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Helena Z. Feracin
→ Porque deve ser feito o tratamento cirúrgico periodontal quando houver indicação ?
1. Tratamento definitivo das doenças periodontal
2. Aumento do acesso para a instrumentação radicular
3. Permite redução das bolsas periodontais
4. Correção dos defeitos ósseos
A cirurgia periodontal é um auxilio maior juntamente à terapia não cirúrgica e deve ocorrer apenas depois que o
paciente demostrou eficácia no cuidado com a higiene e controle do biofilme.
2. Fase terapêutica
3. Fase corretiva
• Monitoramento frequente
• Adequação da terapia
• Otimizar as intervenções de acordo com as necessidades do paciente - se necessário utilizar as técnicas
cirúrgicas para um melhor resultado.
→ Pacientes que fazem o uso de anticoagulantes deve ser feita uma análise em conjunto com o médico
Instrumental cirúrgico
-Bisturi
-Curetas e brocas
Técnicas Cirúrgicas
→ Quanto à área a ser atingida:
• Gengivais / Mucogengivais - somente tecido mole
• Gengivo- periasteal
• Gengivo-mucoso
• Gengivo- mucoperiosteal
• Ósseo
→ Quando a intenção
• Resssectivas (redução da profundidade de bolsas, retirada de tecido gengival osteotomia)
• Pré-operatórios
→ Tipos de incisão
Horizontais:
• Intra-sucular
• Bisel interno
• Bisel externo
Verticais:
• Relaxantes
→ Bisel externo é feito da direção apical para incisal e o bisel interno é realizado em direção a crista óssea.
Bisel externo retira mais tecido em espessura e bisel interno tecido é mais profundo.
Incisões
Desvantagens/ contra-
Incisões Tipo Vantagens/ indicações
indicações
→ Preserva arquitetura
gengival
→ Remover revestimento da
bolsa
Quantidade de gengiva
Bisel interno ou
inserida. Apical a margem
→ Retalho afilado para
invertido melhor adaptação do osso ou
gengival livre
dente
→ boa cicatrização
Usada principalmente em
→ Utilizada na cirurgia → Nao indicado para
periodontal regenerativa
Bisel externo
gengivectomia - Começa na
superfície APICAL da
→ Maximizar o suprimento bolsas periodontais
gengiva/bolsa e segue em
sanguíneo
→ Evitar retração
→ cicatrização por
direção CORONAL → Facilidade de execução segunda intenção
→ Nunca no centro da
papila ou na porção
mediana do dente
Ultrapassa a linha
→ boa visualição
→ Não dividir a papila
Incisões
relaxantes
mucogengival- Localizadas
→ mobilidade de retalho → Retalho não deve ter
nas proximais dos dentes a base menor que a
margem livre
→ cicatrização mais
lenta ( 2 incisões)
Classificação dos retalhos
• Dividido
• Lateral
• Apical
Retalhos
→ Retalho mucoperiosteal
Espessura total ou retalho total - afasta mucosa e periósteo
→ Retalho mucogengival
O periósteo é preservado - o bisturi deve ser inserido dividindo o retalho
→ Retalho convencional
A papila interdental é dividida abaixo do ponto de contato de dentes vizinhos, permitindo o levantamento dos
retalhos vestibulares e línguas.
Coaptacão ( fechamento)
→ Retalhos em espessura total e parcial podem ser deslocados por terem um tecido móvel e elástico
→ Retalhos palatinos não podem ser deslocados por conta da ausência de tecido móvel elástico
→ Reparo tecidual pode ser por Primeira intenção (fechamento total); Segunda intenção (fechamento cruento,
por ferida aberta); Terceira intenção (fatores que retardam a cicatrização por primeira intenção e precisa ser
utilizado a cicatrização por segunda intenção)
Suturas
Gengivectomia
→ retirada de tecido gengival (tecido mole em altura)
Técnica passo a passo:
Fazer a medição da altura com a sonda; Fazer 3 marcações para fazer a incisão, ligando os pontos (mesial-
zênite-distal); Respeitar anatomia e altura correta do Zênite; As marcações precisam ficar com 3mm de gengiva
inserida para que continue o suprimento sanguíneo da região; Marcação é feita com a sonda milimetrada ;
incisão feita com bisturi ou gengivotomo de kirkland e Orban com a técnica de bisel interno e/ou externo
Gengivoplastia
Osteotomia
→ Indicações
• Defeitos de uma parede
• Defeitos rasos
• Rebordos espessos
→ Contraindicações
• Defeitos de três paredes
→ Vantagens
• Evitar recidivas de bolsas periodontais
alveolar normal
Indicações:
• Exostose
• Tórus
• Acabamento de osteotomia
→ Retalho de Widman
Remoção de bolsas profundas , realiza um deslocamento apical e restaura o contorno ósseo , menor
desconforto para o paciente- cicatrização por primeira intenção, remove epitélio da bolsa e conjuntivo inflamado.
→ Retalho de Neumann
Retalho indicado para remoção de bolsas profundas, pode ser triangular ou trapezoidal, permite a remoção de
epitélio e tecido de granulação e remodelação de tecido ósseo.
Técnicas Regenerativas
→ É uma intervenção cirúrgica que tem por objetivo a restauração dos tecidos e da fixação perdida pelos
dentes na cavidade oral. Esse procedimento regenerativo tem melhor resultado quando o avanço da doença é
interrompido. É utilizada a técnica de enxerto.
Recessão Gengival
→ Causas: escovação traumática, doença periodontal, mal posicionamento do dente, inserção de freios e bridas,
piercings , movimentação orto, traumas, coroas mal adaptadas.
→ Enxerto pode ser realizado com a técnica envelope que promove uma bom acesso e cicatrização. Deve ser
retirado o tecido doador de uma área com boa extensão, se for retirado do palato deve ser respeitado o limite
para que nao atinja a artéria palatina. Melhores áreas para remoção de enxerto: De primeiro molar até pré, e
pode estender até 2º ou 3º molar
→ Importante antes de realizar o enxerto, analisar a largura e a altura da recessão ,para retirar quantidade de
tecido ideal e a relação da linha do sorriso. Deve ser utilizado o tecido conjuntivo para uma melhor adaptação do
tecido enxertado.
→ Passo a passo: Incisão intrasulcular, sem retirar colarinho; Deve preservar a papilae região com
nutrição pelo leito, tecidos laterais da recessão; realizar um alisamento com raspagem radicular; Medir
aárea da recessão para saber quanto tirar de enxerto; Depois ir até área de palato e retirar o tecido;
Medir quanto de enxerto precisar ser retirado e separar apenas tecido conjuntivo.
Classificação de Miller
Osseointegração
→ processo pelo qual ocorre a fixação e união estável assintomática de um material aloplásico mantendo a
função.
→ Osteocondução → Arcabouço: quando mantem o enxerto em posição, um local com paredes e
espaço
→ Osteogênese → Osso retirado do próprio paciente e colocado no local de defeito ósseo, é o melhor
enxerto, pois transplanta células viáveis para a região do defeito. Melhor tipo de material para este tipo
de integração, células do próprio paciente para a região.
→ Enxerto autógeno
Nessa técnica é retirado o tecido ósseo do próprio paciente. Nesse caso, o osso pode ser extraído da
mandíbula, maxila ou de outra parte do corpo, quando há necessidade de uma quantidade maior de material. A
vantagem dessa técnica é que os riscos de rejeição são muito baixos.
→ Enxerto alógeno
Essa técnica consiste no uso de tecido ósseo de outra pessoa. O material é adquirido em bancos de tecidos
humanos e, antes de serem comercializados, passam por um tratamento para que sejam viáveis para uso
odontológico.
→ Enxerto xenógeno
O enxerto xenógeno é feito com o uso de materiais biocompatíveis. Eles podem ser ossos de animais — o mais
comum é o bovino — ou de materiais sintéticos como cerâmico, polímero, hidroxiapatita ou outros materiais.
Esse tipo de enxerto induz o crescimento do osso alveolar (ósseo-condutores e ósseo-indutores).
Pericoronarite → A pericoronarite é uma infecção bacteriana que atinge a membrana de tecido que fica sobre a
coroa do dente quando ele está nascendo, ou seja, afeta o capuz pericoronal, local de difícil acesso e que causa
dor do paciente na hora da higienização Ocorre um acumulo de placa nessa área de capuz.
Abscesso pericoronário →
quando o dente está nascendo e a gengiva ainda está cobrindo parte dele. Se a
região for contaminada pode surgir um abscesso
→ Orientação do paciente sobre a alimentação pastosa, irrigação , bochechos com clorexidina e o retorno para
continuar o tratamento.
Perio- Prótese
2° Bimestre
Fundamentos da terapia → Margens gengivais saudáveis( se possível trabalhar sempre supragengival para
melhor adaptação), Previsibilidade do tratamento restaurador, Proporcionar o aumento de coroa clínico
(sempre respeitando a distância biológica), Forças oclusais estáveis.
→
Margens do preparo se possível trabalhar em margens supra gengivais em áreas estéticas geralmente
podemos trabalhar subgengival para melhor adaptação protética.
Preparo não pode ultrapassar a distancia biológica nesse caso, deve respeitar os 0,5 mm do sulco.
Invasão dos espaços biológicos → Inflamação gengival, bolsa periodontal, perda óssea, recessão gengival.
Um risco evidente de inflamação é a profundidade de contato da prótese → não deve ficar muito profunda
Áreas críticas → Encaixe marginal, contorno da coroa, acabamento de superfície da restauração, falta de
vedamento marginal, aspereza dos materiais restauradores.
Podem ocorrer destruições coronárias/ radiculares nas quais não ocorre a exposição de esmalte, dentina e
cemento.
Posso realizar o processo de extrusão tracionando o dente para fora colocando ele na margem supra
gengival para realizar o preparo , no entanto nesse processo eu encurto o meu periodonto
→
Outra alternativa é realizar a osteotomia e a retirada de gengiva estabelecendo 3mm posso deixar
4mm pois terei o meu preparo- então é feito do término do preparo até crista óssea, removo
colarinho de tecido gengival, sondagem, rebate o retalho, expõe o tecido ósseo, realiza a osteotomia
retirando a quantidade ainda necessária para reestabelecer a distancia biológica.
Anatomia Periimplantar
→
Osseointegração conexão direta entre o osso vivo e um implante em função, representa uma
ancoragem direta de um implante, por formação de tecido ósseo ao redor do implante.
→ Osso primário - pouco mineralizado, irregular / Osso secundário- mineralizado, bem estruturado e regular,
garantindo maior resistência → 90 dias mais ou menos de osso primário se transforme em osso secundário,
em maxila é um tempo maior por ter menos cortical.
→ Estabilidade do implante:
Primário→ qualidade óssea, quantidade óssea (quanto mais osso e altura melhor), cortical densa, geometria
do implante (implante mais longo mais estabilidade por ex)
→ Sucesso do implante:
osseointegração
sem mobilidade do implante
ausência de suporação
ausência de dor e de perda óssea periimplantar
Tecidos periimplantares → sempre analisar e se necessário ganhar mais espessura e melhorar a estética e
reabilitação protética.
sempre o ideal é ter 2mm de gengiva inserida para a instalação e adaptação do implante para evitar
mucosistes e periimplantites - se instalar direto em mucosa causa inflamação , se não há devem ser feitos
enxertos para ganhar essa altura
análise do biotipo periodontal - pressiona o tecido e faz uma leve isquemia local, empurra o tecido pra ver
se ele é móvel ou imóvel, se o tecido for móvel é mucosa alveolar se for imóvel gengiva inserida. Mensuro
a altura de gengiva inserida e vejo o biotipo gengival fino ou não ( se eu coloco a sonda e consigo ver a
graduação dela pelo tecido é um tecido fino se nao consigo tecido normal em edendulos é perfurado com
agulha pra sentir se há resistência ou não)
quando não há gengiva inserida começa ocorrer, inflamação, supuração, recessão.
Saúde Peri- implantar →ausência de sinais clínicos de inflamação, ausência de sangramento e/ou
supuração após delicada sondagem, sem aumento de profundidade de sondagem, ausência de perda óssea
Doença periimplantar→ quando ocorre um processo inflamatório nos tecidos ao redor do implante
Observamos: cor, aspecto, inchaço. → 1° fazer a sondagem ( se teve sangramento ou supuração ou
aumento da profundidade) 2° radiografia (ver extensão)
Mucosite X periimplantite
Histologicamente → epitélio mais espesso, área mais arroxeada já com começo de inflamação, quando
já está mais escuro já tenho um processo inflamatório maior e tenho uma migração do epitélio mais
apical, tentando se afastar da agressão formando uma bolsa periimplantar. Na figura c já está destruido
as fibras, reabsorção óssea, perde epitélio. ( aula de periimplantite)
Mucosite Periimplantar
→ sangramento, vermelhidão, edema, ausência de perda óssea, reversível, restrita aos tecidos moles .
Ação de microorganismos promove essa inflamação em pacientes edêntulos notou-se que as bacterias
a.actinomycetemcomitans não foram encontradas após o implante ser feito concluindo que ela está
relacionada diretamente com o biofilme dos dentes.
→ necessário: eliminar a placa bacteriana e o calculo com a raspagem periimplantar com as curetas de
teflon para não danificar os implantes, orientação de higiene bucal, verificar adaptação da prótese,
controlar o paciente periodicamente.
Periimplantite
imobilidade
sem evidência radiográfica de radiolucências
perda óssea menor ou igual a 0,2mm ao ano
ausência de sinais e sintomas de infecção ou dor
ausência de danos ao dente adjacente
ausência de parestesias
estética
→ angulações erradas, infecções, sobrecarga oclusal, colocado alinhado para fora do rebordo,
altura óssea errada (deve conter o máximo de osso por cima) respeitar a proporção de coroa e
implante.
tipo de osso
tabaco
volume de osso
doenças sistêmicas
periodontite crônica
lesões pré existentes
implantes curtos
carga excessiva ou precoce inapropriada
bruxismo e hábitos parafuncionais
Sinais de insucesso:
→
Planejamento é a base plano de tratamento, periograma, levantamento periapical, identifica o
fator, segue com as etapas do preparo inicial, remove fator etiológico, sessões de raspagem,
higiene, reavaliação, se não houve melhora planejamento do procedimento cirurgico, procedimentos
regenerativos.
Cuidados higienização: