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2°Ano
Quelimane
Maio
2023
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Quelimane
Maio
2023
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Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara 1.0
do problema)
Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
Articulação e
domínio do
Conteúdo discurso
académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Rigor e coerência
Normas APA 6ª
das
Referências edição em
citações/referência 4.0
Bibliográficas citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução..............................................................................................................................6
2. Objectivos..............................................................................................................................7
2.1. Geral....................................................................................................................................7
2.2. Específicos..........................................................................................................................7
3. Metodologia do Trabalho Consciência moral........................................................................7
4. A Pessoa como Sujeito Moral................................................................................................8
4.1. Conceito de Pessoa..............................................................................................................8
4.1.1. Distinção entre Ética e Moral...........................................................................................9
4.1.2. Funções da Ética..............................................................................................................9
4.1.3. Características da Pessoa..................................................................................................9
4.1.4. Quem sou eu?.................................................................................................................10
4.1.5. A consciência.................................................................................................................11
4.1.6. Acção humana e valores.................................................................................................12
4.1.6.1. Acções involuntárias (ou actos do Homem)...............................................................13
4.1.6.2. Acções involuntárias (ou actos do Homem)...............................................................13
4.2. Da acção aos valores.........................................................................................................14
4.2.1. Conceito de valor...........................................................................................................14
4.2.2. Tipos de valores.............................................................................................................14
4.3. Consciência moral.............................................................................................................15
4.3.1. Descrição da consciência...............................................................................................15
4.3.1.1. Etapas do Desenvolvimento da Consciência Moral....................................................16
4.4. Acção humana...................................................................................................................16
4.4.1. Conceitos básicos da acção humana..............................................................................16
4.5. Ética...................................................................................................................................17
4.5.1. A ética influencia na vida dos seres humanos................................................................17
4.2.2. Três pensadores fundamentais para entender a ética.....................................................17
5. Conclusão.............................................................................................................................19
6. Referências bibliografia.......................................................................................................20
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1. Introdução
O presente trabalho de didáctica de historia I, a pessoa como sujeita moral; Conceito
de pessoa; Questões de consciência moral e Questões ligada a ética.
A palavra “pessoa” tem a sua origem no termo latino para uma máscara usada por um
actor no teatro clássico. Às porém máscaras, os actores pretendiam mostrar que
desempenhavam uma personagem. Mais tarde “pessoa” passou a designar aquele que
desempenha um papel na vida, que é um agente. De acordo com o Oxford Dictionary, um dos
sentidos actuais do termo é “ser autoconsciente ou racional”. Este sentido tem precedentes
filosóficos irrepreensíveis. John Locke define a pessoa como “um ser inteligente e pensante
dotado de razão e reflexão e que pode considerar-se a si mesmo como aquilo que é, a mesma
coisa pensante, em diferentes momentos e lugares.”
Essa disposição diz respeito ao homem “como ente racional e ao mesmo tempo
responsável”. Moral é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região que visa a
dirigir as acções do homem, segundo a justiça e equidade natural (igualdade de direitos). A
ética é a dignidade humana, (valores morais, verdade). A moral é conduta, comportamento,
parte de uma cultura, bons costumes.
Este trabalho tem por objectivo geral compreender os princípios do A
Pessoa Como Sujeito Moral. Estudo deste tema é de extrema importância pois, irá
permitir adquirir conhecimentos mais aprofundados concernente ao tema em des
taque, que servirá de suporte aos futuros estudantes e de alguma forma dúvidas serão
sanadas.
Este trabalho contou com a ajuda de consulta de algumas obras
literárias, e a pesquisa na internet. Em termos estruturais o trabalho é constituído
por 4 capítulos, sendo o presente capítulo, o qual fornece uma primeira abordagem
e enquadra-o no tema do trabalho, explanando qual o intuito de explorar deste tema.
O segundo capítulo faz referência ao conteúdo mais teórico, no que cerne ao A
Pessoa Como Sujeito Moral, fazendo um enquadramento histórico; a seguir uma breve
descrição. O terceiro e quarto capítulo contem as principais conclusões do trabalho e a
Referencia Bibliográfica.
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2. Objectivos
2.1. Geral
Compreender os princípios da pessoa como sujeito moral.
2.2. Específicos
Descrever conceito de pessoa;
Discutir questões de consciência moral;
Esclarecer questões ligada a ética.
Ética Moral
Origem
Ethos = conduta, modo de ser Mores = costume
etimológica
O conjunto de princípios, regras,
É uma disciplina filosófica que
normas, juízos ou valores de carácter
estuda e reflecte sobre todas as
éticonormativo vigentes numa
Definição questões referentes às ideias
determinada sociedade e aceites pelos
morais e às normas de conduta
membros dessa mesma sociedade ou
humana.
grupo cultural.
As reflexões éticas são Os costumes são temporais, isto é,
Tempo
permanentes podem mudar.
Falar de pessoa é mais do que falar dum simples indivíduo. Nela existem
cumulativamente as notas biológicas do ―ser humano‖ e ao mesmo tempo as noções éticas
que sustentam o ―ser pessoa‖. Analisando a noção de Pessoa, tudo leva a crer que nesta
noção estão difundidas as mais significantes características do ser humano que fazem dele o
valor supremo, o sujeito da acção moral e critério de qualquer apreciação valorativa.
Cada espécie (objectos, series vivos), apresentam algumas particularidades que fazem
deles series semelhantes. A Pessoa é, acima de tudo caracterizada pelos seguintes aspectos.
Singularidade – a pessoa é uno, original, verídico, não se repete e insubstituível ou
seja, ninguém é cópia de ninguém, não há duas pessoas iguais, há sempre diferença entre
duas ou mais pessoas.
Unidade – a pessoa é constituída por partes diversificadas (é corpo físico, razão,
emoção, acção etc.) que complementam a sua totalidade, isto é, as deferentes partes que as
constituem foram um todo coeso, uma unidade biológica.
Interioridade – em cada ser humano há um espaço de reserva e de intimidade,
inacessível e inviolável: é consciência moral.
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vez que a sua definição de Pessoa quer destacar os carácteres de relação e de inter-relação
como constitutivos dinâmicos da pessoa humana.
Os filósofos da modernidade orientaram-se por outras direcções definitórias de
Pessoa, das quais se têm destacado três:
A psicológica, que, tomando como referência o filósofo Descartes, toma a consciência
como a característica definitória da Pessoa.
A ética, que, segundo Immanuel Kant, destaca a liberdade como o constitutivo do ser
Pessoa.
A social, que com o Personalismo e, particularmente, com Martin Buber, sublinha na
definição de Pessoa a relação desta com o(s) outro(s).
Estes dados, tanto da Filosofia clássica como da moderna, não devem ser vistos de
forma isolada, como se eles se excluíssem mutuamente. Na definição de Pessoa, todos estes
elementos se completam.
4.1.5. A consciência
Consciência é o conhecimento (scientia) que acompanha as nossas vivências (cum); a
consciência apreende três sentidos: biológico, psicológico e moral.
Neste caso, interessa-nos o sentido moral, em que a consciência é vista como o juiz do
valor moral das nossas actividades: avaliando os nossos actos, atribuindo-lhes mérito ou
demérito; julgando-os sob o ponto de vista do bem ou do mal e indicando o dever a seguir.
Há valores que são no mínimo um padrão para uma sociedade de pluralidade de ideias,
como a nossa, por exemplo: responsabilidade, integridade, lealdade, honestidade, sigilo,
competência, prudência, coragem, critica, perseverança, compreensão, tolerância, dinamismo,
flexibilidade, humildade, imparcialidade e optimismo. Estes são valores que garantem
estabilidade social e política de qualquer sociedade.
O Homem no seu quotidiano de uma forma consciente ou inconsciente prática dois
tipos de acções: as que são comuns a outros animais e os que só ele próprio realiza.
Primeiro – as que são comuns a outros animais ou actos instintivos. Konrad Lorenz
aponta a existência de quatro instintos comuns aos homens e, aos animais (nutrição,
reprodução, fuga e Agraço).
Segundo – as que ele próprio realiza ou instintiva: consiste nas actividades reflexivas,
especifica dos seres humanos. Agir, no caso do Homem, implica pensar antes de executaras
acções. Moralmente, os homens praticam também acções que, embora sejam conscientes e
intencionais, não deixam de ser considerados inumanos. A razão é que os mesmos não se
enquadram no âmbito daqueles que consideramos dignos de seres humanos.
O homem define-se pelo modo como escolhe, decide e executa as diferentes acções. É
através das acções que o homem transforma a realidade e torna-se um agente de mudanças. O
homem pratica 2 (dois) tipos de actos ou acções: as que são comuns a outros animais e as que
só ele realiza.
Os primeiros são os chamados actos instintivos, que permitem dar uma resposta perfeita
ao mio, facto que constitui condição indispensável a sua sobrevivência. No segundo os actos
instintivos, são secundarizados dando lugar a actividade reflectiva, especifica dos seres
humanos, agir significa pensar antes de executar a acção.
São acções que não implicam qualquer intenção da parte do sujeito; são acontecimentos
que nos limitamos a ser imensos receptores de efeitos que realizamos por um mero reflexo
intuitivo;
Acções voluntárias ou actos humanos
As acções humanas implicam uma intenção deliberada de um agente do agir de
determinado modo e não de outro, estas acções são reflectidas, premeditadas ou até projectados
à longo prazo tendo em vista atingir determinados objectivos, isto é, tendo um propósito e a
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intenção de fazer o que está fazendo, são acções que realizamos de forma consciente,
voluntário e responsável, por isso toda a acção humana implica os seguintes elementos:
Agente – um sujeito de acção que é capaz de se reconhecer como autor da acção e agi
consciente;
Motivo – o que nos leva a agir ou a fazer algo, a razão que justifica o acto;
Elemento intenção – aquilo que o sujeito pretende fazer ou ser feito com a sua a acção
e responde a pergunta, que fazer? Aquilo que o agente quer realizar;
Fim – o fim da acção e o objectivo daquilo para que se quer da acção voluntária.
4.2. Da acção aos valores
Em toda a acção humana, o homem exprime o modo, como se relaciona com o
mundo, os valores dão ao sujeito motivo para agir. Exemplo: quando damos esmola está lá
um valor muito nobre ‟a solidariedade”, mas afinal:
O que são os valores?
O que é juízo de valores?
Qual é a diferença que existe entre um juízo de valor e de facto?
4.2.1. Conceito de valor
Valores – são critérios segundo os quais damos ou não, valores a certos casos. Os
valores são as razões que justificam ou motivam as nossas acções, tornando as refervíeis
como nossas.
Juízo de facto – é um juízo em que se descreve a realidade de uma forma objectiva,
neutra e impessoal, estes juízos podem ser verificáveis e podem ser verdadeiros ou falsos.
Exemplo: Quelimane é capital provincial da Zambézia.
Juízo de valor – é uma manifestação de preferência e apreciação sobre uma dada
realidade e é fruto de uma interpretação parcial e subjectiva feita com base em valores. Os
juízos de valores são relativos pós variam de pessoa para pessoa.
Exemplo: Beira é a cidade mais bonita da África (para alguns).
4.2.2. Tipos de valores
Os valores são conceitos que traduzem as nossas preferências, o valor tem sempre
como preferência a avaliação do sujeito que o enuncia, trata-se de qualidades e atributos que
são atribuídos pelo sujeito, algo, alguém ou acontecimento. Podemos agrupar os valores em 2
(dois) grupos: espirituais e materiais.
Valores espirituais/religiosas
São aqueles que dizem respeito à relação do homem com Deus.
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4.5. Ética
O termo “ética” tem sua origem na Grécia antiga, na palavra ethos, e possui um duplo
significado que influenciou o sentido de ética. Por um lado, ethos (grafado com a letra grega
eta) significa os costumes, os hábitos, ou o lugar em que se habita. De outro, o ethos (com
epsilon) representa o caráter, o temperamento e a índole dos indivíduos.
Assim, a ética é o estudo dos princípios das ações, representado nos costumes e
hábitos sociais e no caráter individual e coletivo.
Destes pensadores, destacamos Aristóteles, Maquiavel e Kant, por cada uma representar
um momento de virada em relação à produção do tema.
1. Aristóteles
Com a passagem da filosofia naturalista do período pré-socrático para a filosofia
antropológica marcada por Sócrates, o conhecimento volta-se para a compreensão das
relações humanas.
Assim, Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) traz avanços para o desenvolvimento da ética
como uma área própria do conhecimento.
O filósofo buscou investigar sobre os princípios que orientam as ações e o que seria uma
vida virtuosa.
Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles escreve sobre sua compreensão acerca da
virtude e da finalidade da vida, a felicidade.
Aristóteles compreende que a ética pode ser ensinada e exercitada e dela depende a
construção de um caminho que conduza ao bem maior, identificado como a felicidade.
Para isso, as ações devem estar fundamentada na maior das virtudes e base para todas as
outras, a prudência.
2. Maquiavel
Nicolau Maquiavel (1469-1527), em sua obra O Príncipe, foi responsável pela
dissociação da ética dos indivíduos da ética do Estado.
Para Maquiavel, o estado é organizado e opera a partir de uma lógica própria. Assim, o
autor cria uma distinção entre a virtude moral e a virtude política.
Esse pensamento representou uma mudança bastante relevante em relação à tradição da
Idade Média, fortemente baseada na moral cristã, associando o governo a uma determinação
divina.
3. Kant
Immanuel Kant buscou elaborar um modelo ético em que a razão é o fundamento
primordial. Com isso, o autor contrariou a tradição que compreendia a religião e a figura de
Deus, como o princípio supremo da moralidade.
Kant, em seu livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes, afirma que os exemplos
servem apenas como estímulo, assim, não se pode criar modelos éticos fundamentados na
classificação de alguns comportamentos desejados ou que devem ser evitados.
Para o filósofo, a razão é responsável por governar a vontade e orientar as ações, sem
ferir a ideia de liberdade e autonomia, própria dos seres humanos.
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5. Conclusão
A pessoa, sendo sujeito moral, é o único ser na terra que pratica a acção moral, é
dotado de razão, consciente, livre, responsável, preocupado com os outros, capaz de prever o
modo como a sua conduta pode afectá-los, tem a noção do bem e do mal. Por isso, é
importante antes de mais nada questionar, afinal, o que é uma Pessoa?
Indivíduo, ou a designação de indivíduo tem a ver com a singularidade numérica e
existencial, realidade única (unidade orgânica) e indivisível (o eu);
Ser humano ou a designação de homem, refere-se ao facto de ser animal racional, um
ser dotado de razão, convicções, atitudes, opinião, etc.
A designação de pessoa, é uma categoria ética, isto é, um ser dotado de capacidades
que o permite distinguir o bem do mal.
Falar de pessoa é mais do que falar dum simples indivíduo. Como categoria ética,
pessoa é: Singularidade, Unidade, Interioridade, Autonomia, Abertura, Valor em si e
Projecto.
A consciência moral é a capacidade que cada um possui de diferenciar o bem do mal.
Voz interior, Juiz interior, Sentimento, Força e Intimidade.
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6. Referências bibliografia
BIRIATE, Manuel e GEQUE Eduardo, Pré-Universitário – Filosofia 11, Ed.
Longman Moçambique,1.ª Edição, Maputo, 2010.
ABRUNHOSA, Maria António e LEITÃO, Miguel, Um outro olhar sobre o mundo:
introdução à filosofia, 10º ano. - 2ª ed. - Porto: Asa, 2003.
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª
Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
VICENTE, Neves, Razão e diálogo : filosofia, 10º ano, Porto Editora, 1ª ed., Porto,
2006.
VICENTE, Neves e LOURENÇO, Vieira, Do Vivido ao Pensado - Filosofia 10º ano,
Porto Editora, Porto, 2006.
JASPERS, K., Iniciação Filosófica, Lisboa, Guimarães Editora, 1972.
MONDIN, B., Curso de Filosofia, III, São Paulo, Edições Paulinas, 1987.
MEYER, M., Lógica, Linguagem e Argumentação, Lisboa, Ed. Teorema, 1992.