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TAREFA Nº 2 DA A2

Nomes: Ana Carolina, Fernanda Souza, Luana Valeiro e Marcus Vinicius

a. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), explique o que é empregado e quais as suas
características.
De acordo com o Art. 3 da CLT, empregado é toda pessoa física, que trabalha
todos os dias – ou seja, de forma não eventual – através de uma remuneração e
havendo subordinação jurídica a quem ele presta esses serviços:
“Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.” (Art. 3º da CLT)

b. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), explique qual o conceito de empregado
doméstico?
O empregado doméstico, de acordo com o Art. 1 da LC 150/2015, é aquele que
presta serviços de forma contínua – mais de dois dias na semana – com subordinação,
através de uma remuneração, pessoal e com finalidade não lucrativa para quem
presta o serviço. Como Sergio Pinto Martins define:
“O serviço prestado não é apenas no interior da residência, mas pode ser
feito externamente, como ocorre com o motorista, desde que, evidentemente,
o seja para pessoa ou família. Daí, se pode dizer ser incorreto quando o art.
I a da Lei na 5.859/72 determina que o serviço deve ser prestado no âmbito
residencial, pois o motorista não presta serviços no âmbito residencial, mas
externamente, para o âmbito residencial. Assim, deve-se empregar a
expressão “para o âmbito residencial” para se verificar, também, a situação
dos domésticos que prestam serviços externamente, como o motorista.”
(MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho)
Ou seja, é aquele empregado que presta o serviço diretamente para uma
pessoa e família, no âmbito residencial e que não há retorno financeiro advindo deste
serviço para terceiros.

c. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), explique o que vem a ser empregado rural?
O empregado rural é a pessoa física que presta serviço a empregador rural que
explora atividades agro econômica, de forma continua, com dependência e através de
uma remuneração. Ele atende aos mesmos requisitos quanto ao empregado urbano
para ser considerado de fato empregado.
“Com isso, o que define se o empregado é urbano ou rural é a atividade
preponderante do empregador, ou seja, se o empregador exerce atividade
agro econômica com finalidade de luco, o empregado será rural, mesmo que
trabalhe no perímetro urbano da cidade. Exemplificando: Será empregado
rural a pessoa que cultiva uma horta em um grande centro empresarial, e
urbano o empregado de uma “venda” na região da caatinga.” (PRAZERES,
Írley Aparecida Correia. Manual de Direito do Trabalho)
Ou seja, diferente de um cuidador de um sitio que cuida da plantação para
consumo próprio e é enquadrado como empregador doméstico, o empregado rural
presta seu serviço para fins lucrativos do seu empregador.

d. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), explique o conceito e quem pode ser
empregador doméstico?
De acordo com o artigo 15, inciso II, da Lei nº 8.212/91 empregador doméstico
é a pessoa ou família que admite sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.
“O empregador doméstico é a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa,
admite empregado doméstico para lhe prestar serviços de natureza contínua
para seu âmbito residencial. Não pode, portanto, o empregador doméstico
ser pessoa jurídica nem ter atividade lucrativa” (MARTINS, Sergio Pinto.
Direito do Trabalho)
Ou seja, tanto pessoas físicas e jurídicas podem ser empregadores domésticos,
desde que haja a prestação de serviço seja apenas e unicamente sem fins lucrativos
ao empregador.

e. Uma Igreja pode ser empregadora? Justifique sua resposta nos termos da
CLT.
Sim, de acordo com parágrafo 1 do Art. 2º da CLT, se equipara a empregador
os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas
ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como
empregados.
“Na estrutura de uma instituição religiosa, também se verificam trabalhadores
remunerados que, normalmente são encarregados das atividades não
religiosas necessárias à organização da entidade, como limpeza,
organização e zelo do templo. É o caso dos campanários, dos
organizacionistas, dos sacristãos, entre outros trabalhadores laicos.
Note-se que são atividades profissionais remuneradas e desenvolvidas por
indivíduo não pertencentes à ordem por votos.” (RAMOS, Rita. Vínculo de
emprego nas relações de trabalho religioso)
Ou seja; igrejas podem ser empregadoras, desde que não sejam os
encarregados das atividades religiosas. A igreja deve seguir normalmente as
obrigações principais e as obrigações acessórias previstas pela CLT em relação ao
empregado.

f. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), o que é poder disciplinar do empregador?
O poder disciplinar do empregador, é o direito que ele possui de aplicar medidas
disciplinares nos seus empregados para poder manter a ordem e a disciplina no
ambiente de trabalho.
“O poder disciplinar não deixa de ser um complemento do poder de direção,
do poder de o empregador determinar ordens na empresa, que, se não
cumpridas, podem gerar penalidades ao empregado, que deve ater-se à
disciplina e respeito a seu patrão, por se encontrar sujeito a ordens de serviço
que devem ser cumpridas, salvo se ilegais ou imorais. Logo, o empregador
pode estabelecer penalidades a seus empregados.” (MARTINS, Sergio Pinto.
Direito do Trabalho)
Obviamente que o poder disciplinar do empregador deve ser utilizado de forma
justa, não podendo aplicar punições de forma discriminatória ou abusiva, observando
sempre os direitos e garantias dos trabalhadores estabelecidos pela legislação
trabalhista e garantindo ao empregado o direito de se defender antes de qualquer
punição a ser aplicada.

g. Realizando pesquisa em doutrina (somente de fonte fidedigna, conforme


apontado no item infra de n. 7), as sanções de advertência e suspensão
aplicadas pelo empregador encontram-se no ordenamento jurídico
brasileiro? Caso a resposta seja positiva, indique qual a legislação que trata
isto de forma explícita e positivada. Caso a resposta seja negativa, qual a
justificativa que autoriza o empregador a aplicar estas duas penalidades?
Sim, as sanções de advertência e suspensão aplicadas pelo empregador
encontram-se no ordenamento jurídico brasileiro. A legislação que trata dessas
penalidades é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mais especificamente no
seu artigo 482, que relata as várias hipóteses de justa causa para a rescisão do
contrato de trabalho pelo empregador. A indisciplina e a insubordinação do empregado
podem levar a advertências e suspensões como punições.
“O poder de punição do empregador deve ser exercido com boa-fé e
razoabilidade. O objetivo da punição deve ser pedagógico, de mostrar ao
funcionário que está errado e que não deve cometer novamente a mesma
falta. O uso do poder de punição por parte do empregador em desacordo com
suas finalidades implica excesso ou abuso de poder” (MARTINS, Sergio
Pinto. Direito do Trabalho)
As aplicações das penalidades devem ser feitas de forma justa e razoável,
seguindo os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
REFERÊNCIAS
PRAZERES, Írley Aparecida Correia. et al (coord.). Manual de Direito do
Trabalho. São Paulo: Rideel, 2018
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 28. Ed. São Paulo: Adas, 2012
RAMOS, Rita. Vínculo de emprego nas relações de trabalho religioso. Revista Jus
Navigandi. Teresina, 2021. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/79897>.
Acesso em 2 jul. 2023.

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