Reumatologia
Inicio do atendimento começa com o
profissional encontra o paciente, quando o
paciente entra no consultório é bom observar
a marcha, postura, pele e força ao apertar a
mão.
Boa avaliação → inspeção, palpação, medida
da mobilidade e função neuromuscular.
Inspeção
Edema, coloração, alinhamento das
articulações, lesões cutâneas e fraqueza
muscular, sempre comparar um membro com
o membro colateral.
Edema
Sinal de uma inflamação que pode indicar
uma artralgia se tornou uma artrite.
Inflamação na bainha de um tendão pode
causar edema periarticular
O cisto de Baker, também chamado de cisto
poplíteo, é uma lesão benigna, caracterizada
pelo acúmulo de líquido em uma pequena
bolsa que surge atrás do joelho (região
poplítea), formando um cisto, que se
apresenta como um nódulo abaixo da pele.
Edema bem definido: ex → olecrânio ou
patela pode indicar inflamação da Bursa
subcutânea, nódulo reumatóide, tofo gotoso,
xantoma ou depósito de amilóide.
Alargamento ósseo (osteofito) indicam
osteoartrite que são provocadas por lesões na
cartilagem, de uma inflamação crônica.
Palpáveis nas articulações interfalangianas
proximais (nódulos de Bouchard) ou distais
(nódulos de Heberden).
Variações de cor
Eritema (eritematosa) → vasodilatação dos
vasos cutâneos, podendo ser causado pela
gota (doenças por cristais).
Inflamação aguda → eritema
Áreas ao redor ficam com uma coloração
eritemato-violácea que simula uma celulite
infecciosa ou artrite séptica.
Icterícia: é o excesso de bilirrubina no sangue
(hiperbilirrubinemia)
A bilirrubina é formada quando a hemácia é
decomposto como um processo natural do
corpo, quando a hemácia está velho ou
danificada, assim a bilirrubina e transportada
para o fígado ela vai a vesícula biliar e forma
suco digestivo produzido pelo fígado, depois
vai para o trato digestivo e é eliminado nas
fezes e urina. Quando isso não acontece a
bilirrubina é cumulado no sangue e é
depositada na pele.
Sintomas
Urina escura e fezes clara (Bilirrubina apenas
eliminada na urina), coceira no corpo,
contudo a icterícia pode provocar poucos
sintomas no adulto.
Icterícia no recém-nascido pode provocar
lesão cerebral (querníctero)
Causas: doenças hepáticas, que podem
provocar náuseas, vômitos, dor abdominal e
vasos sanguíneos em forma de aranha
(angiomas de aranha)
Homens: mamas aumentadas, testículos
encolhidos, crescimento de pelos pubiano
igual nas mulheres.
Causas mais comuns de icterícia
Hepatite
Doenças hepática relacionadas ao álcool
Cálculos biliares ou tumor
Reação toxica
Cianose: coloração azulada da pele
decorrente de oxigenação insuficiente do
sangue.
Pode ser decorrente de doenças pulmonares
ou cardíacas graves
Principais locais afetados: unhas, lábios,
mucosa.
Tipos de cianose
Pode ser classificada segundo a velocidade,
fluxo, quantidade de sangue oxigenado que
chega aos órgãos.
Cianose de extremidade (periférica): possível
ver a ponta dos dedos das mãos ou dos pés,
afetando mais os membros
Cianose labial pode ser decorrente do frio
extremo ou uso de roupas apertadas
Cianose mista afeta os pulmões e o coração
Cianose central sangue chega nas artérias já
sem oxigenação, sendo por causa pulmonar.
Causas
Pneumopatias, embolia pulmonar, doenças
cardíacas, trombose, alterações na
hemoglobina, intoxicação
Hiperemia: aumento na quantidade de
sangue circulante em um determinado órgão
e/ou região do corpo do paciente.
Pode indicar infecção, inflamação ou
traumatismo
Os tecidos hiperemiados apresentam uma
coloração mais avermelhada (eritema) que o
usual, devido ao ingurgitamento sanguíneo
que ocorre na região. É muito comum em
tecidos onde há inflamação em curso.
Equimose: mancha roxa na pela que
acontece pelo extravasamento de sangue dos
vasos sanguíneos para a pele, muito comum
pós trauma, contusões ou efeito colateral de
medicamentos.
Pode durar de 1 a 3 semanas, e nesse período
vai mudando de cor, passando de roxo para
amarelo esverdeado
Causa
Contusão, cirurgias, fraturas nos ossos, varizes,
uso da medicamentos, plaquetas baixas,
hemofilia, leucemia
Palidez:
Pessoas com palidez no rosto podem
apresentar, por exemplo, uma falta de
exposição ao Sol. Isso não necessariamente é
uma condição médica, mas pode ser um
indicador, por exemplo, de deficiência em
vitamina D, um quadro médico que é capaz
de causar uma série de sintomas, como a
fadiga excessiva e a sonolência.
A anemia e a palidez são muito associadas, já
que a perda de coloração da pele tem
grande relação com a deficiência de ferro.
Isso é especialmente verdade caso a pessoa
apresente palidez e olheiras, uma vez que eles
são indicadores dessa condição.
Uma pessoa com palidez repentina pode estar
apresentando uma emoção forte, como
surpresa e choque, sendo que isso não é um
caso clínico de gravidade. Entretanto, a
palidez repentina, combinada com sudorese
excessiva e dor no peito podem ser sinais
precoces de infarto.
A palidez infantil precisa ser observada com
muita atenção e cuidado, já que a palidez é
um dos principais sintomas iniciais de câncer
em crianças, como a leucemia.
Deformidades
Articulações inflamadas podem adotar
posições para minimizar a pressão ou reduzir a
dor, mas que de forma prolongada (artrite
crônica) pode gerar deformidades em flexão,
levando a deformidades e desalinhamento
das articulações.
Atrofia muscular
Decorrente por falta de uso, doença
neurológica, inflamação de uma articulação
próxima ou miosite associada (inflamação dos
músculos)
Sinovite de joelho pode indicar atrofia do
musculo quadríceps, formando uma
concavidade logo acima do joelho mais
acentuada na porção medial.
Hipersensibilidade
Pressionar com mesma intensidade todos os
grupos de articulações e estruturas adjacentes.
É importante lembrar que a cápsula articular e
o periósteo são estruturas sensíveis à dor, mas a
cartilagem articular e os meniscos são
indolores.
Edema: derrame sinovial tem a consistência de
uma bola de borracha oca.
Inflamação da bainha de um tendão →
edema rearticular mole ao longo da
distribuição do tendão.
Osteófitos induzem a hipertrofia → nódulos de
Heberden e Bouchard
Temperatura: aumento da temperatura indica
inflamação subjacente, sempre usar o dorso d
mão (0,5°c)
Crepitação: a mobilidade articular pode
produzir estalos ou sensação de “quebra”
(crepitação), indica que a superfície articular
esta degenerada e possui contato ósseo.
Bainha dos tendões podem causar crepitação
quando estão inflamadas.
Normal → movimento do tendão sobre o osso
ADM: movimento ativo permite a avaliação da
mobilidade articular, movimento passivo
permite um exame mais completo da função
articular. A amplitude de movimento normal
varia de acordo com a idade e o sexo: a
flexibilidade tende a diminuir com a idade, e
as mulheres costumam ser mais flexíveis que os
homens.
Exame musculoesquelético completo →
exame neurológico, exame sensitivo e motor
Miopatias inflamatórias são típicas de fraqueza
e atrofia músculos próximas
Doenças imunomediadas afetam o sistema
nervoso central e periférico
Exame físico: a natureza do problema do
paciente deve orientar a ênfase em um
determinado aspecto do exame.
Fatores que reduzem a mobilidade da
articulação
Lesão óssea ou da cartilagem articular
Grandes derrames sinoviais
Corpos livres intra-articulares
Subluxação da articulação
Ancilose fibrosa ou óssea
Contratura da cápsula ou dos tendões
adjacentes
Irritação da estrutura com sensibilidade
dolorosa na articulação ou em torno dela
Avaliar a força do MMII: paciente sentado
pedir que ele fique de pé sem usar os braços
Fraqueza: paciente cairá no inicio do processo
Avaliar a coluna e membros inferiores anterior
e posterior: procurar por escoliose ou cifose,
genovalgo ou varo, pé plano e presença de
ombro caído ou escapula proeminente que
sugere escoliose.
◊ A presença de um ombro ou escápula
proeminente sugere escoliose. Se a assimetria
desaparecer quando o paciente se dobrar
para a frente, a coluna vertebral
provavelmente está normal e a escoliose é
considerada “funcional”, ou seja, causada por
processos como doença do quadril, diferenças
no tamanho das pernas ou irritação de raízes
nervosas.
◊ A escoliose estrutural, por sua vez, é
decorrente de anomalias da coluna vertebral
e das costelas, causadas por doenças dos
ossos, nervos ou músculos.
Avaliação das mãos
Observar unhas dos dedos em busca de
baqueteamento, descoloração, capilares
periungueais dilatados e outras alterações
distróficas.
Palpar interfalangianas distais – IFD
Metacarpofalangianas – MCF
Pedir ao paciente para cerrar o punho, de
modo a fazer uma avaliação aproximada da
função da mão. Testar separadamente
qualquer articulação anormal e palpar os
tendões flexores em busca de nódulos ou
crepitação.
Quando a flexão ativa diminui mas a passiva
permanece, avaliar a possibilidade de
aderências dos tendões flexor profundo e
flexor superficial do dedo.
Avaliação do punho
1. Palpar o dorso do punho com os
polegares e deslizar até o espaço
articular, se tiver sinovite a região estará
espessamento tecidual
Achados de artrite reumatoide: edema,
hipersensibilidade, mobilidade aumentada
estiloide ulnar
2. Flexionar e estender o punho – ADM,
esse movimento também pode
detectar cistos ganglionares
3. Palpar as interfalangianas, região
superior, superior e laterais e somente
laterais
4. Exame as articulações
metacarpofalangianas
A dor e a hipersensibilidade na porção radial
do punho são características de tenossinovite
do abdutor longo e do extensor curto do
polegar.
Teste de Finkelstein para tenossinovite,
paciente vai sentir uma dor aguda ao longo
da borda distal do rádio
Teste de Tinel para síndrome do túnel do
carpo: segurar o punho em ligeira extensão e
percutir a face volar da porção distal do
tendão do palmar longo. Se houver irritação
do nervo mediano, haverá uma sensação de
choque elétrico no antebraço ou em um ou
mais dos primeiros três dedos.
Em caso de duvida fazer o teste de Phalen
Avaliação do cotovelo
Palpar ao longo da ulna proximal e sobre o
processo do olecrânio para detectar nódulos.
Buscite: aumento do volume em forma de bola
de golfe bem em cima do olecrano
Espessamento sinovial e os derrames articulares
são facilmente palpáveis
Epicôndilo medial hipersensível indica
epicondilite medial
Hipersensibilidade no epicôndilo lateral
Aplicar resistência nos movimentos costuma
causar dor
Avaliação do ombro
Testar a abdução: paciente tocar a cabeça
com a palma da mão
Rotação interna e a adução: paciente tocar a
escapula contralateral passando o braço
pelas costas
Rotação externa e abdução: pedir ao
paciente para tentar tocar a escápula
contralateral passando o braço por cima da
cabeça.
Procurar anomalias durante o movimento
Dor pode indicar Bursa inflamada ou lesão nos
tendões do manguito rotador
Avaliar articulação glenoumeral: rotação
interna e externa com cotovelo em 90°
Palpar as regiões: abaixo do acrômio, inserção
do tendão do supra-espinhal, art.
Acromioclavicular, cabeça longa do bíceps.
Procurar áreas hipersensíveis: borda medial da
escápula, o trapézio superior e os ligamentos
que unem os processos transversos das
vértebras cervicais inferiores.
Artrocentese e infiltraçao articular
Artrocentrse é um exame do líquido sinovial,
indicado para artrite de microcristais e
infecciosa
A retirada do liquido é feita com a articulação
posicionada de uma forma a diminuir a
pressão intra-articular
Avaliação: transparência, cor, contagem das
células (citometria), pesquisa de cristais e a
cultura.
Indicações
Avaliação inicial de monoartrite aguda →
descartando artrite séptica
Artrite infeccionas: leucócitos >100.000/µl ou
mais na maioria dos casos e leucócitos
polimorfonucleares >95%
Exame de Gram → cultura
Diagnostico diferenciado
Principal diagnostico de monoartrite aguda é na região epidural aliviar o problema é na
a artropatia por cristais (gota) lombar.

Achados: ácido úrico 80 a 90% dos Aspiração: a retirada do liquido diminui a

pacientes, raramente contagem de leucócitos pressão intra-articular e alivia a dor, Nas
até 100.000/µl articulações sépticas, pode ser necessária
aspiração diária para prevenir o reacúmulo de
Também é importante realizar cultura e
líquido sinovial inflamatório.
antibiograma, pois alguns pacientes vão
apresentar infecção concomitante Um grande volume de liquido com sangue
(hemartrose) pode distender as estruturas
Artrite degenerativa apresenta processo de
periarticulares causando frouxidão e também
uma monoartrite mas costuma ser não
a aderência.
inflamatório.
Injeção: As injeções locais de corticóides com
A artrocentese também detecta: doenças
lidocaína são um valioso recurso no
raras monoarticulares, tumores, metástase,
tratamento de doenças articulares. A injeção
sinovite vilonodular pigmentada, coagulação
pode ser feita nas bursas, articulações,
e hemartrose recorrente
tendões, pontos dolorosos nos tecidos moles.
A análise do líquido sinovial é frequentemente
Os corticóides podem ser injetados, com
o único modo de distinguir entre uma doença
razoável expectativa de benefício clínico, em
poliarticular não-inflamatória, como a
articulações, cistos sinoviais, estruturas
osteoartrite e patologias poliarticulares
peritendíneas, bursas, inserções ligamentares,
inflamatórias, tais como a artrite reumatóide ou
pontos dolorosos e tecidos periarticulares. Os
a artrite psoriática.
pacientes devem ser informados de que as
Artrite não-inflamatória: liquido transparente, injeções locais de corticóides nem sempre são
cor clara amarelada, alta viscosidade, curativas, embora sejam úteis em muitos casos.
leucócitos <2.000/µl e menos de 25% de
Não deve fazer infiltração mais de 3 vezes ao
leucócitos polimorfonucleados, Gram negativa
ano
pode indicar osteoartrite
O uso repetido de injeções de glicocorticóides
Artrite inflamatória: líquido translucido a opaco,
deve ser criterioso, pois o excesso de injeções
coloração branca a amarelada, leucócitos
pode causar frouxidão das estruturas de
2.000 a 75.000/µl raramente chegam á 100.000,
sustentação periarticulares, atrofia de tecidos
50% são polimorfonucleados, Gram negativa,
moles ou dissolução óssea.
pode indicar Artropatia auto-imune como
artrite reumatoide, LES e as Tipos de artrite
espondiloartropatias, artropatias por cristais,
Artrite inflamatória: >2.000/mm³
artropatias pós-infecção e também artropatias
não infecciosa difícil de detectar Achados: pacientes apresentam dor e rigidez
nas articulações acometidas que pioram pela
Artrite Séptica: liquido opaco as vezes branco,
manhã ou após períodos de inatividade e
baixa viscosidade, leucócitos >100.00/µl, pode
melhora com atividade leve e moderada,
tem leucócitos em 50.000/µl, Gram positiva,
também podem apresentar calor como na
indicativo de artrite bacteriana
gota e art. Séptica e eritema na pele.
Artrite hemorrágica: liquido vermelho e opaco,
Laboratorial: velocidade de
cultura negativa, típico de traumatismo,
hemassedimentação (VHS) e proteína c
tuberculose, sinovite, neoplasia, coagulopatias
reativa (PCR) elevados
e artrite de Charcot
Artrite não-inflamatória: <2.000/mm³
Indicações terapêuticas para artrocentese
Dor que piora na atividade e melhora no
injeção de lidocaína no quadril aliviar a dor a
repouso, rigidez de curta duração e em geral
origem do problema é no quadril, se a injeção
não sendo sintomas dominantes, VHS e PCR
são normais na maioria dos casos
Artrocentese ajuda na detecção de artrite
inflamatória e não-inflamatória
Sintomas
Febre indicativo de infecção
Pacientes com art. Séptica e infecção
gonocócica podem apresentar febre,
também podem apresentar febre a artrite que
não é uma infecção ativa, a doença de Stil e
LES podem apresentar febre >39ºC
Febre acima de 38,3ºC pode indicar artrite
reumatoide encontrada em até 1% dos
pacientes
Manifestações extra-articulares
glomerulonefrite, anormalidades pulmonares,
inflamação ocular, erupções cutâneas, e
neuropatia periférica podem indicar que a
artrite é a manifestação de uma doença
reumática sistêmica ou de uma vasculite.
Comorbidades
história arrastada de diabetes melito sem
controle adequado apresentam risco muito
maior de artropatia de Charcot nos pés e
limitação da mobilidade articular nas mãos
fatores de risco para osteonecrose:
corticoterapia prévia e abuso de álcool,
apresentando sintomas de dor no quadril
O uso de drogas injetáveis traz o risco de artrite
séptica, endocardite e infecção por hepatite
B, hepatite C e vírus da imunodeficiência
humana
Artrite início – características clinicas
Aguda: duração de horas
A artrite de início agudo costuma ser
inflamatória, exceto em casos de traumatismo.
A artrite séptica e a artrite induzida por cristais
em geral têm início abrupto, e os pacientes
frequentemente procuram um médico horas
ou poucos dias após o início dos sintomas.
Crônicas: dias ou semanas
Monoartrite: 1 articulação
Oligoartrite: 2 a 4 articulações
Poliarticular: 5 ou mais articulações
Podem ser simétricas ou assimétricas
Desalinhamento preciso das articulações
acometidas
Inflamação ou não-inflamação
Sintomas constitucionais
Doenças extra-articulares
Comorbidades
Avaliação clínica inicial
As causas mais comuns de monoartrite aguda
são infecção, artrite induzida por cristais e
traumatismo, pacientes com derrames
articulares de início recente em geral atribuem
as anomalias a choques incidentais, torções ou
outros pequenos traumatismos.
Artrocentese é indicada em casos de
monoartrite aguda inexplicada, é avaliado o
liquido sinovial: cultura, coloração, Gram,
contagem das células e presença de cristais.
Orientar o diagnostico diferenciado
Artrite séptica não-gonocócica: leucócitos
>50.000/mm³, sendo frequente >100.000/mm³
Art. Séptica gonocócica: 34.000/mm³
Art. Por cristais (gota): >50.000/mm³ sendo raro
>100.000/mm³
A coloração de Gram do líquido sinovial para
pesquisa de bactérias é relativamente pouco
sensível com 25 a 50% de negativos falsos na
artrite séptica não-gonocócica e
substancialmente maior nas infecções
gonocócicas.
Cultura do liquido é um teste sensível para art.
Séptica gonocócica em 90% dos casos.
Art. Gonocócica: positivo em 20 a 50% dos
casos dependendo da cultura da faringe,
uretra, cérvice e reto que em conjunto
produzem 80 a 90% de positividade
Exames de imagem: radiografia não
contribuem muito para a monoartrite não-
traumática
Diagnostico
Pacientes com artrite séptica podem se
manter afebris e sem leucocitose periférica, ao
passo que aqueles com artrite por cristais
podem ter febre e leucocitose periférica. A
hiperuricemia não confirma o diagnóstico de
gota, e um paciente com gota pode
apresentar uricemia normal durante uma crise
aguda. Atrasos no tratamento de uma artrite
séptica não-gonocócica podem causar
grande morbidade devido à destruição da
cartilagem articular.
Monoartrite não-inflamatória
Osteoartrite monarticular costuma produzir
queixas crônicas, mas com dor de inicio
agudo.
Hemartrose: A presença de sangue na
artrocentese pode ser sinal de fratura ou outro
traumatismo da articulação. Também ocorrem
em pacientes que usam coagulantes.
A causa mais comum de oligoartrite aguda é
a infecção gonocócica disseminada em
indivíduos jovens e sexualmente ativos. A artrite
séptica não-gonocócica em geral é artrite gonocócica apresenta dor acentuada
monoarticular, mas acomete mais de uma
articulação em até 20% dos casos.
As espondiloartropatias costumam causar
oligoartrite assimétrica. A fecção por
parvovírus B19 costuma causar uma poliartrite
verdadeira, mas às vezes provoca oligoartrite.
A análise e a cultura do líquido sinovial são
essenciais na avaliação da oligoartrite aguda.
Mesmo sem sintomas, devem ser realizadas as
culturas de faringe, uretra, cérvice e reto.
As radiografias das articulações são úteis
apenas raramente na poliartrite aguda e
podem ser adiadas até que esteja claro o
diagnóstico de poliartrite.
Diagnostico diferenciado
O padrão de poiartrite viral muitas vezes simula
o da artrite reumatóide, no inicio da evolução
da artrite reumatóide, o fator reumatóide e o
anti-CCP têm sensibilidade semelhante (cerca
de 50%), mas o anti-CCP é mais especifico.
Teste de AAN têm praticamente 100% de
sensibilidade para LES, mas são pouco
específicos, também é positivo para poliartrite
e poliartralgia.
O diagnostico diferenciado é influenciado
pela articulação acometida.
Avaliação laboratorial
exame do liquido sinovial, cultura, contagem
das células, Gram, pesquisa de cristais,
hemograma, eletrólitos, creatinina séricos,
urina e medidas de VHS e PCR.
Pacientes com monoartrite inflamatória e
culturas negativas para bactérias devem ser
submetidos a exames para doença de Lyme.
As radiografias podem auxiliar na avaliação de
processos presentes há semanas ou mais
tempo, sendo capazes de indicar o
diagnóstico correto em casos de infecção,
osteoartrite, osteonecrose, articulações
neuropáticas.
Diagnostico – Artrite inflamatória
A maioria dos pacientes com artrite séptica e
na articulação acometida e busca auxílio
médico horas ou dias após o início dos
sintomas.
A doença de Lyme crônica pode induzir uma
monoartrite inflamatória, muitas vezes do
joelho, com leucocitose de 10.000 a 25.000
mm3 (valores típicos) no líquido sinovial.
Os esfregaços para bacilos álcoolácido
resistentes são positivos em apenas 20% dos
casos; culturas para micobactérias têm 80% de
positividade, mas levam semanas, em caso de
tuberculose articular.
Artrite não-inflamatória
A principal causa de monoartrite não-
inflamatória é a osteoartrite, em especial na
articulação do quadril, joelho da primeira
articulação carpometacarpiana ou da
acromioclavicula.
A dor e sentida em muitos casos de
osteonecrose, que pode ocasionar grandes
derrames articulares, na osteonecrose precoce
as radiografias aparecem normal, exigindo
uma RM, dor no quadril com radiografia
normal deve levantar a suspeita de
osteonecrose precoce.
Em muitos casos, o diabetes melito é a única
causa da artropatia neuropática, diagnóstico
que deve ser lembrado em pacientes
diabéticos com artrite do pé, tornozelo ou
joelho, mas o aspecto típico do líquido
articular é não-inflamatório.
Avaliação clínica: A causa mais comum de
oligoartrites inflamatórias crônicas são as
espondiloartropatias.
Osteoartrite: apresentação comum é a
oligoartrite não-inflamatória dos quadris e
joelho.
Avaliação laboratorial
A distinção entre oligoartrite crônica
inflamatória e não-inflamatória pode muitas
vezes ser feita com base na clínica, mas a
confirmação requer a contagem de leucócitos
no líquido sinovial.
Casos inflamatórios é Comum:
Espondiloartropatias Artrite reativaa Espondilite
ancilosantea Artrite psoriáticaa Doença
intestinal inflamatóriaa Artrite reumatóide em
apresentação atípica Gota.
Casos não-inflamatórios é comum: Comuns
Osteoartrite Incomuns ou raras Hipotireoidismo
Amiloidose.
Diagnostico diferencial
Como a apresentação mais típica das
espondiloartropatias é uma oligoartrite
assimétrica, ao passo que a artrite reumatóide
em geral é uma poliartrite simétrica.
Espondilite anclosante: inflamação no
esqueleto axial com sacroiliíte que provoca
dor e rigidez na região lombar, principalmente
pela manhã, padrão comum também nas
outras espondiloartropatias. Tenossinovite que
pode provocar dedo de salsicha (dactilite),
também pode ser encontrada na sarcoidose e
gota.
A artrite reativa e a artrite da doença
inflamatória intestinal têm predileção pelos
membros inferiores. A artrite reumatóide
sempre acomete as mãos, com mais de 90%
dos casos evoluindo com artrite dos punhos.
As úlceras orais da artrite reativa, são indolores
e muitas vezes só são vistas quando
procuradas especificamente pelo médico,
uma história pregressa de uveíte anterior pode
ser um indício importante da presença de uma
espondiloartropatia.
A principal causa de poliartrite inflamatória
crônica é a artrite reumatóide, e a principal
causa de poliartrite não-inflamatória crônica é
a osteoartrite.
Avaliação laboratorial: Se for possível a
artrocentese, deve-se obter líquido sinovial e
enviá-lo para contagem de células e pesquisa
de cristais. Os exames laboratoriais de rotina
(hemograma completo, eletrólitos e creatinina
séricos e urinálise) também devem ser
realizados.
Radiografia é indicada em casos de poliartrite
recorrente da mão.
osteoartrite e a artrite reumatóide têm
diferentes padrões de acometimento articular
da mão. A osteoartrite envolve as articulações
interfalangianas distais (IFD), interfalangianas
proximais (IFP) e a primeira articulação
carpometacarpiana, ao passo que a artrite
reumatóide acomete as IFP,
metacarpofalangianas (MCF) e dos punhos. A
osteoartrite em geral não acomete as
articulações MCF, dos punhos, cotovelos,
glenoumerais e tornozelos, A artrite reumatóide
costuma poupar as articulações IFD, a coluna
torácica e a lombossacra, além das
articulações sacroilíacas. As alterações
psoriáticas das unhas do dedo acometido
também são frequentemente encontradas
quando há acometimento psoriático de uma
articulação IFD, A infecção crônica por
hepatite C está associada a uma poliartrite
simétrica, a gota não está associada ao fator
reumatóide (quase todos os casos de artrite
reumatóide nodular são soropositivos) e as
erosões da gota e da artrite reumatóide têm
características radiográficas diferentes. A
artrite reumatóide é a principal causa de
poliartrite inflamatória crônica.