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Periodontia II

Helena Z. Feracin

Princípios cirúrgicos periodontais


Uma sondagem de sulco de até 3mm é classificada como saudável, valores maiores que esse podem apresentar
bolsas periodontais e/ou exposição da raiz.

→ Porque deve ser feito o tratamento cirúrgico periodontal quando houver indicação ?
1.  Tratamento definitivo das doenças periodontal
2.  Aumento do acesso para a instrumentação radicular
3.  Permite redução das bolsas periodontais
4.  Correção dos defeitos ósseos

A cirurgia periodontal é um auxilio maior juntamente à terapia não cirúrgica e deve ocorrer apenas depois que o
paciente demostrou eficácia no cuidado com a higiene e controle do biofilme.

→ O tratamento periodontal inclui


1. Avaliação da saúde sistêmica do paciente

2. Fase terapêutica

3. Fase corretiva

4. Terapia periodontal de suporte

• Procedimento terapêutico realizados em consultório (raspagem, profilaxia adequada e orientações)

• Esforço próprio do paciente

• Controle da infecção periodontal

• Diagnostico continuo e acompanhamento adequado

• Monitoramento frequente

• Adequação da terapia
• Otimizar as intervenções de acordo com as necessidades do paciente - se necessário utilizar as técnicas
cirúrgicas para um melhor resultado.

Indicações de cirurgia periodontal:

→ Acesso adequado para raspagem e alisamento radicular


→ Favorecer a controle de placa
→ Redução da profundidade da bolsa
→ Correção de deformidades gengivais
→ Facilita a terapia restauradora adequada e estabelecimento de tecidos perdidos

Contra indicações da cirurgia periodontal:

→ Cooperação insatisfatória: na fase terapêutica


→ Tabagismo: contraindicações relativas
• Processo de cicatrização prejudicado

• Menor redução de bolsas


• Deficiência no aumento da inserção clinica e regeneração óssea

→ Diabetes mellitus descompensada


→ Doenças cardiovasculares - hipertensão, infarto, doenças congênitas (terapia antibiótica 1h antes) e
transplantados

→ Pacientes que fazem o uso de anticoagulantes deve ser feita uma análise em conjunto com o médico

Após o tratamento quadro clínico esperado:

→ Ausência de depósitos supragengivais ou subgengivais


→ Ausência de bolsas com sinais da doença (ausência de sangramento)
→ Ausência de deformidades na morfologia gengival que possam reter placa
→ Ausência de restaurações deficientes que favoreçam o acumulo de placa junto à margem
gengival

Instrumental cirúrgico

-Bisturi

-Curetas e brocas

-Gengivotomo kirkland 15/16: fazer as curvas da margem gengival

-Gengivotomo de Orban 1/ 2: região proximal, interdental

-Cinzeis de Ochsenbein: região de difícil acesso, acesso ao osso

-Tesoura Goldman-Fox: tecido mole, corte e divulsão de tecido

-Porta Agulhas Castro-Viejo: é delicado, para suturar regiões delicadas

Técnicas Cirúrgicas
→ Quanto à área a ser atingida:
• Gengivais / Mucogengivais - somente tecido mole

• Periodontais - tecido mole e duro

• Peri-implantares - enxerto na região de implante por ex


→ Quando aos tecidos envolvidos
• Gengival

• Gengivo- periasteal

• Gengivo-mucoso

• Gengivo- mucoperiosteal

• Ósseo

→ Quando a intenção
• Resssectivas (redução da profundidade de bolsas, retirada de tecido gengival osteotomia)

• Estético (gengivoplastia e gengivectomia)

• Pré-operatórios

• Regenerativas (recuperação de tecido e enxerto)

→ Tipos de incisão
Horizontais:

• Intra-sucular

• Bisel interno

• Bisel externo

Verticais:

• Relaxantes

Qual a diferença de bisel externo e bisel interno ?

→ Bisel externo é feito da direção apical para incisal e o bisel interno é realizado em direção a crista óssea.
Bisel externo retira mais tecido em espessura e bisel interno tecido é mais profundo.

Incisões

Desvantagens/ contra-
Incisões Tipo Vantagens/ indicações
indicações

→ Preserva arquitetura
gengival

Incisão horizontal que segue → Recobre o osso


Incisão recortada a morfologia curva da interdental na coaptação das
arquitetura gengival bordas

→ Pós operatório mais


confortável → Reparo
cirúrgico mais acelerado
→ Remoção de tecido → Reparo lento

Incisão horizontal que segue interdental infectado/ → Necrose óssea


Incisão reta uma linha reta - desnudação inflamado
interdental

interdental →Baixas profundidades de → Desconforto pós


sondagem operatório

Técnica p/ faixa de gengiva


Incisão Intra- inserida reduzida. Anterior à
sucular incisão em bisel interno. -
Dentro do Sulco Gengival

→ Remover revestimento da
bolsa

→ Conservar a gengiva não


envolvida

Quantidade de gengiva
Bisel interno ou
inserida. Apical a margem
→ Retalho afilado para
invertido melhor adaptação do osso ou
gengival livre
dente

→ boa cicatrização

Usada principalmente em
→ Utilizada na cirurgia → Nao indicado para
periodontal regenerativa

Bisel externo
gengivectomia - Começa na
superfície APICAL da
→ Maximizar o suprimento bolsas periodontais

→ dor pós operatória

gengiva/bolsa e segue em
sanguíneo

→ Evitar retração
→ cicatrização por
direção CORONAL → Facilidade de execução segunda intenção

→ Nunca no centro da
papila ou na porção
mediana do dente

Ultrapassa a linha
→ boa visualição
→ Não dividir a papila

Incisões
relaxantes
mucogengival- Localizadas
→ mobilidade de retalho → Retalho não deve ter
nas proximais dos dentes a base menor que a
margem livre

→ cicatrização mais
lenta ( 2 incisões)
Classificação dos retalhos

→ Com base na exposição óssea:


• Total

• Dividido

→ Com base no deslocamento do retalho:


• Coronal

• Lateral

• Apical

→ Com base no manuseio da papila:


• Retalho convencional

• Com preservação de papila

Retalhos

→ Retalho mucoperiosteal
Espessura total ou retalho total - afasta mucosa e periósteo

Gengiva e mucosa alveolar são rebatidas das superfícies ósseas

Indicação: Bolsas intra-ósseas, enxertos ósseos, aumento de coroa clínica

→ Retalho mucogengival
O periósteo é preservado - o bisturi deve ser inserido dividindo o retalho

Osso permanece recoberto por fina camada de tecido conjuntivo e periósteo

Indicações: enxertos gengivais e conjuntivos e retalhos deslocados

→ Retalho deslocado coronalmente


Procedimento com previsibilidade de recobrimento da superfície radicular.

→ Retalho deslocado lateralmente


Usado em cirurgia de enxerto de tecido mole pediculado

→ Retalho deslocado Apicalmente


Permitir deslocamento do conjunto mucoperiosteal, eliminar bolsas, preservar gengiva, acesso para
instrumentação, cirurgias ósseas, aumento de coroa clínica, acesso a cáries subgengivais

→ Retalho convencional
A papila interdental é dividida abaixo do ponto de contato de dentes vizinhos, permitindo o levantamento dos
retalhos vestibulares e línguas.

→ Retalho de preservação de papila


Incorpora a papila interdental através das incisões nos sulcos que separam a inserção conjuntiva. Possui uma
incisão horizontal que conecta a papila até o outro retalho

Acessar vídeo explicação rápida de cada retalho → https://www.youtube.com/watch?v=mSn6XQ99mlY

Requisitos para que um bom retalho

→ Ser amplo o suficiente para expor o defeito ósseo subjacente


→ A base do retalho deve ser ampla mantendo assim, suprimento sanguíneo adequado
→ Permitir visibilidade
→ Permitir o movimento do retalho sem tensão para que nenhum vaso ou nervo importante
seja danificado ao puxar o retalho.

Coaptacão ( fechamento)

→ Retalhos em espessura total e parcial podem ser deslocados por terem um tecido móvel e elástico
→ Retalhos palatinos não podem ser deslocados por conta da ausência de tecido móvel elástico
→ Reparo tecidual pode ser por Primeira intenção (fechamento total); Segunda intenção (fechamento cruento,
por ferida aberta); Terceira intenção (fatores que retardam a cicatrização por primeira intenção e precisa ser
utilizado a cicatrização por segunda intenção)

Suturas

→ firmes , continuas ou descontinuas (1º intenção)


→ cimento periodontal - promove conforto , mantem o retalho no local, evita sangramento (2º intenção)

Gengivectomia
→ retirada de tecido gengival (tecido mole em altura)
Técnica passo a passo:

Fazer a medição da altura com a sonda; Fazer 3 marcações para fazer a incisão, ligando os pontos (mesial-
zênite-distal); Respeitar anatomia e altura correta do Zênite; As marcações precisam ficar com 3mm de gengiva
inserida para que continue o suprimento sanguíneo da região; Marcação é feita com a sonda milimetrada ;
incisão feita com bisturi ou gengivotomo de kirkland e Orban com a técnica de bisel interno e/ou externo

Gengivoplastia

→ promover contorno e retirar tecido gengival ( tecido mole em altura e espessura)


Fazer toda a medição com a sonda respeitando a gengiva inserida, porém nessa técnica é retirado tecido em
espessura sendo mais utilizada a técnica de bisel externo.

Osteotomia

→ Indicações
• Defeitos de uma parede

• Defeitos rasos

• Rebordos espessos

• Margens ósseas irregulares

• Aumento de coroa clínica

→ Contraindicações
• Defeitos de três paredes

• Defeitos estreitos e profundos à regeneração óssea

→ Vantagens
• Evitar recidivas de bolsas periodontais

• Eliminar a bolsa periodontal e devolução da morfologia do osso

alveolar normal

Osteotomia → Remoção de tecido de suporte dentário


Osteoplastia

Osteoplastia → Plastia óssea, sem remoção de tecido de suporte.


Remodelação óssea – obtenção de contorno ósseo suavizado, reconstituindo a anatomia fisiológica, sem
eliminar tecido ósseo de sustentação.

Indicações:

• Exostose

• Tórus

• Rebordos marginais espessos

• Acabamento de osteotomia

Principais técnicas de retalho

→ Retalho de Widman
Remoção de bolsas profundas , realiza um deslocamento apical e restaura o contorno ósseo , menor
desconforto para o paciente- cicatrização por primeira intenção, remove epitélio da bolsa e conjuntivo inflamado.

→ Retalho de Widman modificado


Retalho convencional, conhecido como "raspagem do campo aberto", nao faz uso de incisões verticais, pode ser
utilizado em regiões anteriores já que não causa uma exposição radicular. O objetivo desse retalho não é
eliminar a bolsa mas sim as áreas prévias de bolsa, promovendo um alisamento radicular.
→ Retalho de kirkland
Retalho indicado para bolsas periodontais que envolvam pus, proporciona uma boa estética, preserva tecidos
saudáveis, o que promove um tratamento mais conservador, remove epitélio de revestimento da bolsa
bacteriana e promove o alisamento radicular.

→ Retalho de Neumann
Retalho indicado para remoção de bolsas profundas, pode ser triangular ou trapezoidal, permite a remoção de
epitélio e tecido de granulação e remodelação de tecido ósseo.

Acessar vídeo rápido para as formas de retalho → https://www.youtube.com/watch?v=sNVDz7mfTI8

Técnicas Regenerativas

→ É uma intervenção cirúrgica que tem por objetivo a restauração dos tecidos e da fixação perdida pelos
dentes na cavidade oral. Esse procedimento regenerativo tem melhor resultado quando o avanço da doença é
interrompido. É utilizada a técnica de enxerto.

Recessão Gengival

→ Caracterizada pela perda de fibras conjuntivas e do tecido ósseo de suporte


→ Presente em pacientes com força mastigatória aumentada, força extrínsecas por conta da força aplicada nos
dentes, pacientes com cálculos, Genética: espessura de gengiva, grossa ou fina, tratamento ortodôntico

→ Causas: escovação traumática, doença periodontal, mal posicionamento do dente, inserção de freios e bridas,
piercings , movimentação orto, traumas, coroas mal adaptadas.

→ Danos : estéticos, hipersensibilidade , cáries cervicais, abrasões cervicais


→ Contra- indicações do enxerto: pacientes fumantes, doença periodontal ativa, recessão de miller classe III e
IV, paciente de difícil perfil para cooperação.

→ Enxerto pode ser realizado com a técnica envelope que promove uma bom acesso e cicatrização. Deve ser
retirado o tecido doador de uma área com boa extensão, se for retirado do palato deve ser respeitado o limite
para que nao atinja a artéria palatina. Melhores áreas para remoção de enxerto: De primeiro molar até pré, e
pode estender até 2º ou 3º molar

→ Importante antes de realizar o enxerto, analisar a largura e a altura da recessão ,para retirar quantidade de
tecido ideal e a relação da linha do sorriso. Deve ser utilizado o tecido conjuntivo para uma melhor adaptação do
tecido enxertado.

→ Passo a passo: Incisão intrasulcular, sem retirar colarinho; Deve preservar a papilae região com
nutrição pelo leito, tecidos laterais da recessão; realizar um alisamento com raspagem radicular; Medir
aárea da recessão para saber quanto tirar de enxerto; Depois ir até área de palato e retirar o tecido;
Medir quanto de enxerto precisar ser retirado e separar apenas tecido conjuntivo.

Classificação de Miller

Osseointegração

→ processo pelo qual ocorre a fixação e união estável assintomática de um material aloplásico mantendo a
função.
→ Osteocondução → Arcabouço: quando mantem o enxerto em posição, um local com paredes e
espaço

para o enxerto ser nutrido para ter sucesso

→ Osteoindução → Possui propriedades de materiais que atrai células mesenquimais, que


não estão diferenciadas e se diferenciam em osteoblastos (recruta células)

→ Osteogênese → Osso retirado do próprio paciente e colocado no local de defeito ósseo, é o melhor
enxerto, pois transplanta células viáveis para a região do defeito. Melhor tipo de material para este tipo
de integração, células do próprio paciente para a região.

→ Enxerto autógeno
Nessa técnica é retirado o tecido ósseo do próprio paciente. Nesse caso, o osso pode ser extraído da
mandíbula, maxila ou de outra parte do corpo, quando há necessidade de uma quantidade maior de material. A
vantagem dessa técnica é que os riscos de rejeição são muito baixos.

→ Enxerto alógeno
Essa técnica consiste no uso de tecido ósseo de outra pessoa. O material é adquirido em bancos de tecidos
humanos e, antes de serem comercializados, passam por um tratamento para que sejam viáveis para uso
odontológico.

→ Enxerto xenógeno
O enxerto xenógeno é feito com o uso de materiais biocompatíveis. Eles podem ser ossos de animais — o mais
comum é o bovino — ou de materiais sintéticos como cerâmico, polímero, hidroxiapatita ou outros materiais.
Esse tipo de enxerto induz o crescimento do osso alveolar (ósseo-condutores e ósseo-indutores).

Periocoronarite e abscesso pericoronário

Pericoronarite → A pericoronarite é uma infecção bacteriana que atinge a membrana de tecido que fica sobre a
coroa do dente quando ele está nascendo, ou seja, afeta o capuz pericoronal, local de difícil acesso e que causa
dor do paciente na hora da higienização Ocorre um acumulo de placa nessa área de capuz.

Abscesso pericoronário →
quando o dente está nascendo e a gengiva ainda está cobrindo parte dele. Se a
região for contaminada pode surgir um abscesso
→ Orientação do paciente sobre a alimentação pastosa, irrigação , bochechos com clorexidina e o retorno para
continuar o tratamento.

Perio- Prótese
2° Bimestre

Fundamentos da terapia → Margens gengivais saudáveis( se possível trabalhar sempre supragengival para
melhor adaptação), Previsibilidade do tratamento restaurador, Proporcionar o aumento de coroa clínico
(sempre respeitando a distância biológica), Forças oclusais estáveis.

Sequência de tratamento → 1° CONTROLE DA DOENÇA ATIVA (tratamento de emergência, extração de dentes


condenados, instruções de higiene oral, raspagem e alisamento radicular, reavaliação, cirurgia periodontal,
terapia ortodôntica adjuvante) entre os procedimentos faço a reavaliação 2° CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA (manejo
dos problemas mucogengivais, aumento de coroa reestabelecendo distância biológica)


Margens do preparo se possível trabalhar em margens supra gengivais em áreas estéticas geralmente
podemos trabalhar subgengival para melhor adaptação protética.
Preparo não pode ultrapassar a distancia biológica nesse caso, deve respeitar os 0,5 mm do sulco.

Invasão dos espaços biológicos → Inflamação gengival, bolsa periodontal, perda óssea, recessão gengival.
Um risco evidente de inflamação é a profundidade de contato da prótese → não deve ficar muito profunda

Áreas críticas → Encaixe marginal, contorno da coroa, acabamento de superfície da restauração, falta de
vedamento marginal, aspereza dos materiais restauradores.

Podem ocorrer destruições coronárias/ radiculares nas quais não ocorre a exposição de esmalte, dentina e
cemento.

O planejamento ideal → ⅔ raiz - ⅓ coroa → proporção coroa/raiz


A decisão de salvar o dente deve ser sempre baseada no resultado final , sendo necessário um
planejamento reverso.

Posso realizar o processo de extrusão tracionando o dente para fora colocando ele na margem supra
gengival para realizar o preparo , no entanto nesse processo eu encurto o meu periodonto


Outra alternativa é realizar a osteotomia e a retirada de gengiva estabelecendo 3mm posso deixar
4mm pois terei o meu preparo- então é feito do término do preparo até crista óssea, removo
colarinho de tecido gengival, sondagem, rebate o retalho, expõe o tecido ósseo, realiza a osteotomia
retirando a quantidade ainda necessária para reestabelecer a distancia biológica.

Anatomia Periimplantar


Osseointegração conexão direta entre o osso vivo e um implante em função, representa uma
ancoragem direta de um implante, por formação de tecido ósseo ao redor do implante.

O sangramento durante a colocação do implante é importante para a coagulação e para o processo de


osteointegração, pois são induzidas células osteoprogenitoras que depois são diferenciadas em osteoblastos ,
começando a deposição da matriz óssea.
Para instalação do implante sempre precisa ter irrigação para nao ocorrer super aquecimento e nao necrosar a
área, na região da interface do implante é necessário que fique osso e implante, então precisa para uma boa
osseointegração é necessário de uma imobilidade do implante (travamento do implante) e o sangramento para
suprimento de oxigênio e coagulação local.
Deve ocorrer Osseointegração + Osteogênese (por contato ideal ou a distância- pode ocorrer um tecido fibroso,
talvez não estabilizando o implante)

→ Osso primário - pouco mineralizado, irregular / Osso secundário- mineralizado, bem estruturado e regular,
garantindo maior resistência → 90 dias mais ou menos de osso primário se transforme em osso secundário,
em maxila é um tempo maior por ter menos cortical.

→ Estabilidade do implante:
Primário→ qualidade óssea, quantidade óssea (quanto mais osso e altura melhor), cortical densa, geometria
do implante (implante mais longo mais estabilidade por ex)

Secundário ( após a osseointegração) → remodelação óssea e superfície do implante

→ Sucesso do implante:
osseointegração
sem mobilidade do implante
ausência de suporação
ausência de dor e de perda óssea periimplantar

Tecidos periimplantares → sempre analisar e se necessário ganhar mais espessura e melhorar a estética e
reabilitação protética.

As fibras de inserção ficam mais paralelas na região da superfície do implante.

→ Diferença de um tecido periodontal X tecido periimplantar


Diferenças são :

Vascularização - implante menos vascularização, periodonto mais vascularização

Profundidade de sondagem - implante até 4mm , periodonto 2-3mm

Na região de implantes não temos ligamento periodontal

sempre o ideal é ter 2mm de gengiva inserida para a instalação e adaptação do implante para evitar
mucosistes e periimplantites - se instalar direto em mucosa causa inflamação , se não há devem ser feitos
enxertos para ganhar essa altura
análise do biotipo periodontal - pressiona o tecido e faz uma leve isquemia local, empurra o tecido pra ver
se ele é móvel ou imóvel, se o tecido for móvel é mucosa alveolar se for imóvel gengiva inserida. Mensuro
a altura de gengiva inserida e vejo o biotipo gengival fino ou não ( se eu coloco a sonda e consigo ver a
graduação dela pelo tecido é um tecido fino se nao consigo tecido normal em edendulos é perfurado com
agulha pra sentir se há resistência ou não)
quando não há gengiva inserida começa ocorrer, inflamação, supuração, recessão.

→ Vantagens de uma mucosa queratinizada:


facilidade na moldagem
altura gengival em um nível constante
estética
contato tecidual firme ao redor do implante
melhor controle de placa
condicionamento tecidual e confecção das papilas
resistência à recessão
cicatrização favorável
Infecções Periimplantares

Saúde Peri- implantar →ausência de sinais clínicos de inflamação, ausência de sangramento e/ou
supuração após delicada sondagem, sem aumento de profundidade de sondagem, ausência de perda óssea

Doença periimplantar→ quando ocorre um processo inflamatório nos tecidos ao redor do implante
Observamos: cor, aspecto, inchaço. → 1° fazer a sondagem ( se teve sangramento ou supuração ou
aumento da profundidade) 2° radiografia (ver extensão)
Mucosite X periimplantite

→ A mucosite periimplantar acomete os tecidos moles ao redor do implante, apresentando caráter


reversível, já a periimplantite é irreversível, sendo acompanhada da perda de suporte ósseo.

Histologicamente → epitélio mais espesso, área mais arroxeada já com começo de inflamação, quando
já está mais escuro já tenho um processo inflamatório maior e tenho uma migração do epitélio mais
apical, tentando se afastar da agressão formando uma bolsa periimplantar. Na figura c já está destruido
as fibras, reabsorção óssea, perde epitélio. ( aula de periimplantite)

Mucosite Periimplantar

→ presença de sangramento e/ou supuração à sondagem, com ou sem aumento da profundidade de


sondagem e ausência de perda óssea

→ sangramento, vermelhidão, edema, ausência de perda óssea, reversível, restrita aos tecidos moles .
Ação de microorganismos promove essa inflamação em pacientes edêntulos notou-se que as bacterias
a.actinomycetemcomitans não foram encontradas após o implante ser feito concluindo que ela está
relacionada diretamente com o biofilme dos dentes.

→ necessário: eliminar a placa bacteriana e o calculo com a raspagem periimplantar com as curetas de
teflon para não danificar os implantes, orientação de higiene bucal, verificar adaptação da prótese,
controlar o paciente periodicamente.

Periimplantite

→ presença de lesão inflamatória na mucosa periimplantar e a perda de tecido ósseo


→ fatores etiológicos principais : microbiota e trauma oclusal (fundamental após a prótese deve ser
adaptado a oclusão e distribuir a carga)

→ se houve mobilidade o implante está praticamente perdido


→sinais clínicos: exposição do pilar protético, sangramento, supuração e profundidade à sondagem,
dor(desconforto apenas) mobilidade (casos avançados), perda óssea ao redor do implante e
radiograficamente perda óssea grande.

→ remover fator inflamatório, biofilme, trauma oclusal, sobrecarga se houver.

Fatores relacionados ao insucesso do implante:

pressão da prótese durante a cicatrização


infecção bacteriana durante ou após a cicatrização
planejamento incorreto da prótese
sobrecarga oclusal
atividade parafuncional

Fatores de sucesso do implante:

imobilidade
sem evidência radiográfica de radiolucências
perda óssea menor ou igual a 0,2mm ao ano
ausência de sinais e sintomas de infecção ou dor
ausência de danos ao dente adjacente
ausência de parestesias
estética

Falhas e complicações com os implantes

→ angulações erradas, infecções, sobrecarga oclusal, colocado alinhado para fora do rebordo,
altura óssea errada (deve conter o máximo de osso por cima) respeitar a proporção de coroa e
implante.

Fatores que contribuem para o insucesso:

tipo de osso
tabaco
volume de osso
doenças sistêmicas
periodontite crônica
lesões pré existentes
implantes curtos
carga excessiva ou precoce inapropriada
bruxismo e hábitos parafuncionais

Sinais de insucesso:

sondagem profunda (raspagem supra)


caso de bolsa que ainda não diminuiu ou caso de periimplantite pode realizar já a raspagem
subgengival e tratamentos regenerativos


Planejamento é a base plano de tratamento, periograma, levantamento periapical, identifica o
fator, segue com as etapas do preparo inicial, remove fator etiológico, sessões de raspagem,
higiene, reavaliação, se não houve melhora planejamento do procedimento cirurgico, procedimentos
regenerativos.

Complicações → biológicas, protéticas, estéticas e cirúrgicas


biológicas → acumulo de placa, excesso de cimento , deiscência e resseção, higienização ruim
protéticas → componentes frouxos, carga excessiva, angulação severa do implante (deve ser utilizado
o guia cirúrgico para evitar, se não evitar pode ocorrer reabsorção do processo, inexperiência do
cirurgião, processo cirúrgico impróprio, pode tentar corrigir com abutment.

Fratura do implante → fadiga do material, dimensão da prótese errada, desadaptação da estrutura ,


sobrecarga fisiológica

Complicações cirúrgicas → pode ocorrer retalhos inadequados, superaquecimento ósseo e excesso de


pressão, hemorragias e hematomas- anticoagulantes, distúrbios neurossensoriais - causam parestesia,
nervos. Mal posicionamento do implante- adequar o espaço e altura correta (análise da história
médica, exame clinico, plano de tratamento interdisciplinar e técnicas cirúrgicas adequadas)

Cuidados higienização:

controle do paciente 3 em 3 meses (paciente colaborador 6 meses)


avaliação das bolsas, índice de placa e radiografias
desbridamento do tecido com curetas de teflon
remoção de excesso de cimento
verificar o afrouxamento dos componentes ( carga mastigatória, falta de torque e componentes não
originais)
garantir espaço adequado para a higiene

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