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Fisioterapeuta

Naiana Deodato da Silva

FRATURAS
Conceito

⚫ Fratura é toda solução de descontinuidade do tecido


ósseo. É acompanhada de vários graus de lesão em
tecidos moles.
Conceito

⚫ Luxações: É quando os ossos das articulações deixam


de se tocar ou seja, perdem o contato entre si.
Conceito

⚫ Entorse: Rompimento ou estiramento do ligamento da


articulações, que também pode ser entendido como
uma distensão brusca de uma articulação, além de seu
grau normal de amplitude.
IDENTIFICAÇÃO DAS FRATURAS

⚫ Local: diafisária, metafisária, epifisária, intra-articular;


⚫ Extensão: completa, incompleta;
⚫ Configuração: transversa, oblíqua ou espiral, cominutiva (dois ou
mais fragmentos);
⚫ Relação entre os fragmentos: sem desvio, com desvio;
⚫ Relação com o ambiente: fechada (pele intacta), aberta (a fratura
ou objeto penetrou a pele);
⚫ Complicações: locais ou sistêmicas; relacionadas à lesão ou ao
tratamento.
SINTOMAS E SINAIS DE UMA POSSÍVEL FRATURA

⚫ História de queda, golpe direto, acidente;


⚫ Dor localizada agravada pelo movimento;
⚫ Defesa muscular durante o movimento passivo;
⚫ Diminuição da função naquela parte;
⚫ Edema, deformidade, movimento anormal (pode
ou não ser óbvio);
⚫ Sensibilidade aguda evidente no local
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Localização Anatômica:
⚫ 1.Intra Articulares
⚫ 2.Extra Articulares
⚫ -Epífise
⚫ -Placa de crescimento
⚫ -Metáfise
⚫ -Diáfise
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Quanto ao tipo:
⚫ -Incompleta (galho verde): lesa só uma cortical
⚫ -Completa
⚫ Direção da linha de fratura:
⚫ -Obliqua
⚫ -Transversal
⚫ -Espiral
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Quanto ao número de fragmentos:


⚫ -Cominutiva: múltiplas extensões –fragmentos
pequenos
⚫ -Dupla
⚫ -Simples
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Outras denominações de Fraturas:


⚫ “impactada”–a diáfise é impulsionada para dentro da
extremidade esponjosa
⚫ “expostas”–tecidos moles sobrejacentes são rompidos
FRATURA EXPOSTAS
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILLO E ANDERSON
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Outras denominações de Fraturas:


⚫ “fechada”–quando a pele ainda está intacta
⚫ “patológicas”–osso é quebrado através de uma área
enfraquecida por doença pré-existente, por um grau de
esforço que teria deixado intacto um osso normal
⚫ Ex.: osteoporose/metástase óssea
CLASSIFICAÇÃO

⚫ Outras denominações de Fraturas:


⚫ por esforço ou estresse” –o osso também reage ao
carregamento repetido, podendo levar à fadiga
desenvolvendo uma fenda que pode levar a fratura
completa
⚫ Ex.: militares/atletas
CAUSAS E TIPOS DE FRATURAS
BIOMECÂNICA DAS FRATURAS

⚫ Forças internas e externas são geradas ou repelidas pelo corpo durante as


atividades diárias, influenciando se o osso fratura sob estresse ou não

⚫ -Externas: força de reação, atrito, gravidade e forças pelo contato

⚫ -Internas: contrações musculares, contatos das articulações e forças de


cisalhamento faz articulações

⚫ Saúde musculoesquelética depende da capacidade dos tecidos biológicos


de suportar essas tensões durante as atividades
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA APÓS UMA FRATURA

⚫ Divide-se em três fases:

1. Fase inflamatória: quando ocorre a formação de


hematoma e proliferação celular;
2. Fase de reparo: quando há formação de calo ósseo
que une a fenda e a ossificação;
3. Fase de remodelamento: durante a qual ocorre
consolidação e remodelamento do osso.
Tempo de cicatrização: varia com a idade do paciente, local e
tipo de fratura, suprimento ósseo para os fragmentos e se
houve desvio. Crianças cicatrizam em 4 a 6 semanas,
adolescentes, em 6 a 8 semanas, e adultos, em 10 a 18
semanas.
Controle de Dano
⚫ “Baseia-se nas respostas inflamatórias e metabólicas sistêmicas e pós-trauma
que colocam a vida em risco, controlando-as e retardando procedimentos até
a estabilização do paciente, reduzindo óbitos”

⚫ Causa de óbitos:
⚪ Falência metabólica em cirurgia por ser paciente “In extremis”
⚪ Insucesso no difícil reparo definitivo de lesões de risco de vida

⚫ Estágios:
⚪ Imediato: controle de hemorragia, ventilação e ou infecção que
coloquem a vida em risco
⚪ Intermediário (08-24Hrs): Suporte avançado de vida e estabilização no
CTI
⚪ Definitivo: Cirurgia agora em paciente já estável
TIPOS DE FIXAÇÃO
ASPECTOS GERAIS
⚫ TIPO DE FRATURA: ⚫ ESTABILIDADE ou
⚫ Diafisária INSTABILIDADE
⚫ Articular ⚫ GRAU DE MOVIMENTO
⚫ Simples DESEJADO
⚫ Complexa ⚫ Consolidação PRIMÁRIA
OU SECUNDÁRIA
Escolha do Fixador?
Tração Trans-Esquelética (TTE)
GESSO E TALAS
PLACAS
PLACA ANGULADA
Fixador linear x Fixador Circular
FRATURAS
DIAGNÓSTICO

Quadro Clinico
⚫ Relato (anamnese):
⚪ História de trauma
⚪ Dor
⚫ Exame físico
⚪ Dor e crepitação óssea
⚪ Aumento de volume
⚪ Impotência funcional
⚪ Deformidade – mobilidade anômala (dolorosa)
⚪ Lesão de partes moles associadas (i.e: exposição óssea)
⚪ Avaliar lesão
⚫ Radiológico:
⚪ RX (sempre no mínimo em 02 incidências)
⚪ TC, RM etc.
TRATAMENTO
Objetivos fisioterapêuticos
durante e após imobilização
⚫ Diminuir o quadro álgico;
⚫ Reduzir o edema;
⚫ Melhorar a circulação local;
⚫ Manter e melhorar o tônus muscular;
⚫ Manter a integridade articular;
⚫ Melhorar tônus muscular;
⚫ Reeducação funcional do membro.
Princípios de tratamento – período
de imobilização
⚫ Paciente deve ser examinado para identificar
comprometimentos e determinar o estado funcional
corrente, o nível de atividade e o resultado desejado;

⚫ É importante manter as estruturas nas áreas relacionadas


em um estado mais próximo possível do normal;

⚫ Durante a imobilização no leito exercícios gerais para as


porções não envolvidas do corpo devem ser iniciados
para minimizar alterações fisiológicas secundárias;

⚫ Adaptações funcionais.
Princípios de tratamento – período
de imobilização
⚫ Redução do edema;
⚫ Reduzir a dor;
⚫ Atrofia muscular;
⚫ Monitorizar a circulação e a sensibilidade;
⚫ Evitar fibrose.
Período pós-imobilização

❑ SINAIS E SINTOMAS:

⚫ Diminuição na ADM, na mobilidade intra-articular e na


flexibilidade muscular;
⚫ Hipotrofia muscular;
⚫ Dor nas estruturas que foram imobilizadas;
⚫ Dano aos tecidos moles.
Intervenções Típicas

⚫ Mobilização articular;
⚫ Alongamento e inibição muscular;
⚫ Atividades funcionais;
⚫ Desempenho muscular;
⚫ Mobilidade do tecido cicatricial.
Intervenções Típicas
D O
A N
T IC
A
PR
Paciente R. F. S. 44 anos com fratura distal de Tíbia, apresenta como Q.P dor
no membro fraturado, passou por cirurgia a um mês como colocação de
fixador externo do tipo linear, o mesmo possui histórico de diabetes tipo II,
hipertensão e osteoporose; Tabagista.
Paciente G. R. S. 07 anos de idade, responsável relata que o mesmo fraturou o
antebraço (rádio) em uma corrida de bicicleta com outras crianças.
Responsável relata ainda que o mesmo não tem histórico de doença crônica,

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