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Patógenos primários:

Introdução ▪ Organismos capazes de causar doenças sempre:


Arranjos bacterianos: ▪ Shigella; Salmonella; Yersínia; Escherichia coli;
▪ Esporos bacterianos; Cocos; Diplococos; Bactéria flagelada; Klebsiella pneumoniae
Estreptococos; Estafilococos; Espirilos; Vibriões; Bacilos
Podem ser Gram + ou Gram – Patógenos oportunistas:
▪ Organismos que podem causar doenças em determinadas
Gram + condições ou em alguns hospedeiros.
▪ Possuem camadas de peptideoglicano maior; ▪ Escherichia coli; Klebsiella pneumoniae; Proteus;
▪ Ácidos teicoicos – polissacarídeos que estão ligados ao Serratia; Enterobacter; Morganella; Providencia
peptideoglicano ou a membrana plasmática.
▪ Coram-se com violeta genciana. Crescimento em MacConkey – meio com sais biliares e cristal
violeta.
Gram - ▪ Lac + → produzem ácido e diminuem o pH
▪ São mais complexos; ▪ Lac - → utilizam as peptonas e aumentam o pH.
▪ Presença de LPS
Bacilos
Lac + Lac - Lac -
O que confere patogenicidade as bactérias Oxidade - Oxidase - Oxidade +
▪ São os fatores de virulência: Enterobactérias
▪ Fatores de colonização que são responsáveis por fazer a Escherichia coli Salmonella Pseudomonas
bactéria conseguir se estabilizar num local. Contam com Serratia Shigella Burkholderia
presença de Adesinas (estruturas que favorecem a Citrobacter Yersínia
adesão); Invasinas e Evasinas (estruturas que auxiliam a Klebsiella Proteus
combater o SI) Enterobacter
▪ Fatores de lesão – contam com a presença de
Superantígenos; Exotoxinas (não faz parte da bactéria, ela Bateria de provas bioquímicas para diferenciar os
precisa produzir toxinas); Endotoxinas (estruturas gêneros:
próprias da bactéria que agem como toxinas, exemplo -
▪ Produção de gás;
LPS); Enzimas hidrolítica (hialuronidase; colagenase;
▪ Presença de H2S;
protease).
▪ Fermentação de glicose/sacarose;
▪ Indol;
Qual a sequência de eventos que se seguem ▪ Motilidade;
a infecção? ▪ Ornitina;
1. Entrada através do epitélio lesão → invasão tecidual → ▪ Citrato;
lesão tecidual local; Doença aguda generalizada; ▪ Urease;
Doença crônica; Sobrevivência influenciada pela ▪ Descarboxilação da lisina
gravidade da infecção. ▪ Fenilalanina desaminase.
2. Aderência a pele ou as membranas mucosas →
replicação na superfície epitelial com colonização → Estruturas antigênicas:
invasão tecidual → lesão tecidual local; Doença aguda ▪ Cadeias laterais de lipopolissacarídeos O;
generalizada; Doença crônica; Sobrevivência ▪ Cápsula;
influenciada pela gravidade da infecção. ▪ Flagelos (H);
3. Engolfamento por células fagocitárias nas membranas ▪ Envoltório da cápsula.
mucosas → sobrevivência em fagócitos e
transferência para dentro dos tecidos → lesão tecidual Principais doenças
local; Doença aguda generalizada; Doença crônica; ▪ Infecções intestinais → diarreia em neonatos
Sobrevivência influenciada pela gravidade da ▪ Infecções septicêmicas
infecção. ▪ Infecções do trato urogenital → cistite e piometra em cães
4. Engolfamento por células fagocitárias nas membranas ▪ Infecções hospitalares.
mucosas → destruição por fagócitos.

Enterobactérias Escherichia coli


▪ 47 gêneros;
▪ Habitante normal da microbiota gastrointestinal dos
▪ Mais de 170 espécies;
mamíferos
▪ Bacilos G-
▪ Um dos moos mais estudados em todo o mundo;
▪ Tamanho variável;
▪ Principal moos indicador de contaminação fecal em
▪ Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos;
alimentos.
▪ Podem ou não ser móveis (presença de flagelos);
▪ Existem cepas patogênicas e não-patogênicas.
▪ Principais componentes da microbiota intestinal.
▪ Catalase + → quebra peroxido de hidrogênio em água e
oxigênio H2O2 → H2O + O Classificação por ANTÍGENO:
▪ Oxidase – ▪ Capsulares (K) → 80
▪ Fermentadores de glicose ▪ Somáticos – LPS (O) → 165
▪ Crescem em meio de cultura comum – meios diferenciais para ▪ Proteínas flagelares (H) → 50
identificação.
Sorotipos mostram preferencias por hospedeiros, idade Oportunistas:
e são encontrados com maior frequência em ▪ Piometra em cadelas
determinadas doenças. ▪ Metrite
▪ Onfalite em bezerros, cordeiros e pintinhos
Exemplo: O157:H7 ou O149:H10 ▪ Contaminação de feridas – pequenos animais
Antígeno somático ligado ao LPS 157 e antígeno flagelar 7 ▪ Otite em cães.

Fimbrias (adesinas) – causam colibacilose Diagnostico:


A K88 (F4) – em leitões neonatos → E. coli com ▪ E. coli que causam diarreia são hemolíticas em ágar sangue.
fímbrias 4, capsular 88 afeta apenas leitões neonatos. As próprias da microbiota intestinal não são hemolíticas.
A K99 (F5) – bezerros e cordeiros. ▪ Lactose + em MacConkey.
▪ Indol +; motilidade +/-; presença de H2S; fermentadora de
glicose, sacarose e lactose; produção de gás. Citrato -; urease
Fatores de virulência -; fenilalanina -; ornitina +.
▪ Capsula – age contra a fagocitose
▪ LPS – morte bacteriana libera grande LPS
▪ Fimbrias
▪ Toxinas – causam diarreia. Salmonella
▪ Bacilo G-
Principais cepas patogênicas – Diarreinogênicas ▪ Geralmente móveis – exceção: S. gallinarum e S. pullorum
Enterotoxigenica (ETEC) TOXIGÊNICAS – produtoras de
▪ Lact –
Enterohemorrágica (EHEC) toxinas que causam diarreia ▪ Oxidase –
▪ Comum no trato gastrointestinal de animais
Enteroinvasivas (EIEC) INVASINAS – causam destruição ▪ Responsável por zoonoses
Enteropatogênicas (EPEC) das células
▪ Principal causa de doenças vinculadas por alimentos.

Enterotoxigenica (ETEC) Classificação por ANTÍGENO:


▪ Principal responsável por causar Colibacilose neonatal ▪ Somáticos – LPS (O)
▪ Diarreia neonatal em leitões, bezerros e cordeiros. ▪ Proteínas flagelares (H)
▪ Leitões pós-desmame ▪ Capsulares – Vi
▪ Fimbrias: K88 em leitões e K99 em bezerros e cordeiros. ▪ Mais de 2570 sorovares
▪ Produzem toxinas: LS e ST → toxinas lateram a homeostase
intestinal causando diminuição da absorção e hipersecreção Salmonella entérica – subespécies: entérica; salamae;
de fluidos e eletrólitos ocasionando a diarreia. arizonae; diarizonae; houtenae; indica.
▪ LS – Termolábil – com variação de temperatura pode
ser desativada Nomenclatura:
▪ ST – Termoestável Salmonela entérica subs. entérica sorotipo Thyphimurium
Salmonella Thyphimurium – sorovar não é itálico e inicia com
letra maiúscula.
Enterohemorrágica (EHEC)
▪ Associada a pós-desmame, onde ocorre mudança alimentar e
mudança de instalações de leitegada causando queda na Sorovar espécie-específico (adaptado)
imunidade e aumentando chances de colonização de E. coli ▪ Adaptado ao hospedeiro, conseguem sobreviver dentro de
enterohemorrágica. macrófagos durante fagocitose, facilidade causar doenças.
▪ Causa: Diarreia pós-desmame; Enterites hemorrágicas em
bezerros; Doença do edema em suínos. Sorovar não-adaptado
▪ Toxina produzida: VEROTOXIA ou SHIGA-LIKE → causa ▪ São eliminados nas fezes. Geralmente não causam doenças
alteração da permeabilidade vascular. em animais portadores, mas sua eliminação contamina o
ambiente podendo contaminar outros animais.
Enteropatogênicas (EPEC) ▪ Animais com sorovar não-adaptado no TGI se tornam
▪ Diarreia em leitões, cordeiros e filhotes de cães. portadores e excretores.
▪ Destruição das microvilosidades, atrofia e destruição.
Sorovares de Salmonella espécie-específicas possuem maior
▪ Diarreia por má digestão e má absorção. capacidade de sobreviver em órgãos e em macrófagos do que
sorovares não-adaptados, não possuindo necessariamente maior
Enteroinvasivas (EIEC) capacidade de invasão.
▪ Invadem enterócitos
▪ Não são destruídas pelos fagolisossomos. Assintomáticos – forma clínica
▪ Se disseminam entre as células. LATENCIA – temperaturas externas; outras infecções; stress;
alteração da microbiota intestinal; falta de água; prenhez;
Outras doenças: superlotação e transporte.
▪ E. coli uropatogenica – UPEC
▪ Presença de fimbrias especificas Fonte da bactéria - fezes
▪ Produção de toxinas – FATOR NECROZANTE ▪ Normalmente infecção é orofecal, ingestão ou contato com
CITOTÓXICO algo contaminado.
▪ Cistite, pielonefrite ▪ Água; solo; alimentação dos animais; alimentos
▪ Atinge porcas e cadelas. contaminados; outros animais.
Resistência o ambiente:
▪ Destruída em:
Yersinia
▪ Temperatura de 55º por 1hora ou 60º por 15 a 20 minutos. ▪ Bacilo G-
▪ Pasteurização ▪ Intracelular obrigatória – precisa estar dentro da célula para
▪ Cozimento – se temperatura interna do alimento atingir causar doença.
74-77ºC. ▪ 10 espécies. De interesse veterinário são: Y. pestis; Y.
▪ Pode sobreviver por + de 9 meses em solos úmidos. enterocolitica; Y. pseudotuberculosis
▪ Não toleram concentração de sal superior a 9%.
Y. enterocolitica
Fatores de virulência ▪ TGI de mamíferos silvestres, animais domésticos e aves.
▪ Manifestação clínica: enterite em ovinos, caprinos e suínos
▪ LPS – endotoxinas
menores de 1 ano.
▪ Fimbrias de adesão
▪ São psicotróficas (se multiplicam em baixas temperaturas) –
▪ Flagelos
cresce entre 0 e 44ºC (25-28ºC)
▪ Habilidade de resistir ao MAC (C5b – C9) – consegue
▪ Sobrevive ao congelamento
impedir ligação de C5b inibindo a formação do MAC
▪ Sensíveis ao calor
▪ Sobrevivência dentro de macrófagos
▪ Não hemolíticas.
▪ Citotoxinas – invasão e destruição celular.
▪ Esses fatores de virulência são codificados em plasmídeos e
Y. pseudotuberculosis
ilhas de patogenicidade.
▪ TGI de mamíferos silvestres, animais domésticos e aves.
▪ Manifestação clínica: enterites subclínicas. Yersinose
Formas de apresentação septicêmica em aves de gaiolas e aviários.
▪ Salmonelose entérica: diarreia profunda e fétida, pode ou
não ter sangue e células epiteliais descamadas. Desidratação Y. pestis
▪ Salmonelose septicêmica: relacionada a sorovares ▪ Áreas endêmicas, os roedores são portadores e pulgas
adaptados. Inicia com febre, anorexia e prostração, morte. Os transmitem.
sobreviventes apresentam diarreia persistente, artrite, ▪ Manifestação clínica: causadora da peste bubônica humana
meningites ou pneumonias. (peste negra). Transmitida por ratos e pulgas. Infecta cães e
▪ Forma subclínica gatos.

Diagnóstico Fatores de virulência


▪ Material: ▪ Invasinas
▪ Porção do intestino afetada ▪ Urease
▪ Swab retal, fezes ▪ LPS
▪ Linfonodos mesentéricos ▪ Adesinas A – adesão e inibe a resposta imune inata
▪ Fígado, baço. ▪ Proteína AiL – aderência e resistência ao sistema
complemento
▪ Cultivo em ágar sangue. MacConkey ou cultivos seletivos ▪ Yersiniabactina – captura de ferro
(específicos para Salmonella) ▪ Enterotoxinas.
▪ PCR
▪ Alimentos: legislação exige ausência em 25g de alimento
▪ Cultura direta.
▪ Em ágar sangue as colônias são hemolíticas, lisas, circulares Klebsiella
▪ Em MacConkey colônias incolores, Lac- ▪ Produzem uma espessa cápsula
▪ Tempo e temperatura para crescimento: 24 horas – 37ºC ▪ Colônia mucóide
▪ Cultura seletiva: ▪ Podem causar pneumonia e infecções urinarias em cães
▪ Pré enriquecimento ▪ Klebsiella pneumoniae é o 2º microrganismo mais isolado m
▪ Enriquecimento seletivo UTIs
▪ Estrias em placas (meios seletivos) ▪ Infecções em potros (pneumonia)
▪ Testes bioquímicos ▪ Cervicite e metrite em éguas
▪ Teste de soroaglutinação – de acordo com o sorovar. ▪ Mastite bovina
Se um dos 2 testes (antígenos O e H) derem positivos ▪ Infecções nosocomiais – ambientes hospitalares
a amostra é considerada positiva, para considerar ▪ Importante microrganismo multirresistente
negativo ambos os testes devem ser negativos.
Bioquímicos
Bioquímicos: ▪ Indol –; LTD –; Sacarose +; Glicose +; Gás +; Ureia +; H2S
▪ Indol -; motilidade +/-; presença de H2S +; fermentação de –; Lisina +; Motilidade –; Citrato +; Fenilalanina -.
glicose; não fermentam lactose; produção de gás +; citrato +;
urease-; fenilalanina -; VP -; lisina +. Fatores de virulência
▪ Fimbrias
▪ LPS
▪ Capsula polissacarídica
▪ Sideróforos – captura de ferro → capturam ferro para o
metabolismo da bactéria
▪ Urease → aumenta o pH → diminui fluxo urinário. Essa
enzima degrada ureia em amônia, amônia tem pH elevado
aumentando o pH da urina consequentemente diminui o fluxo ▪ Característica da colônia em ágar sangue: grandes; achatadas;
urinário. bordas irregulares; hemolíticas.
▪ Produção de biofilme → película de proteção. Protege contra ▪ MacConkey: crescimento abundante – Lactose negativa
SI, contra antimicrobianos. Chega um momento em que esse ▪ Produz pigmentos em determinados meios de cultura:
biofilme rompe e causa a liberação da bactéria no organismo ▪ Piocianina (verde azulado)
ou ambiente. ▪ Pioverdina (amarelo esverdeado
▪ Piorubina (vermelho
▪ Piomelanina (marrom escuro)
Serratia Principais pigmentos produzidos – mais comuns: Piocianina
▪ Antigamente conhecidos como inofensivos (verde azulado); Pioverdina (amarelo esverdeado
▪ Grande resistência
▪ Importante patógeno causador de ITUs, feridas cirúrgicas e Características bioquímicas:
pneumonias
▪ Podem apresentar pigmentação avermelhada.

Fatores de virulência
▪ Fimbrias
▪ LPS
▪ Citotoxinas
▪ Produção de biofilme

Proteus Fatores de virulência


▪ Relacionado a ITUs e infecções hospitalares ▪ Fimbrias
▪ Otites em cães ▪ Capsula
▪ Diarreia em neonatos ▪ Flagelo
▪ Mastite bovina ▪ Endotoxinas
▪ Formação de véu em meio de cultura – Swarming ▪ Proteases: elastase; protease alcalina
▪ Hemolisinas: fosfolipase C; Ramnolipídio
▪ Exotoxina A
▪ Exoenzima S
▪ Piocianina
Fatores de virulência
▪ Fimbrias
▪ LPS
▪ Sideróforos – captura de ferro
▪ Urease
▪ Flagelos - Swarming

Bactérias Gram negativas


não fermentadoras
Pseudomonas
▪ Bacilos G-
▪ Não esporulados
▪ Aeróbios
▪ Móveis
▪ Possui 218 espécies já descritas
▪ Catalase +
▪ Não fermentadoras
▪ Oxidase + ▪ P. aeuroginosa é agente oportunista (precisa ter uma quebra
▪ São encontradas na água, solo, plantas de barrira para causar infecção) e raramente está envolvida
▪ Sobrevivem em ambientes úmidos com doença primaria (infecção causada sempre que bactéria
▪ Grande importância em ambientes hospitalares – altos índices está presente).
de resistência antimicrobiana ▪ Normalmente para causar infecções necessitam de fatores
predisponentes.
Pseudomonas aeruginosas ▪ Causa infecção quando há imunossupressão sistêmica ou
▪ Espécie mais patogênica local.
▪ Cresce entre 4-42ºC ▪ Frequentemente isoladas em infecções nosocomiais.
▪ Odor adocicado característico (uva) – aminoacetofenona
Burkholderia mallei ▪ Apresenta relação direta com ocorrência de surtos nos
hospitais, sendo capazes de colonizar e infectar indivíduos
▪ Causa Mormo em equinos internados.
▪ Antigamente classificada como pseudomonas ▪ Altamente resistente aos antimicrobianos, antissépticos e
▪ Aeróbicas desinfetantes.
▪ Imóveis ▪ Resistentes beta lactâmicos, aminoglicosídeos e carbapenens.
▪ Capsuladas ▪ Bactérias multirresistentes não apresentam fatores de
▪ Parasitas obrigatórios virulência maiores que outras, são somente resistentes mais
▪ Uma das mais perigosas bactérias para o trabalho laboratorial que as outras.
– NB3 → o ambiente de laboratório representa um risco maior ▪ Causa: pneumonia, meningite, cistite, feridas cirúrgicas
já que as culturas puras do organismo ou animais
experimentais infectados representam uma ameaça muito
maior do que os equídeos infectados.
▪ Característica da colônia em ágar sangue: brancas, lisas e sem Outras Bactérias Gram
hemólise
▪ MacConkey: pouquíssimo crescimento/nulo negativas
▪ Aspecto mucóide → quando cresce em macconkey apresenta
esse aspecto Brucella
▪ MORMO ▪ Família: Brucellaceae
▪ Enfermidade infectocontagiosa piogranulomatosa ▪ Gênero: Brucella
que varia de aguda a crônica ▪ Espécies importantes: Brucella abortus; B. melitensis; B.
▪ Praticamente restrita aos Equídeos suis; B. ovis; B. canis
▪ Humanos e felinos são susceptíveis ▪ Cocobacilos Gram negativos
▪ Zoonose grave – notificação obrigatória ▪ Não encapsulados
▪ Diagnostico: triagem – fixação de complemento; ▪ Não esporulados
confirmatório – teste intradermopalpebral com ▪ Imóveis (não possuem flagelos)
maleína (prova da maleína). Indicados pelo MAPA. ▪ Intracelulares facultativos
Teste só pode ser realizados por veterinários oficiais. ▪ Aeróbias e Microaerófilas
Injeção via intradérmica na pálpebra inferior, leitura ▪ Catalase positiva
apor 48horas. Edema palpebral com blefaroespasmo ▪ Oxidase positiva – exceto B. ovis e B. canis
e severa conjuntivite purulenta. ▪ Brucella abortus; B. suis; B. ovis; B. canis – causam
Brucelose

Acinetobacter
▪ 32 espécies já descritas
▪ Acinetobacter baumanii
▪ Maioria ambiental
▪ Microrganismo emergente na medicina veterinária
▪ Cocobacilo Gram-
▪ Não fermentador
▪ Aeróbio
▪ Oxidase –
▪ Catalase +
▪ Imóvel
▪ Características da colônia: branca/cinza; médias; não
hemolíticas; cresce em MacCOnkey
▪ Características bioquímicas: Brucella abortus
B. melitensis Colônias lisas
B. suis

B. ovis
Colônias rugosas
B. canis

▪ As Brucellas lisas apresentam cadeia LPS longa, por causa da


Fatores de virulência cadeia O.
▪ Fimbria – aderência ▪ As Brucellas rugosas apresentam LPS curto por que não tem
▪ Capsula – antifagocitária cadeia O
▪ Biofilme Cadeia O
▪ LPS ▪ Cadeia O ajuda na aderência da bactéria as células dos
▪ Indução e apoptose em células epiteliais hospedeiros, Brucellas lisas são mais virulentas que as
rugosas.
▪ É o sítio imunodominante da bactéria – resposta imune
Principal espécie humoral
Acinetobacter baumanii ▪ Relacionada com aderência da bactéria as células do
▪ Segundo não fermentador mais encontrado em laboratórios hospedeiro
clínicos
▪ Importante fator de interação parasita-hospedeiro e sua ▪ Fácil execução e interpretação
ausência resulta em pera de virulência. ▪ Rapidez na obtenção dos resultados
▪ Relacionada com a característica da colônia em ágar sangue. ▪ Baixo custo
▪ Colônias lisas apresentam LPS longo por causa da ▪ Maioria das provas é padronizada internacionalmente
cadeia O; apresentam maior virulência; São
brilhantes, claras e convexas. ▪ fêmeas vacinadas com B19 com 3-8 meses de idade são
▪ Colônias rugosas apresentam LPS curto, sem cadeia testados a partir de 24 meses.
O; Menor virulência; são opacas, rugosas. ▪ Machos e fêmeas não vacinados são testados a partir de 8
meses.
Fatores de virulência
▪ OMP25 (proteína de membrana) – serve para aderência e Vacina B19, vacina com bactéria viva atenuada,
sobrevivência em macrófagos. animais vacinados vão produzir anticorpos
▪ Sistema de secreção tipo IV (T4SS) – inibe a fusão fago-
lisossomos contra brucella, esses animais só podem ser
testados sorologicamente depois de 24 meses
▪ Predileção por órgãos reprodutivos de animais sexualmente pois os níveis de anticorpos caem a níveis
maduros basais. Animais testados antes desse período
▪ Animais infectados servem de reservatório de infecção podem dar falsos positivos e animal deverá ser
▪ Podem sobreviver meses em ambientes úmidos.
abatido.

Antígeno acidificado tamponado - AAT


▪ Teste individual
▪ Detecta anticorpos no soro (IgG)
▪ Soro + Antígeno = positivo – grumos (aglutinação)
Teste do anel do leite
▪ Monitoramento de
propriedades
▪ Prova rápida
▪ Identifica anticorpos no
leite

Moraxella bovis
▪ Família: Moraxellaceae
▪ Destruição pelo calor ▪ Gênero: Moraxella
▪ Autoclavação: 120ºC por 20 minutos; ▪ Espécies de importância veterinária: Moraxella bovis;
▪ Pasteurização lenta: 65ºC por 30 minutos; Moraxella ovis; Moraxella bovoculi
▪ Pasteurização rápida: 72 a 74ºC por 15 a 20 minutos ▪ Bacilos curtos G-
▪ Fervura ▪ Curtos ou arredondados
▪ Aos pares
▪ ERITROL – favorece o crescimento para a Brucella. ▪ Aeróbicas
▪ Presente em: placenta de bovinos, ovinos, caprinos e ▪ Imóveis
suínos. Glândula mamária. Epidídimo e testículo. ▪ Curta sobrevivência no meio ambiente – habitat é mucosa
Articulações. ocular
▪ Vetores – moscas, sobrevivência por até 72 horas.
Diagnóstico
▪ Cresce em ágar sangue, meio de Farrel e Brucella ágar Fatores de virulência
▪ Microaerófilia – 5 a 10% de CO2 ▪ Fimbrias – cepas patogênicas apresentam fimbrias. Fimbrias
▪ + ou – 5 dias para crescimento são fatores primários de patogenicidade. Aderência as células
▪ Temperatura 37ºC da córnea e conjuntiva. PARA SER PATOGENICA
▪ Farrel – contem ágar triptose, soro (5%) e antibióticos NECESSITA DAS FÍMBRIAS I E Q.
(Polimixina B, Bacitracina, Nistatina, Ácido Nalidíxico, ▪ Exotoxinas
Vancomicina). Crescimento lento (10 a 15 dias) em ambiente ▪ Colagenase; Causam lesões na
aeróbio a 37ºC. ▪ Dermotoxinas; córnea e conjuntiva
▪ Características bioquímicas: catalase positiva; urease ▪ DNAse;
positiva; produzem H2S; Indol negativo; VP negativo. ▪ Citotoxinas – induzem a formação de poros nas
hemácias, causando hemólise, consequentemente
Diagnóstico sorológico – provas oficiais PNCEBT ocorre liberação de ferro, usado no metabolismo da
▪ Triagem: Antigeno acidificado tamponado – AAT; Teste do bactéria.
anel do leite.
▪ Confirmatório: fixação do complemento; 2-mercaptoetanol -
2ME
Manifestação clínica Glaesserela parasuis
▪ Ceratoconjuntivite infecciosa bovina
▪ Doença do olho branco
▪ Pink Eye

Diagnóstico
▪ Isolamento – 37ºC por 48 a 72 horas Avibacterium paragallinarum
▪ Colonias hemolíticas
▪ Acinzentadas
▪ Sem crescimento em ágar MacConkey
▪ Catalase positiva
▪ Oxidase positiva
▪ Indol negativo
H. somni
Haemophillus
▪ Família: Pasteurellaceae
▪ Cocobacilos Gram negativo
▪ Anaeróbicas facultativas
▪ Fastidiosos – necessitam de mais nutrientes para crescer.
▪ Nicotinamida (NAD) – fator V
▪ Hemina – Fator X
▪ Satelitismo Staphylococcus aureus - Feita uma estria de S.
aureus na placa, ele é hemolítico e seu crescimento dá o
aporte nutricional que o Haemophillus necessita para Leptospira
crescer.
▪ Forma helicoidal – espiroqueta
▪ Comensal de membranas mucosas de trato respiratório
▪ Gram negativas
superior
▪ Móveis e flexíveis
▪ Espécies de importância:
▪ Ganchos nas extremidades
▪ H. somni – bovinos e ovinos → septicemia,
▪ Aeróbicas estritas
meningite, broncopneumonia, artrite
▪ Não possui cápsula
▪ Glaesserela (Haemophillus) parasuis – suínos →
▪ Não esporulada
doença de Glasser.
▪ Catalase positiva
▪ Avibacterium (Haemophillus) paragallinarum –
▪ Temperatura ótima de 28 a 30ºC
aves, frangos → coriza infecciosa
▪ Não metabolizam açucares
▪ Doença de Glasser → Poliserosite (inflamação
▪ Mais de 250 sorovares
generalizada) em pleura, pericárdio, peritônio,
▪ O sorovar é a unidade taxonômica básica utilizada para a
meningite, artrite e pneumonia. Diagnostico através
classificação da Leptospira.
de IDGA com sorotipos
▪ Cada sorovar tem o seu hospedeiro preferencial, ainda que
uma espécie animal possa albergar um ou mais sorovares.
Glaesserela parasuis – 15 sorotipos ▪ Hospedeiro adaptado ao sorovar (de manutenção) → doença
subclínica a moderada
▪ Hospedeiro não adaptado ao sorovar → doenças mais severas.

Fatores de virulência - Glaesserela parasuis e


Avibacterium paragallinarum
▪ Fimbrias – adesão
▪ Adesinas (vtaA)
▪ Cápsulas – cepas virulentas
▪ Neuroaminidase – captação e ácido siálico (saiB)
▪ Toxicina citoletal
▪ Biofilme
Inativação:
▪ São sensíveis a todos os desinfetantes comuns
Glaesserela parasuis / Avibacterium ▪ Exposição a luz solar direta
(Haemophillus) paragallinarum ▪ Ressecamento e dessecação
Isolamento ▪ pH ácido e alcalinos (bile, ácido clorídrico)
▪ 48 horas incubação
▪ 5% e CO2 fatores de virulência
▪ Ágar sangue ou chocolate - Ágar sangue hemolisado, fornece ▪ Endoflagelo → motilidade, invasão e disseminação
alguns nutrientes necessários para o crescimento da bactéria. ▪ Fibronectina → possibilita a aderência as mucosas
▪ Necessita de Fator V (NAD)
▪ Satelitismo
▪ Esfingomielinase H → pros na membrana celular,
favorecendo a penetração e agravando as lesões.
▪ Peptidioglicanos → inflamação sistêmica do endotélio
vascular.

Microscopia (Histopatologia)
▪ Coloração com a prata
▪ Coloração com Vermelho do Congo
▪ Não se faz coloração Gram
▪ Microscopia de campo escuro → sangue; líquor; urina (após
15 dias)

Isolamento e identificação do agente


▪ Meios específicos → crescimento entre 60 e 90 dias
▪ Fletcher → enriquecido com o soro de coelho a 10%
▪ EMJH → enriquecido com albumina e Tween 80
▪ PCR; IF/ELISA
▪ Soroaglutinação microscópica (SAM/MAT)
▪ Teste de eleição
▪ Detecção de IgM e IgG
▪ Antígeno – Leptospira viva
▪ Representante dos sorogrupos prevalentes
▪ 2 horas em temperatura ambiente → avalia grau de
aglutinação
▪ Ponto final da reação: maior diluição do soro em que
ocorre aglutinação de 50% ou mais das leptospiras.

▪ CUIDADO
▪ Infecção passada X Infecção ativa X vacinação →
sorologia pareada

Repetição de exame depois de 15 dias do primeiro,


compara com o primeiro a quantidade de anticorpo, se
for 4x maior que o inicial as chances de ser uma
infecção é grande.
Se os níveis de anticorpo se manter constante são
anticorpos da vacina.

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