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Pós-Graduação em Economia
Universidade Federal Fluminense
Custo de Competências
Internalização Contratos transação Ação organizacionais Evolicionária
Teoria do
agente de incompletos coletiva
externalidades
Recursos produtivos da
empresa
Apropriabilidade:
●
Refere-se às propriedades do conhecimento ou
produto tecnológico, e às características dos
mercados e do ambiente legal, que afetam a
condição de apropriação privada do retorno
econômico (rendas schumpeterianas) associado
aos investimentos inovativos.
●
Alguns conceitos chaves
Rotina
●
Pode ser definida, de forma genérica, como um
padrão de solução repetitivo para problemas
semelhantes. Este “padrão de solução” se faz
incorporado em pessoas ou organizações ( como
a firma).
Tipos de rotinas:
- Rotinas operacionais - atividades correntes
- Rotinas de decisão – ex: investimento
- Rotinas criativas – atividade de inovação
Alguns conceitos chaves
Chief Executive
Head Office
Parent Company
Head Office
Firma Conglomerada-
Holding (“H”)
Company A Company B Company C Company D Company E
(wholly owned) (wholly owned) (90% owned) (75% owned) (25% owned)
Definição da firma
A empresa Penrosiana
●
Para Edith Penrose, a empresa é um conjunto de
recursos organizados administrativamente que cresce
e procura sobreviver em torno da concorrência.
●
Importância ao papel da gerência: combinar recursos
subutilizados na firma (sempre existem)
●
Relação interno/externo da firma: O conhecimento da
empresa sobre a tecnologia e o mercado é chave para
permitir um melhor aproveitamento dos recursos
Recursos da empresa, segundo
●
Penrose
Fontes de serviços produtivos existentes dentro da empresa
empreendedora extraídos de recursos tangíveis e intangíveis,
inclusive os recursos humanos, sua cultura e seu
conhecimento.
●
Os recursos não podem ser alterados no curto prazo e
quando não totalmente utilizados, constituem,
simultaneamente, um desafio para inovar, um incentivo para
expandir-se e uma fonte de vantagens competitivas.
●
Eles facilitam a introdução de inovações na firma que podem
se consubstanciar em novos produtos, novos processos ou
novas formas de organização de funções administrativas.
Serviços na empresa
●
Os serviços não são homens-hora ou máquinas-hora,
mas os serviços realmente prestados pelas pessoas,
pelas máquinas, pelas matérias primas no processo
produtivo, inclusive os serviços empresariais.
●
Esses serviços vão variar em cada firma, já que as
combinações de recursos são diferentes para cada
empresa e é essa heterogeneidade que as tornam
únicas frente a seus competidores.
Penrose e as capacitações organizacionais
da firma
●
Combinações de ativos, pessoas, valores culturais e
processos operacionais nas organizações.
●
Incluem habilidades de saber fazer a baixo custo
(eficiência) e de saber escolher o que fazer (eficácia).
●
Capacitações são atributos-chave na determinação das
vantagens competitivas das firmas: habilidades de fazer
avançar o desempenho da organização, seja em termos
de novos produtos ou serviços, ou de novos processos
de produção, venda, financiamento, divulgação, etc.
David Teece
●
Ênfase na criação de novas capacitações.
●
Aprendizado social e coletivo das empresas:
capacitações dinâmicas – capacidade de renovar
competências quando há mudanças no ambiente de
negócios.
●
Firmas como depositárias do conhecimento
produtivo (Winter, 1990): rotinas organizacionais.
●
Limites ao processo de aprendizagem: dependência
de trajetórias passadas, ativos complementares e
custos de transação.
Capacitação dinâmica e gestão
estratégica
●
A vantagem competitiva das firmas é vista como resultado de um
conjunto distinto de ativos específicos que são combinados e
coordenados em processos dinâmicos inovadores. Tais ativos
resultam do processo de evolução da firma (path dependency),
●
A importância da dependência da trajetória passada aumenta
quando existem condições de retornos crescentes. A manutenção
das vantagens competitivas dependem da estabilidade da
demanda do mercado e facilidade de imitação por competidores.
●
Identificar novas oportunidades e organizar a firma para explora-
las efetivamente é geralmente mais efetivo para gerar lucros do
que gerar estratégias defensivas para barrar a concorrencia.
(Teecce e Pisano, 1998)
Teoria da Firma – tendências gerais
•
Abertura de “black box” da micro tradicional
•
Firma como unidade decisória sujeita a estímulos
ambientais (sistema de incentivos)
•
Presença de regularidades comportamentais
(racionalidade limitada)
•
Caráter “path-dependent” da diversidade inter-
empresarial: reprodução e reforço de
heterogeneidade
•
Relevância de análise histórica: evolução e
transformação
O que é uma firma (cont.)
•
Capacidades como resultado de um processo de aprendizado
•
Rotinas como padrão repetitivo de realização de
atividades em uma organização (rotinas = DNA), que
possibilitam replicar um desempenho positivo.
•
Capacidades dinâmicas = possibilidade de aprender a
aprender e de modificar as rotinas.
•
Crescimento da firma: a firma cresce pela exploração de suas
competências e construção de “ativos complementares”.
•
Relevância de “núcleo de competências” (core competences)
para crescimento empresarial.
•
Caráter único (raro) e não replicável dos recursos como
fontes de vantagens diferenciais
Características da Firma: uma visão
evolucionária
•
Do ponto de vista evolucionário, a firma pode
ser conceitualizada como entidade em bsca de
lucros diferenciais (profit-seeking) cuja
atividade primária baseia-se na construção
(através de processos de aprendizado) e
exploração comercial de ativos baseados no
conhecimento (knowledge assets), os quais co-
determinam o conjunto de oportunidades
produtivas e são aplicados no processo de
produção através da operação das rotinas.
Características da Firma: uma visão
evolucionária
•
Definição de firma aponta no sentido da importância de
competências distintivas: “… a firm’s distinctive
competence needs to be understood as a reflection of
distinctive organizational capabilities to coordinate and
learn. By “organizational capabilities” we mean the
capabilities of an enterprise to organize, manage,
coordinate or govern sets of activities … Posed differently,
a distinctive competence is a differentiated set of skills,
complementary assets, and organization routines which
together allow a firm to coordinate a particular set of
activities in a way that provides the basis for competitive
advantage in a particular market or markets” (Dosi &
Teece 1994).
Teoria de Capacitações Dinâmicas (Dynamic-
Capabilities View - DCV)
•
Capacitações dinâmicas definidas como as capacitações através das quais
as firmas ”… integrate, build, and reconfigure internal and external
competencies to address rapidly changing environments” (Teece, Pisano e
Shuen).
•
Ênfase na noção de flexibilidade das competências e na capacidade de
adaptação a ambiente dinâmico.
•
Capacitações correspondem a ”capacidade de combinações” (combinative
capabilities), através das quais define-se uma habilidade para adquirir e
processar recursos do conhecimento , identificando-se novas aplicações
para estes recursos (Kogut e Zander).
•
“dynamic capabilities emphasizes the key role of strategic management in
appropriately adapting, integrating, and re-configuring internal and
external organizational skills, resources, and functional competencies
toward a changing environment” (Piece, Boerner e Teece)
Concepção de Firma Baseada no Conhecimento – uma
discussão a partir dos critérios de Coase
•
Existência – Firmas como mecanismos superiores para integrar
conhecimento especializado (Grant, Conner e Prahalad), para desenvolver
capacidades de aprendizado (Lazonick, Kogut e Zander, Loasby),e para
possibilitar a consolidação e repartição de visões comuns (Witt, Ghoshal e
Moran).
•
Limites – Existência de problemas para transmitir conhecimento complexo e
tácito (e que se desenvolve através da interação social) por meio de interface
do mercado (Langlois, Teece, Kogut and Zander)
•
Organização Interna – Firmas possuem ”low-powered incentives” na
medida em aceleram processo de construção coletiva de conhecimentos
especializados.
•
Existência - Firmas existem porque possibilitam a criação de condições
através das quais múltiplos indivíduos conseguem integrar o seu
conhecimento especializado a um baixo custo, o que não ocorre através do
mercado. Hierarquia como facilitador da repartição de conhecimento, mais
do que mecanismo de redução do oportunismo.
•
Firmas vistas como ”… social communities in which individual and social
expertise is transformed into economically useful products and services.”
Heterogeneidade empresarial e fundamentos
da teoria da firma
Por que algumas empresas obtém (persistentemente) mais sucesso do
que outras empresas? (por exemplo, ganham acima do patamar
normal de lucros, apresentam uma vantagem competitiva
sustentada, são capazes de criar e apropriar mais valor, etc … )
•
Enfoque centrado na noção de estratégia introduz um
aspecto adicional relevante :
– “O que explica a obtenção de vantagens
competitivas?”
– Isto é, quais fatores são responsáveis pela geração
de rendas diferenciais (rent-earning capability)
– Aspecto remete a análise para a discussão de
fatores que explicam por que as firmas são
heterogêneas.
Conceito de Estratégia Empresarial
●
Estratégia pode ser definida como a seleção e
implantação de um conjunto de objetivos com vistas
a adaptar a empresa ao ambiente externo ou
modificar este ambiente para melhorar suas chances
de sucesso (Coombs et al, 1992, p. 9)
●
Estratégia em função da incerteza que cerca a
atividade econômica
Evolução do mercado e da tecnologia não é facilmente
previsível
A implementação de um planejamento rígido é difícil
Conceitos de Estratégia
Externos à empresa:
• Porter (1980): baseado no ECD
• Shapiro (1989): baseado na teoria dos jogos
Baseado em recursos:
• Penrose (1959): exploração de recursos ou
capacitações específicos a cada firma
• Teece et al. (1990): processo de criação de novas
capacitações, conceito de capacitação dinâmica.
ESTRUTURA DE MERCADO
Número de compradores e vendedores
Diferenciação de produtos
Barreiras à entrada
Estruturas de custos
Integração vertical POLÍTICA PÚBLICA
Diversificação Tributos e Subsídios
Regras de comércio internacional
CONDUTA Regulação
Determinação do preço Controle de preços
Estratégia de produto e propaganda Política anti-truste
Pesquisa e Desenvolvimento Provisão de informações
Investimentos em plantas
Táticas legais
DESEMPENHO
Eficiência produtiva e alocativa
Progresso técnico
Pleno Emprego
Eqüidade
Fonte: Scherer & Ross (1990, p. 5).
Carl Shapiro
(1989)
●
Baseado nas novas teorias de organização
industrial e teoria dos jogos.
●
Movimento estratégico de empresa que visa
influenciar comportamento de outros agentes
no mercado.
●
Atribui mais importância ao ambiente externo
que interno.
Fonte: PAULO TIGRE, GESTÃO DA
INOVAÇÃO
Edith Penrose (1959):
●
Estratégia deve ter por base o
potencial de receitas que pode ser
obtido pelos recursos (humanos e
materiais) de que dispõe a firma.
●
Foco é na exploração de recursos
específicos a cada firma e não seu
posicionamento de mercado.
●
Penrose oferece a base para o
desenvolvimento da visão baseada em
recursos.
●
Para ser estratégica um “capacidade” necessita esta
afinada com a necessidade do usuário (fonte de receita),
única (poder de mercado) e dificilmente replicável. → nada
que pode ser comprado no mercado pode ser realmente
estratégico. (Teece, 1997).
Condicionantes dos Limites da
Firma
Os Limites da Firma
Visão Tradicional
•
Retornos descrescentes (deseconomias) de escala.
•
Redução da produtividade dos fatores de produção.
•
Aumento do preço dos “fatores de produção
internos”.
•
Retornos decrescentes da função empresarial
(organizing).
•
Custos crescentes de monitoramento da produção
conjunta.
Os Limites da Firma
Visão Neo-institucionalista (a partir de Coase)
•
Questão fundamental: nível de integração-diversificação => dilema “make
or buy”.
•
Elemento crítico: avaliação dos custos de transação (“economizing”)
•
Presença de dois condicionantes básicos associados ao processo de
integração vertical e crescimento:
1. Natureza específica dos ativos e investimentos
2. Limitações inerentes ao processo de contratação
•
Contratação envolve barganha entre agentes com informações
assimétricas
•
Estrutura organizacional influencia performance ao modificar acesso a
informações relevantes e ao definir sistema de incentivos.
•
Condicionantes básicos de sistemas de incentivo: separação propriedade-
gerência; estrutura de capital; sistemas de informação; formato
organizacional.
Os Limites da Firma
Duas dimensões condicionam processo de verticalização:
1. Custos de Transação tradicionais => problema: separabilidade de
atividades (via interface tecnológica) é limitada
2. Natureza específica das atividades realizadas => elementos críticos:
•.
economias de escala-escopo;
•.
indivisibilidades técnicas;
•.
resultados super-aditivos;
•.
recursos (serviços) gerenciais excedentes ou ociosos;
•.
sinergias idiossincráticas;
•.
fenômenos de aprendizado.
Elementos Adicionais Relevantes Introduzidos
•.
Orientação geral das estratégias de crescimento das firmas.
•.
Diferenciação entre núcleo (core) de competências relacionado à
natureza específica das atividades realizadas e atividades “não core”
cuja expansão atende aos preceitos da teoria dos custos de transação.
•.
Acesso a competências requeridas no processo de produção e
crescimento muitas vezes não é contratável via mercado => dilema
“make or buy” não se manifesta na prática.
Os Limites da Firma: visões alternativas
•
Limites objetivos dados pelas condições técnicas de produção
(economias de escala e escopo).
•
Condicionantes econômico-financeiros do processo de
crescimento empresarial.
•
Problemas inerentes à compatibilização de múltiplos
objetivos.
•
Capacidade de controle e organização de múltiplas
atividades: retornos decrescentes de atividades gerenciais
•
Disponibilidade de recursos, gestão de competências e
limites da diversificação.
•
Obsolescência de rotinas e competências.
•
Equívocos de estratégias.
•
Gap de informações e competências em ambientes
complexos.
Objetivos e Racionalidade das
firmas
Racionalide Limitada da firma: abordagem de Simon
•
H. Simon:
– Agentes econômicos são “intendedly rational but only limitedly so”
– Limitações em conhecimento, capacidade de previsão, habilidade e tempo
→ gera necessidade de organização
“… because individual human beings are limited in knowledge, foresight,
skill and time that organizations are useful investments for the
achievement of human purpose”
●
Informações: Racionais mas ... limitações na hora de acessar ou
processar as informações.
●
Incerteza radical: Os resultados das decisões e ações dos agentes
dependem de eventos futuros, mas, no limite, estes não podem ser
antecipados de maneira probabilística .
●
Complexidade: Em algumas circunstâncias (p.e., jogo de xadrez)
existe informação simétrica mas existem tantas soluções alternativas
que mesmo um indivíduo brilhante tem dificuldades em sistematizar
todas as alternativas
Os seres humanos tem limitações para descobrir quais são as
alternativas possíveis, computar a consequências delas (sob certeza e
incerteza) e fazer a comparação entre as opções
Racionalidade limitada (Simon)
Novas hipóteses:
As altenativas não simplesmente dadas, elas devem ser
geradas por algum processo
As distribuições de probabilidade dos resultados são
desconhecidas logo elas precisam ser estimadas por algum
processo
Incerteza: probabilidade são desconhecidas e não podem
ser estimadas por causa da incerteza radical
Se utiliza standard satisfatório no lugar de máximo
Racionalide Limitada da firma: abordagem de Simon
.
Enfaze na
importância de
procedimentos USO DE PROCEDIMENTOS
computacionai Teoria da racionalidade processual
s eficientes
para encontrar Esta racionalidade envolve a busca por uma melhor heurística, que
boas soluções Simon se refere como o coração da inteligência
Racionalide Limitada da firma: abordagem de Simon
•
Cyert and March :
– Criação de mecanismos de busca → Na presença de racionalidade
limitada, as possibilidades de produção são descobertas através de
mecanismos de busca.
– Criação de procedimentos → Conhecimento produtivo encontra-se
incorporado e é implementado através de ”procedimentos padrões
de operação.”
•
Decisões tomadas em contexto de perfeita informação e
conhecimento
•
Objetivo da firma é a maximização de lucros.
•
Predominância de comportamentos “satisfatórios” (satisficing’ behavior)
em lugar de comportamentos maximizadores (maximizing’ behavior) no
processo de tomada de decisões.
•
Teorias Alternativas de Comportamento Gerencial –
Hipóteses Gerais
•
Foco na análise da estrutura e sistemática do processo interno de
tomada de decisões da firma
•
Objetivo geral de obtenção de “performance
satisfatória”( ‘satisfactory performance’) como orientação para
definição de objetivos organizacionais, através de dois
procedimentos: (i) comportamento gerencial de “compromisso”
(‘compromising’ managerial behavior); (ii) utilização de pagamentos
não pecuniários por instâncias gerenciais (non-pecuniary ‘side
payments’).
•
Ênfase na discussão sobre a formulação dos objetivos e reaçãos dos
grupos internos as decisões.
Teorias Alternativas de Comportamento
Gerencial
•
Objetivo de Maximização de Lucros vs.
Conjunto de Objetivos Alternativos:
●
Economias de escala nas vendas: Vendas elevadas e em expansão facilitam
a distribuição e comercialização de produtos, resultando em economias
decorrentes da venda de maiores volumes, com impactos em termos de
redução de custos de transação e maior eficiência.
●
Atração de recursos financeiro externos: vendas elevadas e em expansão
auxiliam a atração de recursos financeiros externos para a firma
●
Firmas maiores tem maior facilidade de aumentar o seu capital, enquanto
as instituições financeiras tendem a ser contrárias à concessão de apoio a
firmas com vendas em declínio
1- Modelo de Maximização do Retorno das Vendas
•
Percepção dos consumidores: Consumidores costumam ver uma firma
com vendas declinantes de forma menos favorável, gerando um circuito
cumulativo de redução de vendas.
•
Relação com os canais de distribuição: estes podem se tornar menos
acessíveis e cooperativos no caso de vendas decrescentes, por exemplo,
na extensão de linhas de crédito.
•
Salários (qualidade) da equipe gerencial, em algum grau, dependem do
ritmo de crescimento do retorno das vendas: gerentes costumam ser
recompensados por vendas crescentes.
Desdobramentos do Modelo
•
Possibilidade de dinamização do modelo: maximização do
faturamento futuro ou da expansão das vendas financiadas por lucros
retidos => lucros como variável endogenamente determinada
•
Variáveis: faturamento (F) e taxa de crescimento de vendas (g)
•
S = VA (F) = ∑ F ((1 + g)/ (1 = r))i
•
Salários elevados
•
Controle do staff
•
Gastos em investimentos discricionário
•
Benefícios adicionais
U =f (S ,I d ,M )
Maximização da utilidade gerencial – continuação
•
Considerando os benefícios adicionais como constantes, tem-se:
U = f (S, Id)
•
Modelo considera equilíbrio de dois elementos:
1) Curva de indiferença de administradores (SxId)
2) Associação: investimento discricionário e lucros retidos
2) relacionamentos de variáveis na função utilidade
Hipóteses:
•
o relacionamento entre S e o lucro discricionário é dado pela função
lucro, dadas condições gerais do mercado
•
Até Lucro máximo: ↑S → ↑Id
•
Após Lucro Máximo: ↑S → ↓Id
•
Maximização de utilidade sujeita á restrição da relação SxId (ver
gráfico)
Maximização da utilidade gerencial – continuação
Modelo de Maximização do Crescimento Corporativo
•
Ponto de partida: objetivos de proprietários e acionistas.
•
Proprietários interessados em maximizar o valor de seu
benefício, representado pelas participações que possuem na
firma.
•
Firma satisfará interesses de acionistas procurando maximizar o
valor de mercado do estoque de ações (stock market value -
SMV) o qual corresponde ao “valor de mercado” da firma.
•
É improvável que gerentes retenham uma proporção
significativa das ações da firma.
•
Gerentes proferirão maximizar o crescimento da firma, em
função do interesse próprio ou dos “sinais” que fornecem ao
mercado.
•
Proprietários também desejam crescimento, porém apenas na
medida em que o mesmo auxilia a maximizar seu próprio bem-
estar. Se o crescimento entrar em conflito com a maximização
deste bem estar, os proprietários preferirão restringir o
crescimento.
•
Conflito potencial pode surgir sempre que crescimento entrar
em conflito com maximizar do bem-estar de proprietários.
•
Se uma empresa utilizar seus lucros para pagar dividendos, ela
reterá menos recursos líquidos disponíveis para financiar seu
crescimento.
•
Uma empresa que distribui todo o seu lucro na forma de
dividendos não tem condições de crescer, limitando-se a manter
seu estoque de capital em função dos recursos da reserva de
depreciação. Em um outro extremo, uma firma que não paga
dividendos pode financiar de forma mais efetiva seu crescimento,
via auto-financiamento.
•
Se a firma nunca pagar dividendos, contudo, ela não terá qualquer
“valor de mercado” o que é uma situação improvável de ocorrer.
Em algum momento, dividendos terão de ser pagos, se a firma
espera ter um “valor de mercado” significativo.
•
Existe um trade-off potencial entre a proporção de lucros pagos na
forma de dividendos pela firma e o ritmo pelo qual ela pode
financiar o seu processo de crescimento (o qual se reflete no
próprio crescimento dos dividendos).
100% max D, (set by profitability)
0 GROWTH (g)
•
Os investimentos financiados através do pagamento de um menor
montante de dividendos no presente eventualmente poderão gerar
um lucro mais elevado no futuro e, conseqüentemente, dividendos
adicionais. Neste caso, o problema para a firma refere-se ao fato de
que ela deve considerar em que medida a redução dos dividendos
atuais é capaz de gerar dividendos adicionais no futuro.
•
Do ponto de vista dos acionistas, se:
•
A firma pode reduzir seus dividendos e crescer. De fato, para
maximizar o valor do SMV para os acionistas a firma deve reduzir o
pagamento de dividendos até o ponto em que:
•
Assim,o benefício marginal da redução de dividendos deve igualar o
seu custo marginal.
Conclusão
O que é uma “Teoria da Firma”?
•
Resposta intuitiva (Foss):
”A systematized body of knowledge about
what firms are, what firms do, what causes
them to behave in certain ways, what makes
them exist, change, undertake the production
of certain products, demand certain inputs,
etc. etc. etc.”
O que é uma “Teoria da firma”?
•
Assim, uma "teoria estratégica da firma" ideal
deve abordar 4 elementos fundamentais: a
existência, os limites, a organização interna e
as fontes de heterogeneidade das empresas.
•
Na realidade, a maioria das teorias apenas
globalmente em um ou dois destes fatores
Teorias da Firmas: uma sistematização
abrangente
•
Diferenciação fundamental entre dois conjuntos principais de
teorias alternativas da firma
•
A empresa é concebida como uma instituição onde as
competências (associadas a conjuntos coerentes de rotinas e
habilidades) são utilizadas de forma ativa ("de dentro para
fora") em um contexto de criação de recursos, onde a
raridade dos mesmos é um elemento crítico.
•
As competências são continuamente construídas, formatadas
e protegidas, através de um processo cumulativo e
estratégico que depende diretamente dedos procedimentos
de gestão do conhecimento (envolvendo o modo como o
conhecimento é adquirido, produzido absorvido, memorizado,
compartilhado e transferido).
•
Algumas competências são vistas como estratégicas (i.é.
'competências essenciais') constituindo as principais fontes de
competitividade, sendo resultantes de um processo de
seleção, tanto interno como externo à empresa
Conclusão: Comparando alguns
elementos
Teorias da Firma : Síntese de
Abordagens
Firma processadora de Firma como processadora de
informações conhecimento
Criação e re-alinhamento de Criação e alinhamento de
incentivos conhecimentos e expectativas
Conjunto de contratos Coordenação de competência
Transações orientadas Criação e gestão de rotinas
Alocação de Recursos Criação de recursos
Racionalidade limitada Racionalidade Orientada (foco)
Elementos gerias para comparação de teorias
da firma
•
Mecanismos Cognitivos (aprendizado e processamento de conhecimentos)
•
Mecanismos de Incentivo (contratos e adequação de condutas)
•
Mecanismos de Coordenação (autoridade e implementação de estratégia)
•
A eficiência organizacional seria resultante da coerência entre os
três mecanismos:
1. Incentivo e Cognição: quais são os mecanismos de incentivo eficazes na
promoção de qual tipo de aprendizado, resultando na socialização de
conhecimentos e na seleção de competências.
2. Incentivo e Coordenação: em ambiente dinâmico, os esquemas de incentivo
tendem a ser ineficazes, se não forem capazes de contribuir para um
posicionamento estratégico e coerente.
3. Cognição e Coordenação: processo de geração e modificação do
conhecimento comum requer algum tipo de centralização, compatibilizando
a coerência com formas descentralizadas de aprendizado.
Mapeamento de teorias da Firma com
base nos critérios mencionados
Mecanismos Mecanismos Mecanismos
FIRMSAS Cognitivos de incentivo de Coordenação
Agente-principal XXX
Simon X X
Teoria
Evolucionária XX ? X
Aspectos críticos de Teoria da Firma e
fontes de diversidade
Sistema de
incentivos e Ativos Espe-
formas de cializados e
Complementares
controle
Liderança,
Relações
autoridade e
Contratuais
delegação
(nexus de
contratos) Recursos,
Rotinas,
capacitações,
etc.
Bibliografia complementar
•
Chandler, A.D. (1992) "What is a firm? A historical perspective", European Economic Review, 36, 483-494, North-Holland,
1992
•
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•
Cohendet, P.; Llerena, P. "Theory of The Firm in An Evolutionary Perspective: A critical development" Paper to the
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•
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•
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Langlois, R.N. ; Foss, N,J. Capabilities and Governance: the Rebirth of Production in the Theory of Economic Organization,
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Nelson, R.R Why Do Firms Differ, and How Does it Matter?, Strategic Management Journal, Vol. 12, Special Issue:
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