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SEMANA 5
4 A 10 JUNHO DE 2023
Manuel Tovela é um jornalista eleito pelos seus pares, para os representar no Conselho
Superior da Comunicação Social, para um mandato de cinco anos.
Pessoa de confiança dos jornalistas e da Administração da televisão onde trabalha, foi
indicado para chefe da delegação na província de Manica, passando a ter outras
responsabilidades, para além das editoriais.
Passou ele, por exemplo, a controlar também as contas bancárias da delegação, uma
responsabilidade para a qual não foi preparado. Daí começar a fazer confusão entre o
dinheiro da instituição e o seu próprio dinheiro começando a tirar valores pequenos – e
como não o apanhavam -, aumentando os valores à medida que o tempo ia passando,
para gastos em assuntos pessoais.
Quando menos esperava, recebeu a visita da auditoria que rapidamente concluiu ter
havido desvio de fundos, na ordem de vários milhares de meticais. Os colegas ficaram
muito admirados com o comportamento do Tovela e Administração não o perdoou, tendo
metido uma queixa na Polícia, para além de instaurar um processo disciplinar.
Face às provas encontradas, Tovela foi expulso da empresa e condenado a 12 anos de
prisão maior. Como ele era o garante da família, dado que a esposa é doméstica, um dia
lembrou-se de que havia sido eleito para membro do Conselho Superior da Comunicação
Social e que, enquanto lá esteve, recebia mensalmente um subsídio, naquela qualidade.
Instruiu a esposa para que levasse uma carta sua, endereçada ao DAF-Departamento de
Administração e Finanças do CSCS, para que este passasse um cheque do tempo que não
havia recebido, desde que havia sido sentenciado.
Mas a carta que a mulher trouxe de volta deixou-o bastante consternado, porque lhe
informaram que o CSCS nada tinha a pagar.
Quid juris?