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ALUNO: ______________________________________________ R.A.

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PROF.: _________________________________________ DATA:___/___/______

TRABALHO DE DIREITO TRIBUTÁRIO

1) Conceitue o principio da isonomia tributaria, vinculando a capacidade


contributiva.

R: A isonomia tributária está contemplada em diversos dispositivos constitucionais e


visa promover a igualdade e proibir o arbítrio e as discriminações odiosas.
Conforme o art. 150, II, da Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios não podem instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, sendo vedada qualquer forma de distinção em
razão da denominação da renda, da ocupação profissional ou da função exercida.
O Princípio da Capacidade Contributiva decorre da isonomia tributária e complementa
esta, mormente quando diferenças materiais ou subjetivas exigem o tratamento
diferenciado dos contribuintes. O princípio está previsto no art. 145, §1º, da Constituição
Federal, segundo o qual, os impostos serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.

2) É constitucional lei que veda o simples nacional para empresas em debito com
a fazenda publica, fundamente com base no principio da isonomia.

R: Como explicado em sala de aula, e com base nas pesquisas realizadas na internet,
segundo o entendimento do STF , A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006, instituiu o regime especial e unificado de tributação das micro e pequenas
empresas, conhecido como SIMPLES nacional. Com a nova legislação, estas empresas
poderiam aderir ao tratamento jurídico tributário diferenciado, menos oneroso e mais
benéfico. O empreendedor que ingressasse no SIMPLES passaria a pagar oito tributos
(IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, ISS, IPI, ICMS e contribuição para a seguridade social)
numa única guia.
No entanto, o art. 17, inc. V, da referida lei, impôs expressiva barreira, ao vedar o
ingresso no SIMPLES dos que possuam qualquer débito com o INSS, ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja
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suspensa. Esta restrição tem enormes implicações.
A questão foi, então, submetida ao Supremo Tribunal Federal, no RE 627543, julgado
em 30/10/2013, que decidiu pela constitucionalidade da restrição para o acesso ao
SIMPLES. O Relator Ministro Dias Toffoli, destacou que “o art. 17, inciso V, da Lei
Complementar nº 123/96 não viola o princípio da isonomia.

3) Qual o entendimento atual do STF sobre a progressividade do ICMD.

R: a progressividade funciona da seguinte forma: a lei prevê alíquotas variadas para o


imposto e o aumento dessas alíquotas ocorre na medida em que se aumenta a base de
cálculo.
O STF decidiu que A lei pode prever a técnica da progressividade tanto para os
impostos pessoais como também para os reais. O § 1º do art. 145 da CF/88 não proíbe
que os impostos reais sejam progressivos.
O ITCMD (que é um imposto real) pode ser progressivo mesmo sem que esta
progressividade esteja expressamente prevista na CF/88.
Ao contrário do que ocorria com o IPTU (Súmula 668-STF), não é necessária a edição
de uma EC para que o ITCMD seja progressivo.

4) O que é seletividade de tributos.

R: A seletividade tributária determina que produtos, mercadorias e serviços sejam


tributados em proporção inversa à sua essencialidade. Em outras palavras, quanto mais
essencial for o produto industrializado (IPI) ou a mercadoria/serviço (ICMS), menor
deverá ser o ônus tributário destes impostos. Por outro lado, quanto mais dispensável,
mais rigorosa será a tributação. Portanto, há um equilíbrio entre essencialidade e
superfluidade do objeto da tributação. Como exemplo, podemos considerar que os itens
da cesta básica devem ter uma tributação mais branda se comparados com os
superficiais. 

No que diz respeito ao IPI, devemos frisar que a CF/88 afirma que ele SERÁ seletivo.
Ou seja, é retirado do legislador infraconstitucional qualquer impulso de restringir ou

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impedir a aplicação deste princípio. Já no que diz respeito ao ICMS, a CF/88 afirma que
ele PODERÁ ser seletivo. 

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