Você está na página 1de 1

Beatriz Macacari – 341820563 – Medicina UNOESTE 1

Úlceras Crônicas de Perna


Úlceras venosas Localização: maléolo lateral ou porção pré- dos e cianóticos em pacientes com isquemia. mamente dolorosa, com sintomatologia
Formato: irregular com bordas bem definidas tibial, dorso dos pés e proeminências ósseas. A úlcera é sempre precedida de calosidade desproporcional ao tamanho da úlcera.
e comumente com exsudato amarelo. Pele ao redor da úlcera: pálida, fina, não dolorosa que pode evoluir para pontos Pulsos periféricos: presentes e normais.
Superficial no início que se torna profunda à descamativa, com pelos rarefeitos e unhas arroxeados e/ou enegrecimento indicativos Os pacientes apresentam, por definição,
evolução. espessas. de sofrimento tecidual e necrose. história de hipertensão arterial sistêmica (HAS)
Localização: porção distal dos membros Dor: piora ao elevar o membro e melhora ao Dor: não há, por conta da neuropatia. de longa data e mal controlada.
inferiores, no maléolo medial. mantê-lo pendente. Pulsos periféricos: geralmente preservados e Diagnóstico complementar
Pele ao redor da úlcera: dermatite ocre. Pulsos periféricos: muito reduzidos ou amplos. Podem estar diminuídos se Deve-se realizar a biópsia com Punch. Devido
Dor: quando presente, é de intensidade ausentes. associados a úlceras isquêmicas. ao crescimento rápido e à borda eritematosa,
variável; piora no fim do dia e melhora com a Diagnóstico complementar Diagnóstico complementar a UHM é frequentemente confundida com o
elevação do membro. ITB: se < 0,9 indica doença arterial periférica As principais sensibilidades que podem ser pioderma gangrenoso.
Pulsos periféricos: presentes. Quando e valores < 0,5 estão associados a testadas são: tátil, avaliada por meio dos
diminuídos ou ausentes deve ser investigada comprometimento arterial mais avançado e monofilamentos de nylon de Semmes-
a associação com DAOP. com baixa probabilidade de cicatrização. Se o Weinstein (estesiômetro); dolorosa, que pode
Geralmente associada com veias varicosas e ITB exceder 1,2 pode refletir calcificação ser testada com uma agulha e é mais sensível
edema de MMII. arterial, o que torna as artérias não do que o teste de sensibilidade tátil; térmica,
Exames complementares compressíveis, podendo ser utilizado o índice que pode ser feita com uso de tubos de ensaio
ITB: feito quando há dúvida de coexistência de hálux/braquial. com água quente e fria; e vibratória, feita com
doença arterial. Em pacientes idosos e/ou Medida transcutânea de oxigênio: a medida diapasão de 128 Hz.
com diabetes mellitus, quando apresentam da PO2 na derme é obtida em mmHg, com Pode-se lançar mão da ultrassonografia de
ITB > 1,2, está indicada a aferição do índice valores normais nos pés > 50. Um valor < 40 nervos periféricos. A eletroneuromiografia se
hálux/braquial, cujo valor > 0,6 sugere tem sido associado a hipóxia, capaz de torna importante para o diagnóstico
adequado fluxo arterial. comprometer a cicatrização, e < 30 está diferencial: padrão polineuropático simétrico
Mapeamento duplex venoso: avalia o sistema associado a isquemia crítica. e difuso no diabetes mellitus; padrão de
venoso profundo, superficial e as perfurantes. Também pode ser utilizado o eco-doppler, mononeuropatia múltipla assimétrica e focal
Em casos específicos podemos utilizar a angio-TC e angio-RM. na hanseníase.
flebografia, angio-TC venosa e angio-RM Úlceras neuropáticas Úlceras hipertensivas
venosa. Formato: anelar com borda calosa, o centro é Formato: úlcera fagedênica, necrótica.
Úlceras arteriais profundo e granuloso. Localização: região distal anterolateral da
Formato: arredondado, borda bem Localização: região plantar. perna e região do tendão de Aquiles.
demarcada; fundo pálido e por vezes Pele ao redor da úlcera: coloração dos pés é Pele ao redor da úlcera: halo eritematoso.
necrótico, com exsudato mínimo ou ausente. normal ou eritematosa, destinta dos pés páli- Dor: apresenta crescimento rápido e é extre-

Você também pode gostar