segmento
Parcialmente afetada pela gravidade, dependendo do ângulo da
cabeça
Opiáceos: qualidade para aumentar
Epinefrina: qualidade e duração
o Anestésicos epidurais
Ação curta: lidocaína, clorprocaina, mepivacaina
Ação longa: bupivacaina, levobupivacaina, ropivacaina
Bolus inicial de 1-2ml por segmento. Doses repetidas em intervalos de
tempo fixo. Se regressão do nível sensitivo, reinjetar 1/3 da ½ da dose
inicial
Anestesia caudal
o Pediatria
o Cirurgia anorretal
o Porção sacral do espaço epidural
o Incisura acima do cóccix, entre os cornos sacrais, coberto pelo ligamento
sacrococcígeo, no hiato do conduto do sacro
o Combinada com geral
o Cirurgias urogenitais, retais, inguinais, extremidade inferior (cirurgias baixas)
o DL ou DV com um ou ambos os quadris flexionados
o Cateter de calibre 18-23, avançando com ângulo de 45º cefalicamente
o “estalo”
o Retifica e avança a agulha
o Aspiração à procura de sangue ou LCE, se negativa, pode prosseguir
Complicaçoes
o Bloqueio neuronal alto (raquitotal)
Dispneia (propriocepção de não respirar) e diminuição da sensibilidade
ou da motricidade em extremidades superiores
Tx: manutenção das vias aéreas, hipotensão, bradicardia
o Parada cardíaca na raquianestesia: mais difícil de tratar
Respostas vagais e/ou diminuição da pré-carga
Profilaxia com volume
Tto: bradicardia precocemente usa atropina
o Retenção urinária
S2-S4: diminuição do tônus da bexiga e inibe o reflexo da micção, não
dura muito tempo
Opiaceos
Homens é mais comum
Cateter urinário
o Anestesia ou analgesia inadequadas
Movimento da agulha, entrada incompleta no espaço subaracnoide,
injeção subdural ou perda da potência do anestésico
o Injeçao intravascular
SNC: crises convulsivas e inconsciência
SCV: hipotensão, arritmias, colapso CV
o Anestesia subaracnoide total
Epidural/caudal
“lavagem