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Estágios de Desenvolvimento- WALLON

A evolução psicológica da criança na teoria de Henri Wallon indica sucessão de estágios que não se limitam
à cognição. Sem contar sua flexibilidade, que mostrava uma sequência que não é linear ou fixa, sem se
apagar. Nisso, o próximo estágio complementa o antigo, sendo eles:

Estágio impulsivo-emocional

Vai do nascimento ao primeiro ano da vida, sendo bastante afetiva e as emoções são o seu canal de
comunicação. O relacionamento com o meio externo desenvolve nos pequenos sentimentos intra
contraceptivos e os fatores afetivos. Seus movimentos são descoordenados, mas sua desordem gestual a leva
para as emoções diferenciadas.

Estágio sensório-motor e projetivo

Dos 3 meses aos 3 anos a sua inteligência se eleva e o sentido cognitivo trabalha a todo vapor com o mundo
externo. Nisso, sua inteligência se divide entre a prática interativa e começo da apropriação linguística. Ao
fim, seus pensamentos se projetam através dos seus atos motores.

Estágio do personalismo

Dos 3 aos 6 anos a sua personalidade é construída e a sua auto-consciência acaba sendo modelada.
Consequentemente, seu caráter auto-afirmativo acaba se envolvendo numa crise negativa, fazendo oposição
sistemática ao adulto. Além disso, a sua fase de imitação social e motora começa a amadurecer e ficar
evidente.

Estágio categorial

Aqui ocorre o estágio categorial de desenvolvimento da atenção e memórias voluntárias entre os 6 aos 12
anos. Com isso, a criança cria categorias mentais para que possa categorizar o mesmo objeto em conceitos
diferentes. Sua abstração mental se amplia, consolidando o seu raciocínio simbólico no campo cognitivo.

A título de exemplo, pense na criança que associa a ideia de triângulo apenas a triângulos equiláteros, os que
possuem lados iguais. Ela vai entender que mesmo com formas diferentes, outras figuras se categorizam
como triângulos. Por exemplo, escalenos e isósceles.

Estágio da adolescência

Entre 11 e 12, seu corpo e mente se alteram visivelmente, bem como o surgimento de seus conflitos
emocionais. Com isso, surge a busca por auto-afirmação e mais questionamentos a respeito do
desenvolvimento sexual. Aqui se mostra como um grande passo de transição à vida adulta, de modo de
as etapas anteriores colaboram na formação dela.

Os campos Funcionais

Estudando afetividade e aprendizagem nas contribuições de Henri Wallon, a cognição possui alicerces. São
quatro categorias distintas, os campos funcionais, que sustentam a teoria de Henri Wallon e o
desenvolvimento dos jovens. São eles:
Movimento

Sendo um dos primeiros a se desenvolver, o movimento acaba por dar base aos que chegarão depois. Aqui
se tem os movimentos instrumentais, ações para alcançar objetivo imediato, como andar, tocar, entre outro.
Ademais, consideramos os movimentos expressivos, onde a comunicação é almejada, como falar e expressar
emoções.

O próprio Wallon creditava ao movimento importância para a construção do pensamento antes da


conquista linguística.

Afetividade

Aqui nós temos aqui a primeira interação com o ambiente externo e a primeira motivação do movimento.
Enquanto alimenta suas experiências com o movimento, ela responde e media as relações por meio da
afetividade. Por meio das emoções, aliás, conseguimos trabalhar outro campo, o da inteligência.

Inteligência

A inteligência aqui assume postos específicos se relacionando com a linguagem e o raciocínio simbólico. O
seu poder de abstração e raciocínio simbólico aumentam quando os pequenos passam a pensar sobre o que
não enxergam no presente. Em paralelo, suas habilidades linguísticas se ampliam e aumentam a sua
habilidade de abstração.

Pessoa

Por fim, as propostas de Henri Wallon na Psicologia e educação indicam a pessoa como um campo
funcional que gerencia os outros. Através desse campo, a consciência e a identidade pessoal se
aperfeiçoariam por completo. Já que os outros três campos são desarmônicos, a pessoa os integra e ajuda a
direcionar suas funções predominantemente.

Desafiante

Desde cedo que Henri Wallon sempre se questionou a respeito de como o desenvolvimento psicológico se
processa. Para ele nunca existiu uma continuidade passiva quanto ao nosso crescimento. Em vez disso, um
mecanismo que se desdobra sobre crises e conflitos que colaboram ao nosso crescimento e expansão.

Ademais, embora tenhamos as ferramentas natas, o meio precisa intervir para que elas possam ser usadas.
Falando de forma mais simples, seria como se as plantas necessitassem de luz do sol para crescerem fortes e
saudáveis. Tudo se conecta e se transforma, inclusive nós mesmos, quando nos expomos ao ambiente.

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