Planejamento e Controle da

Produção I

Administração de Estoque

Profª. Kívia Gomes

 Introdução
Programação da Produção

Figura 1: Hierarquia das funções do PCP.

Fonte: Tubino, 2000.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 2

 Introdução

Elaborar periodicamente, para atender ao

PMP, um programa de produção
completo, da compra da matéria-prima à
montagem do produto acabado, e
transmiti-lo aos setores responsáveis
através da emissão de ordens de compra,
fabricação e montagem.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 3

 Introdução

Só inicia a produção quando um cliente

(interno e externo) de seu processo
solicita a produção de determinado item.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 4

 Introdução

Programação da Produção
 Atividades da programação da produção no sistema de Empurrar a
Produção:
 Administração de Estoques;
 Sequenciamento;
 Emissão e liberação de ordens;

 Sistema Puxar a produção - as atividades são operacionalizadas pelo

sistema Kanban.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 5

 Administração de Estoques

Tipos principais de estoques:

 Matérias-primas;
 Itens componentes comprados ou produzidos internamente;
 Produtos acabados;
 Produtos em processo;
 Ferramentas e dispositivos para as máquinas;
 Peças de manutenção;
 Materiais indiretos, etc.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 6

 Administração de Estoques

As principais funções para as quais os estoques são criados:
 Garantir a independência entre etapas produtivas
 A colocação de estoques amortecedores entre etapas de produção ou
distribuição da cadeia produtiva permite que estas etapas possam ser
encaradas como independentes das demais.
 Permitir uma produção constante
 Sistemas produtivos que possuem variações sazonais em sua demanda ou
em suas matérias-primas estocam produtos acabados ou matérias-primas
para evitar que o ritmo de produção sofra grandes saltos nestes períodos.
 Possibilitar o uso de lotes econômicos
 Algumas etapas do sistema produtivo só permitem a produção ou a
movimentação econômica de lotes maiores do que a necessidade de
consumo imediata, gerando um excedente que precisa ser administrado.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 7

 Administração de Estoques
 Reduzir os lead times produtivos
 A manutenção de estoques intermediários dentro dos sistemas produtivos
permite que o prazos de entrega dos produtos possam ser reduzidos.
 Como fator de segurança
 Variações aleatórias na demanda são administradas pela colocação de
estoques de segurança baseados no erro do modelo de previsão.
 Para obter vantagens de preço
 Algumas empresas incrementam seus níveis de estoques para se prevenir de
possíveis aumentos de preços, normalmente dos materiais comprados, ou
ainda, compram em quantidades superiores às necessárias visando obter
desconto no preço unitário.
 Como os estoques não agregam valor aos produtos, quanto menor o
nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir trabalhar,
mais eficiente este sistema será.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 8

 Administração de Estoques

É responsável pela definição do planejamento e controle do níveis

de estoque.

No planejamento e controle dos estoques, há necessidade de:

 equacionar os tamanhos dos lotes;
 definir a forma de reposição;
 definir os estoques de segurança do sistema.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 9

 Classificação ABC dos Estoques

É um método de diferenciação dos estoques segundo sua maior ou
menor abrangência em relação a determinado fator, consistindo
em separar os itens por classe de acordo com sua importância
relativa.

100
80
Classe % de itens % do valor
% valor

60
A 10 a 20 50 a 70
40 B 20 a 30 20 a 30
20 A B C C 50 a 70 10 a 20

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% itens

Figura 2: Classificação ABC.

Fonte: Tubino, 2000.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 10

 Classificação ABC dos Estoques

Pode-se elaborar a classificação ABC por demanda valorizada
empregando a seguinte rotina:
1. Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o
valor da demanda pelo custo unitário do item;
2. Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda
valorizada;
3. Calcula-se a demanda valorizada total dos itens;
4. Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item
em relação a demanda valorizada total, podendo-se calcular
também as percentagens acumuladas;
5. Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes A, B
e C.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 11

 Classificação ABC dos Estoques

Exemplo 1:
 A Tabela 1 apresenta uma amostra de 10 itens com as demandas
anuais e custos unitários. Faça a classificação ABC dos itens da Tabela
1.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 12

Classificação ABC dos Estoques

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 13

Classificação ABC dos Estoques

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 14

 Tamanho do Lote de Reposição

Lote Econômico Básico
 O custo unitário do item é fixo e a entrega do lote de reposição é
realizada de uma única vez.

Tamanho do lote de reposição:

Q* = Tamanho do lote de reposição;
D = Demanda do item para o período;
∗
2×‫ܣ×ܦ‬ A = Custo unitário de preparação;
ܳ = C = Custo unitário de compra ou de fabricação do item;
‫ܫ×ܥ‬
I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques.

Número de reposições durante o período:

N* = Número de pedidos de compra ou fabricação

‫ܫ×ܥ×ܦ‬
ܰ∗ = durante o período
2×‫ܣ‬

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 15

 Tamanho do Lote de Reposição

Exemplo 2:
 Calcule o tamanho do lote de reposição e o número de reposições de
um determinado item, conforme os dados abaixo:

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 16

 Modelos de Controle de Estoques

Pode-se dividir os modelos convencionais de controle de estoques
em dois grupos:

A. Modelos que indiretamente se encarregam de determinar o

momento da emissão das ordens de reposição:
 Controle por Ponto de Pedido.

B. Modelos que buscam diretamente emitir as ordens de reposição:

 Modelos baseados na lógica MRP (Material Requirement Planning –
Planejamento de Necessidade de Materiais).

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 17

 Modelos de Controle de Estoques
A. Controle de Estoques por Ponto de Pedido
 Consiste em estabelecer uma quantidade de itens em estoque,
chamada de Ponto de Pedido ou de reposição que, quando atingida,
dá partida ao processo de reposição do item em uma quantidade
preestabelecida.

Quantidade
Qmax ܲܲ = ݀ × ‫ ݐ‬+ ܳ௦
d
Q
PP

Qs = Qmin
Tempo
t

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 18

 Modelos de Controle de Estoques

Exemplo 3:
 Suponhamos que um item tenha uma demanda anual de 1.200 unidades,
um custo de preparação do pedido de $200,00, uma taxa de encargos
financeiros sobre os estoques de 50% ao ano e um custo unitário de $10,00.
Vamos admitir que este item tenha um estoque de segurança de 80
unidades, e um tempo de ressuprimento de 15 dias. Supondo um ano com
300 dias úteis e a reposição se dando através de lotes econômicos, podemos
montar o modelo de controle por ponto de pedido da seguinte forma:

Sempre que o saldo em estoques atingir 140 unidades, é providenciado um pedido de

reposição de 310 unidades, que deverá dar entrada em estoque após 15 dias.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 19

 Modelos de Controle de Estoques
B. Controle de Estoques pelo MRP

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 20

 Estoques de Segurança

São projetados para absorver as variações na demanda durante o
tempo de ressuprimento ou variações no próprio tempo de
ressuprimento, dado que é apenas durante este período que os
estoques podem acabar e causar problemas ao fluxo produtivo.
 Quanto maiores forem essas variações, maiores deverão ser os
estoques de segurança do sistema.

A determinação dos estoques de segurança leva em consideração

dois fatores que devem ser equilibrados:
1) Os custos decorrentes do esgotamento do item;
2) Os custos de manutenção dos estoques de segurança – custo de
falta  na prática, é difícil de ser determinado  decisões
gerenciais sejam tomadas em cima de um determinado “risco”.
Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 21
 Estoques de Segurança

A determinação do risco que se deseja correr ou do nível de
serviço do item, é função de quantas faltas admite-se durante o
período de planejamento como suportável para deste item.

k.σ

d dmáx

ܳ௦ = ݇ × ߪ

Em que:
Qs = Estoque de segurança
k = Número de desvios padrões
σ = Desvio padrão

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 22

 Estoques de Segurança

Conforme o nível de serviço desejado para o item, tem-se um
número de desvios padrões a considerar:

Exemplo 4: Para um item com demanda média de 200 unidades

por mês e desvio padrão de 15 unidades, se pretende dar um nível
de serviço de 85%. Qual seria o estoque de segurança?

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 23

 Bibliografia

TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2000. 220 p.

TUBINO, Dalvio Ferrari. Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática. São

Paulo: Atlas, 2007. 190 p.

Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I 24