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Unidade III
7 RECURSOS HUMANOS E COMUNICAÇÕES EM PROJETOS
7.1.1 Introdução
As pessoas são as peças-chave em um projeto. Apesar de toda a tecnologia disponível nos dias de
hoje, nada substitui a inteligência e a iniciativa das pessoas. Nenhuma tecnologia tem o poder absoluto
de resolver problemas ou tomar decisões, isso será sempre tarefa das pessoas.
De modo geral, o gerenciamento dos recursos humanos inclui todos os processos que organizam
e gerenciam a equipe responsável pela execução do projeto. Essa equipe, responsável pelo projeto, é
formada por profissionais com papéis e responsabilidades que podem se alterar no decorrer do projeto.
As habilidades necessárias dos profissionais, bem como o número de profissionais que farão parte da
equipe, poderão sofrer alterações durante o ciclo de vida do projeto (PMI, 2008).
As responsabilidades e os papéis dos membros que compõem a equipe do projeto são designados,
mas, apesar disso, pode ser importante a participação de todos os profissionais que fazem parte da
equipe no processo de decisão. Quando os profissionais que fazem parte da equipe são envolvidos e
participam do projeto, agregando seus conhecimentos desde o começo, fortalece-se a relação que eles
terão com o compromisso do projeto (PMI 2008).
Em grandes projetos ou em empresas que não são totalmente voltadas para projetos, o gerente de projetos,
de modo geral, tem pouco a gerenciar em termos de recursos humanos. Porém, embora a tarefa possa ser
facilitada, ele precisa ter o cuidado de fazer com que exista uma grande integração entre os membros da
equipe, dando ênfase ao trabalho em equipe e procurando evitar possíveis desentendimentos.
É função do gerente de projetos, também, realizar a definição de responsabilidades que cada membro
da equipe deve ter, desde o início de um projeto, pois sabemos que um profissional só consegue fazer
seu trabalho de maneira eficiente se tiver conhecimento de qual papel deve exercer.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Os processos, segundo o Guia PMBOK, que envolvem o gerenciamento de recursos humanos são:
É o processo de identificação e documentação das funções que cada um deve exercer, bem
como das responsabilidades, das habilidades necessárias para a execução das tarefas e dos
relacionamentos hierárquicos do projeto, além, é claro, da criação de um planejamento de gestão
dos profissionais.
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Unidade III
A saída desse processo é o plano de recursos humanos. Este fornece as orientações sobre como
definir, mobilizar, gerenciar, controlar e liberar os recursos humanos de um projeto. Compõem esse
plano:
• Papéis e responsabilidades:
• Organograma do projeto: exibição gráfica dos membros da equipe do projeto e suas relações
hierárquicas, podendo ser formal ou informal, altamente detalhado ou amplamente
estruturado.
É o processo que confirma a disponibilidade dos recursos humanos e a obtenção da equipe essencial
para que as designações do projeto sejam concluídas. Esse processo considera os seguintes fatores:
• o gerente de projetos, ou sua equipe, deve negociar com eficácia e conseguir influenciar outras
pessoas em posição de fornecedor de recursos humanos necessários para o projeto;
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
• pré-designação;
• negociação;
• contratação;
• equipes virtuais.
É o processo responsável pela melhora das competências dos profissionais que compõem a equipe,
bem como pela integração dos profissionais e do ambiente global da equipe, com vistas a melhorar o
desempenho do projeto.
Segundo o PMI (2008), o trabalho em equipe é considerado fator crítico de sucesso para um projeto.
O gerente de projetos precisa identificar, construir, manter, motivar, liderar e inspirar as equipes de
projeto, de modo a alcançar um alto desempenho.
• calendário de recursos.
99
Unidade III
• relatórios de desempenho;
• solicitações de mudança;
Lembrete
Durante um bom tempo, achava-se que os conflitos não deveriam existir nas corporações e, quando
de sua ocorrência, a intervenção direta da gerência era inevitável.
Segundo teorias mais modernas, os conflitos são inevitáveis consequências da interação entre
as pessoas, podendo ser até benéficos ao ambiente organizacional, mais especificamente em
projetos.
As principais fontes de conflitos em projetos são: prazos, prioridades do projeto, recursos, questões
técnicas, procedimentos administrativos, choques de personalidade e custos.
101
Unidade III
Para resolvê-los, os gerentes de projetos podem adotar uma das seguintes técnicas:
• força: quando uma das partes envolvidas força a outra a concordar com sua ideia;
• panos quentes: corresponde à busca de uma solução para o problema, priorizando as necessidades
das partes envolvidas em prol de um acordo;
• compromisso ou negociação: envolve buscar uma solução que satisfaça um pouco a cada uma
das partes envolvidas;
• confronto: envolve colocar os envolvidos no conflito frente a frente, ou influenciar para que isso
ocorra;
• retirada: envolve conviver com o problema sem, aparentemente, tomar conhecimento deste, ou
seja, evitar ou postergar indefinidamente a sua resolução.
A partir das técnicas de resolução de conflitos, encontra-se uma matriz, descrita a seguir:
7.1.7 Liderança
Sobral e Gimba (2012) mencionam liderança como um processo de influência em um grupo que
desempenha atividades com vistas a um objetivo, envolvendo construção e desconstrução de percepções,
situações e expectativas.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Segundo Costa Neto e Canuto (2010), o conceito de liderança é relacionado a características que
determinadas pessoas possuem de tomar decisões aceitas com entusiasmo pelos seus colaboradores.
Barreto et al. (2013) destacam que a liderança tem um caráter inspiracional, fortalecida pela dinâmica
motivacional entre líderes, liderados e o sistema organizacional em que atua.
De acordo com Sobral e Gimba (2012), as teorias mais modernas sobre liderança tendem a uma
ênfase num tipo de líder carismático, visionário e transformacional, com comportamentos apelativos e
simbólicos, visando obter alto grau de comprometimento dos liderados.
O gestor precisa criar para a equipe uma visão do resultado e dos benefícios
do projeto. Por exemplo, o gestor de um projeto industrial pode descrever o
novo layout da produção de modo a demonstrar os benefícios desse projeto,
como eliminação de pontos de estrangulamento na linha de produção,
aumento da produtividade e simplificação do controle de estoques.
Barreto et al. (2013) afirmam que estas três lideranças (carismática, visionária e transformacional)
têm muitas semelhanças. Na liderança carismática, a ênfase é no comportamento simbólico do líder,
bem como em suas habilidades visionárias, na comunicação não verbal e no apelo a valores ideológicos.
Os autores ainda destacam que na liderança visionária tem-se o foco no futuro, assumindo riscos e
influenciando a direção da organização. A liderança transformacional preza por estabelecer uma relação
de influência bidirecional entre líder e liderados.
• influência idealizada;
• motivação inspiracional;
• estímulo intelectual;
• consideração individualizada.
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Unidade III
Sobral e Gimba (2012) também mencionam o surgimento de um novo tipo de liderança, conhecida
como liderança autêntica. Ela está ligada ao conceito de autenticidade e sua principal característica é
a elevada transparência entre líder e liderado, bem como uma conduta consistente com o sistema de
valores pessoais e convicções.
Essa liderança autêntica pode ser concebida a partir de quatro dimensões, conforme Sobral e Gimba
(2012):
• autoconsciência – relaciona-se à consciência que há, por parte da liderança, sobre fraquezas e
potencialidades;
• perspectiva moral e ética – relaciona-se à consideração dada, por parte da liderança, a valores
morais e éticos;
De modo geral, os autores são praticamente unânimes ao afirmar que a liderança refere-se a
características e atributos de um indivíduo, chamado líder, que inspira e influencia as pessoas a terem
aderência a suas ideias.
Um líder é aquele que exerce o papel de agregador numa organização, obtendo a concordância por
meio de suas ideias e propósitos pelo grupo que lidera.
Segundo Costa Neto e Canuto (2010), um líder precisa satisfazer as seguintes expectativas:
• possuir uma visão nítida sobre em qual lugar a organização deve estar;
• ser dotado de coragem na proposição das mudanças, bem como na sua implementação;
• ter uma boa comunicação com os seus liderados, favorecendo sempre o diálogo;
Sant’anna, Campos e Lotfi (2012), em sua pesquisa com os executivos brasileiros, agruparam os
principais desafios e questões relativos à liderança em três dimensões:
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Unidade III
Conforme Sant’anna, Campos e Lotfi (2012), a primeira dimensão envolve atributos, desafios,
competências e funções associados ao exercício da liderança. Para essa dimensão, os relatos de atributos
de competências estão descritos no quadro a seguir.
106
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Saiba mais
Costa Neto e Canuto (2010) mencionam que o tipo psicológico do indivíduo influencia na capacidade
que ele tem de exercer uma liderança. Há uma teoria que classifica as pessoas em quatro grandes tipos
psicológicos.
Ainda segundo esses autores, os tipos derivam-se dos perfis estudados pelos psicólogos Carl Gustav
Jung (1875-1961), Katharine Briggs (1875-1968) e Isabel Myers (1897-1980), conforme você confere a
seguir.
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Unidade III
Ainda segundo Costa Neto e Canuto (2010), as atividades-chave com suas escalas podem ter
detalhamento em suas características, conforme quadro a seguir.
Atividade-chave Escala
Extroversão (E) Introversão (I)
Motivação Preferência por tirar energia do Preferência por tirar energia do
mundo exterior das pessoas, mundo interior das ideias, emoções
atividades ou coisas ou impressões pessoais
Sensação (S) Intuição (N)
Observação Preferência por obter informações Preferência por obter informações
por meio de cinco sentidos e observar por meio do “sexto sentido”,
aquilo que é real observando o que pode ser
Pensamento (T) Sentimento (F)
Costa Neto & Canuto (2010), por fim, apresentam os tipos psicológicos com base na combinação de
temperamentos:
• Tipo sensação/percepção: formado por cerca de 40% da população e composto por indivíduos
voltados à liberdade de agir, avessos à rotina, metas de longo prazo, treinamento, esperas,
planejamento e atribuições. Essa pessoa normalmente é impulsiva, mas útil em crises e emergências.
Sendo realista e solidária com o grupo, encontra prazer em atividades desafiantes.
• Tipo sensação/julgamento: formado por cerca de 40% da população e composto por indivíduos
movidos pelo dever, compromisso, senso de utilidade, doação, apegado a tradições, à burocracia
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
e à hierarquia. Essa pessoa precisa de reconhecimento social, sendo avessa a mudanças, mas com
postura séria e ética.
• Tipo intuição/sentimento: formado por cerca de 10% da população e composto por indivíduos
que buscam identidade pessoal, gostando de se manifestar verbalmente. Essas pessoas têm senso
de liderança e missão, prezando os fatores humanos e sociais.
• Tipo intuição/pensamento: formado por cerca de 10% da população e composto por indivíduos
que apreciam o poder autocrítico, prezando sua própria competência e capacidade de realização.
Essas pessoas têm foco no futuro, admitem mudanças, são comedidas e normalmente interessadas
em tecnologia.
7.1.8 Motivação
Faz parte indissociável das atribuições dos líderes incutir em seus liderados efetiva motivação,
para que se desincumbam o contento das atividades que lhes competem. Para tanto, o processo de
distribuição de responsabilidades, de provimento dos recursos necessários e a participação do líder
devem ser executados de maneira satisfatória.
Tudo isso, entretanto, pode não ser suficiente para conseguir a necessária
motivação e o desejável comprometimento com os fins a alcançar. Há
algumas considerações de natureza humana que os administradores e os
líderes, para o exercício das suas atribuições, devem conhecer (COSTA NETO;
CANUTO, 2010, p. 88).
Costa Neto e Canuto (2010) mencionam as seguintes considerações de natureza humana: possuem
necessidades que precisam ser satisfeitas no alcance da motivação, conforme uma determinada
hierarquia desenvolvida pelo renomado psicólogo Abraham Maslow, descrita a seguir:
Autorealização
Autoestíma Necessidades
secundárias
Sociedade
Segurança
Necessidades
primárias
Subsistência
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Unidade III
• necessidades primárias – composta pelas necessidades básicas de subsistência (casa, comida etc.)
e segurança (física, estabilidade no trabalho, seguro saúde etc.);
• necessidades secundárias – composta por questões de cunho um pouco mais íntimo, como a vida
na sociedade (amigos, diversões etc.), autoestima (status, poder etc.) e autorrealização (sensação
de paz, de dever cumprido etc.).
Costa Neto e Canuto (2010) mencionam também a abordagem de Frederick Herzberg sobre a
influência de fatores que geram ou não motivação. São eles:
• Fatores extrínsecos (externos ao indivíduo) – geram satisfação física, mas não a motivação
propriamente dita, como: boas condições físicas de trabalho, ar-condicionado, transporte etc.
7.2.1 Conceito
Segundo Davis (1999), é possível classificar o processo de comunicação como sendo composto pela
emissão, pelo conteúdo da mensagem, pelo código que apresenta, pelo canal de comunicação, pelo
receptor, pelo ruído e pelo feedback ou realimentação. Para que possamos entender esses elementos de
forma mais ampla e completa, vamos especificar a seguir cada um deles:
Canal de comunicação: podemos dizer que é uma forma de suporte que propaga a
informação, ou seja, um meio intermediário de expressão que pode transmitir mensagens,
esses canais podem ser formais ou não.
110
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Ruído: são os fatores que podem afetar ou interferir na transmissão de uma mensagem.
— Responsável pela identificação das partes que têm interesse no projeto, sejam pessoas ou
organizações, e que por isso mesmo podem ser afetadas por ele, também pela documentação
das informações que sejam importantes, os possíveis interessados por essa informação, bem
como o impacto que essas informações podem causar no projeto.
— É o processo que mostra as necessidades de informação e as partes que têm interesse nessas
informações, esse processo mostra também a abordagem que será feita no processo de
comunicação.
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Unidade III
— Esse processo visa ao atendimento das necessidades das partes interessadas, coloca as questões
e as possíveis soluções na medida em que acontecem.
• Reporte do desempenho
As habilidades de comunicação não são iguais as das comunicações de gerenciamento de projetos, mas
estão relacionadas a elas. A comunicação é um assunto amplo e envolve um conjunto de conhecimentos
significativos, incluindo:
• Escolha dos meios de comunicação: quando se comunicar por escrito ou verbalmente, quando
escrever um memorando informal ou um relatório formal e quando se comunicar pessoalmente
ou por e-mail. O meio de comunicação escolhido para as atividades de comunicação dependerá
da situação.
• Estilo de redação: voz ativa ou passiva, estrutura da frase e escolha das palavras.
112
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
Saiba mais
Esse processo visa identificar os stakeholders (partes interessadas) do projeto, ou seja, o modo como
as pessoas ou organizações podem ser afetadas por ele.
Como grande parte dos projetos tem diversas partes interessadas, é fundamental que os gerentes
de projetos, que já têm um tempo bem limitado, identifiquem, classifiquem e agrupem de acordo com
influência, interesse e envolvimento do projeto.
Este processo visa determinar quais serão as necessidades de comunicação do projeto, no que tange
às partes interessadas.
O plano de gerenciamento das comunicações é a principal saída desse processo, sendo um item
importantíssimo do plano de gerenciamento do projeto. Esse plano deve conter:
Observação
• relatórios de desempenho;
A única saída desse processo é uma atualização dos ativos de processos organizacionais.
Observação
115
Unidade III
Todas essas tarefas exigem que o gestor de projetos tenha boas habilidades
de comunicações oral e escrita. Aprendemos mais escutando do que falando.
Por isso, os bons gestores de projetos passam mais tempo escutando do
que falando. Eles não dominam a conversa, e sim ouvem as expectativas e
necessidades expressas pelo cliente e as ideias e preocupações da equipe de
projeto (GIDO; CLEMENTS, 2011, p. 289).
Exemplo de aplicação
Digamos que você seja agora um gerente de projetos e será responsável pelo projeto de criação de
uma nova avenida em uma grande cidade. Quais seriam as partes interessadas nesse projeto?
Na visão de Icold (1998, p. 102), não existe uma única definição para risco. De forma geral, podemos
considerá-lo como:
Já para outro autor, Kerzner (1998, p. 67-69), é possível considerar risco como:
Segundo o Guia PMI (2008, p. 226), o Gerenciamento de Riscos tem como base os processos de
planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e monitoramento e controle de riscos
116
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
do projeto. O foco principal quando falamos de gerenciamento dos riscos é aumentar os impactos
positivos no projeto, bem como reduzir, o máximo possível, a probabilidade de impactos negativos
ocorrerem no projeto.
Lembrete
— Preocupa-se com a definição de como guiar as atividades que fazem parte da gestão de riscos
de um projeto.
— Responsável por mostrar quais são os riscos e a forma como esses riscos podem afetar o
projeto, além de procurar fazer a documentação das características desses riscos.
— Trata-se do processo que tem como foco dar prioridade aos riscos para que possamos fazer a
análise, ou mesmo realizar ações adicionais por meio da avaliação e da combinação do item
impacto X probabilidade.
— Considera-se análise quantitativa o processo que tem como foco a análise numérica, bem
como o efeito que os riscos que já foram identificados podem causar ao projeto.
117
Unidade III
— Trata-se dos processos de desenvolvimento de opções e ações que visam ao aumento das
oportunidades relevantes e à diminuição significativa dos riscos que podem prejudicar o
projeto.
Saiba mais
118
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
De acordo com o Guia PMI (2008), o planejamento da gestão de riscos pode ser considerado como
o processo que define as atividades da gestão de riscos do projeto.
É necessário fazer com bastante cuidado e atenção o planejamento dos riscos, pois isso aumenta
consideravelmente as chances de êxito para os outros processos presentes no gerenciamento de riscos.
O correto planejamento é fundamental para assegurar que o grau, o tipo e a visibilidade da gestão de
riscos seja relativa tanto aos fatores de risco como à importância que o projeto tem para a corporação.
Também é fundamental para mostrar quais são os recursos necessários e o tempo que a equipe do
projeto gastará para gerenciar os riscos. O processo de planejamento de riscos deve começar na origem
do projeto e ser finalizado nas fases iniciais.
Esse processo trata da determinação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação de
suas características. Participam dessas atividades: gerente do projeto, membros da equipe do projeto,
equipe de gerenciamento dos riscos, clientes, especialistas no assunto, usuários finais, partes interessadas
e especialistas em riscos.
• documentos do projeto;
8.2.1 Conceitos
120
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
De acordo com o Guia PMI 2008 (p. 259), os processos que fazem parte do Gerenciamento de
Aquisições são:
• Planejar as aquisições
• Conduzir as aquisições
— Processo que se preocupa com a obtenção de respostas dos fornecedores, além da seleção de
um fornecedor.
• Administrar as aquisições
— Processo responsável pela finalização de todas as aquisições que foram feitas pelo projeto.
Esse processo orientará a execução do contrato, porque fornece uma descrição de como
os processos de aquisição serão gerados, desde o desenvolvimento da documentação até o
encerramento do contrato.
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Unidade III
• acordos de cooperação;
• cronograma do projeto;
• documentos de aquisição;
• solicitações de mudança.
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ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS
A análise de fazer ou comprar, também conhecida como make or buy, é o ponto básico de todo o
processo de planejar aquisições. Essa decisão deve ser fundamentada numa relação custo/benefício
positiva, considerando um grande número de fatores.
Resumo
Lidar com pessoas nem sempre é tarefa simples, mas pode ficar muito
mais fácil quando usamos os processos sugeridos pelo Guia PMBOK,
que nos mostram as formas mais eficientes de lidar com várias pessoas,
conseguindo sempre extrair o melhor de cada uma delas.
Exercícios
Questão 1. Um dos processos que envolvem o Gerenciamento de Recursos Humanos é o
desenvolvimento do plano de recursos humanos.
Uma das principais responsabilidades do plano de RH está na definição dos papéis e das
responsabilidades, ponto que pode causar muita confusão entre os membros do projeto, incluindo a
área de Administração de Projetos e o próprio patrocinador dos trabalhos. Há responsabilidades que
muitas vezes são atribuídas ao gerente do projeto, mas que não deveriam estar com ele.
Adaptado de: GERENCIAMENTO... (2010).
I – Por integrar o grupo de processos de execução, é responsável pela formação da equipe necessária
para completar as designações do projeto.
II – Duas das suas responsabilidades são a identificação e a documentação das funções da equipe.
III – Uma das suas responsabilidades é a formação da equipe necessária para completar as designações
do projeto.
I – Afirmativa falsa.
Justificativa: desenvolver o plano de recursos humanos é, como o próprio nome diz, um processo de
planejamento, e não de execução.
II – Afirmativa verdadeira.
Gerente
Calos
Eduardo
Gerente
Márcio
125
Unidade III
126
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 2
GIDO, J.; CLEMENTS, J. P. Gestão de projetos. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 8.
Figura 3
Figura 4
FERNANDES, A. A.; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI: da estratégia à gestão dos processos
e serviços. Rio de Janeiro: Brasport, 2012. p. 369. Adaptada.
Figura 5
BERSSANETI, F. T.; CARVALHO, M. M.; MUSCAT, A. R. N. Impacto dos modelos de referência e maturidade
no gerenciamento de projetos: estudo exploratório em projetos de tecnologia da informação. Prod., São
Paulo, v. 22, n. 3, ago. 2012. p. 410. Adaptada. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0103-65132012000300005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 nov. 2013.
Figura 6
Figura 7
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 16. Adaptada.
Figura 8
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 17. Adaptada.
Figura 9
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 20. Adaptada.
Figura 10
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 21. Adaptada.
127
Figura 11
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 22. Adaptada.
Figura 12
Figura 13
Figura 14
HELDMAN, K. Gerência de projetos. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 31. Adaptada.
Figura 15
FERNANDES, A. A.; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI: da estratégia à gestão dos processos
e serviços. Rio de Janeiro: Brasport, 2012. p. 394. Adaptada.
Figura 20
Figura 21
Figura 22
Figura 23
COSTA NETO, P. L. O.; CANUTO, S. A. Administração com qualidade: conhecimentos necessários para a
gestão moderna. São Paulo: Blucher, 2010. p. 88.
Figura 24
128
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